Você está na página 1de 96

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Centro de Ciências da Saúde – CCS


Departamento de Análises Clínicas - ACL

DIABETES MELLITUS
Mestranda Camilla Lais Amaral
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Diabetes mellitus

Secreção de Resistência à
insulina ação da insulina

HIPERGLICEMIA
SBD, 2011; ADA, 2012.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Epidemiologia

Crescimento mundial previsto de 114%


EPIDEMIA

1985: 30
milhões 1995: 135 2002: 173 2030: 300
de adultos milhões milhões milhões
no mundo

Cerca de dois terços dos indivíduos → Países em


desenvolvimento com crescente proporção de pessoas
afetadas em grupos etários mais jovens
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição; WHO, 2010
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Epidemiologia

DCV = Doenças Cardiovasculares BRASIL - VIGITEL, 2011; IDF, 2012.


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Epidemiologia

371 milhões de pessoas no mundo

4,8 milhões de mortes devido ao DM  DCV

América do Sul  1 em cada 11 pessoas tem DM

DM2  90 a 95% dos casos

DCV = Doenças Cardiovasculares BRASIL - VIGITEL, 2011; IDF, 2012.


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Epidemiologia
Fortaleza
7,3%

371 milhões de pessoas no mundo

4,8 milhões de mortes devido ao DM  DCV


Palmas
América2,7%
do Sul  1 a cada 11 pessoas tem DM

Florianópolis
DM2  90 a 95% dos casos 5,9%

DCV = Doenças Cardiovasculares BRASIL - VIGITEL, 2011; IDF, 2012.


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Epidemiologia

http://www.pitt.edu/~super1/lecture/lec33881/005.htm - 2009
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Epidemiologia
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Epidemiologia

Crescimento e envelhecimento
populacional

Urbanização

Crescente prevalência de obesidade e


sedentarismo

Maior sobrevida de pacientes com DM

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Magnitude do Problema

 Principal causa de amputação de membros inferiores

 Principal causa de cegueira adquirida

 Cerca de 26% dos pacientes em programa de diálise

 6ª causa mais frequente de internação hospitalar

 30 a 50% das causas de cardiopatia isquêmica, IAM, AVC


e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

 90% dos casos de DM podem ser prevenidos com dieta


e estilo de vida saudável
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Regulação da Glicose
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Regulação da Glicose

Insulina Glucagon

Cortisol Epinefrina

Hormônio do
crescimento
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Insulina

Próinsulina
Insulina
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Mecanismo de secreção
de insulina mediado pela
glicose
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Transportadores (facilitadores) de
Glicose - GLUT
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Transportadores de Glicose - GLUT


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Captação de Glicose
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Captação de Glicose
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Glucagon

 Polipeptídeo de 29 aa  potente hiperglicemiante,


sintetizado como pró-hormônio
 Seu maior alvo é o fígado, onde promove:
◦ Glicogenólise: quebra de glicogênio em glicose
◦ Gliconeogênese: síntese de glicose a partir de produtos
“não carboidratos” (Ex: glicerol, aminoácidos e lactato)
◦ Liberação de glicose das células hepáticas para a
circulação sanguínea
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Glucagon
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Glucagon
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Epinefrina (Adrenalina)
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Ação Fisiológica da Insulina


 ↑Entrada de glicose nas células, por meio do aumento
da expressão gênica dos transportadores de glicose
(GLUT).
 ↑Atividade da glicoquinase: ↑fosforilação da glicose
em G-6-P, que entra na via glicolítica.
 ↑Atividade da glicogênio-sintase (glicogênese) no
músculo e no fígado.
 Inibe o catabolismo dos lipídios, acelerando a sua
formação e diminuindo a concentração de ácidos
graxos livres circulantes  composto anticetogênico.
 Possui ação anabólica no metabolismo das proteínas,
diminuindo, assim, a gliconeogênese.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Diabetes mellitus (1951)

Diabetes Tipo I
Doente jovem, magro, não aterosclerótico, com
pressão arterial normal e manifestação súbita e
aguda da doença

Diabetes Tipo II
Doente idoso, obeso, aterosclerótico, hipertenso,
vagarosa manifestação dos sintomas

Lister et al., Constitution and insulin sensitivity in diabetes mellitus. Br. Med. J., 376-379, 1951.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Diabetes mellitus (1979)


