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É uma agressão mecânica contra o craneo da qual vai Rutura de um vaso, provocando
resultar uma lesão do crâneo e/ou encéfalo. uma acumulação de sangue no
tecido, formando uma elevação.
O TCE constitui qualquer agressão que acarrete lesão
anatômica ou comprometimento funcional do couro
cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo.
Feridas/soluções de continuidade
Tipo de Lesões
Lesões Primárias Lesões Secundárias
Resulta da lesão mecânica Não está diretamente
que ocorre no momento do relacionada com o
trauma e que decorre do mecanismo do trauma.
impacto. Geralmente não Ocorre após o trauma inicial 2. LESÃO CEREBRAL DIFUSA
pode ser amenizada por e é definida como uma lesão Tipo de lesão craniana que atinge o cérebro como um todo e
intervenções médica. neuronal decorrente da
decorre de forças cinéticas que levam à rotação do cérebro
resposta local ou sistémica
dentro da caixa craniana.
da lesão inicial. Ex: edema,
sangramento contínuo, 2 tipos:
paralisia facial, … Concussão
Movimentos súbitos da cabeça, com rápida aceleração ou
desaceleração. Alteração transitória (> 6 horas) da função
LESÕES PRIMÁRIAS neurológica como amnésia pós-traumática, expressão a
facial de confusão, desorientação, perda de coordenação,
Lesões do Couro Cabeludo
respostas verbais e motoras retardadas e fala arrastada.
Geralmente não apresentam lesões cerebrais e complicações
apesar da aparência dramática.
Lesão axonal difusa
Equimose
Mecanismo de trauma envolve
Rutura de vaso (devido a traumatismo ou enfraquecimento mecanismos de aceleração e
da parece vascular) provocando um extravasamento do rotação levando a laceração dos
sangue para fora do vaso. axónios na substância branca.
Manchas planas, difusas e irregulares Geralmente responsável pelo coma
logo após o trauma.
3. LESÃO FOCAL Sinais de Agravamento:
É uma lesão causada por trauma direto no encéfalo e Alteração estado consciência (aumento da PIC)
geralmente necessita de tratamento cirúrgico de urgência. Midríase homolateral
3 tipos:
Hemiparésia contralateral
Contusão
Lesão grave em que o cérebro é contundido com Vómitos
possível hemorragia superficial. Sinal Babinsky positivo - reação anormal
Doente inconsciente por mais de alguns segundos ou
Alteração S. Vitais:
minutos, pulso fraco, respiração superficial, pele fria
↑ Tensão arterial
e pálida (quadro similar ao choque).
Frequência cardíaca diminui e depois sobe
↓ Frequência respiratória
Laceração
↑ Temperatura
Consiste na perda de continuidade de tecido
cerebral havendo défices neurológicos.
Geralmente a laceração está associada a contusão e
fratura do crânio.
Hemorragias
- Hemorragias meníngeas
- Hemorragias cerebrais.
LESÕES DO OSSO
Fraturas lineares/esquirolosas
Com ou sem afundamento
Com ou sem perda óssea
Fratura isolada tábua interna do osso
Sinais e sintomas de Hipertensão Intracraniana:
Alteração do estado de consciência
Fraturas da base → envolvem o osso petroso
Vómitos
– Fístulas – otorragias (sangue) e otorraquis (LCR)
Sonolência
– Rinorragias – rinorraquis (LCR)
Cefaleias
Fraturas do rochedo Alteração das pupilas–midríase/miose/-anisocória
– Otorragia Irritabilidade
– Paralesia do VII par (nervo facial) Lateralização motora
– Paralesia do VIII par (nervo vestibulococleares) ↑ TA
↓ Respiração
Atenção às fraturas junto à artéria meníngea média!! ↑ Temperatura
↓ F.C com ↑ PIC, mas depois ↑ Circulação →
Traumatismo Aberto – comunicação com o exterior
entrarem falência
Traumatismo Fechado – sem comunicação com o exterior
Parésia Plegia
LESÕES DAS MENINGES (hematomas) Perda de parte da Perda grave ou completa
motricidade de um ou de força muscular e de
Hematoma EXTRADURAL/EPIDURAL
mais músculos do corpo, movimentos devido a
Devido a laceração da artéria meníngea média por de forma temporária ou uma lesão neurológica
traumatismo direto e secção da dura máter. Hematoma permanente, ou seja, a (dos centros nervosos ou
em expansão. paresia causa apenas das vias motoras) ou
Frequente na região tempero-parietal → são os mais limitação, fazendo com devido a lesões do
graves/evolução rápida (Intervalo Livre pequeno) que alguns movimentos sistema muscular.
não sejam realizados
Sinais: corretamente.
