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I.

Lesões de Face e Pescoço — Hematoma em expansão


Conceitos — Diminuição do pulso carotídeo
As lesões de tipo 2 tem mais
facilidade de pegar a via aérea e  Trato Aero-Digestivo
também vasos sanguíneos. — Enfisema subcutâneo
— Disfagia e odinofagia
— Estridor
— Rouquidão
 Neurológico
— Déficits lateralizados
— Alteração de consciência
— Lesão do plexo braquial
Exploração Cirúrgica do Pescoço
 Instabilidade hemodinâmica. Classificação das lesões de face
 Sangramento ativo.  Le Fort
 Hematoma em expansão.
 Sinais Vasculares
— Choque

1
II. Neurotrauma nível cervical alto, inclui quadriplegia,
Escala de coma de Glasgow insuficiência respiratória, perda da
função vesical e intestinal, anestesia
abaixo do nível afetado e choque
neurogênico (hipotensão e
hipotermia).
A síndrome medular central,
observada em siringomielia,
ependimoma do canal central e
hemorragia após trauma, está
associada a uma maior perda da
função dos membros superiores em
relação aosmembros inferiores.
A síndrome de Brown-Sequard
 Glasgow P resulta de uma hemissecção da
— Calcular o Glasgow (3 a 15) medula espinhal.

— Avaliar a resposta pupilar (0-2): A síndrome medular anterior ocorre


quando a lesão afeta os tratos
 Duas pupilas reativas - 0 espinhais anteriores, incluindo o trato
 Uma pupila não reativa - 1 vestibuloespinhal.
 Duas pupilas não reativas - 1
A síndrome medular posterior é rara
Classificação
e ocorre quando a lesão afeta os
 Primárias tratos espinhais posteriores.
— Trauma penetrante, aberto
A síndrome da cauda equina ocorre
— Trauma fechado: resultante da com dano às raízes espinhais da
movimentação cerebral associada à medula lombar da cauda equina e
energia cinética do acidente está associada a dor, alterações das
 Secundária raízes sensitivas, fraqueza nas
— São aquelas que decorrem de pernas e perda da função intestinal e
agressões que se iniciam após o vesical.
momento do acidente, resultantes da Choques
interação de fatores intra e extra
 Choque Neurogênico
cerebrais
“Hemodinâmico”
— Ex: hipóxia, hipotensão arterial,
— ⬇ PA
hipoglicemia, distúrbios eletrolíticos.
— ⬇ FC
I. Traumatismo Raquimedular
— Vasodilatação
Classificação do comprometimento
sensitivo e motor  Choque Medular
A síndrome de transecção completa “Neurológico”
da medula resulta em um grupo de
sintomas conhecido como choque — Flacidez
medular, que, quando observado no — Arreflexia

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— Fratura do Enforcado
(Distanciamento do Pedículo)
Tipos de Fraturas
— Fratura do processo odontoide
- Fratura do Atlas
(Isquemia do osso)
— Luxação (Rotação da cabeça)
— Fratura do côndilo occiptal
— Fratura do minerador (Compressão do bulbo - Ayrton
(Compressão) Senna)
— Fratura Atlanto-Axial
Escala de Classificação Neurológica da Lesão Medular Frankel / ASIA

Algoritmo do Trauma extrínsecas cuja tração e/ou


Raquimedular manipulação não descomprimiu
 Grupo 1
➡ Conduta: Cirurgia nas primeiras
— Paciente com déficit neurológico,
24 horas, visando descompressão e
sem evidência de compressão
estabilidade da coluna
extrínseca da medula ou raízes e sem
instabilidade  Grupo 4
— Paciente com déficit neurológico, e
➡ Conduta: Atendimento em terapia
ferimento penetrante do canal que o
intensiva e reabilitação projétil se localizou dentro do canal
 Grupo 2 ou com elemento de continuidade e
— Paciente com déficit neurológico, fístula liquórica
sem compressão extrínseca da
➡ Conduta: Cirurgia imediatamente
medula ou raízes e com instabilidade
após realização de exames
➡ Conduta: Atendimento em terapia complementares, visando
intensiva e estabilização da coluna descompressão da medula e/ou
programada raízes e fechamento de fístula
liquórica.
 Grupo 3
— Paciente com déficit neurológico, e
sinais radiológicos de compressão

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II. Fraturas de Base do Crânio Divisão
 Difusa
NUNCA INTBUBAÇÃO NASO NEM
— Concussão Cerebral
CATETER NASO GÁSTRICO EM
SUSPEITA DE FRATURAS DE BASE DO — Lesão Axonal Difusa (LAD)
CRÂNIO.
 Focais
Sinais — Hematoma Subdural
 Sinal de Battle
— Hematoma Extra Dural
 Sinal do Guaxinim
 Hemotímpano
 Rinorreia
 Otorreia
III. Lesões Cerebrais

Lesão Cerebral Difusa

Concussão Lesão Axonal Difusa

Fisiopatologia Desaceleração Súbita Desaceleração + Cisalhamento

Perda imediata e duradoura da


Perda temporária de função consciência
Definição
neurológica

Perda de Consciência < 6h


(Clássico)
- Coma > 6 horas;
Amnésia
Clínica Glasgow BAIXO
Confusão
TC “INOCENTE”
Convulsão

Conduta Não deixar fazer outra Suporte e possível reversão

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Concussão Lesão Axonal Difusa

Lesão Cerebral Focal


1- Calota Craniana
- Espaço Epi/Extradural
 TC na concussão cerebral
— Glasgow <15 após 2h - Artéria Meníngea
— Fraturas de crânio 2- Dura Mater
— Vômitos > 2 episódios - Espaço Sub Dural
— Idade > 65 - Veias Ponte
— Amnésia > 30 min 3- Aracnoide
— Mecanismo perigoso: - Espaço Subaracoideo
Ejeção de veículo - LCR
Atropelamento 4- Pia Mater
Queda > 1m de altura

SUBDURAL EXTRA/EPIDURAL

Frequência MAIS COMUM Mais raro

Vaso Veias Ponte Artéria Meníngea Média

Fator de Atrofia Cortical — Idoso — Trauma Grave/Fratura no osso


Risco Alcóolatra temporal (Trauma do lado da cabeça)

Clínica Progressiva Intervalo Lúcido

Imagem Hiperdensa em
TC Imagem Hiperdensa (Biconvexa)
“CRESCENTE”

Cirurgia Desvio da linha média > 5mm Desvio da linha média > 5mm

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Conceitos porque a aterosclerose carotídea ou
vertebral pode passar totalmente
despercebida em alguns casos...

 Hemorragia
Intraparenquimatosa
— Começa com Déficit Focal
 Hemorragia Subaracoide
— Défict Focal (SE COMPLICAR) Os locais mais frequentes para a
localização dos aneurismas
I. Hemorragia Subaracoide (HSA) saculares são:
Definição
A Hemorragia Subaracnoide (HSA) (1) porção terminal da carótida
espontânea ocorre pela rotura de um interna;
aneurisma sacular congênito e, (2) bifurcação da ACM;
menos comumente, pela rotura de
uma Malformação Arteriovenosa (3) topo da artéria basilar.
(MAV). No entanto, o local mais frequente de
Causas RUPTURA de um aneurisma é a
Ruptura de aneurisma sacular artéria comunicante anterior.
(polígono de Willys) Epidemiologia
Os aneurismas saculares geralmente A faixa etária entre 35-55 anos é a
se localizam nas artérias do polígono mais acometida pela rotura
de Willis (cerebral média, cerebral espontânea de aneurisma sacular
anterior, comunicante anterior, congênito (80%) ; já entre 15-30 anos,
comunicante posterior, cerebral predomina a rotura de uma
posterior). malformação arteriovenosa.