Primário (sem outra doença associada)
Diabetes tipo I – dependente de insulina
Diabetes tipo II – independente de insulina
a) Obeso
b) Não obeso

Secundário (a outra doença)


Doença pancreática crônica
Doenças hormonais
• Feocromocitoma (Tumores na medula de glândulas suprarrenais)
• Acromegalia (Aumento de secreção de hormônio do crescimento)
• Cushing (Concentração elevada de glicocorticóides no sangue)
• Estresse (queimaduras, pós-operatório, etc)
3) Induzido por medicamentos (diuréticos, estrógenos, cortisol)
4) Anomalias no receptor para insulina ou auto-anticorpos
5) Síndromes genéticas (lipodistrofia)
6) Diabetes Gestacional
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Diabetes mellitus (2002 - atual)

DM insulinodependente
DM não insulinodependente

Atualmente baseia-se na etiologia

= Diabetes mellitus tipo 1

= Diabetes mellitus tipo 2

Fonte: OMS, 1999; ADA, 2009


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Pré-Diabetes (2010 - atual)

Fonte: OMS, 1999; ADA, 2014


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Pré-Diabetes (2010 - atual)

Fonte: OMS, 1999; ADA, 2014


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Tríade Clássica
Polifagia (fome)
Poliúria (urina frequente)
Polidipsia (sede)

Fonte: SBD, 2009; ADA, 2012


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 1

 5 - 10% dos casos


 Destruição de células β-pancreáticas
 Deficiência parcial/total de insulina
 2ª doença crônica mais comum na infância
 Aproximadamente 20 milhões de pessoas no mundo têm
DM1
 Incidência no mundo ≈ 3% por ano
 Geralmente inicia na puberdade, mas pode ter início em
qualquer idade

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 1

 Infecções virais
 Substâncias tóxicas
 Influência genética e ambiental
 Alimentação:
 Introdução precoce de alimentos
 Alimentos alérgenos (leite de vaca, glúten, soja)
 Elevado consumo de nitratos (nitrosaminas)  água,
embutidos
 Dieta equilibrada com nutrientes que reforçam o sistema
imunológico (ômega-3, vitamina D, zinco)
 Aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade 
efeito protetor  sistema imunológico intestinal saudável,
proteção contra infecções
Fonte: Parslow et al. ,1997; MONTE, GIUGLIANI, 2004; LEAL, et. Al., 2011; SARTORELLI, 2009.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 1

 Autoimune
◦ Anticorpos anti-insulina, anticorpos para a descarboxilase
do ácido glutâmico, antitirosina fosfatases contra
antígenos 2 das células beta (IA2 e IA2B).
◦ Manifesta-se nas crianças, jovens e adultos jovens (LADA =
Latent Autoimune Diabetes' Adult”)

 Idiopática
◦ Ausência de marcadores de autoimunidade contra as
células beta. Minoria dos casos.
◦ Tendência à cetoacidose

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 1
 Destruição das células beta-pancreáticas
◦ Deficiência parcial ou total de insulina
◦ Hiperglicemia, cetoacidose e morte, se não
tratado com insulina

 Objetivos do tratamento do DM1


◦ Manter as concentrações normais de glicose

Injeções diárias de insulina, dieta


individualizada, atividade física planejada,
medidas da glicemia diversas vezes ao dia

◦ Evitar complicações a longo prazo


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 2

 90 - 95% dos casos


 80 – 90% dos casos  excesso de peso
 Aparecimento em qualquer idade, geralmente em adultos
(após 40 anos)
 Predisposição genética (mais forte do que no DM 1)
 Hiperglicemia devido a diminuição na síntese ou secreção de
insulina e/ou a resistência à ação da insulina nos tecidos
 Podem ou não depender de insulina exógena
 Pode ser assintomática por vários anos, antes do diagnóstico
 Doença poligênica e multifatorial  Causada pela interação
de defeitos em genes diversos
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 2
Diagnóstico:

Glicemia de jejum (8h) ≥ 126 mg/dL

Glicemia (TOTG – 2h) ≥ 200 mg/dL

Tríade de sintomas clássicos,


com glicemia casual ≥ 200 mg/dL

HbA1C ≥ 6,5%

TOTG = Teste Oral de Tolerância à Glicose


HbA1c = Hemoglobina glicada
SBD, 2011; ADA, 2012.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 2
Fatores de risco:

+40

SBD, 2011; ADA, 2012.


