Você está na página 1de 25

27/04/2021

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
CURSO DE FISIOTERAPIA

ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO

Profa. Dra. Cristiana Brito

DOENÇAS CEREBROVASCULARES

 As doenças do aparelho circulatório acarretam cerca de


30% de mortalidade, constituindo uma das principais
causas de óbito no Brasil e a terceira no mundo.
 A doença cerebrovascular (DCV) lidera esse grupo, sendo
responsável por um terço das mortes.

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO - AVE

1
27/04/2021

AVE

• Consiste em um déficit neurológico focal súbito, devido a


uma lesão vascular (interrupção do fluxo sanguíneo para
o encéfalo), levando a perda ou alteração das funções
neurológicas.
• É a doença mais frequente do SNC.
• A gravidade do quadro depende do tamanho do vaso
afetado e da circulação colateral fornecida por outras
artérias em volta da área afetada.
• É a principal causa de incapacidade funcional do mundo.

AVE

• Freqüência

AVE
isquêmico Bloqueio do fluxo sanguíneo.
85% (Trombos e êmbolos)

AVE
hemorrágico Rompimento de vasos.
15% (Traumas)

2
27/04/2021

ISQUÊMICO HEMORRÁGICO

3
27/04/2021

FATORES DE RISCO

• Idade;
• Hipertensão arterial sistêmica (HAS);
• Diabetes Melitus (DM);
• Dislipidemias;
• Cardiopatias;
• AITs prévios (principalmente nas 4 a 8 semanas
subsequentes);
• Tabagismo;
• Etilismo;
• Inatividade física;
• Uso de anticoncepcionais orais.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À LOCALIZAÇÃO


ARTERIAL
 Artéria Cerebral Anterior (face inferior do lobo frontal,
porção anterior da cápsula interna e núcleo caudado,
parte medial do cérebro e corpo caloso).

 Artéria Cerebral Média (corpo do núcleo caudado,


putâmen, globo pálido e cápsula interna; porções dos lobos
temporal e occipital e quase toda a convexidade do
cérebro).

 Artéria Cerebral Posterior (região interpeduncular e


2/3 anteriores do tálamo; mesencéfalo, diencéfalo, faces
infero-medial e medial do lobo temporal e quase todo o
lobo occipital).

4
27/04/2021

AVE

 A Sistema carotídeo
(anterior): A. Carótida
comum – A. carótida
interna, A. oftálmica
(retina) e A. coróide – A.
cerebral média, A. cerebral
anterior (A. comunicante
anterior).
 Sistema vertebrobasilar
(posterior): A. vertebral
(ramo subclávia) – A.
basilar (A. do cerebelo) – A.
cerebral posterior (A.
comunicante posterior).

10

5
27/04/2021

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO


(AVEI)

11

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

o A. carótida comum: assintomático.


o A. carótida interna: cegueira ipsilateral, hemiparesia e
hemianestesia contralateral, afasia.
o A. cerebral média: hemiparesia e hemianestesia
contralateral, déficit perceptual, afasia de Broca, afasia de
Wernicke ou ambas, apraxia, ataxia.
o A. cerebral anterior: hemiparesia e hemianestesia
contralateral.
o A. cerebral posterior: alterações visuais, dislexia, déficit de
memória, hipercinesia, desorientação topográfica.
o Sistema vertebrobasilar (posterior): paralisia
contralateral, ataxia e alteração de sensibilidade ipsilateral,
vertigem, coma, nistagmo.

12

6
27/04/2021

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO


(AVEI)
• Consiste na interrupção da irrigação sanguínea a
uma determinada área do cérebro. Os sintomas
duram mais de 24h.
• Cerca de 90% dos casos se dá por oclusão.
• No Brasil, representa de 53% a 85% dos casos de AVE.
• O déficit neurológico resultante da insuficiência de
suprimento sanguíneo cerebral pode ser transitório
(Ataque Isquêmico Transitório - AIT) ou permanente.

13

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO


(AVEI)
AIT
 Interrupção do fluxo sanguíneo por alguns minutos.

 Não há dano cerebral residual, nem perda


permanente de função neurológica.
 Aumenta o risco de ter um AVE.

 Penumbra isquêmica depende da circulação


colateral.

14

7
27/04/2021

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO


(AVEI)

• A HAS é o principal fator de risco para AVEI (cerca de


70% dos casos).
• Cardiopatias são consideradas o segundo fator de risco
(40%).
• Grande parte da população não tem diagnóstico definido.
• Alguns fatores de risco ainda são desconhecidos e, em
muitos casos, o AVEI não tem etiologia esclarecida.

15

TIPOS DE AVEI
 Trombo: coagulação de sangue no interior do vaso
sanguíneo (agregação plaquetária).
 Êmbolo: formação de polímeros de fibrinogênio (fibrina).
 Lacunar: infarto subcortical recente pequeno (uma
arteríola perfurante) ou a presença de uma lacuna
(cavidade de 3 mm a 15 mm de diâmetro).

