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PROBLEMA 1
3. !
4. Trombectomia mecânica: não apresentam resposta a trombólise,
em até 6 horas do início do déficit.
5. Cirurgia descompressiva.
3. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico:
1. Definição:
1. É um sangramento no interior do parênquima encefálico.
2. É uma emergência neurológica!
3. O quadro clínico pode variar de uma cefaleia leve até o coma.
2. Epidemiologia:
1. 15%-20% dos AVEs
2. 1/3 dos pacientes morre em 30 dias
3. Maiores custos de internação
4. Apenas 20% apresentam independência funcional em 6 meses
3. Fatores de risco:
1. HAS, baixa escolaridade, uso de anticoagulantes, idade, etilismo, fatores
genéticos, angiopatia amiloide, más formações vasculares (MAV) e uso
de drogas ilícitas (metafentamina e cocaína).
2. HAS -> aneurismas Charcot-Bouchard que promovem fragilidade
vascular e contribuem para o AVEh quando rompidos (durante um pico
hipertensivo).
4. Tipos (hemorragia intraparenquimatosa):
1.
2. Causas primárias:
1. Hipertensivo (83%):
1. Diferença de pressão entre os grandes vasos e os
pequenos vasos ! necrose fibrinoide (lipo-hialinose) !
aneurismas de Charcot-Bouchart.
2. Localizações típicas: núcleos da base, tálamo, ponte e
cerebelo.
2. Angiopatia amiloide:
1. Peptídeo B40 pode se acumular na parede dos vasos !
fragilidade ! sangramento.
2. Vai gerar hemorragias lobares, é uma causa importante
nos idosos.
3. Causas secundárias:
1. Discrasias sanguíneas (12-14% dos casos)
2. Malformações arteriovenosas
3. Trombose venosa cerebral
4. Neoplasias
5. Aneurisma micótico
5. Fisiopatologia:
1. Ocorre pela ruptura de estruturas vasculares cerebrais, fazendo
compressão das estruturas encefálicas e causando isquemia secundária
e edema.
2. Pode ser devido a uma hemorragia intraparenquimatosa (HIP), quando o
sangramento acontece dentro do parênquima cerebral, principalmente
devido a fragilidade da parede vascular e rompimento de aneurismas (ou
devido a uma hemorragia subaracnoide - sangramento entre as
meninges aracnóide e pia-máter, pelo rompimento de aneurismas
saculares).
3. O acúmulo de sangue no parênquima cerebral eleva agudamente a
pressão intracraniana, já que ocorre edema vasogênico em volta da
lesão, organização do coágulo e compressão dos tecidos
adjacentes.
4. O hematoma pode aumentar de tamanho nas próximas 12/36h.
5. O paciente geralmente morre de HIC que leva à herniação cerebral
ou devido a uma hemorragia subaracnóide quando o sangramento
ocorre entre as meninges aracnoide e pia-máter, principalmente pelo
rompimento de aneurismas saculares.
6. Ao comprimir as estruturas encefálicas o sangramento provoca RNC e
até coma.
6. Quadro clínico:
1. Déficit focal diretamente relacionado à sua localização!
2. Pode ser: hemiparesia, hemi-hipoestesia, disartria, afasia, ataxia,
alterações de nervos cranianos, alterações de campo visual.
3. Sempre que houver um déficit neurológico de início agudo ! pensar em
AVC seja isquêmico ou hemorrágico!
4. No AVC hemorrágico acontece comumente sinais de HIC: cefaleia,
náuseas/vômitos, alteração do nível de consciência.
5. Hemorragia Intraparenquimatosa:
1. Putâmen: quadro súbito de hemiplegia fasciobraquiocrural
contralateral. Desvio do olhar conjugado contrário à hemiplegia.
A hemorragia pode se estender e causar hemoventrículo.
2. Talâmica: gera os mesmos sintomas da hemorragia no putâmen
+ hemianestesia para todas as sensibilidades. Pela extensão da
hemorragia ao hipotálamo e teto do mesencéfalo, são comuns:
desvio dos olhos em direção ao nariz ou para o lado da
hemiplegia, pupilas mióticas, anisocoria com pupila menor ao
lado da hemorragia (síndrome de Horner) e afasia talâmica. É
comum a hemorragia s estender ao terceiro ventrículo.
