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O diagnóstico em neurologia
⚫ Diagnóstico sindromático
→ Manifestação do défice
→ Sintomas
⚫ Diagnóstico topográfico
→ Localização
⚫ Diagnóstico patogénico
→ Mecanismo da lesão
Polineuropatia – vários nervos lesados ao mesmo tempo
Mononeuropatia – um nervo lesado
Mononeuropatia múltipla – vários nervos lesados mas a lesão aparece em um
de cada de vez
⚫ Diagnóstico etiológico
→ Origem vascular, tóxica, traumática, inflamatória, tumoral ou desmielinizante
Perfil evolutivo:
⚫ Início agudo
→ Recuperação lenta, ex. AVC
⚫ Início insidioso
→ Agravamento lento, ex. tumor
⚫ Agravamento em escada
→ e.g., Demência
⚫ Evolução por surtos
→ Períodos livres, ex. enxaqueca, esclerose múltipla, alterações sensitivas, epilepsia.
Hipertensão intracraniana
⚫ Lesão da estrutura do SNC
⚫ Competição com a contenção óssea (a perda de função que é própria de determinado local onde
se localiza, associa-se à manifestação do efeito de competição que o aumento do volume dentro
da caixa craniana).
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→ Sintomas:
Edema de papila
Cefaleias
Náuseas
Vómitos
→ Causas:
O seu desenvolvimento depende mais do seu perfil evolutivo do que do seu
tipo de lesão;
Resultado de um aumento do número ou do volume de células que existem no
SNC (tanto em neurónios como qualquer dos diferentes tipos de células da glia;
se a proliferação celular anómala ou o aumento de volume das células
ocorrerem a um ritmo muito lento, o que pode acontecer por exemplo de
volume das células ocorrerem a um ritmo muito lento, é de esperar que as
manifestações. Se ao invés, ocorrer um processo expansivo muito rápido, a
hipertensão instala-se muito cedo);
O edema extra ou intracelular (caracteriza-se pela acumulação de água
extravasada de vasos sanguíneos no espaço extracelular, ou no próprio
citoplasma das células do SNC);
Desequilíbrio entre a produção de líquor nos plexos coroideus e a sua excreção
pelas vilosidades aracnóideias (tanto a produção aumentada de líquor ou um
bloqueio à sua circulação nos ventrículos cerebrais, no espaço subaracnoideu
ou nas cisternas de base, como uma dificuldade na sua reabsorção).
→ Consequências:
Formação da hérnia encefálica (quando é ultrapassado um limite na
competição de espaço dentro da caixa craniana).
Quando ocorre a descompensação da hipertensão intracraniana, verifica-se
uma tendência para ela se deslocar desse compartimento para os adjacentes,
através de aberturas anatómicas existentes.
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LEGENDA:
→ Hérnia subfalcina
⚫ É a deslocação de massa encefálica de uma das cavidades hemisféricas para a outra, por
baixo da foice do cérebro.
→ Hérnia transtentorial lateral
⚫ A hérnia trantentorial central ou lateral corresponde à deslocação de cima para baixo
da cavidade transtentorial para a infratentorial.
⚫ A hérnia transtentorial invertida é a deslocação no sentido inverso, por aumento do
volume no andar infratentorial causado.
→ Hérnia das amígdalas cerebelosas
⚫ Escape da tensão intracraniana através do buraco occipital, com a formação de uma
hérnia das amígdalas cerebelosas, que causa habitualmente a morte por comprimir os
centros respiratório e circulatório, sediados no bulbo raquidiano, e produzir
hemorragias no tronco cerebral (hemorragias de Duret).
Síndromas neurológicas
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fácil, seguindo-se outra em que a mobilização do membro oferece resistência e depois torna-se
fácil de novo);
⚫ Sinal de Babinski (o reflexo cutâneo-plantar é patológico: em vez de normal flexão plantar dos
dedos, há extensão do primeiro dedo do pé e por vezes abertura em abano dos outros quatro);
⚫ Os reflexos cutâneos abdominais são fracos ou estão abolidos (um paradigma causal deste
síndroma é o AVC do tipo isquémico por enfarte cerebral ou do tipo hemorrágico por hemorragia
intracerebral).
Parésia central (1º neurónio motor) Parésia periférica (2º neurónio motor)
• Hipertonia espástica (hipotonia na fase aguda) • Hipotonia (atrofia muscular)
• Sem atrofia muscular (ligeira por falta de uso) • Atrofia muscular
• Sinal de babinski • Sem sinal de babinski
• R.O.T. aumentados • R.O.T. diminuídos
Síndroma parkinsónico
Síndroma coreico
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Síndroma cerebeloso
Síndroma meníngeo
⚫ Cefaleias;
⚫ Náuseas e vómitos;
⚫ Febre;
⚫ Alteração da consciência e confusão mental;
⚫ Sinais meníngeos:
→ Rigidez na nuca
Quando se coloca uma mão debaixo da nuca e se tenta a flexão do pescoço
sente-se uma resistência;
→ Sinal de Brudzinski
Ao tentar-se a flexão do pescoço nota-se que o individuo faz a flexão dos
membros inferiores;
→ Sinal de Kerning
Flectindo uma coxa do individuo 90º graus e a respetiva perna também 90º
graus, mantendo a posição da coxa, sente-se resistência e o individuo
manifesta dor.
Síndroma miopático
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Síndroma da hemisecção da medula
Síndroma demencial
⚫ O SNC é irrigado por dois pares de vasos arteriais, as duas artérias carótidas internas e as duas
artérias vertebrais. A artéria carótida interna é ramo da artéria carótida primitiva. Entra no crânio
pelo buraco carótideo, passa pelo seio cavernoso, atravessa a membrana meníngea mais
externa, a dura-máter, e entra na fossa média do crânio, lateralmente ao quiasma óptico. Vai
constituir a circulação arterial anterior, irrigando as porções anterior e média dos hemisférios
cerebrais através dos seus dois ramos terminais, a artéria cerebral anterior e artéria cerebral
média.
⚫ A artéria carótida interna dá vários ramos antes de se bifurcar, nomeadamente as artérias
hipofisárias para a glândula pituitária, a artéria oftálmica, a artéria coroideia anterior para o
sistema límbico e para os dois terços inferiores da cápsula interna e do globus pallidus, bem como
a artéria comunicante posterior.
⚫ A artéria cerebral média irriga um território funcionalmente muito importante. Responsabiliza-
se pelas circunvoluções frontal e parietal ascendentes, com exceção da sua região medial que é
irrigada pela artéria cerebral anterior. Irriga também as áreas corticais da linguagem, no
hemisfério dominante. Por essa razão, a oclusão de uma artéria cerebral média produz paralisia
e perda da sensibilidade do hemicorpo contralateral, com inatenção para o hemicorpo e
alteração da linguagem quando o hemisfério dominante está envolvido. Os ramos terminais
profundos da artéria cerebral média, denominados de vasos perfurantes ou artérias estriadas
laterais da cerebral média, como as artérias lenticulares e as estriadas, irrigam os gânglios da
base e a cápsula interna.
⚫ A artéria cerebral anterior que se liga à do lado oposto pela artéria comunicante anterior, irriga
as porções mediais dos lobos frontal e parietal, bem como o corpo caloso.
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⚫ Há um ramo inconstante da artéria cerebral anterior, a artéria recorrente de Heubner, que irriga
o neostriatum dos gânglios da base e as vias motoras, na sua passagem pelos dois terços
anteriores do braço posterior da cápsula interna.
⚫ A oclusão da artéria cerebral anterior origina hemiparesia contralateral com predomínio crural,
ou seja no membro inferior, associada a perda das sensibilidades e por vezes também alterações
urinárias, mentais e executivas.
⚫ A artéria cerebral tem origem na artéria subclávia, sobe através dos buracos ósseos situados nas
apófises transversas das vértebras cervicais superiores, entra pelo crânio pelo buraco occipital,
ou no forâmen magnum, e une-se à do lado contrário ao nível da porção inferior da
protuberância, para formar o tronco basilar. Este vaso sanguíneo irriga o tronco cerebral e
bifurca-se depois nas duas artérias cerebrais posteriores, ao nível da extremidade superior dos
hemisférios cerebrais. O sistema arterial vertebro-basilar constitui a chamada circulação arterial
posterior.
⚫ A artéria vertebral possui várias colaterais, como a artéria espinhal posterior, a artéria cerebelosa
postero-inferior (PICA) e artéria espinhal anterior. As artérias espinhais irrigam a porção superior
da medula espinhal cervical e a PICA assume as partes laterais do bulbo raquidiano e do cerebelo.
→ A oclusão desta última artéria origina síndroma de Wallenberg (inclui sintomas como
anestesia da face, lesão do sistema simpático cervical ou síndroma de Claude Bernard
Horner, do lado da lesão, com disartria e uma hemianestesia contralateral para a dor e
a tempetura.
→ O tronco basilar possui vários ramos colaterais, como a artéria cerebelosa antero-
inferior (AICA), a artéria para o labirinto, ramos arteriais pônticos e a artéria cerebelosa
superior. A oclusão destes ramos origina quadros clínicos característicos.