Perda progressiva da consciência
Diminuição da força motora lado oposto
(contralateral)
Pode aparecer pupila fixa e dilatada homolateral (mesmo
lado da lesão)
Bradicardia e anisocoria
Avaliação dos Reflexos Tendinosos Hematoma SUB-ARACNOIDEU
Acumulação de sangue entre a aracnóide e pia mater por
rutura de artérias cefalorraquidianas.
Há hemorragia difusa.
Hidrocefalia por obstrução da circulação.
Sinais:
Síndrome meníngeo (cefaleias, rigidez da nuca e
confusão)
Náuseas, vómito, fotofobia
Punção lombar – LCR sanguinolento
Punção Lombar
Normal Anormal
Hematoma SUB-DURAL
Acumulação de sangue entrw a duramater e a aracnóide.
Agudo: Ocorre nas primeiras 24 horas
Crónico: + de 10 dias/após semanas ou meses
O crónico é mais frequente em homens, idosos, alcoólicos e
tratamentos com anticoagulantes.
Sinais:
Há flutuações do estado de
consciência (síndrome cerebral
orgânico)
Alterações pupilares
Hemiparésia
Pode ficar assintomático até 15
dias, piorando depois devido à
expansão do hematoma
LESÕES ENCEFÁLICAS LESÕES SECUNDÁRIAS
Hemorragia intracerebral Decorre de uma agressão que se inicia no momento do acidente,
Hemorragias com volume > 5ml resultante da interação de fatores intra e extra cerebrais, sendo eles:
Mais frequente nos lobos temporais e frontais
– Hipóxia (diminuição / baixa concentração de oxigénio nos tecidos)
- Sem intervalo livre
– Hipocapnia (diminuição da concentração de dióxido de carbono no sangue arterial)
- Aumento da PIC (estase pupilar, cefaleias, vómitos)
– Hipercapnia (aumento da concentração de dióxido de carbono no sangue arterial)
- Défice neurológico depende das áreas afetadas e do tamanho da hemorragia
– Hipoglicemia e hiperglicemia
Contusões cerebrais → edema cerebral → Medicação anti-edematosa
– Hipotensão arterial; choque
Edema cerebral – Crise convulsiva; Edema cerebral
Comoção cerebral
Perturbação transitória da consciência não deixando sinais neurológicos. As LS ocorrem dos processos que contribuem para morte celular após o trauma
inicial. No momento, da lesão, começa os processos fisiopatológicos que
Contusão cerebral continuam a lesar o cérebro por horas, dias e semanas após a agressão inicial.
Necrose superficial do córtex com extravasão sanguínea.
Apresenta ponteado hemorrágico.
Principais causas de lesão cerebral secundária:
Necrose cerebral → Hipotensão, Hipoxia
Discreta – epilepsia pós-traumática → Anemia, Febre
Extensa – leva a descerebração → Hiperglicemia, Hiponatremia
→ Sepsis, Coagulopatia, Hematomas
→ Edema cerebral, Hipertensão intracraniana
→ Herniação cerebral
→ Vasoespasmo
→ Hidrocefalia
→ Infeções
→ Convulsões, Lesões vasculares cerebrais
CLASSIFICAÇÃO DOS TCE TCE LIGEIRO
◦ Estado Consciência EG =14 E 15
◦ Subgrupos:
Grupo 1
EG 15, sem perda de consciência, sem cefaleias e vómitos
Grupo 2
EG 15, perda transitória de consciência e/ou amnésia, cefaleias e
vómitos
Grupo 3
EG 14
Total: EG = E1 V1 M4 = 6ET
Máximo 15 (Consciente)
•Não abre os olhos a estímulos dolorosos, tem edema palpebral TCE GRAVE (EG entre 3 e 8)
Mínimo 3 (Quadro letal) ◦ Estado de consciência varia entre coma profundo (EG 3 a 5) sem
•Não responde a nada, está com entubação nasotraqueal
•Afasta-se da fonte de estímulo doloroso qualquer resposta a estímulos e coma superficial com resposta motora
ajustada sem abertura dos olhos
CRITÉRIOS PARA INVESTIGAÇÃO
Todos os doentes com sinais focais devem fazer TAC