💡 Para que serve o polígono de A HSA é responsável por cerca de 5%


Willis? É onde o sistema carotídeo se de todos os AVC´s
comunica com o sistema Outras condições:
vertebrobasilar (através das
comunicantes posteriores) e a — HSA perimesencefálica não
carótida esquerda se comunica com aneurismática
a direita (através da comunicante — Dissecções arteriais
anterior). Logo, trata-se de uma
estrutura que funciona como uma — Anticoagulantes
rica rede de colaterais, explicando

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As condições associadas a esse — Neurofibromastose do tipo I
processo são: abuso de álcool,
Manifestações Clínicas
hipertensão e tabagismo. Além disso,
outras condições médicas que estão  Cefaleia Súbita (pior da vida)
relacionadas são:  ⬇Nível de consciência
 Rigidez de nuca (irritação
— Síndrome de Ehlers-Danlos
meníngea pelo sangramento) - 12
— Síndrome de Marfan a 24 horas
 Midríase do lado da lesão
— Pseudoxantoma Elástico
(opressão do oculomotor III -
— Doença policística Adulta COMUNICANTE POSTERIOR)
Escala de Hunt-Hess
Hunt-Hess I: assintomático ou cefaleia e rigidez de nuca leves, Glasgow = 15;
Hunt-Hess II: cefaleia e rigidez de nuca moderadas a graves, pode haver
acometimento de par craniano, Glasgow = 13-14;
Hunt-Hess III: estado confusional ou letargia, pode haver deficit neurológico focal
leve, Glasgow = 13-14;
Hunt-Hess IV: torpor, pode haver hemiparesia moderada a grave, Glasgow = 7-12;
Hunt-Hess V: coma, com ou sem descerebração, Glasgow = 3-6.
Diagnóstico Outros exames complementares
TC de crânio SEM CONTRASTE  Eletrocardiograma
— Arritimias
Na suspeita de HSA com imagem
normal, faz-se uma punção lombar — QT prolongado
para avaliação do líquor
— Anormalidades no segmento
— Xantocromia ST/onda T
Após o diagnóstico, deve-se fazer um  Troponina I
exame vascular — Elevada em 20 a 28% dos pacientes
durante as primeiras 24h
— Angio-tc, angio-rm

Escala de Fisher-TC (Topográfico)


Fisher I: sem sangue nas cisternas;
Fisher II: sangue nas cisternas e/ou espaços verticais (fissuras inter-hemisféricas,
cisterna insular, cisterna ambiente) com menos de 1 mm de espessura;
Fisher III: sangue nos espaços verticais com espessura maior ou igual a 1 mm, ou
presença de coágulos;
Fisher IV: hemoventrículo.
Complicações  Ressangramento
— 1° a 7° dias

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— Intervenção precoce (cirurgia) PA sistólica < 160mmHg
 Vasoespasmo — Neuroproteção
— 3° ao 14° dias (acompanhar com
Nimodipina: 60mg 4 em 4 horas por
doppler transcraniano)
14-21 dias (bloqueador do canal de
— Tratamento: indução de cálcio)
Hipertensão (antigo 3Hs)
II. Hemorragia
Intraparenquimatosa
Causas
Hipertensão (microaneurisma de
Charcot-Bouchard)
Angiopatia Amiloide (Idoso,
Alzheimer)
Manifestações
 Hidrocefalia  Hipertensão intracraniana
— Coágulo: bloqueia drenagem (cefaleia + 🔽 consciência)
liquórica  Déficit neurológico focal súbito
Diagnóstico
— Tratamento: derivação ventricular
 TC de crânio sem contraste
(Extrena ou peritoneal)
 Putame (gânglio da base)
Hiponatremia — Compressão da cápsula interna
— Hipovolemia: síndrome perdedora — Clínica: Hemiplegia contralateral
de sal
 Ponte
— Normovolemia: SIADH — Papila PUNtiforme
Tratamento
 Outras complicações  Suporte
 Anormalidades Cardíacas — Hipertensão intracraniana
 Edema Pulmonar PA sistólica 140mmHg
 Hiperglicemia
Mantendo PPC 50-70mmHg
 Convulsão
 Febre  Cirurgia
— Hematoma cerebelar > 3cm
 Morte
 Hidrocefalia Crônica
Tratamento
Internvenção precoce
— Até 3° dia ou só após o 14° dia
Clipagem cirúrgica
Endovascular (coil)
— Controle da PA

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Conceituação perivasculares de produtos da
 Diagnóstico anatômico ativação do complemento e da
 Doenças Vasculares imunoglobulina (IgM), demonstrando
predomínio de celularidade humoral
 Infecções do SNC
com produção de anticorpos e
 Diagnóstico sindrômico (doenças
ativação do sistema de
desmielinizantes)
complemento.
 Esclerose Múltipla
 Neuromielite Óptica Em 2004, foi identificada uma
Conceito imunoglobulina da subclasse IgG no
soro de pacientes com NMO, que se
A neuromielite óptica (NMO), ou liga ao canal de aquaporina-4 (AQP-
doença de Devic, é uma doença 4) na pia-máter, às arteríolas da
inflamatória, desmielinizante e substância branca e cinzenta da
autoimune do sistema nervoso medula espinal, ao cerebelo, ao
central (SNC), caracterizada pela mesencéfalo, ao diencé-falo, ao
produ-ção de anticorpos contra a corpo caloso e aos nervos ópticos de
barreira ratos.
hematoencefálica.Atualmente, são
reconhecidas duas formas clínicas: a Etiologia
NMO monofásica, ou doença de A NMO é 4 vezes mais prevalente em
Devic, classicamente descrita em mulheres e, ao contrário da EM,
1894, e a NMO recorrente, ou predomina em não caucasianos. Os
síndrome de Devic, com curso primeiros sintomas ocorrem entre a
recorrente de neurites ópticas (NO) e 3a e a 4a década da vida, sob a
mielites, podendo se apresentar de forma de NO e/ou mielite
forma simultânea ou em episódios inflamatória, com apresentação
independentes. mais incapacitante que na EM.
Fisiopatologia Habitualmente, a NO se manifesta
com perda visual além de 20/200 e
À microscopia, essas lesões são recuperação parcial, sendo comum o
caracterizadas por infiltrado celular acometimento bilateral.
constituído de macrófagos, linfócitos
B e eosinófilos e por depósitos Clínica

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 Encefalomielite Disseminada musculoesquelético. O fenômeno de
Aguda Raynaud, associado ao espasmo
Entre estes parâmetros, um dos mais vascular e à rigidez da pele
distintivos é o fato de que ADEM é constituem os aspectos clínicos
caracteristicamente precedida por essen-ciais da doença. As formas
uma doença febril sistêmica. Em clínicas predominantes incluem a
populações não vacinadas, uma esclerodermia sistêmica progressiva
doença infantil prodrômica (difusa) e a limita-da, como a
exantematosa é típica. No entanto, síndrome de CREST, a esclerodermia
um processo viral inespecífico localiza-da (morfeia) e a
respiratório ou gastrointestinal pode esclerodermia linear
ser o único antecedente. A ADEM é
— LES
uma doença que compromete
populações jovens, sobretudo — Dermatomiosite
crianças. Algumas revisões relatam
incidência estimada em 0,8/100.000 — Síndrome de Sjogren
e média de idade de 6,5 anos. — Síndrome antifosfolípide
Existem relatos em adultos e idosos,
mas a frequência é baixa. Doenças autoimunes órgão-
específicas
A ADEM é classicamente uma
doença monofásica, usualmente pré- — Doença de hashimoto
puberal, com recuperação — Doença de graves
significativa ou completa e sem
recorrência. A EM surtorremissiva, — Doença autoimune poliglandulares
por sua vez, é uma doença pós-
Sistema Neurológico
puberal, recorrente e propensa a
causar sequelas neurológicas. — Miastenia grave
Historicamente, o sarampo e a — Esclerose Múltipla
varíola constituíram clássicos
— Síndrome miastênica de Lambert-
desencadeantes de ADEM. A latência
Eaton
entre a doença febril e o início dos
sintomas neurológicos é de, em
média, 7 a 14 dias.
 Diagnóstico etiológico
(autoimune)
 Doenças autoimunes sistêmicas
— Artrite reumatoide
— Esclerose sistêmica
As manifestações clínicas são
decorrentes de uma in-flamação
ativa, que leva à fibrose progressiva
da pele e vas-culopatia de outros
órgãos, incluindo pulmões, coração,
trato gastrointestinal, rins e sistema