⚫ As artérias cerebrais posteriores, que são ramos terminais do tronco basilar, irrigam o córtex
parietal posterior, o lobo occipital e as porções inferiores do lobo temporal. A sua oclusão origina
a perda visão de metade do campo visual, ou hemianopsia homónima, poupando a visão na
região da mácula, por que esta área é também irrigada pela artéria cerebral média. Origina
complementarmente síndromas amnésicos, alterações da linguagem e por vezes perturbações
complexas da perceção visual.
⚫ As artérias cerebrais posteriores tem vários ramos perfurantes terminais, como as artérias
tálamo-perfurantes, que irrigam o mesencéfalo, o tálamo, o subtálamo e a parte posterior ou
sensitiva da cápsula interna, as radiações óticas, o pedúnculo cerebral com as suas vias motoras.
→ A oclusão destes ramos origina síndromas alternas do mesencéfalo, que integram a
lesão dos nervos cranianos mesencefálicos homolaterais à lesão e alterações da
motilidade contralaterais. Se houver envolvimento talâmico, sentir-se-ão também
dores e disestesias.
⚫ A oclusão das artérias perfurantes, quer sejam dos ramos da artéria cerebral média, quer da
cerebral posterior, acontece frequentemente em consequência dos efeitos da hipertensão
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arterial mantida. Esta provoca pequenas lesões isquémicas no tecido cerebral, denominados
enfartes lacunares. A hipertensão arterial pode provocar também a rutura daqueles pequenos
vasos arteriais, originando acumulações de sangue no interstício parênquima cerebral, os
hematomas cerebrais.
→ Em certas situações pode dar-se uma hemorragia meníngea ou subraracnoideia, que
consiste no extravasamento de sangue para o espaço subaracnoideu. Ela resulta
habitualmente da rutura de um aneurisma sacular, que é uma malformação congénita
da parede arterial em forma de pequeno saco. Estes aneurismas localizam-se com mais
frequência em zonas de confluência, ou de divisão das artérias que formam o polígono
de Willis.
Esta grande anastmose arterial situa-se na base do encéfalo, em pleno espaço
subraracnoideu, entra membrana aracnóideia e a pia-máter.
⚫ O polígono de Willis é constituído pelas duas artérias cerebrais anteriores, unidas entre si pela
artéria comunicante anterior, e pelas duas artérias cerebrais posteriores unidas às duas carótidas
internas pelas artérias comunicantes posteriores.
⚫ Existe outro sistema anastmótico que conecta a artéria carótida externa à carótida interna. É
representado pela ligação da artéria temporal superficial, ramo da carótida externa, à artéria
oftálmica, ramo da carótida interna, pela ligação da artéria occipital à artéria cerebral posterior
e ainda pela conexão da artéria maxilar à artéria cerebral média.
⚫ Um terceiro sistema é constituído por anastmoses córtico-meningeas, fazendo conectar entre si
os ramos terminais leptomeníngeos das artérias cerebral anterior, média e posterior.
⚫ A espinhal medula é irrigada por uma artéria espinhal anterior e por duas artérias espinhais
superiores (todas elas ramos da artéria vertebral).
→ A artéria espinhal anterior tem início na porção inferior do tronco cerebral, no bulbo
raquidiano, e termina na região terminal do cone medular. Irriga a região ventral do
bulbo raquidiano e os dois terços anteriores da medula espinhal.
→ As duas artérias espinhais posteriores recebem ajuda de outras artérias a diversos níveis
da medula, tais como ramos do tronco tireo-cervical esquerdo na região cervical, ramos
intercostais na região dorsal ou a grande artéria medular anterior de Adamkiewcs, entre
o décimo segmento medular dorsal e o segundo lombar.
→ A oclusão da artéria espinhal anterior origina uma lesão extensa com défice motor e
sensitivo. (Há uma dissociação sensitiva do tipo siringomiélico, isto é, com alteração das
sensibilidades superficiais, ou espino-talâmicas, e conservação das sensibilidades
pofundas cujas vias circulam nos cordões posteriores e por isso são poupadas.
→ A oclusão das artérias espinhais posteriores é rara e provoca uma dissociação das
sensibilidades do tipo tabético, com perda de sensibilidades profundas e preservação
das superficiais.
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Acidentes vasculares cerebrais
⚫ Enfartes - podem ser classificados segundo três parâmetros: quanto à sua causa ou mecanismo,
localização e tipo de artéria afetada e quanto ao seu perfil temporal.
→ Causas e mecanismos dos enfartes cerebrais:
Global – resulta de uma baixa generalizada do aporte de sangue ao encéfalo
(acontece por maioria das vezes por paragem cardíaca) e tem por base um
mecanismo hemodinâmico.
A sua consequência pode acontecer em vários graus de gravidade:
✓ A mais frequente é quando esse deficiente aporte de sangue
é breve, é a lipotimia ou síncope (desmaio) que não deixa
sequelas.
✓ Se esse deficiente aporte de sangue for mais prolongado
conduz a um enfarte das zonas cerebrais de fronteira (são as
que ficam entre os territórios artérias cerebrais e que estão
entre os mais vulneráveis a isquémia difusa.
✓ Se for ainda mais prolongado, conduz a um quadro mais
grave de lesão encefálica difusa, que acaba por se traduzir
em demência que, no seu extremo, é o estado vegetativo
persistente.
Focal – pode ser consequência da estenose ou oclusão de uma artéria que
transporta para o encéfalo ou pode também resultar de um mecanismo
hemodinâmico.
A estenose ou oclusão de uma artéria podem resultar de doença ou
lesão da parede da artéria, de embolia ou estados de
hipercoagulabilidade do sangue.
✓ Asteriosclerose – depósito de placas de ateroma na
circulação cerebral.
✓ Disseção arterial – ocorrência de hemorragia na espessura da
parede de uma artéria.
✓ Displasia fibromuscular
✓ Doença de Moya Moya
✓ Vasculites – caracterizadas por inflamação e necrose da
parede arterial. Podem se classificar em
primárias/secundárias, lesão da artéria de
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grande/médio/pequeno calibre e as que são
multissistémicas/só afetam o SN.
✓ Embolias – causas:
Tem origem (com frequência) na fragmentação de
lesões trombóticas da parede das artérias, que do
coração, conduzem o sangue ao encéfalo. Levados
pela corrente sanguínea esses êmbolos vão ocluir
artérias a jusante. (Embolia artéria-a-artéria)
Outra fonte de embolias cerebrais é o coração em
certas doenças cardíacas. Desta fibrilação auricular
é a causa mais comum, responsável por 45% de
todos os AVCs isquémicos cardioembólicos.
Enfarte agudo do miocárdio, a astenose mitral de
causa reumática, existência de prótese valvular
mecânica, endocardite infeciosa.
Mecanismo hemodinâmico – em algumas circunstâncias uma
estenose ou oclusão de uma artéria não se manifesta por isquémia do
território que lhe pertence irrigar, mas no território de outra artéria.
→ Tipo de artéria afetada, localização e característica dos enfartes – designam-se lacunas
os enfartes de artérias de pequeno calibre
Lacunas – pequenos enfartes cerebrais com menos de 20 mm de diâmetro que
atingem preferencialmente a região dos núcleos basais e a protuberância.
Associam-se 5 síndromas lacunares:
Síndroma motora pura;
Síndroma sensitiva pura;
Síndroma de hemiparesia atáxica;
Síndroma de disartria e mão desajeitada;
Síndroma sentivomotora.
→ Perfil temporal dos enfartes cerebrais – tempo que leva a atingir toda a sintomatologia
e também a duração dos sintomas:
AIT – perturbação neurológica focal ou de amaurose monocular de causa
isquémica que se resolve em menos de 24h.
As origens mais frequentes de um AIT são trombose de uma artéria
do pescoço ou cerebral de grande calibre, doença cardíaca
embolígena e uma situação vascular difusa.
AVC isquémico em evolução – perturbação neurológica de causa isquémica
que progride e dura aproximadamente até 96h. Pode ocorrer num contexto de
oclusão de uma artéria de grande calibre ou de pequeno calibre.
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Grande calibre – podem ocorrer várias situações:
✓ Pode ocorrer de um trombo que aumenta rapidamente de
extensão entupindo progressivamente as origens de
diferentes ramos dessa artéria com acumulação sucessiva de
manifestações neurológicas;
✓ Pode ocorrer de baixa de pressão arterial com o consequente
aumento da área isquémia à custa de diminuição de perfusão
de zona que rodeia a área isquémia inicial;
✓ Pode ocorrer da transformação hemorrágica de um enfarte;
✓ Pode ocorrer da expansão da área de edema cerebral à volta
do enfarte.
Pequeno calibre – lacuna
AVC isquémico estabelecido ou consumado – nome que se dá quando o seu
quadro clinico atingiu o seu máximo e estabilizou (deixou de progredir).
⚫ Hemorragia – há dois tipos frequentes de hemorragias: hemorragia intracerebral e hemorragia
subaracnoideia.
→ Hemorragia intracerebral – a causa mais frequente é a rutura das finas artérias
penetrantes ou perfurantes.
Estes hematomas tem sede na região dos núcleos basais (hematomas cerebrais
profundos) podendo também instalar-se no cerebelo ou no tronco cerebral.
Angiopatia amiloide - estes hematomas localizam-se no córtex cerebral
(lobares), resultam de rutura de artérias em cuja parede se depositou proteína
amiloide.
