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EXAMES LABORATORAIS

Exames Laboratoriais

Fase pré-analítica e causas de variações dos resultados de exames laboratoriais

É a fase, dentro das atividades do laboratório clínico, que vai desde a requisição dos exames até a
disponibilidade das amostras do paciente para a fase analítica ou de processo.

Antes da coleta de sangue para a realização de exames laboratoriais, é importante conhecer, contro-
lar e se possível, evitar algumas variáveis que possam interferir com a exatidão dos resultados. Clas-
sicamente são referidas como condições pré-analíticas variação cronobiológica, gênero, idade, posi-
ção, atividade física, jejum, dieta, uso de drogas para fins terapêuticos ou não, e a aplicação de torni-
quete, procedimentos terapêuticos ou diagnósticos, cirurgias, transfusão de sangue e infusão de solu-
ções.

Alguns aspectos do tubo de coleta, como o uso de gel separador, anticoagulantes e conservantes e
características da amostra, como hemólise e lipemia, também podem ser causa de variação dos re-
sultados.

Requisição de Exames

A requisição deve conter em princípio os seguintes dados:

• Nome do paciente, com identificação inequívoca;


• O nome ou outro identificador (CRM) único do Médico solicitante do exame;
• Exames solicitados;
• Informações clínicas relevantes sobre o paciente, para fins de interpretação.

Cadastro do Paciente

• O laboratório clínico deve ter um formulário de cadastro de pacientes em cumprimento a RDC AN-
VISA 302 13/04/2005. Este cadastro deve incluir no mínimo as seguintes informações, sem a elas se
limitar:
• Número de registro de identificação do paciente gerado pelo laboratório;
• Nome do paciente;
• Idade do paciente;
• Procedência do paciente (enfermaria, quarto, leito, convênio, etc.);
• Telefone ou endereço do paciente, guando aplicável;
• Nome e contato de responsável pelo paciente, quando for menor ou incapacitado;
• Nome do solicitante e contato com o mesmo;
• Data e hora do atendimento;
• Exames solicitados e tipo de amostra;
• Quando necessário: informações adicionais em conformidades com o exame (uso de medicamen-
tos, ciclo menstrual, etc.);
• Data prevista para entrega do laudo.

Identificação do Paciente

Os funcionários da recepção ao receber um paciente e sua requisição devem imediatamente identi-


ficá-lo, de forma única e inequívoca, registrando no cadastro o número de sua identidade. Devem ge-
rar um registro com a ordem de serviço em duas vias (uma para o paciente outra para o laboratório),
com todos os exames solicitados. Colocar também o nº de ordem para facilitar o registro dos exames
a serem realizados.

Preparação e Instrução Para o Paciente

• O paciente deve ser instruído para conhecer os procedimentos necessários para a coleta de amos-
tra para os exames solicitados.
• O pessoal que atende na sala de coleta deve ter o conhecimento de todas estas instruções, para
que possa transmitir aos pacientes em linguagem clara, objetiva e de fácil entendimento, para não
deixar dúvidas às referidas instruções de preparação.

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• Existem no laboratório (recepção e sala de coleta) instruções escritas de fácil entendimento destina-
das aos pacientes, elaboradas pelo setor técnico, para que os atendentes da sala de recepção ou co-
leta possam disponibilizar aos pacientes para que os mesmos possam saber como se preparar para a
coleta dos exames solicitados. Estas instruções devem ser transmitidas também oralmente, confir-
mando o entendimento pelo paciente.

Recebimento de Material Coletado Pelo Paciente

• As amostras coletadas pelos clientes devem ser averiguadas no momento do recebimento, se a co-
leta foi realizada de acordo com as instruções existentes, e se estão com qualidade necessária para o
seu processamento. O funcionário que as receberam deve responder pelo o recebimento da amostra,
assinando na via interna.
• As amostras coletadas por terceiros deveram ter a autorização do bioquímico ou responsável do ho-
rário.
• Todas as amostras recebidas devem ser registradas no cadastro de pacientes do laboratório clinico
(sistema de informática) e nos registros (cadernos ou folhas de trabalho existentes no laboratório).
• Estabelecer critérios de rejeição. Se as amostras comprometidas forem aceitas, o laudo final deve
indicar a natureza do problema, se for o caso, deve ser observado na interpretação do laudo.

