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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE MEDICINA
MÓDULO: ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS DO SER HUMANO I – BIOQUÍMICA

GUILHERME CARVALHO BILIO DE SOUSA


HELDER RAFAEL CARVALHO RODRIGUES
KEVYSSON STANLER SANTOS ALVES
PEDRO ARTHUR INDIO MARANHENSE BOUERES
SAUL DOMINICI ROCHA SANTOS
TAIS SCREMIN FELIPE PACHECO
TIAGO DE AGUIAR LIMA

DOSAGEM ENZIMÁTICA DE GLICOSE

PROF. DR. AHIRLAN SILVA DE CASTRO

SÃO LUÍS
2023
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1. INTRODUÇÃO

A glicose é um monossacarídeo essencial para o fornecimento de energia às células do


organismo. Ela é amplamente utilizada como fonte primária de combustível, especialmente pelo
cérebro, músculos e tecidos adiposos. A regulação adequada da glicose no corpo é vital para o
funcionamento saudável do metabolismo, sendo ela necessária para os processos de glicólise,
glicogênese, gliconeogênese, glicogenólise e via das pentoses-fosfato. Além desses processos,
a glicose também está presente na regulação da liberação de insulina pelo pâncreas, na
sinalização celular, na síntese de lipídios e na produção de energia nas mitocôndrias por meio
do ciclo de Krebs e da fosforilação oxidativa (GUYTON, 2017)

Seguindo essa caracterização, a entrada da glicose nas células é mediada pelo hormônio
peptídico conhecido como insulina, produzido nas células beta-pancreáticas. A insulina
desempenha um papel crucial ao interagir com receptores específicos GLUT- 4 nas membranas
celulares, permitindo a abertura de canais de transporte de glicose. No entanto, em casos em
que a produção de insulina é deficiente ou quando as células desenvolvem resistência periférica
à ação da insulina, ocorre um desequilíbrio no metabolismo da glicose. A falta de insulina
impede que a glicose seja eficientemente transportada para dentro das células, resultando em
acúmulo de glicose no sangue e na urina. Esse descontrole metabólico é característico do
diabetes mellitus, uma condição crônica que apresenta diferentes formas, dependendo do tipo
e da severidade da deficiência de insulina (LEHNINGER, 2019).

Diante do supramencionado, o presente relatório de aula prática visa a trabalhar


conceitos relacionados à concentração de glicose na corrente sanguínea (glicemia), por meio de
uma dosagem mediada por enzimas específicas.
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. MATERIAIS:
Micropipeta 1 mL 1 unidade
Micropipeta 10 microlitros 1 unidade
Tubo de ensaio -- 5 unidades
Centrífuga -- --
Seringas 5 mL 4 unidades
Algodão -- --
Espectrofotômetro semi- -- 1 unidade
automatizado
Reagente branco padrão -- --
Aparatos para banho- -- --
Maria
Ponteira para pipeta de -- 4 unidade
1mL
Ponteira para pipeta de 10 -- 4 unidade
microlitros
Suporte para tubo de -- 1 unidade
ensaio
Caneta para identificação -- 1 unidade
Amostras de sangue 4mL por unidade 4 unidades
Reagente com enzimas -- --
oxidase e peroxidase

2.2. MÉTODOS
A princípio, com uma seringa de 5 mL, foram retirados 4mL de sangue de 4 indivíduos
diferentes e posto em tubos de ensaio previamente identificados com as iniciais de cada
indivíduo. Após isto, as amostras foram levadas à centrífuga, onde foi separado o soro de cada
uma e posto, com a micropipeta, 10 microlitros em tubos de ensaio diferentes identificados com
A1, A2, A3 e A4, também foi feito uma quinta amostra com o padrão branco para servir de
referência. Em cada tubo de ensaio (A1, A2, A3 e A4) ministrou-se 1 mL do reagente catalítico
com a micropipeta apropriada. Em seguida, as amostras foram levadas ao banho-Maria onde
ficaram encubadas por 10 minutos. Ao fim do tempo, foram transportadas para o
espectrofotômetro semi - automatizado para os devidos resultados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a efetivação desse passo a passo, com o fito de entender os mecanismos que
possibilitam a medição do índice glicêmico no sangue, obteve-se os seguintes valores de
glicemia para as três amostras:
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Amostra 1: 52
Amostra 2: 63
Amostra 3: 28