3. Cerebelo: gera quadro idêntico ao AVE isquêmico cerebelar
(náuseas, vertigem central, vômitos e ataxia cerebelar aguda).
Têm grande efeito expansivo podendo comprimir o IV ventrículo
e levar à hidrocefalia obstrutiva, piora da HIC e coma. A
complicação mais temível é a herniação através do forame
magno e consequente compressão de estruturas como
amígdalas cerebelares e bulbo, levando à apnéia súbita e morte.
4. Ponte: quadro característico: quadriplegia súbita, coma, pupilas
mióticas e fotorreagentes, além de perda dos reflexos
oculocefálicos. Decerebração, hiperpneia e hiperidrose. 90% de
letalidade.
5. Lobar: dos lobos frontal, parietal, temporal e occipital que
acomete principalmente os idosos em razão de sua causa:
angiopatia amiloide. Os pacientes com Alzheimer são os mais
propensos a esta condição.
6. Hemorragia Subaracnóidea:
1. O quadro clínico é caracterizado por uma súbita cefaleia
holocraniana de forte intensidade (a pior dor da vida), do tipo
“tunderclap” ou em trovoadas”, podendo evoluir com síncope,
vômitos, rigidez de nuca e sinais de meningismo e associada ou
não a déficit neurológico focal – o principal é a paralisia do
nervo oculomotor, gerando anisocoria, diplopia e estrabismo
divergente. Crises convulsivas são uma complicação frequente.
7. Tríade de Cushing: bradipneia, bradicardia, hipertensão
8. Diagnóstico:
1. História
2. Exame físico
3. Laboratorial:
1. Hemograma, TP (INR), TTPa, eletrólitos, função hepática e renal
e exame toxicológico
4. Tomografia de crânio:
1. Hiperatenuação do parênquima cerebral
2. Solicitar duas TCs: uma inicial e outra de seguimento
3. Definir localização, volume e presença de acometimento
ventricular.
9. Escala de estratificação de risco do AVEh:
1. Conseguimos estimar a mortalidade em 30 dias
2.
3.
10. Tratamento:
1. 1ª coisa ! ABC (vias aéreas, ventilação, circulação)
2. Exame físico geral e neurológico direcionados
3. Suporte: intubação, ventilação mecânica, cateter de PA invasiva, cateter
ventricular para monitorização da PIC.
4. Controle glicêmico
5. Transfusão de hemocomponentes
6. 3 PILARES do manejo do hematoma intraparenquimatoso:
1. Correção de discrasias sanguíneas (reversão da anticoagulação)
2. Controle da PA (PAS < 140mmHg e PAM < 130mmHg)
3. Tratamento cirúrgico!
7. Reversão de coagulopatias quando RNI > 1,4
8. Descontinuar o uso de anticoagulantes e antiplaquetários:
1. Varfarina ! vitamina K (antídoto)
2. Antiagregantes plaquetários ! desmopressiva (antídoto)
3. Anticoagulantes novos ! carvão ativado (antídoto)
4. Heparinas ! protamina (antídoto)
9. Drenagem do hematoma cerebelar, se:
1. > 3cm ou entre 1-3cm com repercussão neurológica
2. Hematoma lobar ou putaminal volumoso, com extensão para a
periferia e repercussões clínicas.
10. Derivação ventricular externa na presença de hidrocefalia com
repercussão clínica.
11. Tratar causas base, como MAV
12. NUNCA administrar corticoide ou droga antiepiléptica profilática no AVCh
13. Subaracnoide:
1. UTI
2. Se dentro das 72h e pontuação < III na escala de Hunt-Hess !
realizar arteriografia cerebral para localizar o aneurisma.
3. Após constatação do aneurisma ! cirurgia de clipagem
aneurismática (1ª escolha para prevenir ressangramento) ou
terapia endovascular com embolização.
4. Manter a PAS entre 140-150 mmHg com uso de Nitroprussiato
de sódio se o aneurisma não for clipado.
5. Se apresentar convulsão: uso de fenitoína a cada 8h
6. Pode apresentar AVEi devido ao vasoespasmo!
7. Como tratar vasoespasmo: hemodiluição hipervolêmica e
hipertensão (se o aneurisma já foi clipado pode deixar a PAS
chegar até 200mmHg)
8. Uso de nimodipino (vasodilatador) 60mg via enteral a cada 4h e
seu uso deve ser mantido até o 14º dia após o evento
(prevenção de sequela neurológica do vasoespasmo) - se o
aneurismo já clipado.