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 2
“Diabesidade”
↑ da obesidade = ↑ de DM 2 no mundo
80% de novos casos de DM 2

 Metanálise (2007):
↑1 Desvio-padrão no
IMC, circunf. da cintura e
razão cintura/quadril

Risco de DM
aumenta em 90%
Luft, 2012; Vazquez et al., 2007
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 2
Como a obesidade contribui para o risco de DM 2?

↑ tamanho e nº de
Células Adiposas
(tecido visceral)

↓ NO
↓ Adiponectina
↑ Resist. à
INFLAMAÇÃO ação da
↑ EROs, AGL, Citocinas insulina
(TNF-α IL-6, PAI-1, MCP-1)

DISFUNÇÃO ENDOTELIAL NO = Óxido Nítrico


EROs = Espécies Reativas de Oxigênio
AGL = Ácidos Graxos Livres
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 2

 Pesquisa de Orçamento Familiar (2008-2009)


◦ Nas últimas três décadas, ↓ consumo de alimentos
tradicionais da dieta como arroz e feijão
◦ ↑ Teor de açúcar e consumo
insuficiente de frutas e
hortaliças
◦ ↑ Consumo dos alimentos
industrializados como biscoitos
e refrigerantes (↑ 400%)

IBGE, 2010; VIGITEL, 2008.


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM tipo 2
 Desordens da Tireoide e DM
◦ DM 1  anticorpos / autoimune  hipotireoidismo
◦ DM 2  hiperglicemia  hipertireoidismo:
1. ↓Meia-vida da insulina, secundária ao ↑ da taxa de
degradação e à liberação de precursores de insulina
biologicamente inativos;
2. Defeito no processamento da insulina a partir do peptídeo C
até pró-insulina;
3. ↑Absorção de glicose no estômago mediado pelo excesso de
hormônios da tireoide;
4. ↑Produção de glicose endógena:
 Hormônios da tireoide promovem ↑ [ ] GLUT2 nos hepatócitos;
 Hipertireoidismo: ↑ AGL (lipólise dos TG no tecido adiposo), os
quais estimulam a gliconeogênese hepática.
HAGE; ZANTOUT; AZAR, 2011
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM Gestacional

 1% a 14% das gestações,


dependendo da população
 Qualquer manifestação de
intolerância à glicose que tenha
aparecido pela primeira vez na
gravidez
 Resistência à insulina e/ou
diminuição da função das
células beta
 Até 63% das mulheres com
DMG podem evoluir para DM2
dentro de 5 a 16 anos
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

DM Gestacional

 Fatores de risco:
◦ Idade ˃ 35 anos;
◦ Sobrepeso ou ganho de peso
excessivo na gravidez atual;
◦ História familiar;
◦ Baixa estatura (< 1,50 m);
◦ Crescimento fetal excessivo;
◦ Hipertensão (pré-eclâmpsia);
◦ Má formações congênitas e
abortos repetidos, macrossomia;
◦ Síndrome do Ovário Policístico.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Outros Tipos de DM
MODY - Maturity Onset Diabetes of the Young
(Diabetes juvenil com início na maturidade)
 Defeitos genéticos na função das células β
 Defeitos genéticos na ação da insulina
 ~5% dos casos de DM 2
 Crianças são erroneamente diagnosticadas com DM 1
 Desenvolve-se nas primeiras décadas de vida (< 25 anos)
 Ausência de obesidade, cetoacidose e autoimunidade
 Mutações em genes envolvidos no Desenvolvimento
pancreático, na expressão do gene da insulina ou na
sensibilidade à glicose
 Herança autossômica dominante  frequentemente
observado em todas as gerações
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Outros Tipos de DM
MODY - Maturity Onset Diabetes of the Young
(Diabetes juvenil com início na maturidade)
 Foram identificados defeitos moleculares em seis diferentes
genes em pacientes com MODY:
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Outros Tipos de DM

 Doenças do pâncreas exócrino e endócrino


 Hiperglicemia por endocrinopatias (acromegalia,
Cushing, hipertireoidismo, somatostinoma,
aldosteronoma, etc)
 Infecções causadas por vírus
 Diabetes induzido por medicamentos ou agentes
químicos
 Síndromes genéticas
 Formas incomuns de DM autoimune (Síndrome de
Stiff-Man; Anticorpos contra o receptor de insulina)
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Complicações do DM 2

Agudas Crônicas

Hipoglicemia Microvascular:
Neuropatia
Retinopatia
Nefropatia
Cetoacidose
diabética
Macrovascular:
DCV
Hiperglicemia /
Hiperosmolar
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Alterações metabólicas agudas


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Agudas)

Hipoglicemia
 Glicose < 70 mg/dL
 Efeito colateral da terapia com insulina ou secretagogos
 Desencadeada por mudanças na ingestão alimentar,
atividade física, medicação
 Manifestações clínicas  Fraqueza, sudorese, náusea,
aumento da frequência cardíaca, irritação, ansiedade,
desconforto epigástrico, coma.