Cabe destacar também que sob a orientação do professor presente na aula foi colocado no
aparelho uma amostra com a exclusiva missão de servir como base de comparação para a
medição das demais. Outrossim, cabe destacar também que uma das amostras acabou sendo
descartada antes de sua leitura fosse realizada, mas tal não representou qualquer prejuízo a
efetivação do experimento.
Isso posto, prosseguiu-se com o cálculo médio do índice glicêmico, realizando a soma dos
valores glicêmicos das 3 amostras e sua divisão, obtendo um valor em torno de 47 mg/dl.

Média glicêmica das amostras


52+63+28/3 = 47,66….

Com base nesse resultado e considerando os parâmetros utilizados pelo Ministério da Saúde,
o qual estabelece que valores abaixo de 70 mg/dl podem ser considerados um caso de
hipoglicemia, pode-se inferir que o presente discente (integrante dessa equipe) que se
voluntariou a retirada de uma amostra de sangue, estava em um quadro de hipoglicemia e,
porventura, em um estado pós-absortivo.
Tal resultado denota que o aluno estava possivelmente em processo de beta oxidação de seus
ácidos graxos, bem como realizando a via metabólica da gliconeogênese com o fito de suprir a
demanda por glicose em seu organismo.
Por esse método ser o utilizado por clínicas e laboratórios para a diagnóstico da diabetes e
monitoração da concentração de glicose no sangue, deve-se afirmar que caso o resultado tivesse
dado maior ou igual a 126 mg/dl em jejum ou superior a 200 mg/dl, quando realizado 2 horas
após a ingestão de uma refeição com o valor em torno de 75 g de glicose.
Para a obtenção de um resultado mais assertivo, é válido destacar que todos os
procedimentos devem ser executados haja vista que qualquer inadequação poderá interferir no
resultado e, por conseguinte, afetar a medição de tal componente no plasma. Dessa maneira,
torna-se indispensável o uso de frascos com substâncias anticoagulantes presentes em seus
interiores, com o escopo de impedir a formação de coágulos, em como a realização do processo
de separação das fases do sangue por diferença de densidade, além do uso adequado dos
reagentes utilizados nesse experimento e supracitados nesse relatório
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4. CONCLUSÃO
Os experimentos realizados tiveram como objetivo analisar os níveis de glicose em uma
amostra sanguínea obtida de um dos integrantes do grupo. Os resultados revelaram que os níveis
de glicose no sangue desse indivíduo estavam abaixo dos valores de referência estabelecidos
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses achados indicam que o discente se encontra
em um estado pós-absortivo, caracterizado pela baixa disponibilidade de glicose na circulação
sanguínea. (1)
No entanto, é importante ressaltar que a ausência de anticoagulantes nos materiais
utilizados no experimento pode ter comprometido a efetividade dessa análise. Futuros estudos
devem considerar a inclusão de anticoagulantes para garantir uma maior precisão dos
resultados.
Em suma, o referido discente apresenta baixos índices de glicose no sangue, o que
evidencia o estado de hipoglicemia e, também, a atividade de mecanismos metabólicos
envolvidos no estado pós-absortivo.
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REFERÊNCIAS

Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2,Diretrizes


diabetes,https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/,Acesso
em:11/06/2023
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed.,
2017.
LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 7a
Edição, 2019. Ed. Artmed.
NELSON, David L.:Cox, Michael M..Principios da Bioquimica de Lehninger.Sexta
Edição,Porto Alegre,Artmed,2014.
Organização Mundial da Saúde. (2019). Classification of diabetes mellitus. Disponível em:
https://www.who.int/publications/i/item/classification-of-diabetes-mellitus. Acesso em:
11/06/2023.

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