Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Aulas Teóricas:
– 100 minutos;
– 2 x semana;
– Exposição dialogada (!?);
• Aulas Práticas:
– 4 horas e 30 minutos
– 1 x semana
• Revisão teórica;
• Desenvolvimento de habilidades;
• Cálculos;
• Interpretação;
• Atitude: responsabilidade, visão crítica, autonomia.
Bioquímica Clínica:
• Avaliação
– 3 provas teóricas
– 1 estudo dirigido (valendo 2 pontos de uma prova
teórica).
– 2 provas práticas (prática + TP);
– Participação em aula prática;
– 1 seminário.
– Média final = 3T/3 (peso 5) + [2P+ S + Part.]/4 (peso 5)
– Glicemia de jejum;
– Fita reativa para glicose urinária;
– Hemoglobina glicada;
– TTGO.
Fase pré-analítica
• Recebimento e leitura da requisição
médica;
• orientação ao paciente;
• colheita da amostra;
• conservação e processamento da amostra;
• transporte da amostra.
Fase analítica ou
instrumental
• Metodologias empregadas:
– Espectrofotometria
– Espectrometria de massa *
– Quimioluminescência *
– Imunoturbidimetria *
– fotometria de chama
– titulometria
– cromatografia
– eletroforese
– eletrólise íon-seletivo *
(*) não realizadas nas aulas práticas.
Fase analítica (II)
• Técnicas de emprego comum:
– Pipetagem ou micropipetagem
– filtração ou centrifugação
– mistura ou agitação
– diluição
Fase pós-analítica
• Cálculos: aplicação de fórmulas e
fatores.
• Avaliação criteriosa do resultado
obtido.
• Valores de Referência.
• Liberação do Resultado ou Laudo
Laboratorial.
Avaliação do resultado
• Dados do controle de qualidade
interna
– mapas e regras
• Avaliação dos dados clínicos do
paciente
• Interpretação clínico-laboratorial
– valores de referência
Fase pré-analítica
• Recebimento e leitura da solicitação médica.
• Agendamento ou realização imediata do exame:
• Orientação ao paciente:
– jejum: média 08 horas; mínimo 4 horas; máximo 12-14
horas.
– dieta estável por 3 semanas para lipídeos.
• Obtenção da amostra:
– por flebotomista treinado.
– recepção: ambiente acolhedor, pessoal capacitado, espaço
adequado, informatização dos processos.
Fase pré-analítica
– Líquidos corpóreos:
• LCR;
• sinovial ;
• Pleural;
• Pericárdico;
• Ascítico;
• Urina;
• Suor;
• Outros.
Fase pré-analítica
Espécimes sanguíneos:
– Soro
– Plasma
– Sangue total
Fase pré-analítica
– Soro
• Fração líquida do sangue;
• Sem fatores de coagulação;
• Obtida por centrifugação após a
COAGULAÇÃO COMPLETA (~20 min).
Fase pré-analítica
• Plasma:
– Fração líquida do sangue;
– Com fatores de coagulação;
– Contaminada quimicamente pelo anticoagulante.
– Aplicação: Para glicemia com tempo de espera
acima de 1 hora.
– solução anticoagulante e inibidora da glicólise:
EDTA 6g/dl e KF 12g/dl - 1 gota para 5 ml de
sangue
glicose, uréia, creatinina
Fase pré-analítica
– PROCESSAMENTO:
• centrifugação: padronização da força
centrífuga
Variações cronobiológicas
Gênero
Idade.
CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE
VARIAÇÕES
Jejum
Os estados pós-prandiais causam turbidez no soro o que pode
interferir em algumas metodologias.
Tempo de jejum na rotina: 8 h– 12h
Crianças e lactentes: 1h- 2h
Evitar períodos prolongados > 16h
? A ingestão de água quebra o jejum?
? A ingestão de café ou o fumo são permitidos antes da coleta?
CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE VARIAÇÕES
Dieta
A dieta a qual o indivíduo está submetido, mesmo respeitado o
tempo de jejum, pode interferir na concentração de alguns
componentes.
Alterações bruscas na dieta exigem certo tempo para que alguns
parâmetros retornem aos níveis basais.
Testes afetados pela dieta/jejum
• glicose
• triglicerídeos
• glucagon
• Insulina
• GH
• cálcio ionizado
• cloretos
• fosfato
• potássio
» fonte: Kaplan & Pesce, 1996
CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE VARIAÇÕES
Torniquete
Aplica-se por 1 – 2 minutos.
Hemoconcentração relativa.