ADA, 2006; MAHAN; SCOTT-STUMP, 2005


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Agudas)

Hipoglicemia

HIPOGLICEMIA REATIVA (REBOTE)


Após refeição rica em carboidratos, há consequente
liberação excessiva de insulina estimulada pela
refeição.

EFEITO SOMOGYI
(Hipoglicemia seguida por hiperglicemia de rebote)
Elevada secreção de hormônios contrarregulatórios ou
por uso de dose excessiva de insulina exógena.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Agudas)

Hipoglicemia
 Tratamento (indivíduo consciente)
◦ Alimentos ricos em carboidratos simples, de rápida
absorção. Glicose pura (forma preferencial) ou qualquer
alimento rico em glicose.
Obs.: Alimentos ricos em gordura podem retardar a
resposta glicêmica aguda

10 g de glicose ↑ concentração de glicose plasmática


em 40 mg/dL em 30 min

Refrigerante (1/2 copo),


Açúcar (1 colher sobremesa) ou
Bala de caramelo (3 unidades)

ADA, 2006; MAHAN; SCOTT-STUMP, 2005


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Agudas)

Hipoglicemia

 Tratamento (indivíduo hospitalizado)


◦ Glicose a 50% EV (2 a 5 ampolas)
◦ Se continuar em coma, infusão de soro glicosado 5% ou
manitol 20%
◦ Monitorar glicemia, sinais vitais e funções neurológicas

ADA, 2006; MAHAN; SCOTT-STUMP, 2005


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Agudas)

Cetoacidose Diabética
 Hiperglicemia  leva à cetoacidose diabética como
consequência da deficiência insulínica grave ou absoluta.
Como resultado, o corpo depende dos lipídeos para o
fornecimento de energia  AG  corpos cetônicos
 Típica em pacientes com DM 1 e comumente associada a
condições estressantes = ↑ hormônios contrarreguladores
 Alterações hidroeletrolíticas e metabólicas podem ter
graus variados de repercussão sobre o SNC – leve
sonolência, confusão mental, até coma profundo
 Corpos cetônicos são liberados na urina e no ar exalado 
Hálito cetônico

Medicina, Ribeirão Preto, 36: 389-393, abr./dez. 2003 Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ENDÓCRINAS, METABÓLICAS E NUTRICIONAIS
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Agudas)

Cetoacidose Diabética

 Manifestações clínicas:
Polidipsia, poliúria, graus diversos de
desidratação (pode chegar à
hipovolemia acentuada e choque
circulatório), distúrbios eletrolíticos,
náuseas e vômitos
 Tratamento:
◦ Reduzir a hiperglicemia com o uso de insulina
◦ Tratar distúrbios hidroeletrolíticos
◦ Monitorar sinais vitais
◦ Exames laboratoriais: glicemia, eletrólitos, gasometria
◦ Exames clínicos: funções neurológicas, balanço hídrico

Medicina, Ribeirão Preto, 36: 389-393, abr./dez. 2003 Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ENDÓCRINAS, METABÓLICAS E NUTRICIONAIS
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Agudas)

Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH)

 Característica do DM 2
 Descompensação grave do estado diabético
 Hiperglicemia e hiperosmolaridade acentuadas
 Desidratação grave – envolvimento do SNC
 Manifestações clínicas: alterações de consciência,
crises convulsivas e sintomas sugestivos de AVC
 Exames laboratoriais: mesmos indicados na
Cetoacidose
 Quadro não cetônico – quantidade suficiente de
insulina para bloquear a cetogênese hepática

Medicina, Ribeirão Preto, 36: 389-393, abr./dez. 2003 Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ENDÓCRINAS, METABÓLICAS E NUTRICIONAIS
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Complicações do DM 2

Crônicas

Microvascular:
Neuropatia
Retinopatia
Nefropatia

Macrovascular:
DCV
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Perda de visão (retinopatias)