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Definição Fisiopatologia
Doença desmielinizante do SNC, de 💡 Agressão inflamatória autoimune
mecanismo inflamatório autoimune, (geralmente linfócitos T) sobre a
acometendo, sob a forma de lesões bainha de mielina dos axônios do
características chamadas de SNC... Lembre-se de que quem
“placas”, a substância branca do sintetiza mielina no SNC são os
cérebro, tronco encefálico, cerebelo, oligodendrócitos, enquanto a síntese
medula espinhal e, tipicamente, o de mielina no sistema nervoso
nervo óptico. periférico fica a cargo das células de
Schwann! A perda da mielina envolve
Epidemiologia
perda de fatores tróficos produzidos
Mais comum em mulheres brancas
por essa camada protetora, levando
(3:1) na faixa etária de 35-50 anos.
à degeneração axonal permanente
Depois do trauma, é a segunda maior
(o que explica porque após alguns
causa de incapacidade neurológica
anos as sequelas da EM acabam se
em pessoas jovens. Pode acometer
tornando irreversíveis).
crianças com menos de 2 anos de
idade (diagnóstico diferencial com
encefalomielite disseminada aguda).
Acomete mais pessoas europeias,
mas a frequência em negros está
aumentando.
 80-85% (Ciclo recidivante)
 10-15% (Doença progressiva)
Etiologia
Embora a EM tenha sido
classicamente considerada uma
doença da substância branca do
sistema nervoso central, atualmente,
há evidências substanciais que
respaldam o envolvimento tanto da
substância branca quanto da 💡 A EM ataca as bainhas de mielina
cinzenta. dos feixes de axônios do encéfalo, da
medula espinhal e dos nervos
Estão envolvidos mútiplos genes, mas ópticos. A palavra esclerose é
a maior contribuição parece ser dos derivada do grego para definir
HLA. Além disso, os fatores “endu- recimento”, que descreve as
ambientais mais influentes são lesões que se desenvolvem ao redor
toxinas, exposições virais e exposição de feixes de axônios, e a esclerose é
à luz do sol. O vírus Epstein-Barr é o múltipla porque a doença atinge
vírus que demonstra mais relação, muitos sítios no sistema nervoso ao
além do Herpes-Vírus. mesmo tempo.
Algumas literaturas notam que a A EM é uma doença autoimune do
recidiva pode ocorrer por infecções SNC, mediada por células t
ou ainda alterações hormonais pós- autorreativas, que reconhecem
parto. antígenos derivados da mielina

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produzida pelos oligodendrócitos. 2- Doença Progressiva
Células T an´tigenos-específicas são
A doença progressiva, seja
encontrdas no sangue e no LCR de
progressiva primária (acumulação
paciente com EM, em diferentes
progressiva de incapacidade desde o
estágios de ativação. A ativação de
início) ou progressiva secundária
células T-helper autorreativas
(acumulação progressiva de
desencadeia uma cascata
incapacidade após um ciclo
imunológica que culmina com a
recidivante inicial), tem quatro
ativação de linfócitos B, T, CD8 e
possíveis subclassificações que
macrófagos, levando à invasão do
levam em conta o nível de
SNC, à ativação da micrógliae a
incapacidade:
subsequente produção de
anticorpos, citoquinas, quemoquinas — Ativa e com progressão (o
e outros mediadores inflamatórios, indivíduo teve um ataque e também
provocando a destruição da mielina está piorando gradualmente)
e a formação de placas.
— Ativa, mas sem progressão (por
Classificação exemplo, o indivíduo teve um ataque
1- Doença Recidivante dentro de um período especificado
anteriormente [isto é, 1 ano, 2 anos])
A síndrome clinicamente isolada
(SCI) é uma síndrome bem definida, — Não ativa, mas com progressão
como neurite óptica, disfunção do (por exemplo, a velocidade de
tronco cerebral/cerebelo ou mielite caminhada diminuiu)
parcial, que não atende aos critérios
de disseminação no espaço e no — Não ativa e sem progressão
tempo. É considerada parte do (doença estável).
espectro da EM recidivante. A SCI Quadro Clínico
pode ser ativa ou não ativa. Caso O tipo mais comum é o
haja um evento clínico ou atividade remitenterelapsante , em que cada
radiológica (realce por gadolínio ou surto se apresenta de forma aguda
lesões novas/aumentadas em T2) ou subaguda, com disfunção
subsequente após o evento inicial na neurológica focal. Os sintomas
SCI, ela se torna EM remitente iniciais mais comuns são:
recidivante.
(1) paresia (mono ou hemiparesia);
A EM remitente recidivante (EMRR)
requer evidências clínicas e/ou de (2) deficit sensorial localizado
ressonância nuclear magnética (hipoestesia);
(RNM) da disseminação no espaço e (3) neurite óptica – dor ocular
no tempo. A EMRR é também associada à perda da acuidade
caracterizada como ativa ou não visual.
ativa dentro de um período
especificado (por exemplo, 6 meses, É interessante notar que, na maior
1 ano). Como base, as avaliações da parte das vezes, a neurite óptica é
atividade da doença devem ser retrobulbar e não pode ser detectada
conduzidas pelo menos uma vez ao no exame de fundo de olho... É por
ano. isso que se diz “o paciente não
enxerga nada, e nem o médico...”.
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Outras apresentações comuns são: — Sexo feminino
diplopia ( oftalmoplegia internuclear — Idade 20 a 40 anos
– perda da adução de um ou ambos
— Marcha escavante ou talonante
os olhos), ataxia, vertigens e
disfunção vesical. Dois ou mais deficit — Cãibras nas pernas
provenientes de diferentes áreas do
SNC são a regra, especialmente após — Fadiga
uma história de múltiplos surtos — Polaciúria
(lesões cumulativas). Uma forma
evolutiva menos comum é a forma — Disfunção intestinal
progressiva (piora inexorável dos — Espasticidade/aumento do tônus
sintomas), que pode ser secundária muscular
(após 20-40 anos tendo surtos) ou
primária. Deve-se ressaltar: o deficit — Aumento dos reflexos tendinosos
da esclerose múltipla piora
— Falta de equilíbrio/coordenação
caracteristicamente com o aumento
da temperatura corporal (sinal de — Disco óptico pálido ou perda da
Uhthoff), o que tende a ser visão incorrigível
reversível!!! A doença costuma
— Respostas incorretas aos cartões
evoluir para a disfunção motora
do teste de cores de Ishihara
grave, em um período médio de 15
anos... — Movimentos oculares anormais
(incomuns)
O sinal de Lhermitte é uma sensação
de “choque elétrico” que desce da Exame Físico
região cervical para os membros  Fundoscopia
inferiores, a qual é desencadeada  Visão das cores
pelos movimentos de flexão- A visão das cores deve ser avaliada
extensão da cabeça... É um achado para verificar a dessaturação do
frequente nos casos de EM, porém vermelho (um sinal mais sutil de
deve-se fazer o diagnóstico neurite óptica).
diferencial com doenças da medula
cervical, como a siringomielia, a  Movimentos Oculares
espondilose e a hérnia de disco! Os movimentos oculares também
podem ser particularmente
reveladores, uma vez que os
Distúrbio Visual em um olho (visão pacientes podem desenvolver uma
embaçada ou acinzentada em um oftalmoplegia intranuclear (OIN) ou
dos olhos, podendo ter dor na outras anormalidades na ausência
movimentação e perda da de sintomas. A presença de nistagmo
diferenciação de cor) ou movimentos sacádicos anormais
pode sugerir uma lesão no cerebelo.
Fenômenos Sensitivos (Sensação de
placa molhada, formigamento,  Tônus
choque e queimação) A avaliação do tônus e dos reflexos
nos membros superiores e inferiores
Outros fatores diagnósticos é importante para procurar sinais

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dos neurônios motores superiores,  Função do tronco encefálico
como espasticidade e hiper-reflexia. (nistagmo, disatria, engolir)
Marcha  Função sensitiva (tato, dor,
propriocepção, vibração)
A marcha deve ser avaliada  Função vesical e intestinal
cuidadosamente, de preferência  Função visual
observando-se o paciente caminhar
 Função cerebral
por pelo menos 7.6 metros (25 pés).
Os sinais podem incluir leve  Outra função
arrastamento do pé, assim como
problemas de espasticidade e
equilíbrio.
Diagnóstico
É dado pelo quadro clínico, podendo
ser complementado – ou não – pela
RM e pela punção lombar... O
principal critério é o envolvimento de
duas ou mais áreas distintas do SNC,
com intervalo ≥ 1 mês entre o
surgimento de cada lesão, na
ausência de outras explicações para
o quadro. Ressalte-se que a presença
isolada de sintomas não basta... É
preciso demonstrar objetivamente a
existência de deficit neurológico ou
lesão (daí a grande utilidade da RM e
dos potenciais evocados – ver
adiante).