> 2 minutos: estase venosa leva a alterações metabólicas
Glicólise anaeróbica → ↑ [lactato] → ↓pH
CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE VARIAÇÕES
Posição
Mudança rápida de postura corporal causa variações na
concentração de alguns componentes séricos.
Espaço intravascular → espaço intersticial
Água e substâncias filtráveis.
↑ Concentração relativa
Substâncias não-filtráveis, elementos celulares, proteínas ↑PM
Níveis superestimados: ↑ 8 – 10%
Albumina, colesterol, TG, Hb, hematócrito, leucócitos e drogas
que se ligam a proteínas.
CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE VARIAÇÕES
Atividade Física
Efeito transitório sobre componentes sanguíneos.
Mobilização de água e substâncias entre compartimentos
corporais;
Variações das necessidades energéticas do organismo;
Modificações fisiológicas.
↑ Atividade sérica de enzimas.
Creatinoquinase, aldolase, aspartato aminotransferase.
Alterações no grau de atividade física.
Primeiros dias de internação;
Imobilização.
CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE VARIAÇÕES
Procedimentos Diagnósticos
Administração de contrastes;
Exame de toque retal.
Procedimentos Terapêuticos
Hemodiálise,
Cirurgias,
Transfusão sanguínea
Infusão de fármacos.
Realizar coleta em local distante da instalação do cateter.
Aguardar pelo menos 1 hora após a infusão, se possível.
CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE VARIAÇÕES
Variações Cronobiológicas
Alterações cíclicas da concentração de parâmetros em
função do tempo.
Variação circadiana
Ferro, Cortisol
Alterações ambientais
Em dias quentes, a concentração de proteínas séricas é mais
elevada, devido á hemoconcentração.
Classicamente, a melhor condição para coleta de sangue
para realização de exames de rotina é o período da manhã.
Testes sujeitos à variação diurna
• ACTH
• Cortisol
• Fosfatase ácida
• Ferro
• Glicose
• GH
• PTH
• TSH
• TTGO
» fonte: Kaplan & Pesce, 1996
CAUSAS PRÉ-ANALÍTICAS DE VARIAÇÕES
Gênero
Alguns parâmetros sanguíneos se apresentam em
concentrações distintas entre homens e mulheres.
Diferenças hormonais;
Diferenças metabólicas;
Diferença de massa muscular.
Idade
Alguns parâmetros bioquímicos possuem concentração
sérica dependente da idade do indivíduo.
Maturidade funcional de órgãos e sistemas;
Conteúdo hídrico;
Massa corporal.
É necessário respeitar os valores de referência, tanto
quanto os fatores biológicos de cada indivíduo e as
variações ambientais.
Variação Intraindividual para testes
laboratoriais de rotina
– Analito média (%) amplitude (%)
• ALT 20 5-30
• albumina 2,5 1,5-4
• bilirrubina 19 13-30
• cálcio 2 1-3
• colesterol 6 5-9
• ferro 15 10-25
• triglicerídeo 30 15-70
» fonte: Kaplan & Pesce, 1996.
FASE PRÉ-ANALÍTICA PARA
EXAMES
Atenção para prevenir a ocorrência de enganos ou introdução de
variáveis que prejudiquem e exatidão dos resultados.
O flebotomista deverá se assegurar que a amostra seja colhida
do paciente especificado nas requisições.
Cadastro correto e completo dos exames;
Identificação do paciente;
Identificação dos tubos;
O material colhido deve ser identificado na presença do
paciente.
O paciente está em condições adequadas para a coleta?
PROCEDIMENTO DE COLETA
DE SANGUE
Acomodação do paciente;
Locais de escolha para a punção;
Técnicas de evidenciação da veia;
Assepsia do local da punção;
Técnica da punção;
Respeitar a ordem de coleta dos tubos;
Preencher adequadamente cada tubo;
Homogeneizar corretamente a amostra.
PROCEDIMENTO DE COLETA DE SANGUE
• Locais de escolha para a punção:
• Basílica;
• Basílica mediana;
• Cefálica;
• Cefálica mediana;
• Mediana;
• Arco venoso dorsal;
• Veia dorsal do metacarpo;
• Outros.
• Técnicas para evidenciação da veia:
– Movimentos suaves de abrir e fechar a mão;
– Massagear delicadamente o braço do paciente;
– Fixar a veia com os dedos nos casos de flacidez.
PROCEDIMENTO DE COLETA DE SANGUE
• Uso adequado do torniquete
– Evitar
• Hemólise
• Hemoconcentração
• Hematomas
– Se usado para seleção preliminar da veia, fazê-lo
apenas por um breve momento.
