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LESÃO

MEDULAR
Professora: Izabel Kayo
MECANISMOS
• Traumática: lesões por flexão pura ou por flexão-rotação,
lesões por hiperextensão e lesões por compressão, lesões
penetrantes.

• Não traumática: Doenças ósseas degenerativas, tumores e


abscessos, malformação congênita do canal vertebral, como
a espinha bífida, patologias, etc.
Interrupção dos impulsos
Rompimento físico de nervosos devido à micro-
Infarto local como resultado
axônios atravessando o hemorragias ou edema
de isquemia ou hipóxia
local da lesão dentro da medula espinal
no local da lesão
COMPLETA: AUSÊNCIA
TOTAL – S4-S5

INCOMPLETA:
PRESERVAÇÃO PARCIAL

TETRAPLEGIA: MMSS, MMII,


TRONCO

PARAPLEGIA: TRONCO E/OU


MMII
Choque Medular
Ocorre de 30 a 60 minutos após o trauma medular e é caracterizado por paralisia flácida e ausência de toda a atividade
reflexa medular abaixo da lesão (função motora, sensorial, autonômica e reflexa).

Essa condição pode durar desde algumas horas até diversas semanas.

A extensão da lesão não pode ser determinada até que o choque medular esteja resolvido.

Os sinais da resolução do choque medular são controversos; entretanto, o retorno dos reflexos pode ser considerado um
bom indicativo.

• Comumente confundido com choque neurogênico, que é um estado hipotensivo


causado pela perda do fluxo simpático
Fases aguda (<48 horas), subaguda (48 horas a 14 dias),
intermediária (14 dias a 6 meses) e crônica (>6 meses)

Essa região focal de dano lesa neurônios e oligodendrócitos (ou


seja, o tipo de célula mielinizante do sistema nervoso central
(SNC)), rompe a vasculatura e compromete a barreira sangue-
medula espinhal. Juntos, esses eventos iniciam imediatamente
uma cascata de lesão secundária sustentada, que leva a mais
danos à medula espinhal e disfunção neurológica.
Síndromes clínicas
BROWN-SÉQUARD

• Somente metade da medula espinal é lesada.


• Perda ipsilateral da função motora e do sentido posicional –
PROPRIOCEPÇÃO – TATO DISCRIMINATIVO
• Perda contralateral da sensibilidade dolorosa e térmica (muitos
níveis abaixo da lesão)
• O prognóstico para recuperação é bom.
Os diferentes níveis de perda sensório-motora, dor e temperatura
em pacientes com síndrome de Brown-Séquard (ou seja, a dor e a
perda de temperatura contralateral são detectadas vários níveis
abaixo da perda sensório-motora ipsilateral) podem ser
explicadas pela decussação do trato espinotalâmico lateral ao
longo de vários segmentos da coluna vertebral
SÍNDROME MEDULAR ANTERIOR

• Geralmente é causada pelas lesões por flexão em que o


osso ou espículas cartilaginosas atingem a artéria espinal
anterior.
• A função motora e a sensibilidade térmica e dolorosa são
abolidas bilateralmente abaixo do segmento lesionado.
• Paralisia motora completa devido a lesão do trato
corticoespinhal, perda da sensação de dor e temperatura
secundária a lesão do trato espinotalâmico.
SÍNDROME CENTRO MEDULAR

• Lesões por hiperextensão geralmente resultam em uma


síndrome centromedular.
• Esta lesão provoca sangramento na substância cinzenta central
da medula espinal, resultando em maior deficiência na função
dos membros superiores do que nos inferiores.
O comprometimento motor desproporcional dos membros
superiores em comparação com os membros inferiores em
pacientes com síndrome medular central pode ser explicado pela
lesão do trato corticoespinhal (que se acredita transmitir
impulsos relacionados à mão fina e movimentos dos dedos),
mas a preservação dos tratos extrapiramidais (que supostamente
controlam os movimentos grosseiros da perna e do braço
proximal).
SÍNDROME CORDONAL
POSTERIOR

Esta síndrome é rara, sendo provocada por


compressão tumoral ou infarto da artéria espinal
posterior. Clinicamente, a propriocepção, a
estereognosia, a discriminação de dois pontos e a
sensibilidade vibratória são perdidas abaixo do nível
da lesão.
• Síndrome da Cauda Equina
O dano à cauda equina ocorre em lesões ao
nível da vértebra L1 ou abaixo deste. Essa
síndrome resulta em lesão do neurônio
motor inferior geralmente incompleta,
ocasionando uma paralisia flácida sem
atividade reflexa medular.

• Síndrome do Cone Medular


A lesão da medula sacral e das raízes
nervosas lombares dentro do canal medular
resulta em um quadro clínico de
comprometimento motor e sensorial nos
membros inferiores e arreflexia da bexiga e
do intestino
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS

POSICIONAMENTOS

EVITAR ÚLCERAS

MANTER INTEGRIDADE OSTEOARTICULAR

MANEJO VENTILATÓRIO

TVP, EMBOLIA, INSUFIC. RESP, PNEUMONIA


MOBILIDADE NO LEITO

TRANSFERÊNCIAS

LOCOMOÇÃO

MANUSEIO DA CADEIRA (rampas, calçadas, etc)

POSTURAS ALTAS E BAIXAS

DISPOSITIVOS – ÓRTESES

ELETROESTIMULAÇÃO

EXERCÍCIO AERÓBICO

ORTOSTATISMO

MARCHA TERAPÊUTICA
ASIA (American Spinal Injury Association)

• Sensibilidade + Função motora


• Nível da lesão
• Completa/Incompleta

https://asia-spinalinjury.org/international-standards-neurological-classification-sci-isncsci-
worksheet/
(UNIFESP) Paciente do sexo masculino, 37 anos, sofreu uma fratura
completa da coluna cervical e apresenta nível motor de lesão C6. De
acordo com o seu nível funcional, é esperado que ele tenha independência
sem necessidade de dispositivos auxiliares para

• (A) alimentação e comunicação verbal.


• (B) comunicação verbal somente.
• (C) uso de cadeira de rodas manual.
• (D) pentear os cabelos e fazer a barba.
• (E) escovar os dentes.
(UNIFESP) “Ocorre como resultado de lesões penetrantes ou perfurantes da
coluna, em que somente metade da medula espinhal é acometida. É caracterizada
pela perda ipsilateral da função motora e perda contralateral da sensibilidade
dolorosa.”
Assinale a alternativa que apresenta a síndrome correspondente.

• (A) Da artéria espinhal anterior.


• (B) Centro-medular.
• (C) De Brown-Séquard.
• (D) Da cauda equina.
• (E) Do cone medular.

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