 Critérios de McDonald
Dois ou mais surtos; evidência clínica
objetiva de 2 ou mais lesões ou
evidência clínica objetiva de 1 lesão
com evidência histórica razoável de
surto prévio.

 Critérios dos sistemas funcionais


Função piramidal (hemiparesia,
quadriplegia)
 Função cerebelar (ataxia,
fraqueza)

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Diagnósticos Diferenciais

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Exames Complementares quatro ou oito semanas). Esta forma
(1) RM = envolvimento da substância de tratamento controla bem o
branca (geralmente periventricular, quadro agudo, mas não tem nenhum
bilateral e simétrico, além de ser efeito sobre a progressão da
típico o acometimento UNILATERAL doença...
do nervo óptico, bem como a
» metilprednisolona: 1000 mg por via
presença de “placas” posterolaterais
intravenosa uma vez ao dia por 3
da medula espinhal);
dias; vários esquemas orais foram
(2) Exame de potenciais evocados = relatados,
pesquisa de condução neuronal
 Terapia crônica (modificadores
alterada em regiões cujo
de doença)
acometimento pela EM é típico,
— interferon beta-1a (Avonex® ou
porém não há relato de sintomas
Rebif®),
(ex.: potenciais evocados no campo
visual evidenciam alterações não » betainterferona 1a: 30
antes percebidas pelo paciente); microgramas por via intramuscular
uma vez por semana; ou 44
(3) Punção lombar = o liquor mostra
microgramas por via subcutânea
bandas oligoclonais de IgG, porém
três vezes por semana
esse achado não é sensível e
tampouco específico (indica apenas As preparações com betainterferona
a ocorrência de produção intratecal são metabolizadas no fígado e
de anticorpos, o que pode ser requerem monitoramento periódico
observado nas infecções do SNC). A do hemograma completo e da função
grande utilidade da punção lombar é, hepática.
portanto, o diagnóstico diferencial
com outras condições, A betapeginterferona 1a também
especialmente as infecciosas... está disponível em formulação
subcutânea e é administrada a cada
(4) Avaliação Laboratorial - 2 semanas.
Descartar doença tireoidiana,
deficiência de vitamina B12 e — interferon beta-1b (Betaseron®)
Diabetes Mellitus. » betainterferona 1b: 250
(5) Teste de anticorpos para microgramas por via subcutânea
distúrbios do espectro da uma vez ao dia em dias alternados
neuromielite óptica - positivo em — acetato de glatirâmer
distúrbios do espectro da (Copaxone®). De uma forma geral,
neuromielite óptica essas drogas reduzem as recidivas
Tratamento da doença em 1/3.
 Surtos » glatirâmer: (solução de 20 mg/ml)
O primeiro passo é verificar se não há 20 mg por via subcutânea uma vez
nenhuma infecção concomitante. ao dia; (solução de 40 mg/ml): 40 mg
por via subcutânea três vezes por
Devem ser tratados com
semana
metilprednisolona em pulsoterapia 1
g IV por três a cinco dias, seguida de O glatirâmer está disponível em
prednisona VO (geralmente por mais diferentes formulações subcutâneas
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que podem ser administradas uma em pacientes adultos com EMRR. Ele
vez ao dia ou três vezes por semana. é administrado em infusão
intravenosa por dois ciclos de
Outros medicamentos
tratamento separados por 12 meses.
— Natalizumabe (Tysabri) Uma revisão Cochrane concluiu que,
em comparação com a
O natalizumabe (Tysabri®) é um betainterferona 1a, o alentuzumabe
anticorpo monoclonal contra o VLA- reduziu a proporção de pacientes
4, uma molécula de adesão com EMRR que apresentaram
leucocitária que facilita a entrada de recidivas, progressão da doença,
leucócitos autorreativos no SNC... É a alteração na escala expandida do
droga mais eficaz para o controle da estado de incapacidade e
doença (66% de redução nas desenvolvimento de novas lesões em
recidivas), porém, devido a dois T2 à RNM ao longo de 24-36 meses.
relatos de infecção fulminante
(leucoencefalopatia multifocal O alentuzumabe deve ser
progressiva) por reativação do vírus administrado em um hospital com
JC (presente em estado latente na acesso imediato a instalações de
maioria da população), recomenda- terapia intensiva e especialistas que
se que o natalizumabe seja possam gerenciar reações adversas
reservado aos casos refratários à graves. Os sinais vitais devem ser
terapia convencional... monitorados antes e durante cada
infusão, os testes de função hepática
— Mitoxantrona devem ser realizados antes e durante
A mitoxantrona (Novantrone®) é um o tratamento e os pacientes devem
quimioterápico com propriedades ser monitorados quanto a sinais de
imunossupressoras, utilizado como ativação imune patológica. Os
primeira escolha no tratamento da pacientes devem ser informados
forma progressiva da EM. sobre os sinais e sintomas dessas
condições a cada infusão e
Pacientes que recebem essa droga aconselhados a procurar
devem ser monitorizados atendimento médico imediato caso
periodicamente com apresentem sintomas.
ecocardiograma, pois trata-se de
uma substância extremamente Esquematização
cardiotóxica (a dose máxima
cumulativa costuma ser atingida
após 2-3 anos de uso)... Como
alternativas aos tratamentos citados
dispomos de: metotrexato,
azatioprina, ciclofosfamida e Prognóstico
imunoglobulina intravenosa, os quais É muito difícil fazer um prognóstico
são menos eficazes... efetivo para pacientes com esclerose
— Alentuzumabe múltipla (EM). Alguns pacientes têm
um curso muito benigno e/ou
Anticorpo monoclonal direcionado respondem bem ao tratamento, ao
contra o antígeno CD52, o passo que outros tornam-se
alentuzumabe é aprovado para uso incapacitados rapidamente poucos
18
anos após o diagnóstico. Um estudo
de acompanhamento em longo
prazo de um ensaio de
betainterferona 1b em pacientes com
EM sugeriu que os desfechos físicos e
cognitivos em longo prazo podem ser
determinados, em grande parte, no
início do curso da doença.

Vários fatores favorecendo um


prognóstico melhor têm sido
relatados em estudos demográficos
realizados na fase pré-tratamento e
incluem sexo feminino, sintomas
sensitivos ou início com neurite
óptica. Fatores de pior prognóstico
incluem recidivas frequentes e início
com sintomas motores ou
cerebelares.