Malformações arteriovenosas, as coagulopatias, os tumores cerebrais e o uso
de algumas substâncias de abuso e certos medicamentos.
Por vezes o hematoma intracerebral rompendo a membrana ependimária
extravasa para os ventrículos cerebrais.
→ Hemorragia subaracnoideia – resulta em 80% dos casos, da rutura de um aneurisma de
uma artéria cerebral de grande calibre. Os aneurismas são defeitos das paredes das
artérias. As artérias de grande calibre atravessam o espaço subaracnoideu e com a
rutura de um aneurisma o sangue espalha-se pelo espaço subaracnoideu, e portanto
pelo LCR.
Uma segunda causa desta hemorragia é também a rutura de uma malformação
vascular.
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Patologia vascular do sistema nervoso (aulas)
Um homem de 62 anos, fumador e obeso, vem ao serviço de urgência hospitalar por défice súbito da força muscular e das
sensibilidades dos membros direitos, com predomínio braquial, em associação com alterações da linguagem do tipo disfásico.
Nega cefaleias, náuseas ou vómitos, os fundos oculares são normais, a TA é de 160/90mm Hg e tem hipercolesterolémia e
hiperuricemia.
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Fatores de risco
⚫ Idade ⚫ Etnia
⚫ Sexo ⚫ História familiar
⚫ Hipertensão arterial ⚫ Inatividade física
⚫ Tabagismo ⚫ Alimentação inadequada
⚫ Diabetes mellitus ⚫ Álcool
⚫ Estenose carotídea assintomática ⚫ Hiperhomocistémia
⚫ Fibrilação auricular ⚫ Drogas
⚫ Outras doenças cardíacas ⚫ Estado de hipercoagulabilidade
⚫ Drepanocitose ⚫ Terapêutica hormonal de substituição
⚫ Disdipidémia ⚫ Contracetivos orais
⚫ Obesidade ⚫ Processos inflamatório
Algumas alterações vasculares resultantes, que tem a ver com o processo de aterosclerose, podem afetar
as grandes artérias responsáveis pelo aporte sanguíneo no SNC, como as carótidas, as vertebrais e os seus
ramos.
⚫ Arterosclerose
→ Endurecimento do vaso arterial. Ao longo da vida acumulamos placas de
ateroma de cálcio que se depositam na circulação cerebral → Obstrução;
entope o vaso
Quando estava lá no jardim ao pé de minha casa com a malta do costume,… sabe sr. Doutor ontem aconteceu-me
uma coisa muito estranha. Sem mais nem menos, quando eu queria jogar uma peça de dominó, quer saber o sr doutor
que não conseguia. A mão direita não havia maneira de acertar no sítio. A mão parecia doida em cima da mesa e
quase desfez o jogo todo. Para mais, nem lhes podia dizer que aquilo não era da minha vontade. Eu bem tentava,
mas não conseguia fazer-me entender. A fala saía-me toda entaramelada. E tal como veio, assim abalou tudo. Nem
coisa de 5 min durou. Depois fiquei como se nada fosse.
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Um homem de 68 anos recorre ao serviço de urgência por manifestação súbita de hemiparesia direita e afasia de
expressão, uma hora antes. Na anamnese verifica-se uma hipertensão arterial irregularmente tratada, diabetes
mellitus tipo II, hipercolesterolémia e tabagismo. Na observação encontram-se uma tensão arterial de 180/90mm
Hg e frequência cardíaca rítmica de 85/min. A glicémia é de 130mg/dl e LDL 180. Os défices neurológicos regridem
nos três quartos de hora seguintes. Uma TAC crânio-encefálica sem contraste nada revela. O ecodoppler das artérias
cervicais mostra uma redução no calibre de ambas as artérias carótidas internas, em cerca de 45% a direita e 30%
na esquerda. O ECG e o ecocardiograma são normais.
Episódio isquémico transitório na circulação arterial anterior – território da artéria cerebral média
esquerda
⚫ Centro da linguagem
→ Cerebral média esquerda
Não é estranho que a trombose tenha deixado o meu pai assim, sr doutor? O nosso vizinho teve um AVC e ficou com
o lado esquerdo do corpo todo apanhado. Ainda hoje tem a perna tesa que precisa de a rojar de lado quando q uer
dar passada. E o braço continua-lhe todo encaracolado junto do corpo. O meu pai nem por isso, só ficou com aquela
dificuldade em ver para o lado direito.
Um doente manifesta uma tontura subida, náuseas e vómitos, seguidos de disfonia e disfagia. A observação neurológica
revela nistagmo ocular, síndroma de Claude Bernand-Horner, analgesia e anestesia térmica numa face, défice sensitivo
semelhante no lado oposto do corpo, paralisia unilateral do véu do paladar e da corda vocal, bem como incoordenação
homolateral dos movimentos dos membros.
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AVC isquémico bulbar, na região retro-olivar Síndroma de Wallenberg – trombose da artéria
cerebelosa postero-inferior (PICA) ou da artéria vertebral
Uma senhora em idade adulta jovem sente uma cefaleia violentíssima e de inicio brusco. A dor localiza-se no vertex
cefálico, irradia a região occipital e cervical posterior. Acompanha-se de sensação de náusea persistente e vómitos
violentos.
⚫ Resultado de um aneurosma sacular (pode ser múltiplo) que rompeu (malformação embrionária)
⚫ O sangue vai para o liquor
⚫ Rigidez na nuca
⚫ Resulta em 80% dos casos de ruptura de um aneurisma de uma artéria cerebral de grande calibre.
Os aneurismas são defeitos da parede das artérias. As artérias de grande calibre atravessam o
espaço subaracnoideu e com a ruptura de um aneurisma o sangue espalha-se pelo pelo espaço
subaracnoideu e pelo LCR.
⚫ Uma segunda causa de hemorragia subaracnoideia é a ruptura de uma mal formação vascular.
⚫ Da artéria anterior
→ Défice motor
→ Défice sensitivo
Dissociação tipo seringomiélico (mais frequente, conservam-se as
sensibilidades profundas)
⚫ Das artérias espinhais posteriores
→ Dissociação tipo tabético (é rara, conservação as sensibilidades superficiais)
Um homem de 32 anos caiu de um andaime e ficou com défice da força muscular e das sensibilidades
postural e vibratória no hemicorpo direito, associadas a défice contralateral das sensibilidades dolorosa e
térmica. Deste lado havia um nível de sensibilidade por C3.
Síndroma de Brow-Séquard ou de hemisecção da medula
⚫ Homolateral à lesão:
→ Hemiparesia
→ Perda das sensibilidades profundas
⚫ Contralateral à lesão
→ Nível de anestesia
→ Perda das sensibilidades térmica, dolorosa e por vezes tátil
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Traumatismos cranianos
O derrame de sangue nos espaços que revestem o SNC encefálico é muitas vezes a consequência de um
traumatismo craniano. Pode formar-se uma coleção de sangue, isto é, um hematoma, tanto no espaço
epidural como no subdural.
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hematoma subdural do tipo agudo acontece mais habitualmente por rasgadura das meninges e
rutura de um seio venoso.
→ Após um intervalo livre de sintomas, habitualmente de três a sete dias mas que
pode ir até duas a três semanas, as manifestações clinicas podem instalar-se de
forma aguda, com perda rápida de consciência e eventuais sinais de défice focal. O
hematoma subdural pode instalar-se também de um modo crónico, manifestando-
se então por cefaleias, hemiparesia progressiva, alteração de personalidade ou
declínio cognitivo progressivo.
⚫ Para além dos hematomas meníngeos, os traumatismos cranianos podem ocasionar fraturas do
crânio com o eventual afundamento ósseo e consequente laceração do parênquima nervoso. Há
por vezes lesão da massa encefálica mesmo na ausência de fratura do revestimento ósseo,
porque a massa encefálica sofre acelerações maiores do que crânio, já que tem menos peso.
Nesta eventualidade produzem-se lesões localizadas, que se denominam focos de contusão e
que são causados por embate da massa encefálica contra as saliências ósseas da superfície do
crânio. De um traumatismo craniano podem resultar também de alterações neurológicas de foro
cognitivo, ou seja, das funções intelectuais, cujo mecanismo parece ser apenas o estiramento
dos prolongamentos axonais dos neurónios, com disrupção da sua bainha de mielina em certos
locais.
Um doente de 42 anos, sexo masculino, deu entrada no serviço hospitalar em estado de coma, após acidente de trabalho. O
doente sofreu uma queda de 3 metros de altura, com impacto no lado esquerdo do crânio, perda de conhecimento breve, de
menos 15 minutos. Parecia estar bem ao recuperar a consciência. Cerca de 2 horas depois queixou-se de dor de cabeça,
vomitou por duas horas, ficou sonolento e com prostração progressiva. Quando chegou a ambulância ainda atendia à
chamada e abria os olhos, movendo os 4 membros. Ao ser examinado, apresentava-se em coma, com hemiparesia direita e
uma anisocoria, estando a pupila esquerda dilatada e não reativa à luz.
Hematoma epidural
Um doente do sexo masculino, com 32 anos de idade, em consequência de um traumatismo crânio-encefálico entra em
estado de coma, que se instala após um intervalo livre de seis dias, e se acompanha de sinais de défice neurológico focal.