16

8
27/04/2021

17

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO


(AVEI)
 Zona de penumbra isquêmica: tecido com lesão
reversível, em volta do centro da lesão, cujo fluxo
sanguíneo é reduzido 20 a 40%.

18

9
27/04/2021

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO


HEMORRÁGICO (AVEH)

 Caracteriza-se pelo sangramento dentro do


parênquima cerebral.
 As manifestações clínicas dependem da localização
específica e da extensão da hemorragia.
 Cefaléia intensa, vômitos e distúrbio precoce da
consciência são mais frequentes nestes pacientes que em
AVEIs.
 Podem evoluir com hipertensão intracraniana.

19

AVEH

20

10
27/04/2021

AVEH

 Avaliação do risco.
 Exames de neuroimagem (Tomografia Computadorizada,
Ressonância Magnética para distinguir lesões agudas das
antigas).
 Exames neurovasculares (angiografia, duplex-scan).

 Avaliação cardiológica (Holter).

21

AVEH

DIAGNÓSTICO
Tomografia computadorizada

22

11
27/04/2021

AVEH
DIAGNÓSTICO
 Ressonância Magnética

23

AVEH

DIAGNÓSTICO
 Angiografia

ANEURISMAS

24

12
27/04/2021

AVEH

MALFORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS

25

AVEH

Duplex-scan

26

13
27/04/2021

sINAIS E SINTOMAS

APARECIMENTO REPENTINO
 Dormência ou enfraquecimento da face ou membros
(unilateral).
 Confusão mental.

 Problemas na fala ou na compreensão.

 Comprometimento da visão.

 Comprometimento da marcha, do equilíbrio ou da


coordenação.
 Dores de cabeça muito fortes.

 Convulsão.

 Desmaio.

27

DÉFICITS NEUROLÓGICOS

FASE FLÁCIDA: HIPOTONIA


FASE ESPÁSTICA: HIPERTONIA

 Déficitmotor (hemiparesia/ hemiplegia, paralisia facial


central).
 Déficit sensorial (sensibilidade profunda, superficial).
 Alterações visuais (hemianopsia, nistagmo).
 Distúrbios da fala, linguagem e deglutição (disartria,
afasia e disfagia).
 Distúrbio de tronco cerebral (vertigem, vômitos,
cefaléia).
 Alteraçãoda cognição e percepção (agnosia, atenção,
memória e esquema corporal).

28

14
27/04/2021

TRATAMENTO

Tratamento medicamentoso
 Medicamentos vasodilatadores cerebrais.

 Antiplaquetários.

 Anticoagulantes (heparina, aspirina, etc.).

 Trombolíticos.

 Endarterectomia carotídea e angioplastia (stent).

29

TRATAMENTO

30

15
27/04/2021

TRATAMENTO

31

TRATAMENTO

32

16
27/04/2021

TRATAMENTO

33

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

 Prevenção (fatores de
risco).
 Reabilitação:
Fase hospitalar.
Fase ambulatorial.
 Orientações
domiciliares.

34

17
27/04/2021

AVALIAÇÃO
 Tônus muscular (fase flácida, fase espástica)
 Retrações, contraturas, deformidades
 Dor (ombro, sugere desalinhamento articular ou
movimentação incorreta)
 Adaptações funcionais
 AVD’s
 Motricidade voluntária
 ADM (ativa e passiva)
 Força muscular
 Sensibilidade
 Reflexos
 Equilíbrio (estático e dinâmico)
 Marcha
 Queixa e expectativas
35

AVALIAÇÃO

Avaliações padronizadas

 CIF (funcionalidade).
 Índice de Barthel (equilíbrio).
 Escala modificada de Ashworth (espasticidade).
 Medida da independência funcional (MIF).
 Escala de Fugl-Meyer (sensório motor).
 Timed up and go Test - TUG (marcha).
 Mini-exame do Estado Mental (cognição).

36

18
27/04/2021

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E AJUSTES

RAIVA

REJEIÇÃO FRUSTRAÇÃO

MEDO DESORIENTAÇÃO

DESINTERESSE

37

TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR

FISIOTERAPIA

TERAPIA
ENFERMAGEM
OCUPACIONAL

MEDICINA FONOAUDIOLOGIA

PSICOLOGIA

38

19
27/04/2021

CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE HEMIPLÉGICO

39

CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE HEMIPLÉGICO

40

20
27/04/2021

CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE HEMIPLÉGICO

Marcha ceifante

41

INTERVENÇÃO

42

21
27/04/2021

INTERVENÇÃO

43

INTERVENÇÃO

44

22
27/04/2021

INTERVENÇÃO

45

REFERÊNCIAS

o O‘SULLIVAN, S.B.; SCHIMITZ,T.J. Fisioterapia:


Avaliação e Tratamento. 5ed. Barueri: Manole, 2010.

o RAINE, S.; MEADOWS, L; LYNCH-ELLERINGTON, M.


The Bobath Concept: Theory and clinical practice in
neurological rehabilitation. 1ed. Oxford: Blackwell
Publishing Ltd, 2009.

46

23
27/04/2021

VÍDEOS

47

48

24
27/04/2021

49

50

25

Você também pode gostar