19
Conceito Raiz e nervo periférico
Unidade motora inferior - Tudo o que
— Perda sensitiva em bota e luva
está abaixo do neurônio motor
decorrente de bloqueios de condução
inferior (corpo celular, raiz anterior,
cumulativa de lesões
plexo, nervo e junção
desmielinizantes.
neuromuscular).
—Dor em função de geração de
É uma síndrome de rápida
impulsos ectópicos ao longo de todo
progressão (até 4 semanas),
nervo.
caracterizada por:
 Junção neuromuscular
— Fraqueza muscular
— Há défcits de predomínio proximal
— Flacidez (hipotonia) nos membros, que podem afetar os
músculos cranianos e das cinturas
— Reflexos diminuídos ou abolidos
escapulares e pélvicas.
Fisiopatologia
— Comprometimento pré-sináptico
 Medula (Síndrome miastênica de Lambert-
— Os pacientes tem os sentidos Eaton) ➡ Sinais autonômicos e
afetados apenas do nível acometido aumento da força com o exercício
para baixo.
— Comprometimento pós-sináptico
— Os níveis acima daquele afetado
(Miastenia Gravis) ➡️
não tem qualquer acometimento.
Fatigabilidade e piora com o esforço
— Manifestação de retenção urinária físico
e/ou fecal.
 Músculo
— Acometimento do neurônio motor: — Musculatura cervical e cintura
ELA, amiotrofia espinal progressiva e (proximal)
poliomielite.
Investigação Diagnóstica

20
Diagnóstico Diferencial O diagnóstico é baseado no exame
Síndrome Miastênica (Eaton eletrofisiológico, sendo a ENMG
Lambert) muito importante para o diagnóstico
e para o diagnóstico diferencial com
A SMEL é uma doença autoimune
miastenia grave.
rara, idiopática ou paraneoplásica,
Caracteristicamente, há redução do
desencadeada pela produção de
potencial de ação motor composto
anticorpos anticanais de cálcio
(PAMC) a estimulações repetitivas
voltagem-dependente, o que
de baixa frequência, porém, ao
bloqueia a entrada desse íon no
estímulo com frequências elevadas (>
terminal, determinando
30 Hz) ou após exercício intenso e
impedimento à ligação das vesículas
rápido, ocorre aumento desse
de acetilcolina à membrana pré-
potencial de até 200%.34 A
sináptica e sua consequente
confirmação diagnóstica está
liberação para a fenda sináptica. A
relacionada com teste sorológico
prevalência de SMEL é estimada em
para anticorpos anticanais de cálcio,
2 a 2,5/milhão, com maior incidência
que se encontram presentes e
em tabagistas, com pico de idade na
aumentados em 75 a 90% dos
5ª e 6ª décadas.
pacientes, mas não se relacionam
Clinicamente, ocorre fraqueza com com a gravidade do acometimento.
fadigabilidade, porém,
Tratamento sintomático é realizado
diferentemente da MG, a fraqueza
com 3,4-DAP, um bloqueador de
proximal predomina em 62% dos
canal de potássio voltagem-
casos nos membros inferiores e, em
dependente, permitindo-se aumento
menor intensidade, nos membros
da liberação de acetilcolina pelo
superiores e olhos, além de poupar a
terminal nervoso e melhora motora.
musculatura de inervação bulbar. A
A dosagem recomendada é de 5 a 25
fraqueza aparece com exercícios,
mg/dia. Entre os efeitos adversos,
porém, por vezes, os primeiros
incluem-se parestesias periorais e
movimentos desencadeiam aumento
digitais, insônia e crise convulsiva.
temporário da força muscular. Os
Alguns pacientes melhoram da
reflexos tendinosos estão hipoativos
fraqueza com o uso de drogas
ou abolidos. Sintomas autonômicos,
anticolinesterásicas (piridostigmina)
como boca seca, impotência,
ou com guanidina (5 a 30 mg/kg,
constipação, hipotensão postural,
diariamente).
diminuição da sudorese e visão
embaçada, são reportados em mais Pacientes com sintomas mais
de 80% dos casos. Em cerca de 50 a limitantes necessitam de tratamento
70% dos casos, há associação com com imunossupressores
câncer, mais comumente com (corticosteroide, azatioprina).
carcinoma de pequenas células do Plasmaférese e imunoglobulina
pulmão. Os sintomas neurológicos humana endovenosa induzem
geralmente precedem o diagnóstico melhora significante, mas
de câncer. Associa-se, temporária.
frequentemente, com outras doenças
Nas formas paraneoplásicas, o
autoimunes.
tratamento do tumor é fundamental.

21
Para associação com carcinoma de — Sorologia para os sorotipos de vírus
pequenas células do pulmão, o da poliomielite, outros enterovírus e
tratamento inicial é quimioterápico. vírus do Nilo Ocidental
Uma vez que o diagnóstico seja feito, Tratamento
é imperativa a pesquisa para tumor — Cuidados de suporte
maligno. TC ou RM de tórax podem
O tratamento convencional da
revelar a presença de tumor oculto.
poliomelite é de suporte, com
Se os exames forem normais, há
repouso e uso de analgésicos e
necessidade de repeti-los
antipiréticos, quando necessário.
periodicamente.
Não há terapia antiviral específica.
 Miosítes (Miopatias
Prevenção
Inflamatórias)
— Todos os lactentes e crianças
 Dermatomiosite devem ser imunizados com a vacina
 Polimiosite contra poliomelite. A American
 Miosite com corpos de inclusão Academy of Pediatrics recomenda
 Miopatia Necrotizante vacinação aos 2, 4 e aos 6 a 18 meses
de idade e uma dose de reforço aos 4
a 6 anos (ver tabela Cronograma de
 Poliomielite
imunização recomendada para 0 a 6
Conceito
anos de idade). Vacinação na
— Poliomielite é uma infecção aguda
infância produz imunidade em > 95%
causada por um poliovírus (um
dos vacinados.
enterovírus)
 Mielite Transversa Aguda
Manifestações Clínicas
Conceito
— As manifestações incluem doença — Inflamação aguda das substâncias
leve e inespecífica (poliomielite branca e cinzenta, em um ou mais
abortiva); algumas vezes, meningites segmentos adjacentes da medula
assépticas sem paralisia (poliomielite espinal, geralmente torácicos.
não paralítica); e, menos
Causas
frequentemente, fraqueza flácida de
— Esclerose múltipla
vários grupos musculares
(poliomielite paralítica) — Nueromielite óptica
Diagnóstico (é clínico, mas pode ser — Inflamação autoimune
confirmado com esses exames)
— Pós infecciosa
— Punção lombar
— Vasculites
— Cultura viral (fezes, garganta e
Sintomas
líquido cefalorraquidiano)
— Déficts motores bilaterias (abaixo
— Reação em cadeia da polimerase
da lesão)
com transcriptase reversa do sangue
ou líquido cefalorraquidiano — Déficits sensoriais (abaixo da
lesão)
— Déficts esfincterianos

22
Diagnóstico  Sentido (3°)
— Ressonância Magnética
— Análise de Liquido 3- Reflexo
Cefalorraquidiano
 Sentido
— Exames de sangue  Corno posterior da medula
Tratamento  Cruza para o corno anterior da
medula
— Plasmaférese  Dispara o nervo motor
— Corticoides (Movimento)

I. Guillain-Barré
Conceitos
Polirradiculoneuropatia aguda e
autolimitada
— Poli (Simétrica)
— Radiculo (Acomete as raízes
nervosas)
— Neuropatia (Nervos periféricos)
Doença desmielinizante, autoimune,
das raízes e nervos periféricos
História de infecção em 75% dos
pacientes (Campylobacter jejuni)
Clínica
Neuroanatomia e Neurofisiologia  Fraqueza
Para entender essa doença,  Flacidez
precisaremos revisar como o  Arreflexia
movimento ocorre, separando em
três momentos:  Simétrica
1- Movimento  Ascendente (90%)
 Ausência de atrofia muscular
 Córtex motor (1° Neurônio)
significativa
 Cruza no bulbo
 Disautonomias (arritmia,
 Chega no corno anterior da
hipotensão)
medula
 Dor lombar
 Deflagra o movimento
 Sensibilidade e esfíncteres
2- Sensitivo
geralmente preservados
 Córtex sensitivo (1°)  Paralisia de par craniano (3° ao
 Tálamo 12°)
 Chega no corno posterior da  Insuficiência respiratória
medula (2°) — Atenção com a capacidade vital -
pressão inspiratória

23
Subclassificação Clínica

Diagnóstico
Punção lombar
— Dissociação proteinocitológica no
líquor (muita proteína e pouca célula)
Tratamento
Plasmaférese
Imunoglobulina
⚠️ Não se utiliza corticoides ⚠️