Hematoma subdural subagudo
“O meu pai não diz coisa com coisa desde á cerca de 15 dias! (…) Há duas semanas, quase de um dia para o outro, começou a ficar
prostrado, confuso, sempre a perguntar várias vezes a mesma coisa. Em poucos dias o estado agravou-se até ficar ausente e
completamente baralhado. Agora nem come sozinho e quando está à mesa, o braço direito cai-lhe imóvel ao longo do corpo. Até
parece que se esqueceu do braço, ou que deixou de saber de o usar. Há dias entrou numa agitação enorme, sempre esfregando a
testa com a mão esquerda, como se quisesse aliviar uma forte dor de cabeça. Vomita constantemente! (…) E parece ter os olhos
tortos. Desde algum tempo que está estrábico. E as meninas dos olhos não são iguais. A esquerda está muito maior que a direita.
Será que isto tudo pode ter a ver com uma pancada que deu na quina do armário. Já foi há mais de dois meses, e nem sequer
desmaiou ou fez sangue.”
Hematoma subdural crónico
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Consequências de uma contusão cerebral
⚫ Os tumores intracranianos são de vários tipos e tem várias localizações dentro da cavidade
craniana e variados tipos de evolução conforme a sua natureza benigna ou maligna.
⚫ Podem se dividir em primários (nascem no encéfalo) e secundários (são metástases de tumores
primitivos com sede em outros pontos do corpo).
⚫ Cerca de 45% dos tumores intracranianos tem origem em células gliais (gliomas) e 15% tem
origem nas meninges (meningeoma).
⚫ Os restantes 40% dividem-se por tumores da hipófise, tumores de nervos cranianos e
metástases de tumores com sede em outros locais do corpo.
⚫ Quanto à sua relação com as estruturas cerebrais, os tumores podem designar-se por intra ou
extra-axiais.
→ Os intra-axiais são aqueles que estão para dentro da dura-máter.
→ Os extra-axais são aqueles que estão para fora da dura-máter (meningiomas,
neurinomas e metástases cerebrais).
⚫ Um tumor cerebral pode apresentar-se de modo agudo e súbito ou com sintomatologia de
instalação insidiosa, com crescimento.
→ Manifestação aguda e súbita: manifestações inaugurais como uma crise epilética ou um
AVC.
Em cerca de 1/3 dos doentes com um tumor cerebral, o modo de apresentação
é uma crise epilética, que em metade dos casos é parcial e na outra metade é
generalizada.
A apresentação de um tumor cerebral primário ou secundário na forma de AVC
(ictiforme), embora muito menos frequente, não é rara e resulta de
hemorragia ou menos vezes, de isquémia.
→ Manifestação insidiosa e de progressão lenta: manifesta-se por cefaleias (em cerca de
1/3 dos doentes), por alterações mentais (cerca de 1/6 dos doentes), por síndroma de
hipertensão intracraniana ou por sinais e sintomas neurológicos focais.
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A dor de cabeça poderá ser de intensidade variada e de posição variada.
As alterações mentais, são inicialmente subtis. No quadro clinico predominam
o embotamento (fraqueza) mental e falta de iniciativa (fadiga física). Alguns
tumores, principalmente de localização no lobo frontal revelam-se por
alterações de personalidade.
Turpor (sonolência, preguiça, moleza) mental, náuseas e vómitos e edema da
papila óptica. A hipertensão intracraniana pode resultar do próprio
crescimento do tumor, de desenvolvimento do edema à volta do tumor ou de
hidrcefalia resultante de obstrução à circulação do LCR ou de mais do que um
destes fatores.
Os sintomas focais, por exemplo crises epiléticas parciais, alterações de
personalidade são exemplo de sinais focais.
Estes e outros como afasia ou hemianopsia apontam para os
hemisférios cerebrais.
Hemiparésia e hemianestesia podem-se encontrar em tumores do
tronco ou do cérebro.
Ataxia é mais frequente em tumores do tronco ou do cerebelo.
Sintomas e sinais próprios de lesão de nervos cranianos encontram-
se em tumores da base do crânio, zona de passagem dos nervos
cranianos.
Epilepsia
20
⚫ Eletroencefalograma: em repouso, sono e estimulação luminosa intermitente (ELI);
⚫ Um ataque epilético é um descarga excitatória despropositada e anormal de neurónios do SNC
encefálico;
⚫ A epilepsia caracteriza-se pela ocorrência de crises de carácter epilético num certo indivíduo.
Uma criança de 8 anos de idade, sem antecedentes significativos e com bom rendimento escolar até
2. Parcial
à data, começa a apresentar mau rendimento escolar. A professora queixa-se frequentemente de que
a criança→parece distraída e com olhar parado. O exame neurológico é normal. Há cinco dias teve uma
Simples
crise convulsiva tónico-clónico generalizada.
→ Complexa
→
Epilepsia generalizada primária, com crises de ausência
Eletroencefalograma – atividade paroxística com ponta-onda a 3 Hz, bilateral e difusa
Tipos de epilepsia
⚫ Generalizada
→ Podem resultar de uma descarga generalizada dos neurónios do córtex cerebral.
Denominadas de crises generalizadas, quer do tipo tónico-clónico (de grande mal) quer
do tipo ausência.
21
→ Uma ausência define-se como o periodo breve de alteração do estado de consciência,
habitualmente com a duração de 10 a 30 segundos, que se acompahnha muitas vezes
de movimentos de pestanejo, de mastigar ou saborear ou ainda uma postura anormal.
Estes episódios de ausência associam-se a alterações tipicas no
electroencefalograma, que são complexos de ponta-onda que recorrem a
ritmo de três por segundo.
→ Uma crise tónico-clónica generalizada caracteruza-se pelo inicio súbito de um
contratura muscular generalizada, com hiperextensão dos membros, expulsão forte e
brusca de ar contido nos pulmões, com produção de um grito à passagem pela laringe,e
uma contração da mandíbula que pode causar mordedura da lingua (FASE TÓNICA).
Há depois uma FASE CLÓNICA, com movimentos convulsivos dos quatros membros, por
vezes também da cabeça e dos olhos, incontinência do esfincter urinário e
ocasionalmente também do rectal.
Ao fim de algum tempo de convulsão, o doente permanece inconsciente (sono
pós-critico).
→ Na epilepsia generalizada, a atividade epiléptica inicia-se por descargas neuronais
bilaterais das estruturas tálamo-corticais, que constituem o pace-maker neuronal.
⚫ Parcial (ou focal)
→ Manifesta-se por uma perturbação da função correspondente ao local do SNC onde se
verifica a descarga neuronal anómala.
→ A crise pode ser de caráter sensitivo, com parestesias ou outra manifestação
relacionada com as sensibilidades. Pode assumir a forma de uma perturbação motora,
alteração da linguagem, visão, audição, olfacto ou cognitiva. Se a consciência e a
memória tiverem íntegras durante a crise, denomina-se como PARCIAL SIMPLES.
→ Se a consciência se alterar e não houver posterior recordação do episódio trata-se de
uma CRISE PARCIAL COMPLEXA.
Este tipo de ataque acompanha-se com frequência de movimentos
involuntários repetidos (automatismos). Ele traduz uma extensão da carga
neuronal para as estruturas límbicas e diencefalicas.
⚫ Meningite
→ Inflamação das meninges
Espaço subracnoideu
Síndroma meningea
⚫ Encefalite
→ Inflamação no parênquima
22
A massa encefálica é atingida
Défice focal neurológico
⚫ As duas infecções podem dar meningeencefalites (ocorre nos vírus)
→ Perde-se a BHE
→ Cloroanfelicol (é o único fármaco que atravessa a BHE)
Uma mulher de 45 anos apresenta um quadro clínico de instalação aguda, que se manifesta por alteração
do comportamento seguida de depressão doestado de consciência e crises convulsivas.
Na RMN havia extensas áreas de alteração de sinal, localizadas nos lobos temporais.
No EEG observavam-se complexos periódicos a cada 2-3 segundos, sediados nas áreas frontotemporais.
⚫ Herpes zoster
⚫ Fungos
⚫ Infecção bacteriana
Um doente de 41 anos, sexo masculino, empregado de mesa vem à consulta por “queda pálpebras” e disfagia de início
progressivo há uma semana, após um jantar estragado. Náuseas e vómitos no dia seguinte, com diplopia e parésia do VI par
bilateralmente (reconhecimento numa ida e uma urgência, mas recusou internamento). Ao terceiro dia apresenta odinofagia
intensa e depois queda das pálpebras bilateralmente. No exame apresenta mau estado geral, com TA de 80/60 e 37.6ª e
temperatura. As mucosas estão secas e apresenta ainda distensão abdominal. A avaliação dos pares cranianos mostra pupilas
isocóricas e reativas, com ptose palpebral bilateral. Apresenta ainda discreta diminuição proximal da força muscular. O
restante exame neurológico é normal.
23
Doença de Creutzfeldt- Jacob (DCJ)
24
⚫ Existem ainda outras doenças causadas por este prião (PrP) como patologia por caracter
genético, a doença de Creutzfeldt-Jakob familiar, síndroma de Gerstmann-Straussler e Insónia
Familiar Fatal.
Sem mielina
Mielina
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Mielinização do axónio através de prolongamentos.