Nefropatia com evolução para Insuficiência Renal

Neuropatia periférica

Ulceração das extremidades

Neuropatia autônoma causando distúrbios


gastrointestinais, gênito-urinário,
cardiovasculares e disfunção sexual
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Quais são os mecanismos


fisiológicos responsáveis pelo
desenvolvimento destas
complicações, caso o DM não
seja corretamente tratado?
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Resistência à insulina
HIPERGLICEMIA

↑Aldose redutase ↑ DAG Formação de AGEs


Ativação da via poliol Ativação da PCK Alteração proteínas

Contratilidade
↑Sorbitol e EROs ↑Dano celular
Permeabilidade
↓NO e GSH ↓NO
cél. endotelial

EROs, ERNs, Citocinas, Quimiocinas,


Proteínas de fase aguda

Complicações micro e macrovasculares


SAVOIA; SCHIFFRIN, 2006; CENTEMERO et al., 2009; AVOGARO, 2011; BASHA et al., 2011; KAMPOLI et al., 2011;ADA, 2012.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Complicações Crônicas
Diabéticos – Mais suscetíveis às DCV, vasculopatia
periférica, infecções recorrentes, hipertensão arterial
sistêmica (HAS), anormalidades no metabolismo
lipoproteico e doenças periodontais

A glicação de proteínas teciduais e


plasmáticas e o excesso de
produção de compostos polióis a
partir da glicose são os mecanismos
responsáveis pelas alterações e
lesões teciduais causadas pela
hiperglicemia crônica
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Complicações Microvasculares

 Espessamento difuso da membrana basal,


principalmente nos capilares, por deposição de
colágeno
 As paredes dos vasos ficam danificadas, podendo
romper e promover hemorragias
 Capilares mais permeáveis às proteínas plasmáticas
 Evidente nos capilares do músculo esquelético, pele,
retina, glomérulos renais e medula renal
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Retinopatia Diabética
 Causa mais frequente de novos casos de cegueira no
mundo
 Após 20 anos: 90% dos casos de DM 1 e 60% dos casos
de DM 2 possuem algum grau de retinopatia
 Mais de 90% da perda visual pode ser prevenida com
medidas terapêuticas adequadas
 Lesão nos vasos da retina
 Estágios avançados 
perda gradual de
microvasculatura retiniana
Hemorragias,
microaneurismas,
neovascularização, fibrose
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Nefropatia Diabética

 20 a 30% dos pacientes com DM


1 e 2 podem desenvolver
nefropatia
 3ª causa mais frequente de IRC,
mais comum no tipo 1 (30 a
40%)
 A nefropatia é detectável e há
evidências de IR em 5 a 10 anos
após o diagnóstico de DM
 Presença de microalbuminúria
 Mau controle glicêmico, hipertensão arterial e tabagismo
aumentam a probabilidade de desenvolver a nefropatia
diabética.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Nefropatia Diabética
Podem ocorrer lesões glomerulares, vasculares renais ou pielonefrite.

Espessamento da membrana
basal dos capilares Aterosclerose renal surge
glomerulares, aumento difuso com maior frequência
da matriz mesangial nos diabéticos.

A função renal é afetada, perdendo-se proteínas


pela urina (proteinúria)
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Neuropatia Diabética
Complicação crônica mais frequente

e precoce, podendo atingir de 80 a
100% dos pacientes a longo prazo,
entre 5 e 10 anos de doença
 Nervos motores, receptores
sensoriais distais e nervos do SNA
são afetados pela angiopatia 
perda da sensibilidade das
extremidades
 Manifestações clínicas: perda de sensibilidade, dormência,
formigamento nas extremidades, alterações na função motora,
alterações no funcionamento GI, disfunção erétil,
incontinência urinária, fraqueza muscular, contrações
musculares involuntárias, etc
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Neuropatia Diabética
 Pé diabético
◦ “Infecção, ulceração e/ou
destruição dos tecidos moles
associados a alterações
neurológicas e vários graus de
DAOP nos membros inferiores”
◦ Lesão que ocorre nos pés do
diabético devido à neuropatia
diabética e/ou a doença vascular
periférica.
◦ As úlceras não surgem
espontaneamente e sim
decorrentes de traumas,
complicando com as infecções e as
osteomielites, podendo levar à
amputação.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Complicações macrovasculares