24
II. Miastenia Gravis Fisiopatologia
Conceito A junção neuromuscular tem como
A miastenia gravis (MG) é causada finalidade transmitir o impulso
por um defeito da transmissão elétrico no neurônio motor para a
neuromuscular (TNM), devido a um fibra muscular e desencadear a
ataque mediado por anticorpos aos contração. Um sinal elétrico ao
receptores nicotínicos de acetilcolina alcançar o axônio motor terminal
(AChR) ou à tirosinoquinase resulta na liberação de quanta de
muscular específica (MuSK) na acetilcolina (ACh) na fenda sináptica
junção neuromuscular. Caracteriza- por meio da fusão das vesículas com
se por fraqueza flutuante, que a membrana. A ACh liberada atua
melhora com inibidores da como sinal químico, que atravessa
colinesterase. então a fenda sináptica e liga-se ao
AChR na membrana da fibra
Epidemiologia muscular pós-sináptica,
Igualmente homens e mulheres >40 desencadeando um potencial de
anos de idade ação da fibra muscular e sua
contração subsequente.
3x mais comuns em mulheres <30
anos de didade

Crise Miastênica CV < 15 a 20 mℓ/kg (ou CV < 1 ℓ)


 Clínica FIN > –20 cmH2O
— Disartria
PEM < 40 cmH2O
— Disfagia
— Laboratório
— Fraqueza
PCO² > 50mmHg
 Sinais Laboratoriais
— Provas de função pulmonar
25
 Causas — Anti-AChr (80% dos pacientes)
— Pós infecção respiratória
— Anti-Musk
— Cirurgia de grande porte
2- Eletroneuromiografia
— Medicamentos
— Estimulação nervosa repetitiva
Clínica
— Valor do decremento acima de 10
 Fraqueza flutuante ou 12% (pós-sinaptica)
— Parte proximal dos braços ou das
pernas 3- Outros exames complementares
(Diagnóstico Diferencial)
— Algumas vezes parte distal dos
braços/mãos — Hemograma
— Axial: flexores > extensores do — Função renal e hepática
pescoço
— Eletrólitos
 Diplopia
— VHS, TSH, T4
— Fraqueza dos músculos
extraoculares Classificação
— Pode assemelhar-se à OIN  Tipo de Manifestação
As variações prolongadas maiores
 Ptose são denominadas remissões ou
— Frequentemente assimétrica exacerbações; quando uma
exacerbação envolve os músculos
 Disartria
respiratórios a ponto de exigir
—Fala anasalada
intubação e ventilação mecânica
— NMI assistida, é denominada crise. Pode-
se aliviar uma “exacerbação” por
 Disfagia
meio de ventilação não invasiva, ou
 Insuficiência respiratória ela pode representar um
— Dispneia agravamento transitório, sem
— Hipoxia como achado tardio desconforto respiratório. As
variações parecem algumas vezes
Diagnóstico Clínico estar relacionadas com o exercício;
O quadro clínico bem-definido de essa característica e a natureza da
fraqueza flutuante, melhora com o anormalidade fisiológica foram há
repouso e sintomas oculares pode muito tempo designadas como
estabelecer diretamente o fatigabilidade excessiva; todavia,
diagnóstico de MG. existem razões práticas para se
Testes que podem ser feitos retirar a ênfase na fatigabilidade
como uma característica central da
— Testes com anticolinesterásicos MG.
(edrofônio ou neostigmina)
— Teste do gelo
 Exames
1- Dosagens de anticorpos

26
Myastenia Gravis Foundation of America
classe I: qualquer grau de fraqueza ocular, todos os outros músculos estão
normais;
classe II: fraqueza suave afetando outros músculos além dos oculares, também
pode haver fraqueza ocular de qualquer intensidade;
– classe IIA: afeta predominantemente os membros, a musculatura axial ou
ambos. Pode haver menor envolvimento da musculatura orofaríngea; – classe IIB:
afeta predominantemente a musculatura orofaríngea e respiratória ou ambas.
Pode haver menor ou igual envolvimento dos membros, da musculatura axial ou
de ambos;
classe III: fraqueza moderada afetando outros músculos além dos oculares. Pode
haver fraqueza ocular de qualquer intensidade; – classe IIIA: afeta
predominantemente os membros, a musculatura axial ou ambos. Pode haver
menor envolvimento da musculatura orofaríngea;
– classe IIIB: afeta predominantemente a musculatura orofaríngea e respiratória
ou ambas. Pode haver menor ou igual envolvimento dos membros, da
musculatura axial ou de ambos;
classe IV: fraqueza grave afetando outros músculos além dos oculares. Pode
haver fraqueza ocular de qualquer intensidade; – classe IVA: afeta
predominantemente os membros e/ou a musculatura axial. Pode haver menor
envolvimento da musculatura orofaríngea;
– classe IVB: afeta predominantemente a musculatura orofaríngea e respiratória
ou ambas. Pode haver menor ou igual envolvimento dos membros, da
musculatura axial ou de ambos;
classe V: definida por entubação orotraqueal com ou sem ventilação mecânica
(exceto quando utilizada durante procedimento pós-operatório de rotina).
Tratamento Pode não reduzir em casos de
1- Medicamentoso mulheres jovens que precisem de
altas doses de medicamentos
Anticolinesterásico (piridostigmina)
3- Plasmaférese e gamaglobulina
Corticosteroide (prednisona)
Utilizados em quadros de crise
Imunossupressores (azatioprina,
miastência (insuficiência
ciclosporina e ciclofosfamida)
respiratória)
2- Cirúrgico
Formas Especiais
Timectomia (em caso de timoma)  Miastenia Neonatal
Cerca de 12% dos lactentes nascidos
Reduz a necessidade de medicação
de mães miastênicas apresentam
por alguns anos.
uma síndrome que se caracteriza por
comprometimento da sucção, choro
fraco, membros flácidos e,

27
excepcionalmente, insuficiência
respiratória. Os sintomas começam
nas primeiras 48 h e podem durar
vários dias ou semanas, depois do
que as crianças mostram-se
normais. As mães habitualmente são
sintomáticas, mas podem estar em
remissão completa; em ambos os
casos, pode-se demonstrar a
presença de anticorpos anti-AChR
tanto na mãe quanto na criança. Os
sintomas desaparecem quando os
títulos de anticorpos no lactente
declinam.
 Miastenia congênita
As crianças com MG congênita,
embora raramente encontradas,
exibem várias características. As
mães são assintomáticas e não
apresentam anticorpos anti-AChR
circulantes no sangue. Em geral, não
ocorre nenhum problema no período
neonatal; em vez disso, a
oftalmoplegia constitui o sinal
dominante posteriormente na
lactância. A fraqueza dos membros
pode ser evidente. A afecção é
frequentemente familiar. Não são
encontrados anticorpos dirigidos
contra o AChR, porém observa-se
uma resposta decrescente à
estimulação repetitiva.
 Miastenia induzida por fármacos
O melhor exemplo dessa condição
ocorre em pacientes tratados com
penicilamina para artrite
reumatoide, esclerodermia ou
degeneração hepatolenticular
(doença de Wilson). As
manifestações clínicas e os títulos de
anticorpos anti-AChR assemelham-
se aos da MG típica do adulto;
entretanto, ambos desaparecem
com a interrupção da administração
do fármaco.