11. Prognóstico:
1. O prognóstico de AVEs hemorráficos é pior do que AVEs isquêmicos. A
recuperação neurológica completa ocorre em apenas 10% dos
pacientes, e a maioria dos déficits que permanecem após 12 meses é
permanente.
2. 25% dos pacientes apresentam recidiva do AVE.
3. Escala de Hunt-Hess:
4.
4. PIC:
1. Definição:
1. O crânio é uma estrutura óssea rígida e inelástica (hermeticamente
fechada), possuindo um volume sempre constante, formado por:
encéfalo, sangue e líquor. Logo, o aumento em algum desses
elementos pode causar um aumento na pressão desse compartimento,
a chamada Hipertensão Intracraniana (HIC).
2. Etiologia:
1. Causas neurológicas: aneurisma roto, acidente vascular cerebral, cisto
de aracnoide, contusões cerebrais, encefalopatia hipertensiva,
hemorragia subaracnoide, hematoma subdural, hematoma extradural,
hidrocefalia etc.
2. Condições não neurológicas: o abuso e dependência de opioides,
cetoacidose diabética, encefalopatia hepática aguda, edema cerebral
pós-cirúrgico, hiponatremia, obesidade mórbida e trombose traumática
de veias jugulares.
3. Quadro clínico:
1. O quadro clínico da hipertensão intracraniana é determinado,
principalmente, pela distorção e compressão do encéfalo e a evolução
dos sinais e sintomas de HIC pode ser dividida em 4 fases.
1. É a fase assintomática, porque há deslocamento de um
doscomponentes normais do conteúdo intracraniano para
compensar o volume acrescido;
2. Fase na qual os mecanismos de compensação já estão se
esgotando, há comprometimento do FSE, isquemia de centros
bulbares, surgem as ondas em platô e os primeiros sintomas e
sinais da HIC, com redução da frequência cardíaca;
3. Nessa fase as ondas em platô já são mais frequentes e de maior
amplitude e o comprometimento do tono vascular e a paralisia
do mecanismo vasopressórico acarretam aumento do volume
sanguíneo encefálico acentuando a HIC. Os sinais e sintomas
de HIC tornam-se exuberantes, ocorrendo alterações no nível de
consciência, na PA, na frequência cardíaca e ritmo respiratório.
Nessa fase ainda há possibilidade de reversão do quadro
clínico, caso o paciente seja tratado de forma adequada.
4. Nessa fase a PA cai, o ritmo respiratório e os batimentos
cardíacos são irregulares, surge o coma, as pupilas tornam-se
midriáticas e paralíticas e a morte ocorre por parada
cardiorrespiratória.
2. As manifestações clínicas da HIC podem ser divididas em sinais e
sintomas gerais e focais.
1. Sinais e sintomas gerais da HIC:
1. Cefaleia – É o primeiro sintoma da HIC em 20% dos
pacientes. A dor pode ser generalizada ou localizada e,
nesta última circunstância, o local da dor coincide, em
até 30% dos casos, com a situação do processo
responsável pela HIC.
2. Vômitos – Constituem a queixa inicial em até 10% dos
casos e ocorrem em 70% deles durante o curso da
doença, surgindo com maior frequência pela manhã, ao
despertar. Vômito em jato ou vômito cerebral: é explosivo
e ocorre em apenas 20% dos pacientes com HIC.
3. Edema de papila – É o sinal mais característico da HIC.
4. Alterações da personalidade e do nível de consciência.
5. Crises convulsivas
6. Tonturas
7. Comprometimento de nervos cranianos
2. Sinais e sintomas focais da HIC:
1. São resultantes de uma disfunção da região onde está
localizada a lesão responsável pela HIC, e seu
reconhecimento auxilia na localização e tratamento da
doença.
2. Os principais achados são: paresia ou paralisia,
convulsões focais, ataxia, distúrbios cognitivos,
alterações endócrinas e comprometimento dos nervos
cranianos.
3. Além disso: à medida que ocorre elevação da PIC, o
deslocamento da linha média e do tecido cerebral
medialmente, pode resultar em uma herniação.