• Posição do paciente
– Cadeira própria com apoio para os braços
– Braço estendido e inclinado levemente para baixo
Procedimento de Coleta de
•
sangue
Higienização das mãos
– Após o contato com cada paciente, evitando assim contaminação cruzada.
– Com água e sabão ou usando álcool gel.
Procedimento de Coleta de
sangue
• Luvas
– Aderidas à pele para que o flebotomista não perca a sensibilidade
na hora da punção.
• Antissepsia
– Gaze com solução de álcool isopropílico ou etílico 70%, comercialmente
preparado.
– Limpar o local com um movimento circular do centro para a periferia.
– Permitir a secagem da área por 30 segundos, para evitar hemólise da amostra, e
também a sensação de ardência quando o braço do paciente for puncionado.
– Não assoprar, não abanar e não colocar nada no local.
– Não tocar novamente na região após a antissepsia.
Coleta de sangue venoso à vácuo
• Usada mundialmente e em boa parte dos laboratórios brasileiros, pois
proporciona ao usuário inúmeras vantagens:
– Facilidade no manuseio, pois o tubo para coleta de sangue a vácuo tem, em seu interior, quantidade de
vácuo calibrado proporcional ao volume de sangue em sua etiqueta externa.
– Conforto ao paciente, pois com uma única punção venosa pode-se, rapidamente, colher vários tubos.
– Pacientes com acessos venosos difíceis, crianças, pacientes em terapia medicamentosa, quimioterápicos,
também são beneficiados, pois existem produtos que facilitam tais coletas:
• Escalpes em diversos calibres de agulha
• Tubos com menores volumes de aspiração
– Segurança do profissional de saúde e do paciente, uma vez que a coleta a vácuo é um sistema fechado de
coleta de sangue.
Procedimento de Coleta de
sangue
• Seqüência dos Tubos a Vácuo na Coleta de Sangue
Venoso
– O sangue do paciente entra no tubo e se mistura ao ativador de coágulo ou
anticoagulante, podendo contaminar a agulha distal.
– O tubo de descarte deve ser um tubo sem nenhum aditivo, ou seja, este tubo será
usado para descartar o primeiro volume de sangue da coleta, onde está presente o
fator de coagulação tromboplastina tecidual, que interfere em testes específicos
de coagulação.
– Nos casos em que a coleta for feita com escalpe, e o primeiro tubo a ser colhido
for o tubo de citrato ou um tubo de menor volume de aspiração, deve-se primeiro
colher um tubo de descarte.
Procedimento de Coleta de
•
sangue
Seqüência de coleta para tubos plásticos de coleta de sangue
– 1) Frascos para hemocultura.
– 2) Tubos com citrato (tampa azul claro).
– 3) Tubos para soro com Ativador de Coágulo, com ou sem Gel Separador (tampa
vermelha ou amarela).
– 4) Tubos com Heparina com ou sem Gel Separador de plasma (tampa verde).
– 5) Tubos com EDTA (tampa roxa).
– 6) Tubos com fluoreto (tampa cinza).
• Especificidade clínica
– Fração daqueles indivíduos sem a doença que o
ensaio afirma corretamente.
– Sensibilidade Clínica
/
• = VP VP + FN x 100
• Positividade da doença. Quanto menor o
número de falso negativo maior a
sensibilidade do marcador.
– Especificidade Clínica
/
• = VN VN + FP x 100
• Ausência de doença inespecífica. Quanto
menor o número de falso positivo maior a
especificidade do marcador.
Valor preditivo
Sensibilidade =
Especificidade =
Valor preditivo positivo =
Valor preditivo negativo =
Interpretando um resultado
laboratorial:
• Quanto menor for a prevalência da doença na população à
qual o paciente pertence, o resultado normal tem mais
força para excluir o diagnóstico do que o resultado positivo
em confirmar este diagnóstico.
• Quanto maior for a prevalência da doença maior o poder
diagnóstico do teste laboratorial.
• Aumentar a prevalência da doença significa selecionar
melhor os pacientes que serão submetidos a determinado
teste.
Decisão limite ou valores de
corte
• A movimentação dos limites de
decisão afetam a sensibilidade e a
especificidade.
• Curvas ROC (receiver operating
characteristic) são ferramentas que
indicam muito bem estas propriedades
de um teste analítico.
Agradecimento
• Aos ex-acadêmicos, atuais Farmacêuticos-
bioquímicos, Adriana Kleist Clark
Nunes,Camila Souza Bastos e Fernando
Garcia Guanabara por terem cedido o
material didático referente a coleta de
material, extraído do seminário
apresentado na disciplina de Estágio
Supervisionado, sob orientação do Prof.
Roberto Ferreira de Melo, no HU-UFSC,em
2009.