 Afeta artérias de grande e médio calibre (coronária,


cerebrais, membros inferiores)
 Hiperglicemia  Concentrações de lipídios sanguíneos
 ATEROSCLEROSE
 Complicações:
◦ Hipertensão (HAS)
◦ Insuficiência cardíaca (IC)
◦ Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
◦ Acidente Vascular cerebral (AVC)
◦ Gangrena
◦ Claudicação intermitente
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Complicações Cardiovasculares

 Glicação da apo B-100 da


LDL promove a captação ↑TG
por macrófagos e formação
de células espumosas
AGEs no endotélio  ativação de macrófagos, liberação de
TNF-α, citocinas e fatores de crescimento, com consequente
espessamento da↑LDL-c  menor resposta
parede, ↓ NODislipidemia ↓HDL-c
diabética
vasodilatadora, ↑ permeabilidade

↑sd-LDL
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Complicações Cardiovasculares

AGEs no endotélio  ativação de macrófagos, liberação de


TNF-α, citocinas e fatores de crescimento, com consequente
espessamento da parede, ↓ NO  menor resposta
vasodilatadora, ↑ permeabilidade
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
(Crônicas)

Aterosclerose

Adaptado de LIBBY, 2008; SBD, 2009; KAMPOLI et al., 2011; ADA, 2012.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Tratamento
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Importância clínica do Controle Glicêmico e


HbA1c
Diabetes Tipo 1 40-75%
Diabetes Control and Complicações
HbA1c Microvasculares
Complications Trial
(DCCT) (Retinopatia,
1441 pacientes DM 1 1,0% nefropatia
6,5 anos e neuropatia)

Diabetes Tipo 2
United Kingdom 14% IAM
HbA1c
Prospective Diabetes e 37%
Study (UKPDS)
1,0% Complicações
5102 pacientes DM 2
10 anos
Microvasculares

DCCT. N. Engl. J. Med., 329:977-86, 1993; UKPDS Group, Lancet 352:837-53, 1998.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Importância clínica do Controle Glicêmico e


HAS

UKPDS - British Medical Journal, 321:405-412, 2000


Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Tratamento

Medicamento
Papel Ativo

Exercício
Físico Apoio Familiar

Hipoglicemiantes
orais Terapia Insulina
Nutricional
Atendimento
Multiprofissional
RI = Resistência à insulina
WHO, 2003; SBD, 2009; PEGKLIDOU; NICOLAOU; DEMOPOULOS, 2010; ADA, 2012.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa

Análogo do GLP-1  Liraglutide


(Victoza)

Agonista do GLP-1  Exenatide


(Byetta)

Inibidor do DPP-4  Gliptinas


(Januvia, Galvus, Trayenta)
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
SULFONILURÉIAS GLINIDAS
Clorpropamida Diabinese Novonorm, Prandin,
Repaglinida
Gluconorm
Daonil, Diaben, Gliben,
Glibenclamida* Nateglinida Starlix
Euglucon, Lisaglucon
Glipizida Minidiab ACARBOSE
Diamicron MR, Acarbose Glucobay, Aglucose
Gliclazida
Azukon MR INIBIDORES DA DPP-IV
Amaryl, Glimepil,
Glimepirida Sitagliptina Januvia
Glimesec, Azulix
METFORMINA Vildagliptina Galvus
Glifage, Glifage XR, COMBINAÇÕES
Metformina*
Dimefor, Glucoformin
Metformina + Glibenclamida Glucovance
GLITAZONAS
Metformina + Nateglinida Starform
Rosiglitazona Avandia
Metformina + Rosiglitazona Avandamet
Pioglitazona Actos Metformina + Vildagliptina Galvus-Met
*SUS
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa

 Critérios para escolha de hipoglicemiante oral


◦ Valores de GJ, GPP e A1c
◦ Idade, peso
◦ Tempo de DM
◦ Complicações, transtornos metabólicos, comorbidades
◦ Interações medicamentosas, reações adversas e
◦ Contraindicações

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
Insulina

Leonard Thompson
1º paciente a usar a insulina
Estrutura tridimensional em 1922
da molécula de insulina

http://en.wikipedia.org/wiki/Leonard_Thompson_(diabetic)
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
Insulina
Ação Ultra-Rápida:
Lispro, Asparte - Controlam a hiperglicemia pós-prandial

Ação Rápida:
Insulina Regular, aplicada ao acordar e no final da tarde

Ação Intermediária:
NPH, Lenta- manutenção da concentração de insulina durante todo o dia
Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/2
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
Insulina