⚫ A esclerose múltipla caracteriza-se por ser uma doença inflamatória de caracter imunológico
(auto-imune), que provoca a destruição de mielina e dos oligodendrocitos no sistema nervoso
central. O processo patológico possui 3 componentes fisiopatológicos: a inflamação, a
desmielinização e a perda de oligodendrocitos.
⚫ O processo inflamatório tem origem fora do SNC porque resulta da atuação de mediadores
celulares como os linfócitos T e os monócitos, gerados nos gânglios linfáticos paratímicos e no
timo.
→ Os monócitos hemocirculantes transformam-se o SNC em macrófagos, constituindo a
maior parte das células com competência fagocitária neste compartimento.
⚫ A lesão da mielina e do oligodendrocitos resulta da penetração destes glóbulos brancos do
sangue no SNC, na sequência da ativação do endotélio dos capilares e da disfunção da BHE.
→ Aparecem assim no parênquima nervoso moléculas imunoinfluentes, como antigénios
do complexo major de histocompatibilidade da classe II, citocinas, moléculas de adesão
e quimiocinas.
⚫ A placa aguda de desmielinização tem uma histopalogia caracterizada por hipercelularidade de
linfócitos T e B, edema de desmielinização ativa à custa dos macrófagos, que englobam o resto
de mielina.
26
→ Nos primeiros dois dias do processo podem encontrar-se no citoplasma dos macrófagos
glicoproteína da mielina dos oligodendrocitos (MOG) e glicoproteína associada à mielina
(MAG), em plena degradação.
→ Do sexto ao décimo dia os macrófagos vão conter principalmente proteína básica da
mielina (MBP) e proteína proteolipídica (PLP).
⚫ Nas fases iniciais da EM, quando a desmilinização está em atividade, verifica-se a proliferação
dos macrófagos e desaparecimento de oligodendrocitos. Os macrófagos, que contém citocinas
pró-inflamatórias Th, rasgam as lamelas de mielina por meio de um processo mediado por
recetores do complemento CR3. Os oligodendrocitos vão-se reduzindo em número e tamanho, a
partir da zona central da placa.
⚫ A lesão da EM entra mais tarde em fase crónica, na qual a inflamação e a atividade
desmielinizante já cessaram. Verifica-se o desaparecimento da mielina. E os seus constituintes
lipídicos deixam de ser observáveis porque foram degradados em gorduras simples.
Desmilinizada
1ª Zona de desmielinização
⚫ Heterogeneidade
→ Perfil clinico → Neuroimagiologia
→ Neuropatologia → Resposta terapêutica
27
Quatro características da esclerose múltipla
Fulminante
Localizada
Secundarimente
progressiva
Isolada
Intervenção terapêutica
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→ Iniciou-se a terapêutica com interferões β1-a, β1-b e o primeiro copolímero 1 ou acetato
de glatirámero
→ Michael Sela e Ruth Arnon descobriram o copolímero 1 (laboratório da universidade
israelita) – mistura sintética de fragmentos proteicos da mielina
Evitava a desmielinização em animais com encefamielite aguda (é uma doença
desmielinizante onde ocorre apenas um surto) experiemental e era também
eficam na esclerose múltipla
Reduz o número de surtos e os défices de cada surto
Conclusões
Processos imunológicos
⚫ De tipo humoral
→ Induzido por anticorpos (fabricados pelos linfócitos B)
⚫ De tipo celular
→ induzido pelos linfócitos T e macrófagos
⚫ No SN
→ Esclerose múltipla
→ Polirradiculoneuropatia de Guillian-Barré
→ Miastenia Gravis
⚫ Outras
→ Lupus eritematoso sistémico
→ Periarterite nodosa
→ Artrite reumatoide
→ Doenças da glândula tiroideia
29
Linfócitos T (células imunocompetentes)
Citotóxicos (atacam
todas as células)
Agressores celulares
Exterminadores
naturais ou "natural
killers" (atacam
determinadas células
Linfócitos T
Auxiliadores ou "helper"
(ajudam os linfocitos B a
fabricar anticorpos)
Não agressores
Supressores
(desactivam os T
auxiliadores quando se
produzem anticorpos
demais
2 tipos
Doença Doença
desmielinizante dismielinizante
(ataca a mielina (ataca mielina
normal) alterada/patológica)
30
Patologia dos órgãos dos sentidos
⚫ Paralisias do olhar
→ Com diplopia
→ Com nistagmo
⚫ Alterações dos movimentos conjugados
⚫ Alterações dos movimentos de perseguição
⚫ Alterações dos movimentos sacádicos Lesão da papila ótica:
⚫ Formas mistas dos défices anteriores Edema da papila (as
artérias vêem-se) →
Atrofia ótica
Defeitos no campo visual
⚫ Escotoma
⚫ Hemianopsia
→ Bitemporal – quiasma
→ Homónima
⚫ Quadrantopsia
⚫ Escotomas congruentes bilaterais Lesões após o quiasma
31
Vertigem
“Em moço era difícil acompanharem-me na rua. (…) e hoje estou para aqui tolhido de todo. Parece que os gestos habituais são
até os mais difíceis. O que me vale é a bicicleta, subo nela e parece que já nada se passa comigo. Ando quilómetros como se
nada fosse. Salto para o chão e fico de novo tolhido e hirto, como se as pernas e os braços pesassem toneladas. Quanto mais
me quero mexer mais travado fico (…).”
“(…) estás todo curvado e inclinado para o lado direito! (…) lá estás tu a enrrolar o cigarrito outra vez! (…) De noite fica tão
sossegado, mas quando acorda parece que o tremor das mãos desperta com ele! (…)”
Doença de Parkinson
32
⚫ Tremor de repouso (sempre nos dedos e não na face/pescoço)
⚫ Aparece em indivíduos com 40/50 anos, se não estiver dentro desta faixa etária é apenas
considerado parkinsionismo
⚫ Os sintomas variam num paciente ao longo do tempo e também de caso para caso
⚫ Podem associar-se às flutuações motoras alterações psíquicas como depressão, ansiedade
e angústia
⚫ Prevalência → 100 a 200/100 000 Habitantes
⚫ Traduz-se pela falta de neurónios que produzem dopamina na substância nigra do
mesencéfalo
Base orgânica/estrutural/biológica
⚫ A estrutura mais afetada do SNC na doença de Parkinson é a substância nigra, uma região da
parte superior do tronco cerebral, o mesencéfalo, situada mesmo por baixo do cérebro.
⚫ Os neurónios que se localizam nessa região contêm grânulos de um pigmento escuro chamado
neuromelanina e que se segregam dopamina (regulam os movimentos involuntários, ou
automáticos do corpo.
→ Nos sujeitos com Parkinson, alguns destes neurónios vão sofrendo um processo de
degenerescência progressiva, que causa a perda da sua normal produção de dopamina.
→ No seu citoplasma encontram-se inclusões esféricas, com um conteúdo fibrilhar e halo
claro periférico (corpos de Lewy).
→ O défice dopaminérgico faz com que predomine então a atividade frenadora do núcleo
subtalâmico de Luys.
→ A destruição dos neurónios produtores da dopamina é a principal razão para o
aparecimento das manifestações motoras da doença de Parkinson. Como esta
substância neurotransmissora atua também na regulação do humor, da motivação e da
concentração intelectual, estas qualidades vão estar muitas vezes reduzidas na doença
de Parkinson.
→ O quadro clínico da doença de Parkinson melhora com a administração de L-dopa.
⚫ Os neurónios da sustância nigra fazem parte de circuitos complexos que permitem a essa
estrutura interagir com outros grupos neuronais situados nos gânglios da base. Estes circuitos
33
são um centro de controlo das informações motoras que serão depois veiculadas à medula
espinhal e músculos esqueléticos.
⚫ Há uma perda conminante de neurónios noragrenérgicos do tronco cerebral. O locus coeruleus
é o local produtor de quase toda a noradrenalina, ou norapinefrina, do sistema nervoso central.
→ Provavelmente serão as alterações nestas vias nervosas não nígricas as contribuintes
principais para as alterações cognitivas verificadas com alguma frequência nos doentes
de Parkinson.
Na década de 80, apareceram nos EUA numerosos casos de um parkinsionismo grave, com inicio súbito e
sem qualquer evidência de recuperação.
“ (…) Sem mais nem menos ficou com uns movimentos esquisitos da língua. Tanto a deitava para fora como a mexia sem
parar dentro da boca, fazendo caretas (…) também tem andado tão enjoado, até vomitou duas vezes (…).”
⚫ -sinucleinopatias
→ Doença de Parkinson
→ Demência a corpos de Lewy
→ Doença de Hallervorden-Spatz
→ Forma atípica de doença de Alzheimer
⚫ Atrofias multisistémicas
→ Doenças de Shy-Drager
→ Degenerescência estriato-nígrica
→ Atrofia olivo-ponto-cerebelosa
⚫ Central ou piramidal
→ Parésia
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→ Hipertonia muscular do tipo espástico
→ Hiperreflexia osteo-tendinosa
→ Sinal de babinski
⚫ Periférica ou espinhal
→ Parésia em meia ou luva
→ Atrofia muscular
→ Hipotonia muscular
→ Diminuição ou abolição dos reflexos osteo-tendinosos
⚫ Síndroma parkinsónica
→ Hipertonia plástica, predominância dos núcleos inibidores
⚫ Síndroma coreico
→ Predominância dos núcleos ativadores
⚫ Balismo e hemibalismo
→ Lesão do núcleo subtalâmico de Luys; movimentos rápidos e com grande amplitude
⚫ Atetose
→ Movimentos lentos, de tipo reptação
Sujeito tinha um tremor → com o álcool o tremor passava → a certa altura tinha de aumentar a quantidade de álcool para
o tremor passar → tornou-se alcoólico → tremor tornou-se cada vez mais intenso e amplo
“A minha mãe tem vindo a perder o tino desde há uns meses. (…) As vezes parece que melhora da falta de memória e da
desorientação. Além disso, desde há uns meses não consegue segurar a urina (…) e os pés ficam-lhe agarrados ao chão
como se pesassem uma tonelada e anda com passos muito curtinhos.”
