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SUPRARRENAIS

Cortisolemia às 8h = 23ug/dl
Cortisolemia à 00h = 23ug/dl
Cortisolemia às 8h = 6ug/dl
Cortisolemia às 0h = 6ug/dl
Cortisolemia às 8h = 56ug/dl
Cortisol urinário livre de 24h =
140ug/dl
Cortisolemia às 8h após supressão
noturna/23h com 1mg de
dexametasona = 12ug/dl
ACTH = 5pg/dL
ACTH = 80pg/dL
ACTH = 250pg/dL
CUSHING
A avaliação diagnóstica da síndrome de
Cushing é feita em 2 etapas:

■ diagnóstico do hipercortisolismo;

■ investigação etiológica da síndrome de


Cushing.
■ cortisol urinário de 24 horas:
Livre!!!
3 amostras

■ teste de supressão com dexametasona overnight:


1 mg de dexametasona VO entre 23h00 e 00h00 e dosagem de cortisol
plasmático na manhã seguinte, entre 8h00 e 9h00. Concentrações de
cortisol < 1,8 mcg/dL tornam o diagnóstico de síndrome de Cushing
improvável (sensibilidade de 98% e especificidade de 88%). Resultados
superiores a esse limite implicam testes adicionais.

■ teste de supressão com dexametasona/Liddle 1:


0,5 mg de dexametasona VO 6/6h, 8 doses (12, 18, 0 e 6h) – coleta no 2º
dia, 2h após a última dose
■ dosagem de cortisol sérico ou salivar à 0h00:
Concentrações de cortisol plasmático e salivar à 0h00 > 7,5 ug/dL e >
550 ng/dL, respectivamente, têm especificidade de 100% para o
diagnóstico de síndrome de Cushing. A sensibilidade desses pontos
de corte, no entanto, variam em 93-96%;

■ teste do CRH: o CRH


A concomitância de cortisol basal > 12 mcg/dL e pico do ACTH após
CRH (100 mcg, EV) > 54 pg/mL é indicativa de doença de Cushing
(sensibilidade de 91,3% e especificidade de 98,2%);

■ teste da desmopressina (DDAVP):


A concomitância de cortisol basal > 12 mcg/dL e variação do ACTH
após DDAVP (10 mcg, EV) > 18 pg/mL é indicativa de doença de
Cushing (sensibilidade de 90,3% e especificidade de 91,5%).
Tem hipercortisolismo, e agora?

ACTH dependente ou independente?


Cortisolemia às 8h = 56ug/dl
Cortisol urinário livre de 24h =
140ug/dl
Cortisolemia às 8h após supressão
noturna/23h com 1mg de
dexametasona = 12ug/dl
ACTH = 5pg/dL
ACTH = 80pg/dL
ACTH = 250pg/dL
Dosar ACTH pelo menos duas vezes, em horários
diferentes!

São necessárias ≥ 2 dosagens de ACTH. Na vigência de


hipercortisolismo, o achado de ACTH plasmático < 5 pg/mL
aponta para causa independente de ACTH. Por outro lado,
se as dosagens forem > 10 pg/mL, a causa da síndrome de
Cushing é dependente de ACTH. Para valores
intermediários (5-10 pg/mL), é necessária avaliação mais
detalhada, com testes dinâmicos, como o teste de estímulo
com CRH.
Cortisolemia basal = 5ug/dL
Cortisolemia 30min após 250ug IV
Synacthen = 13ug/dL
Cortisolemia 30min depois de 250ug
IV no 4º dia; após 3 dias de 1mg IM
de Synacthen= 25ug/dL
Cortisolemia basal = 3ug/dL
Cortisolemia 30min após 250ug IV
Synacthen = 7ug/dL
Cortisolemia 30min depois de 250ug
IV no 4º dia; após 3 dias de 1mg IM
de Synacthen= 12ug/dL
INSUFICIÊNCIA
ADRENAL
■ se cortisol entre 8 e 9h ≥ 19 mcg/dL: está afastado o diagnóstico de
insuficiência adrenal;

■ se cortisol < 3 mcg/dL: está confirmado o diagnóstico de insuficiência


adrenal. Nesse caso, o achado de ACTH > 100 pg/mL indica o diagnóstico
de insuficiência adrenal primária, enquanto valores normais ou baixos de
ACTH indicam o diagnóstico de insuficiência adrenal secundária;