28
Questões de Residência UTI. Sobre o assunto, é CORRETO
1.A escala de Glasgow é uma escala afirmar:
neurológica que permite
A) O Hematoma epidural é a
medir/avaliar o nível de consciência
principal causa de internações em
de uma pessoa que tenha sofrido um
UTI em pacientes com TCE .
traumatismo crânio-encefálico. É
usada durante as primeiras 24 horas B) Hematomas subdurais
posteriores ao trauma e avalia vários apresentam-se como imagens
parâmetros. Assinale a opção que os biconvexas hiperdensas.
agrupa
C) Hematoma subdural agudo é
A) Abertura ocular, resposta causado, na maioria das vezes, por
motora e resposta verbal. lesão da artéria meníngea média.
B) Abertura ocular, reposta D) Contusões cerebrais predominam
sensitiva e resposta verbal. em áreas frontotemporais e são
consequência do contragolpe da
C) Reposta sensitiva, resposta
superfície cortical contra estruturas
motora e reposta verbal.
rígidas.
D) Abertura ocular, resposta
sensitiva e resposta motora.
4. As principais complicações tardias
de um trauma crânio-encefálico são:
2. O traumatismo crânio encefálico
A) hidrocefalia, fístula
(TCE) é uma das causas mais
carotidocavernosa, fístula liquórica e
comuns de trauma em crianças,
crises convulsivas.
sendo responsável por alto índice de
internamento hospitalar, com B) síncope, polineuropatia,
significativa taxa de morbidade e enxaqueca e amnésia.
mortalidade. O TCE é classificado de
acordo com a severidade da injúria C) hemorragia cerebral, nevralgia do
traumática e a partir de trigêmeo, pernas inquietas e
características como a Escala de enxaqueca.
Coma de Glasgow (ECG). Assinale D) apneia do sono, trombose venosa
abaixo a ECG correspondente a um cerebral, epilepsia e fístula liquórica.
TCE moderado:
E) isquemia cerebral, pernas
A) 3-4. inquietas, tremores e rigidez.
B) 3-8.
C) 9-12. 5. Sobre o traumatismo crânio
D) 13-15. encefálico (TCE), assinale com V as
afirmativas verdadeiras e com F as
falsas.
3. Hemorragias intracranianas pós ( ) As lesões cerebrais consequentes
Trauma Crânio Encefálico (TCE) são ao traumatismo cranioencefálico
causa recorrente de internação em

29
(TCE) primárias devem-se ao A) déficit motor do tipo tetraparesia
impacto direto do trauma. ou plegia.
( ) Lesões axonais difusas B) flacidez.
frequentemente têm grande
C) hiperreflexia.
expressão em imagens por
tomografia computadorizada. D) dificuldade respiratória de grau
variado.
( ) Hematomas extradurais podem
evoluir rapidamente para coma e E) arreflexia profunda.
morte se não tratados
cirurgicamente a tempo.
( ) Pela diferença entre os valores da 8. Qual é a complicação urológica
pressão arterial sistólica e da pressão mais frequente nos pacientes com
intracraniana, infere-se o da pressão disfunção vesical após trauma
de perfusão cerebral. raquimedular com secção completa?

Assinale a sequência correta. A) Bexiga de pequena capacidade.

A) V F V F B) Litíase vesical.

B) F V F V C) Litíase renal.

C) V F F V D) Infecção urinária.

D) F V V F E) Hematúria.

6. Um trabalhador sofreu 9. Qual escala de avaliação dos sinais


traumatismo raquimedular que e sintomas que podem ajudar no
provocou, além de paralisia dos diagnóstico do nível da lesão no
músculos intercostais e abdominais, Trauma Raquimedular?
dificuldade respiratória importante e A) Hamsay.
tetraplegia. Qual é a área da coluna
vertebral de ocorrência de tal trauma B) ASIA.
ou lesão? C) Braden
A) Cervical. D) Cincinnati.
B) Torácica
C) Lombar. 10. Paciente tetraplégico, trauma
D) Sacral. raquimedular T3, chega ao centro
cirúrgico para desbridamento de
escara sacral. Com base no exposto,
7. A respeito da fase aguda do assinale a alternativa correta.
trauma raquimedular em região A) Não necessita de anestesia devido
cervical. Assinale a alternativa à altura da lesão medular.
INCORRETA:
B) A hiperreflexia autonômica é rara.

30
C) Bloqueador neuromuscular paciente com síndrome medular
despolarizante está indicado nesse anterior decorrente de trauma
paciente. raquimedular apresenta:
D) Bloqueio do neuroeixo é uma A) comprometimento motor variável
opção. com preservação da propriocepção
E) a necessidade de bloqueador B) perda das funções motora e
neuromuscular adespolarizante está proprioceptiva unilaterais
diminuída.
C) perda da função motora e
preservação da sensibilidade tátil
11. Um paciente idoso, vítima de D) perda da sensibilidade tátil e
trauma raquimedular (TRM) por preservação da função motora
mecanismos de hiperextensão,
E) comprometimento motor dos
apresenta déficit motor
membros inferiores mais
desproporcionalmente maior nas
incapacitante que o dos superiores
extremidades superiores que nas
inferiores. A Síndrome que melhor se
encaixa:
14. A esclerose múltipla (EM) é uma
A) Brown-Séquard doença que se caracteriza por um
processo inflamatório na substância
B) Medular Anterior
branca do sistema nervoso central
C) Medular Central (SNC). Em relação ao assunto,
assinale a alternativa correta.
D) Medular Posterior
A) Agentes virais ou outros antígenos
ambientais não podem ser gatilho
12. A síndrome que ocorre por um para a manifestação da doença em
trauma raquimedular, caracterizada pacientes geneticamente suscetíveis.
por perda da função motora de um
B) A EM é a doença inflamatória
lado do corpo e perda de
menos frequente do SNC em adultos
sensibilidade dolorosa e térmica
jovens.
contralateral, é conhecida como:
C) É uma doença progressiva, porém
A) Brown-Sequard.
mesmo com o passar do tempo os
B) corda anterior. sintomas não causam incapacidade
locomotora.
C) corda posterior.
D) A utilização de glicocorticoides
D) corda central para o controle dos surtos foi
E) cauda equina. proscrito, pois não apresenta
nenhuma eficácia.
E) O alvo da agressão imune é a
13. Durante o verão, é bastante bainha de mielina e os
comum a ocorrência de pacientes oligodendrócitos do sistema nervoso
vítimas de lesão medular devido a central.
mergulho em águas rasas. O
31
15. Assinale a opção que indica o E) Sinal dos dedos de Dawson.
fármaco que é administrado por via
oral, para o tratamento da esclerose
múltipla. 18. Em algumas situações faz-se
necessário diferenciar a Esclerose
A) Beta-interferon.
Múltipla (EM) de outras patologias
B) Glatiramer. que a ela se assemelham. Assinale a
alternativa incorreta.
C) Fingolimode.
A) Comparado com a EM, pacientes
D) Natalizumabe.
com encefalopatia pós-infecciosa
E) Ocrelizumabe. apresentam evolução monofásica e a
grande maioria dos pacientes
relatam evento desencadeante
16. Em relação à pesquisa de bandas semanas antes do início do quadro
oligoclonais no diagnóstico da B) Pacientes com EM podem ter
esclerose múltipla na população antecedente pessoal positivo para
pediátrica, assinale a alternativa Mielite Transversa
correta.
C) Na neuromielite óptica
A) o resultado positivo indica encontramos um anticorpo
presença de imunoglobulinas que altamente específico NMO-IgG, que é
atravessaram a barreira ausente na forma clássica de EM,
hematoencefálica. sugerindo que se trata de uma
B) costuma ter maior positividade no doença específica e não de um
início da doença. subtipo de EM

C) confirma o diagnóstico de D) A mielinóse pontina e


esclerose múltipla mesmo com extrapontina, leucodistrofias e
ressonância normal. mielopatia pós-radiação são
exemplos de doenças crônicas, que
D) pode ocorrer resultado positivo apesar de não terem caráter
em doenças infecciosas. X inflamatório, lesam a mielina e
E) tem maior especificidade em podem apresentar evolução
crianças do que em adolescentes. monofásica ou progressiva, sendo
diagnósticos diferenciais da EM
E) Mielite transversa completa com
17. Em relação à Esclerose Múltipla, arreflexia é observada mais na EM,
qual o nome do sinal associado à enquanto na Encefalomielite pós-
piora clínica dos sintomas, ao infecciosa ocorre mais a Mielite
aumento da temperatura corporal? transversa incompleta
A) Sinal de Uhthoff.
B) Sinal de Lhermitte. 19. A hemorragia subaracnoide
decorrente de aneurisma é mais
C) Sinal de Bell.
comum na artéria
D) Sinal de Trousseau.