Coreia de Huntington
⚫ Alterações de humor
→ Depressão agitada, com irritabilidade
⚫ Alteração da personalidade – desconfiança, impulsividade
⚫ Período psicótico
→ Pode levar ao suicídio
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⚫ Défice de memória
⚫ Demência com progressão rápida
⚫ Movimentos involuntários de tipo coreico (na face, cabeça e membros) com disartria
⚫ Hipotonia muscular
⚫ Alguns casos raros cursam com hipertonia plástica, constituindo a chamada forma de Westphal
da afeção
⚫ Hereditária, dominante por expressão de tripletos CAG no gene p16.3 que codifica a huntingtina
(Htt), na ponta do braço curto do cromossoma 4, com alteração das caspases (cindem o terminal
amino da huntingtina) ou reação delas com a proteína HAP-1 e compromisso da fosforilação
oxidativa mitocondrial e morte neuronal por excitotoxicidade.
⚫ 25% dos sujeitos não tem o gene
⚫ Perda neuronal e gliose no núcleo caudado e camada 3 do córtex motor cerebral
⚫ Inicio aos 30-40 anos
⚫ Morte em cerca de 13 anos
⚫ Prevalência de 4-7 por 100 000 habitantes
⚫ Doença sistematizada
→ Doença do neurónio motor
⚫ 4 formas de manifestação:
→ Atinge o 1º neurónio
Parésia espástica progressiva
→ Atinge o 1º neurónio motor e despois deste estar atrofiado, atinge o 2º neurónio motor
Atrofia miotrófica
→ Lesão do 2º neurónio
Parelesia motora (hipotonia, atrofia muscular, hipotonia e hiporreflexia)
→ Parelesia bulbar progressiva (afeta os nervos motores bulbares: IX, X, XI, XII
Deixam de falar e sentir)
Com proteínas
Falta de produção de
proteínas
Base biológica/genética
36
⚫ A huntingtina está presente em todos os neurónios cerebrais e também em alguns tecidos
periféricos.
⚫ Admite-se que tenha a ver com enzimas que habitualmente cindem o terminal –amino da
huntingtina, as caspases.
→ Outro possível mecanismo da doença de Huntington será a reação da huntingtina com
uma proteína celular especifica, possivelmente a HAP-1, que compromete a fosforilação
oxidativa nas mitocôndrias e assim predispõe os neurónios à morte por
excitotoxicidade.
⚫ O trinucleótido CAG codifica a glutamina e um excesso de poliglutamina da huntingtina mutante
(mHtt) aumenta a capacidade de ligação a outras proteínas. O fragmento poliglutamina, quer da
huntingtina, quer das proteínas anormais de outras três doenças com repetição de tripletos CAG,
que hoje se associam no grupo das doenças da poliglutamina, liga-se à gliceraldeido-3-fosfato-
desidrogenase, que é um enzina essencial à glicólise. As doenças da poliglutamina são a coreia
de Huntington, a ataxia espino-cerebelosa do tipo I, a atrofia muscular bulbo-espinhal ligada ao
cromossoma X e a atrofia dentado-rubro-pálido- luisiana.
⚫ A CAG é instável, e no suceder das gerações pode encurtar-se ou alongar-se (mais frequente).
Neste caso, leva a uma maior precocidade no início das manifestações e maior gravidade da
doença – antecipação (verifica-se com o passar de geração em geração).
⚫ A perda neuronal no núcleo caudado e também na camada 3 do córtex motor cerebral, contribui
para as contribui para as alterações cognitivas e comportamentais da doença Huntington.
→ O núcleo caudado encontra-se atrofiado na doença e a sua cabeça deixa de fazer a
procidência normal na região supero-externa do ventrículo lateral, quando se observa
por neuroimagiologia em seção frontal. Ele recebe informações do córtex de associação
motora dos lobos parietal posterior e frontal., bem como das áreas límbicas do lobo
temporal e projeta-se, através do globus pallidus medial, do cíngulo anterior e do
tálamo, para o córtex pré-frontal e órbito-frontal.
→ No estriado existem duas categorias de neurónios, os interneurónios, que possuem
acetilcolina, GABA ou somatostina, e cujos os axónios permanecem dentro do striatum,
e os neurónios de projeção, cujo os axónios terminam nos segmentos lateral e medial
do globus pallidus e na substância nigra do mesencéfalo, expressando GABA, encefalina,
substância P ou outro neuropéptidos.
→ Admite-se que os movimentos coreicos apareçam da noença de Huntington devido à
perda precoce das projeções inibitórias do striatum em direção ao segmento lateral do
globus pallidus.
⚫ Paralisia bulbar
→ Alteração da fonação e deglutição com atrofia da língua e desvio para o lado parético
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Lesão do IX, X, XI, XII pares de nervos
⚫ Paralisia pseudo-bulbar
→ Manifetações semelhantes mas sem atrofia da língua
Lesão das vias motoras para os núcleos dos nervos, a partir do córtex cerebral
⚫ Letargia
→ Resposta a estímulos verbais e retorno rápido à consciência
⚫ Obnubilação
→ Resposta a estímulos fortes, sonoros ou de mobilização segmentar
⚫ Estupor
→ Resposta a estímulos dolorosos com fuga d segmento corporal estimulado
⚫ Coma
→ Sem resposta à dor provocada
⚫ Morte encefálica
→ Apenas atividade medular e dos centros vaso-motores da formação reticular do bulbo.
Termina habitualmente ao fim de curto período, por assistolia cardíaca.
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⚫ Rigidez de descerebração
Lesões da região superior do tronco
→ Quatro membros em extensão cerebral, entre o núcleo vestibular e o
→ Membros superiores em adução rubro mesencefálico
→ Rotação interna
⚫ Rigidez de descorticação
→ Membros inferiores em extensão Lesões da substância branca acima do
mesencéfalo
→ Membros superiores em flexão
→ Adução
“- O meu pai nunca mais foi o mesmo, (…). Antes daquela operação à fratura da perna, ele ainda ia fazendo a
sua vidinha. (…) Nunca precisamos de o ajudar. Logo a seguir à operação ficou três dias fora de si, numa
agitação doida e a falar sem nexo. Agora, desde que veio do hospital, parece que já não está neste mundo.
Duranto (…) todo o dia fica num cadeirão, sem préstimo para nada (…)”
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Síndroma confusional agudo ou delirum
⚫ Inatenção
⚫ Pensamento desorganizado
⚫ Apatia e bradicinésia no idoso e hipercinésia no jovem
⚫ Alteração do estado de consciência
⚫ Evolução ondulante
⚫ Por provável desregulação da função colinérgica do SNC
⚫ Causado por doença concomitante – infecciosa, metabólica, neoplásica, cardíaca, degenerativa,
obstipação, dores, iatrogenia, fome ou frio
⚫ Em cerca de 30% dos idosos com a síndroma, a cognição fica definitivamente alterada
Alterações da linguagem
⚫ Afasia
→ Perturbação cortical da linguagem sem alteração das estruturas da fonação
⚫ Disartria
→ Dificuldade na articulação verbal
⚫ Disfonia
→ Modificação da qualidade sonora por alteração nas estruturas da fonação
40
⚫ Circunvolução fusiforme anterior (parte inferior do lobo temporal)
→ Com alexia pura
⚫ Síndroma de Kluver-Bucy:
→ Redução da agressivadade
→ Instabilidade emocional
→ Obsessão po comida e sexo
→ Preservação da memória
⚫ Lesão das regiões mediais frontais
→ Bradifrenia (lentidão psíquica)
→ Abulia (falta de motivação, de iniciativa, de capacidade para tomar decisões)
⚫ Lesão do córtex órbito-frontal e outras regiões
→ Desinibição social
→ Jocosidade despropositada
→ Dificuldade em cumprir objetivos
Memória processual
⚫ Mais alterada nos doentes com demêncial subcortical, como que é devida a multienfartes;
⚫ Mais preservada nos doentes com doença de Alzheimer.
Amnésias
41
⚫ Amnésia associada ou não a desorientação temporo-espacial
Lesões cerebrais
Síndroma de wernicke-korsakoff
Intoxicação crónica por álcool etílico
⚫ Síndroma de Wernicke
→ Alteração dos movimentos oculares
→ Ataxia da marcha
→ Dificuldade do ortostatismo
→ Estado confusional agudo:
Letargia, abulia, inatenção
Alteração da linguagem
Alterações da perceção e memória
⚫ Síndroma de Korsakoff
→ Perturbação amnésica: predominio de perda da memória episódica e lacunas mnésicas
preenchidas por confubalação
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Estruturas do SNC intervenientes
Visão cega ou “blindsight” – é a possibilidade de identificar e localizar objetos, apesar de haver lesão da
área cortical visual (rego calcarino) ou das vias visuais.