■ cortisol de 3-19 mcg/dL: deve-se proceder a um teste de estímulo, que


pode ser o teste da cortrosina ou o teste de tolerância à insulina. O 1° é
mais recomendado por envolver menos risco ao paciente e por ter bom
desempenho diagnóstico em todos os casos de insuficiência adrenal
primária e na maioria dos casos de insuficiência adrenal secundária.
• O teste da cortrosina consiste em administrar, por via EV ou IM, 250
mcg de ACTH sintético (cortrosina) e dosar cortisol em 30 e/ou 60
minutos. Em pessoas sem insuficiência adrenal, o cortisol
plasmático sobe para valores > 18 mcg/dL.

• O teste de tolerância à insulina consiste em provocar hipoglicemia


com a injeção de insulina (0,1-0,15 UI/kg). Dosam-se glicemia e
cortisol plasmático nos tempos 0, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos.
Considera-se normal pico de cortisol > 18 mcg/dL após
hipoglicemia (glicemia < 40 mg/dL). Se o teste de estímulo
confirmar insuficiência adrenal, a dosagem de ACTH irá indicar se
ela é primária (ACTH > 100 pg/mL) ou secundária (ACTH normal
ou baixo).
Os exames para diagnóstico etiológico da insuficiência adrenal
primária incluem: dosagem de autoanticorpos (contra a enzima 21-
hidroxilase), para identificar as adrenalites autoimunes; dosagem
plasmática de ácidos graxos de cadeia muito longa, nos meninos,
para diagnosticar adrenoleucodistrofia; TC das adrenais, na suspeita
de doença infiltrativa, neoplásica ou infecciosa.

Os exames para diagnóstico etiológico da insuficiência adrenal


secundária incluem: avaliação de outros setores hipofisários, para
diagnosticar pan-hipopituitarismo; RNM da hipófise e do hipotálamo,
na suspeita de tumores hipotálamo-hipofisários ou doenças
infiltrativas.
Aldosterona plasmática = 35ng/dL
Atividade de renina plasmática=
0,5ng/ml/h
Relação A/AR = 70ng/dL/ng/mL·h
HIPERALDO
O rastreamento é recomendado nos seguintes grupos de
pacientes:

■ HAS resistente ao tratamento;


■ HAS e hipopotassemia espontânea ou induzida por
diurético;
■ HAS e incidentaloma adrenal;
■ HAS e história familiar de HAS em indivíduos jovens ou
AVC hemorrágico antes de 40 anos de idade;
■ HAS e parentes de 1° grau de portadores de
hiperaldosteronismo primário.
É realizado com a dosagem concomitante de
aldosterona (ng/dL) e atividade plasmática de
renina (ng/mL·h).

Relação aldosterona/atividade plasmática de renina


(A/APR) > 30 ng/dL/ng/mL·h tem sensibilidade de
93% para o diagnóstico de hiperaldosteronismo
primário.
■ teste de sobrecarga salina: SF, 2 L, é infundido EV ao longo de 4
horas, com coleta de potássio e aldosterona antes e após a infusão.
Hipopotassemia deve ser corrigida antes do início do teste.
Concentrações de aldosterona plasmática ao final do teste < 5 ng/dL
excluem o diagnóstico; > 10 ng/dL confirmam o diagnóstico; e de 5-
10 ng/dL necessitam de confirmação com outro teste;

■ teste do captopril: aldosterona é colhida antes e 1 hora após a


administração VO de 50 mg de captopril.
Queda na aldosterona > 30% em relação ao inicial exclui o
diagnóstico.
FEOCROMOCITOMA
Como as catecolaminas são secretadas intermitentemente
e os seus metabólitos (globalmente designados por
metanefrinas) são produzidos continuamente e têm meia-
vida maior, a dosagem das metanefrinas livres
plasmáticas (MLP) e/ou das metanefrinas fracionadas
urinárias (MFU) é considerada o teste de eleição para o
rastreio, com sensibilidade > 96%.
Essa sensibilidade diagnóstica supera a das catecolaminas
urinárias e plasmáticas.
Valores > 3-4 vezes o limite da normalidade são altamente específicos para o diagnóstico;
contudo, valores pouco superiores ao normal podem representar resultados falso-positivos.
VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. E-book.
ISBN 9788527737180. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 12 mar. 2023.