32
A) comunicante anterior, sendo o da E) Ruptura de aneurisma
artéria cerebral média mais intracraniano e malformações
associado a comprometimento do III arteriovenosa
par (oculomotor).
B) comunicante anterior, sendo o da
21. Nos pacientes com hemorragia
artéria comunicante anterior
subaracnoide, as complicações
também mais associado a
neurológicas e eletrolíticas mais
comprometimento do III par
frequentes são
(oculomotor)
A) vasoespasmo sintomático e
C) comunicante anterior, sendo o da
hiponatremia.
artéria comunicante posterior mais
associado a comprometimento do III B) ressangramento e
par (oculomotor). hipernatremia.
D) cerebral média, sendo o da artéria C) vasoespasmo sintomático e
comunicante posterior mais hipernatremia.
associado a comprometimento do III
par (oculomotor). D) ressangramento e hiponatremia.

E) comunicante posterior, sendo o da


artéria cerebral média mais 22.Um homem de 47 anos está
associado a comprometimento do III internado na UTI há 9 dias com
par (oculomotor). diagnóstico de hemorragia
subaracnoide aneurismática. Evolui
com um novo déficit neurológico
20. A hemorragia subaracnoide (hemiparesia direita). Qual é a
(HSA) é um evento clínico grave que provável causa desse evento?
se caracteriza por ruptura e
sangramento abrupto, ficando o A) Novo sangramento subaracnoide.
sangue, geralmente, limitado ao B) Acidente vascular isquêmico
espaço do líquido cefalorraquidiano cardioembólico.
(LCR), compreendido entre as
membranas pia-máter e aracnoide. C) Encefalite herpética.
Dentre as etiologias, o trauma é a D) Ventriculite bacteriana.
causa mais comum de HSA. Na
população adulta, quais são as duas E) Vasoespasmo.
principais causas NÃO traumáticas
de hemorragia subaracnoide?
23. A hemorragia subaracnoide
A) Vasculites do SNC e tumores.
(HSA) corresponde a
B) Malformações arteriovenosas e aproximadamente 3% de todos os
tumores. acidentes vasculares, sendo que 20%
dos sobreviventes permanecem com
C) Ruptura de aneurisma algum grau de incapacidade ou
intracraniano e tumores. dependência permanente. Sobre o
D) Distúrbios de coagulação e assunto, assinale a alternativa
ruptura de aneurisma intracraniano. correta.
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A) Os estudos de imagem podem ser para as afirmativas verdadeiras e F
negativos em até 50% dos casos. para as falsas.
B) Paralisia dos nervos cranianos e ( ) As principais manifestações
crises epilépticas são sintomas clínicas são a fraqueza e a
frequentes. fatigabilidade dos músculos.
C) A sensibilidade da tomografia ( ) Os tratamentos úteis à Miastenia
computadorizada aproxima-se de gravis incluem anticolinesterásicos,
100% após a terceira semana de imunossupressores, timectomia e
evolução plasmaferese.
D) A tomografia computadorizada ( ) Tireoidite de Hashimoto, doença de
substitui a punção lombar e Graves e artrite reumatoide são
permanece como exame de primeira distúrbios associados à Miastenia
escolha na fase aguda. gravis.
E) A ressonância magnética não tem A sequência está correta em
boa sensibilidade na detecção da
A) F, V, V.
HSA na fase aguda.
B) V, F, F.
C) V, F, V.D
24. Uma mulher de 56 anos
apresentou uma hemorragia D) V, V, F.
subaracnoide por ruptura de
aneurisma intracraniano, E) V, V, V.
apresentando o seguinte quadro
clínico: cefaleia severa, rigidez de
nuca, paresia de nervo oculomotor 26. Os timomas podem estar
direito e sem outros déficits associados a doenças sistêmicas e
neurológicos. Seu grau na escala de autoimunes, provocadas pela
Hunt e Hess é: regulação anormal de linfócitos ou
secundários à reação cruzada de
A) Grau 1. anticorpos timoma associados com
B) Grau 2. proteínas de outros tecidos. Qual a
doença autoimune mais
C) Grau 3. frequentemente associada às
doenças do timo?
D) Grau 4.
A) Polimiosite.
E) Grau 5.
B) Miastenia gravis.
C) Artrite reumatoide.
25. A Miastenia gravis é um distúrbio
neuromuscular em que há redução D) Síndrome de Sjögren.
do número de receptores da
acetilcolina disponível nas junções E) Lúpus eritematoso sistêmico.
neuromusculares devido ao ataque
autoimune mediado por anticorpos.
Sobre o distúrbio descrito, marque V

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27. Você é o plantonista em uma D) Síndrome respiratória aguda a
unidade de terapia intensiva e recebe esclarecer.
a solicitação de internação de um
paciente do pronto socorro do
hospital. O médico socorrista relata 28. Rapaz de 26 anos de idade, evolui
que o paciente em questão é um há cerca de quatro meses, com
jovem de 22 anos, que apresenta há episódios de fraqueza em membros,
dois dias febre (Temperatura axilar disfonia e visão dupla que, segundo o
aferida = 38°C), tosse seca e paciente, pioram no decorrer do dia
desconforto respiratório progressivo, com as atividades e melhoram após
fato que o levou a procurar auxílio repouso. Exame neurológico
médico. Ao exame físico apresenta realizado demonstrou apenas
hiperemia da orofaringe e ausculta discreta ptose palpebral bilateral
pulmonar sem alterações. Além assimétrica. Quanto ao diagnóstico
disso, apresenta fraqueza muscular mais adequado para o caso
motora generalizada, disartria e hipotético apresentado, assinale a
dificuldade para deglutir a saliva. Os alternativa correta.
reflexos pupilares estão preservados.
O paciente é acamado na sala de A) Esclerose lateral amiotrófica
emergência e colocado em B) Esclerose múltipla
ventilação não invasiva intermitente.
Após 6 horas o paciente evoluiu com C) Miastenia gravis
franca insuficiência respiratória, D) Ataque isquêmico transitório
necessitando de intubação
orotraqueal e ventilação mecânica E) Crises epilépticas parciais
invasiva. Também passou a complexas
apresentar ptose palpebral bilateral.
O médico socorrista pediu a
internação na UTI e levantou a 29. Acerca da síndrome de Guillain-
hipótese de fraqueza muscular a Barré, assinale a alternativa correta.
esclarecer. Como intensivista,
A) Os reflexos superficiais estão
indique qual seria a possível causa da
sempre reduzidos ou abolidos.
internação que você anotaria no
prontuário do paciente considerando B) O número de células no liquor é
a história clínica e os achados do normal, mas, em pacientes com Aids,
exame físico pode apresentar-se elevado.
A) Miastenia gravis e crise C) A variante de Miller Fisher
miastênica desencadeada por caracteriza-se por associação de
infecção viral das vias aéreas oftalmoplegia, ataxia e hiperreflexia.
superiores.
D) A síndrome tem curso monofásico,
B) Infecção pelo vírus da influenza não progredindo por mais de oito
H1N1 e síndrome respiratória aguda. semanas, com início da recuperação
após esse período.
C) Insuficiência respiratória aguda
secundária à infecção por germe E) O tratamento pode ser realizado
atípico. com plasmaférese ou imunoglobulina

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humana, e a associação das 13. A
medicações é indicada em casos de
14. E
não melhora inicial a uma delas.
15. A
16. D
30. Maria Carolina, 39 anos de idade,
é internada na UTI com histórico de 17. A
infecção por Campylobacter jejuni.
Apresenta-se com paralisia flácida 18. E
ascendente, que iniciou com uma 19. C
sensação de adormecimento e
parestesia nos pés, gradualmente 20. E
progredindo para as pernas e braços. 21. A
Os reflexos profundos estão
ausentes. Qual é a suspeita 22. E
diagnóstica da equipe
23. D
multiprofissional?
24. B
A) Síndrome de Miller-Fisher.
25. E
B) Síndrome Miastênica Congênita.
26. B
C) Síndrome de Guillain-Barré.
27. A
D) Síndrome de Duchenne.
28. C
E) Rabdomiólise.
29. B
30. C
Gabarito Questões de Residência
1. A
2. C
3. D
4. A
5. C
6. A
7. C
8. D
9. B
10. D
11. C
12. A

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