Ação Longa:
Glargina/Basal e Insulina Ultra-lenta: períodos pré-prandiais e de jejum

Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/2


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
Insulina

Duração
Tipo de Início de Pico de Monitorar
normal
insulina ação ação efeito em:
eficaz
Lispro < 15 min 0,5 – 1,5 h 2–4h 2h
Aspart < 15 min 0,5 – 1,5 h 2–4h 2h
Regular 0,5 – 1 h 2–3h 3–6h 4h
NPH 2–4h 6 - 10 h 10 – 16 h 8 – 12 h
Lenta 3–4h 6 – 12 h 12 – 18 h 8 – 12 h
Ultra-lenta 6 – 10 h 10 – 16 h 18 – 20 h 10 – 12 h
Glargina 1,1 h - 24 h 10 – 12 h

- Ultra-rápida - Intermediária
- Rápida - Longa
MAHAN; SCOTT-STUMP, 2005
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Medicamentosa
Insulina
 Farmacocinética das insulinas

Fonte: Arq Bras Endocrinol Metab vol.52 no.2 São Paulo Mar. 2008
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Tratamento

Medicamento
Papel Ativo

Exercício
≥150
Físico
min Apoio
↓ RIFamiliar
semanais ↑GLUT

Terapia
Perda de
Nutricional
peso Atendimento
Multiprofissional
RI = Resistência à insulina
WHO, 2003; SBD, 2009; PEGKLIDOU; NICOLAOU; DEMOPOULOS, 2010; ADA, 2012.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Tratamento

Medicamento
Papel Ativo

Exercício
Físico
CHO / FrutasFamiliar
Apoio e
Fibras Vegetais

Terapia
Gorduras
Nutricional
Atendimento
Multiprofissional
CHO = Carboidrato
WHO, 2003; SBD, 2009; PEGKLIDOU; NICOLAOU; DEMOPOULOS, 2010; ADA, 2012.
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Nutricional

Manter a glicemia o mais próximo possível do normal

Atingir níveis adequados de lipídios séricos

Prover quantidade adequada de energia para garantir necessidades

Prevenir e tratar complicações agudas e crônicas

Melhorar a saúde a partir de uma nutrição equilibrada


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Nutricional

 Considerar:
◦ Individualidade biológica
◦ Hábitos e rotina do paciente
◦ Tipo da doença, presença de outras comorbidades,
história pregressa
◦ Estado nutricional
◦ Fracionamento de refeições e intervalos regulares (a cada
3 horas)  evitar hipo ou hiperglicemia
◦ Escolha de alimentos com baixa carga glicêmica  evitar
hiperglicemia de rebote e cetoacidose
◦ Contagem de carboidratos  DM tipo 1
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Nutricional
 Macronutrientes:
◦ Proteínas  Excesso pode predispor o desenvolvimento de
nefropatias
◦ Fibras  Aumentar o consumo (principalmente solúveis)
◦ Carboidratos  Individualizada, ↓ consumo
 evitar frutose industrializada (xarope de milho)
◦ Lipídios  Preferir gorduras mono e poli-insaturadas
Evitar gorduras saturadas e trans
Moderar o consumo de gorduras totais
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Nutricional

Índice Glicêmico (IG)


Alto IG
Alimentos com baixo IG podem reduzir a
Alta CG
hiperglicemia pós-prandial.≥Entretanto,
70 ≥ 20
uma dieta de
baixo índice glicêmico ainda não é reconhecida como
estratégia primária no tratamento do DM
Médio IG Média CG
56 - 69 11 - 19
Carga Glicêmica (CG)
Relaciona o IG com a porção de alimento que é
Baixo
ingerido (IG é calculado para IG Baixa CGÉ
50g de alimento).
mais indicado para ser≤ 55  nem
utilizado ≤todo
10
alimento de alto IG apresenta também alta CG
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Nutricional

Alto IG Alta CG
≥ 70 ≥ 20

Médio IG Média CG
56 - 69 11 - 19

Baixo IG Baixa CG
≤ 55 ≤ 10
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Terapia Nutricional
Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Tratamento

 Alvos para tratamento do DM 1

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição


Introdução – Fisiologia – Fisiopatologia – Complicações - Tratamento

Tratamento

 Parâmetros ideais para tratamento do DM 2

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição


Obrigada

Você também pode gostar