Bioquímica clínica / allan … [et al.] ; tradução Márcio Luis Acencio … [et al.]. - 5. ed. - Rio de
Janeiro : Elsevier, 2015
A dosagem das MLP vem sendo recomendada nos últimos
anos como o método de rastreamento ideal para o
diagnóstico bioquímico do FEO, devido a sua maior
sensibilidade em comparação com os outros exames e
maior simplicidade no procedimento quando comparadas
às MFU.
Em função do elevado valor preditivo negativo das MLP (até 100%),
vários autores advogam que um resultado normal seria suficiente
para excluir a possibilidade de FEO.

Valores > 3-4 vezes o limite da normalidade são altamente específicos para o diagnóstico;
contudo, valores pouco superiores ao normal podem representar resultados falso-positivos.
VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. E-book.
ISBN 9788527737180. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 12 mar. 2023.

Bioquímica clínica / allan … [et al.] ; tradução Márcio Luis Acencio … [et al.]. - 5. ed. - Rio de
Janeiro : Elsevier, 2015
As metanefrinas urinárias totais incluem a metanefrina e a
normetanefrina, metabólitos, respectivamente, da epinefrina e da
norepinefrina.
Sua dosagem em amostra de urina de 24 horas
representa um teste de rastreamento bastante
confiável, com sensibilidade e especificidade
diagnósticas de 77 a 100% e 69 a 98%,
respectivamente.
As MFU podem ainda ser dosadas em amostra isolada de urina,
coletada logo após um paroxismo.

VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. E-book.
ISBN 9788527737180. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 12 mar. 2023.

Bioquímica clínica / allan … [et al.] ; tradução Márcio Luis Acencio … [et al.]. - 5. ed. - Rio de
Janeiro : Elsevier, 2015
Valores de metanefrinas totais > 1.300 μg/24 h
são indicativos de FEO, e níveis > 1.800 μg/24 h
são altamente sugestivos (valor de referência
[VR]: 90 a 690 em homens e 95 a 475 em
mulheres).

VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. E-book.
ISBN 9788527737180. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 12 mar. 2023.
■ Catecolaminas livres urinárias (norepinefrina, epinefrina e
dopamina)
A dosagem das catecolaminas livres urinárias tem sensibilidade de 84
a 93% e especificidade de 88 a 99,5%.

■ Catecolaminas plasmáticas
Valores normais de catecolaminas plasmáticas (CP), em geral,
descartam o diagnóstico de PGL/FEO em pacientes hipertensos, ou
quando o sangue é coletado durante um paroxismo.
Da mesma maneira, a elevação das CP pode ocorrer em situações de
estresse e outras doenças, bem como ser induzida por fármacos e
substâncias que estimulem a secreção de catecolamina.

VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. E-book.
ISBN 9788527737180. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 12 mar. 2023.
■ Cromogranina A sérica
A CgA é considerada o marcador mais acurado dos
tumores neuroendócrinos, mas pode estar elevada em
diversas outras situações. Nos casos de PGL/FEO, ela tem
sensibilidade de 83 a 91%. A dosagem de CgA mostra-se
particularmente útil no diagnóstico de pacientes com
elevação de MLP abaixo de 4 vezes o limite superior da
normalidade (LSN).

VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. E-book.
ISBN 9788527737180. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 12 mar. 2023.
■ Testes farmacológicos
A realização de testes farmacológicos pode ser necessária nos casos suspeitos de
PGL/FEO, quando os exames bioquímicos antes comentados não possibilitarem
uma definição diagnóstica.

Testes provocativos. Antes utilizados, os testes provocativos não são mais


recomendados em virtude do grande risco de desenvolverem crise adrenérgica.

Testes de supressão. O teste mais utilizado é o da clonidina. Está indicado quando


as MLP basais estiverem discreta a moderadamente elevadas (< 3 a 4 vezes além
do LSN). Os medicamentos simpaticolíticos, como betabloqueadores, devem ser
suspensos por pelo menos 48 horas antes do exame, pelo risco de hipotensão. O
teste é realizado em posição supina e deve ser evitado com pressão arterial inferior
a 110 × 60 mmHg ou em situações de hipovolemia. Em caso de PGL/FEO, observa-
se uma redução < 40% do valor basal das MLP 3 horas após a clonidina, enquanto
uma resposta normal é uma diminuição > 40% ou a normalização das MPL.
VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. E-book.
ISBN 9788527737180. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 12 mar. 2023.

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