43
Se as vias da visão inconsciente se mantiveram ativas, apesar da lesão do córtex visual primário, pode
haver certa imaginação visual que aos doentes parece visão. Se houver cegueira periférica e a memória
visual que cria esta anosognosia para a cegueira.
Inatenção ou “neglect”
Apraxia
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60% dos esquerdinos. Para a programação motora, umas vezes é à esquerda, outras em
ambos dos hemisférios.
45
⚫ Terapêutica intercritica: amitriptilina, na dose de 25 mg ao jantar ou um anti-epiléptico como o
valproato de sódio, 500mg ao jantar
⚫ Alodínia
→ Dor causada por estímulos que habitualmente não a provocam, como os tácteis
⚫ Parestesias
→ Sensações de formigueiro ou encortiçamento
⚫ Disestesias
→ Sensações desagradáveis e incomodativas
⚫ Hiperalgesia ou hiperpatia
→ Maior susceptibilidade aos estímulos dolorosos
⚫ Somação de estímulos
→ Aumento da intensidade da dor por repetição rápida de estímulos
Fenómenos dolorosos
⚫ Hiperalgesia
→ Sensibilização local, com alteração das caracteristicas do receptor e aumento da
resposta aos estímulos dolorosos
⚫ Analgesia
→ Supressão seletiva dos estímulos dolorosos
⚫ Dor irradiada ou referida
→ Erro na percepção topográfica da sensação dolorosa, longe do local em que a sensação
é produzida, por ativação de interneurónios medulares pelos estímulos.
Dimensões da dor
Qualidades da dor
⚫ De tipo incisivo
⚫ Em pontada
⚫ Latejante
⚫ De tração ou extensão
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⚫ Compressiva
⚫ Qualidades especificas da dor na dimensão afetivo-motivacional:
→ Do tipo picada
→ Do tipo queimadura
→ Do tipo moínha
Arterite temporal
Dor aguda
47
⚫ Nociceptiva/inflamatória ou neuropática
→ Caracteristicas da dor neuropática: penetrante, lancinante, por vezes em queimadura,
com agravamento noturno, segue os troncos nervosos, acompanha-se de alodínia
mecânica, fica na memória e mantém-se para lá do fator desencadeante – a memória
atua como estímulo.
→ Por estimulação direta de terminais do(s) axónios (s)
⚫ Oncológica ou não oncológica
→ Por doença crónica ou degenerativa
→ Idiopática
48
⚫ Alterações do SN vegetativo possiveis - Pele fina e brilhante;
⚫ Frequentes alterações sensitivas positivas: - Rubor por hiperémia;
- Hipersudação;
→ Alodínia
- Edema neurogénio;
→ Parestesias - Disforfismo da pele e unhas → Contracturas e
→ Disestesias atrofias
→ Hiperalgesia
→ Hiperpatia
→ Somação
→ Pós-sensação
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⚫ Estimulação direta dos receptores com fibras C
→ Radiculopatias, síndroma do túnel cárpico e nevralgia do trigémio;
⚫ Interrupção do impulso com hiper-descarga
→ Membro fantasma, neuropatias dolorosas, nevralgia pós-herpética, dor pós-avc e
esclerose múltipla;
⚫ Estimulação associada do SN autónomo
→ Síndroma doloroso Regional complexo (C.R.P.S.)
Algodistrofia, atrofia de Sudeck, síndroma ombro-mão
C.R.P.S. I (Distrofia simpática reflexa)
✓ Dor neuropática (sem lesão evidente do nervo) + Alterações do
SN vegetativo (alterações da vasoregulação e dismorfismo da
pele e unhas)
C.R.P.S. II (causalgia)
Atitudes terapêuticas
⚫ Identificar a causa
→ Intervenção especifica;
⚫ Tratar a dor neuropática
→ Antidepressivos tricíclicos (Noratriplilina, desipramina, amitriptilina
→ Antiepilépticos (carbamazepina, fenitoína, gabapentina, topiramato)
→ Outros bloqueadores dos canais de sódio
→ Opióides
→ Bloqueadores dos receptores NMDA
→ Bloqueios nervosos com anestésicos locais
→ Agentes tópicos (lidocaína)
⚫ Tratamento não farmacológico
→ Educação/fazer compreender a dor crónica
→ Exercicios com movimentos de alongamento
→ Técnicas de relaxamento físico e psiquico
→ Neuromodulação ou neuroestimulação
Acupunctura
Estimulação elétrica nervosa transcutânea (T.E.N.S.)
Elétrodos implantados (nervos ou raizes lesados, cordões posteriores e SN
encefálico)
⚫ Tratamento invasivo
→ Estimulação do parênquima nervoso (implantação de elétrodos)
→ Infiltração epidural de corticóides
→ Bloqueio de nervos simpáticos
50
→ Opióides ou baclofeno em bomba intratecal
→ Radiofrequência
→ Cirurgia
51
Canal lombar estreito diagnóstico
Memória
Processamento de informação, multissistema e em rede, pelo SNC. Em integração com vigilia, perceção,
emoção, atenção, raciocínio, gnosia – aprendizagem e linguagem. Possui uma atividade tão subtil que só
se nota quando se altera. É uma função cerebral complexa que nos atraiçoa com frequência.
Grande parte dos seus mecanismos são inconscientes e involuntários. Em rede com outras funções
cerebrais, sofre alteração destas. O funcionamento multissistémico tem dificuldado o seu conhecimento.
⚫ Teoria da interferência
52
→ O esquecimento resulta entre os diferentes temas memorizados, de forma retroativa
ou pró-ativa. Na memorização de uma listagem de palavras elas aumentam com a
repetição da sua evocação.
⚫ Teoria da codificação especifica inicial (Tulving)
→ Os vários temas seriam arquivados em associação com indicadores especificos de
recuperação (internos – emoções, estados orgânicos; externos – ambientais, culturais),
que guiariam depois a via de acesso a esses temas.
Memória e emoção
53
⚫ Níveis elevados de atenção por emoção negativa associam-se a melhor codificação dos estímulos
ameaçadores e maior ativação das regiões cerebrais nela envolvidas
⚫ Estímulos associados a medo ativam a amigdala sem precisar da atenção ou da consciência – o
sistema neuronal para detetar perigo sem pensar é constituido pela amigdala, hipocampo e
córtex pré-frontal
54
coordena a atenção, bem como a seleção, consciência e controlo geral
da informação
55
O tema é sempre um certo aspeto da experiência traumática – o pior
aspeto do facto (hot spot)
Tende a causar stresse, ao contrário da não traumática
⚫ (Conway, 1966)
→ Seriam arquivadas e processadas à custa da evocação de conhecimentos anteriores –
são construções mentais
⚫ Seriam representações integras de factos passados. Haveria 2 sistemas independentes para a
memória autobiográfica, um episódio (até 2 dias de permanência) e outro permanente, de onde
surgiriam as recordações involuntárias. As memórias involuntárias seriam fragmentos
persistentes da memória episódica autobiográfica, que se associavam em construções a partir
dela.
Memória e esquecimento
Informação
Órgãos dos sentidos (receção) Memória sensorial (seg.)
Lobos frontais
56
Memória de trabalho
⚫ Tipo de informação
⚫ Sistema de processamento (estruturas de diferente complexidade)
→ Simples – para competencias motoras
→ Complexo – para matemática, música ou idiomas (utiliza maior nº de redes neuronais
que são mais recentes filogeneticamente)
57
⚫ Potenciação sináptica a longo prazo
⚫ É a memória que não determina a facilitação heterossináptica e por isso é esquecida, enquanto
as de longo prazo persistem quando activadas regularmente
→ Acumulação crónica de Ca++ nos neurónios pré e pós-sináptico, por utilização repetida
da via
→ O Ca++ intraneuronal pós-sináptico origina a fosforilação mantida de proteínas, que
aumentam a actividade das sinapses no hipocampo (potenciação a longo prazo
precoce)
→ E.g., saber tudo antes de uma avaliação, para depois esquecer
58
Fisiologia da memória a curto, intermediária e longo prazo
Consolidação da memória
59
⚫ As memórias consolidadas podem ser recuperadas por várias vias, o que pode fazer aceder
também a outras memórias associadas
⚫ Na recuperação são activadas diversas áreas corticais – áreas de associação – de acordo com o
tipo de informação a evocar (visual, auditiva, verbal)
Amnésia anterógrada
⚫ Doença de alzheimer
→ Degenerescência do campo CA1 do hipocampo
⚫ Síndroma de korsakoff
→ Degenerescência das associações do hipocampo
Amnésia periódica com confabulação
⚫ Uso crónico de cannabis
→ Disfunção do hipocampo
⚫ Memória episódica
→ Codificação
Vias visuais ou auditivas
Regiões temporais mediais anteriores
✓ Formação hipocampal
✓ Amígdala
✓ Circunvoluções parahipocampais (AB, 28 e 35)
O local varia com o tipo de estímulo (predomina a esquerda para estímulos
verbais e a direita para os visuais), as tarefas envolvidas (voluntária ou
involuntária) e o grau de dificuldade de codificação (simples ou complexa)
Quanto maior a activação temporal medial mais segura a memorização e
maior a passagem a memória a longo prazo
Os temas desconhecidos activam mais as estruturas temporais
A repetição e outros mecanismos aumentam a memorização
→ Recuperação
Regiões temporais mediais posteriores (Modelo HIPER)
Formações hipocampais
Circunvoluções parahipocampais (AB, 28 e 35)
Circunvoluções fusiformes (AB e 37)
Tem menor lateralização do que a codificação
A memória arquiva-se organizada e hierarquicamente por temas e valor, mas
recupera-se por tentativas, procurando bilateralmente nos vários locais das
regiões temporais mediais
60
Os temas conhecidos activam mais as estruturas temporais, ao contrário da
codificação, porque se comparam constantemente com informações
anteriores e se separam bruscamente na recuperação
⚫ Memória semântica
→ Requer grande velocidade de processamento (diálogo, manipulação de um
equipamento)
→ Localiza-se em
Regiões temporais, principalmente ventrais e laterais, à esquerda
Circunvolução fusiforme inferior e média
Regiões temporo-parietais posteriores
Regiões occipitais
→ Existe ativação cerebral em função do tipo de
Estímulo
Animais
✓ Occipital medial
✓ Fusiforme lateral
✓ Sulco temporal posterior
Ferramentas
✓ Occipital inferior
✓ Fusiforme medial
✓ Temporal medial
✓ Frontal lateral
Palavras abstratas
✓ Região temporal
✓ Região frontal esquerda
Informação pretendida
⚫ Córtex pré-frontal
→ Evocação das memórias
Retenção consciente de informações de várias áreas corticais durante tempo
suficiente para a elaboração do pensamento e passar à ação (memória de
trabalho – semelhante à memória RAM dos computadores)
⚫ Córtex temporal medial posterior
⚫ Tálamo dorsal medial
⚫ Hipocampo
→ Consolidação da memória
61
Amígdala
⚫ Excitação
→ Hormonas do stresse (adrenalina, noradrenalina), estrogénios
→ Os temas que estimulam são os que captam o interesse
⚫ Afeto
→ Ocitocina
Apego ao objeto do afeto e inibição de memórias adversas
⚫ Medo
→ Corticóides
Geram-se memórias assustadoras na amígdala e inibem-se as opostas no
hipocampo
⚫ Prazer
→ Dopamina
Os temas que dão recompensa são os que captam o interesse
⚫ Repugnância
→ Glutamato
Temas em associação (e.g., a odores ou à visão de comidas)
62
Amígdala
Determina condicionamentos, por consistir na retenção de
preferências (recompensas) e aversões (punições)
→ Memória percetual ou priming
Direcionamento ou aumento da eficácia de um estímulo sensorial após a
atenção anterior ao mesmo
⚫ Tipos de estímulos
→ Visuais
→ Auditivos
→ Verbais
⚫ Tarefas envolvidas
→ Intencional ou não intencional (implícita)
⚫ Complexidade de codificação
→ Sons simples
→ Fonológica
→ Semântica
63
Estruturas do S.N.C envolvidas na recuperação da memória semâtica
⚫ Reocnhecimento de animais
→ Circunvolução occipital medial
→ Circunvolução fusiforme lateral
→ Sulco temporal posterior
⚫ Reconhecimento de ferramentas
→ Circunvolução occipital inferior
→ Circunvolução fusiforme medial
→ Circunvolução fusiforme média
→ Regiões frontais laterais
⚫ Reconhecimento de palavras abstratas
→ Regiões temporais laterais esquerdas
→ Regiões frontais esquerdas
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Memória imediata ou atenção
✓ Córtex pré frontal ventro-lateral bilateral (AB 44, 45 e 47)
Memória de trabalho propriamente dita
✓ Córtex pré-frontal dorso-lateral (AB 9 e 46)
Processos de seleção e determinação de etapas
✓ Regiões mais anteriores do córtex pré-frontal
Manipulação da informação para a execução
✓ Reigões anteriores e dorso-laterais do córtex pré-frontal
→ Memória episódica
→ Memória contextual
Organização das memórias em contexto do tempo e do espaço
Córtex pré-frontal, região medial (AB 10) e outras
Ordenação temporal de vários fatores
✓ Córtex pré-frontal direito
Ordenação temporal num único acontecimento
✓ Região lateral do córtex pré-frontal esquerdo
→ Memória processual
→ Metamemória
⚫ Procediemntos verbais
→ Córtex pré-frontal esquerdo (AB 44)
⚫ Procedimentos visuais
→ Córtex frontal e parietal (AB 44 e 40)
Visuais com objetos
Córtex temporo-occipital (AB 47)
Visuais com processamento espacial
Córtex temporo-occipital e parieto-occipital (AB 7 e 19)
Memória semântica
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Estruturas do S.N.C intervenientes na memória
Demências
⚫ Envelhecimento normal
→ Involução do sistema nervoso no idoso
⚫ Deterioração cognitiva, apraxia, défice motor, sensitivo e de coordenação dos membros
⚫ 7ª, 8ª e 9ª décadas
→ Perdem-se 100 000 (105) neurónios por dia
⚫ Entre os 20 e os 90 anos
→ Há menos de 9,5% de neurónios no córtex cerebral
⚫ Perda diária
→ Cerca de 85 000 neurónios por dia ( +/- 1 neurónio por segundo)
Síndrome demencial
66
Depressão
Alteração da personalidade
Psicoce
Alteração das atividades diárias
⚫ Frequência relativa das demências
→ D. alzheimer – 60%
→ D. vascular + D. alzheimer – 10%
→ D. vascular – 5%
→ D. corpos de lewy + d. alheimer – 12%
→ D. corpos de lewy – 3%
→ D. fronto-temporal – 5%
→ Outras demências – 5%
Demências com síndroma parkinsónico
Demências secundárias
Degenerescência córtico-basal
Atrofia multi-sistémica
Paralisia supranuclear progressiva
Doença de Huntington
Doença de Creutzfeldt-Jacob
Depressão – demência
67
Hipertiroidismo
Hipotiroidismo
→ Enfarte do miocárdio (reação à doença)
Doença de Alzheimer
⚫ Marcadores morfológicos:
→ Placas argirófilas senis
Núcleo de amilóide
Neuritos degenerados
→ Entrançados neurofibrilhares
→ Fios de neurópilo
PATOLOGIA
68
Défice cognitivo ligeiro
Demências subcorticais
Sinais clínicos
⚫ Bradifrenia
⚫ Perseveração
⚫ Défices das funções executivas
⚫ Linguagem e visuoespacial preservados
⚫ Amnésia ligeira
⚫ Comportamento social preservado
⚫ Alterações neurológicas da doença base
Demência vascular
⚫ Sinais clínicos
→ Maior deterioração das funções executivas frontais
→ Memória verbal a longo termo mais preservada
69
⚫ Perfil evolutivo
→ Inicio súbito
→ Progressão em escada
Multienfarte
Doença de
pequenos vasos
Encefalopatia de Binswanger
⚫ Entidade polémica
⚫ Inicio – 50-70 anos
⚫ Hipertensão arterial ou D. vascular sistémica
⚫ Manifestações clinicas:
→ Demência progressiva tipo sub-cortical
→ Depressão
→ Marcha a pequenos passos
→ Rigidez
→ Bexiga neurogénia
Demência secundária
70
Demência fronto-temporal
Perfil clínico
⚫ Neuropsiquiátricos
→ Inércia e perda de motivação
→ Perda das capacidades organizacionais
→ Perda do insight
→ Agitação
⚫ Alterações da linguagem
→ Perda da expressão precoce
→ Frases estereotipadas
→ Mutismo e amimia tardios
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Patologia
⚫ Degenerescência microvascular
→ Espongiose extracelular do córtex por perda neuronal, sem células de Pick, nem corpos
de Pick
⚫ Doença de Pick
→ Astrocitose com perda neuronal fronto-temporal, com células e corpos de Pick
Parkinsonismo Plus
Sinais clínicos
Degenerescência córtico-basal
Doença de Steele-Richardson-Olzewski
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⚫ Incontinência emocional, depressão
⚫ Má resposta à Levodopa
Atrofia multi-sistémica
⚫ Síndroma de Shy-Drager
⚫ Degenerescência estriato-nígrica
⚫ Atrofia olivo-ponto-cerebelosa
⚫ Parkinsonismo sem tremos de repouso
⚫ Alterações autonómicas
⚫ Alterações cerebelsas
⚫ Apneia do sono obstrutiva
⚫ Labilidade emocional
⚫ Oftalmoplegia internuclear
⚫ Demência
⚫ Má resposta à terapêutica com Levodopa
⚫ Tríade clínica
→ Confusão flutuante
→ Alucinações visuais
→ Parkinsonismo
⚫ Perfil evolutivo
→ Ínicio brusco ou gradual
→ Delírio inaugural
→ Progressão flutuante
→ Evolução mais rápida que doença de alzheimer
⚫ Corpos de Lewy no córtex e tronco
⚫ Alterações patológicas semelhantes às da d. de alzheimer
⚫ Alteração microvacuolar frequente
⚫ Entrançados raros no neocórtex
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CADASIL
Arteriopatia Autosómica Dominante Cerebral com Enfartes Subcorticais e leucoencefalopatia
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