Identificação da Amostra

• De acordo com o formulário de cadastro interno do laboratório, conferir e confirmar a identificar a


amostra com o nº de sequência, registro, nome do paciente e exames a serem realizados através da
bancada dos exames.
• Não devem ser aceitas amostras não identificada.

Transporte e Acondicionamento das Amostras

• O laboratório deve ter um procedimento para monitorar o trânsito das amostras coletadas de modo a
assegurar que sejam transportadas, dentro de um prazo estabelecido, respeitando a estabilidade dos
analitos, com o acondicionamento adequado, de acordo com o manual de coleta das amostras, assim
assegurando a integridade das mesmas.
• Deve garantir a segurança do transportador, do público em geral, do meio ambiente e do laboratório
de destino, obedecendo as exigências legais nacionais ou locais.
• Usar maletas de coleta que ofereçam garantias de biossegurança para transportar material coletado
ou carrinho de coleta.

Registro das Amostras

• Registrar os exames a ser realizado colocando a data, nº de sequência, nome completo do paciente,
registro ou ordem de serviço conforme sistema do laboratório de acordo com a relação dos exames
solicitados correspondentes com as suas bancadas e rotina do setor.

Triagem das Amostras

• Após a coleta do material e registro dos exames, os mesmos devem ser transportados para o setor
de triagem, onde serão realizadas as separações de plasma e soro, assim encaminhando para suas
determinadas bancadas como também para o preparo de demais materiais de fezes e urinas e etc.,
para a realização da fase analítica (realização dos exames).

As condições pré-analíticas comumente abordadas no laboratório clínico incluem variação cronobioló-


gica, gênero, idade, posição, prática de atividade física, dieta, jejum e uso de drogas para fins tera-
pêuticos ou não.

Em uma abordagem mais ampla, outras circunstâncias também precisam ser consideradas, a exem-
plo da realização de procedimentos terapêuticos ou diagnósticos, cirurgias, transfusão de sangue e
infusão de soluções, entre outras.

A coleta e a adequação de amostras igualmente entram nessa lista, mas mereceram um espaço ex-
clusivo na página 4. Veja, a seguir, como cada uma dessas condições interfere nos resultados.

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Variação Cronobiológica

Essa condição envolve as alterações cíclicas na concentração de determinados parâmetros em fun-


ção do tempo, podendo ser diária, mensal, sazonal, anual, etc. A circadiana, por exemplo, ocorre nos
níveis séricos de ferro e de cortisol. As coletas realizadas à tarde fornecem resultados mais baixos do
que os obtidos nas amostras coletadas pela manhã.

Influência da variação cronobiológica no perfil de ferro

Sexo feminino, 40 anos

Coleta Manhã Tarde

Ferro sérico 160 ug/dL 116 ug/dL

CTLF 331 ug/dL 357 ug/dL

Saturação da transferrina 48% 32%

Posição

A mudança rápida na postura corporal determina variações no teor de alguns componentes séricos.
Quando o indivíduo se move da posição supina para a ereta, ocorre um afluxo de água e substâncias
filtráveis do espaço intravascular para o intersticial.

Assim, proteínas de alto peso molecular e elementos celulares elevam-se relativamente até que o
equilíbrio hídrico se restabeleça. Por essa razão, níveis de albumina, colesterol, triglicérides, hemató-
crito e hemoglobina, além de drogas que se ligam a proteínas e também os leucócitos, podem ser su-
perestimados (em torno de 8% a 10%) se a coleta de sangue for feita antes da estabilização do equi-
líbrio hídrico.

Gênero

Alguns exames de sangue e urina apresentam níveis significativamente distintos entre homens e mu-
lheres devido a variações hormonais, metabólicas e de massa muscular, entre outras. As alterações
típicas do ciclo menstrual também se refletem em outras substâncias. A aldosterona fica cerca de
100% mais elevada na fase pré-ovulatória do que na folicular. De qualquer modo, os intervalos de re-
ferência para esses parâmetros são específicos para cada gênero.

Faixa Etária

Certos indicadores bioquímicos possuem nível sérico dependente da idade, o que se deve a fatores
como maturidade funcional dos órgãos e sistemas, conteúdo hídrico e lipídico, massa corporal, limita-
ções funcionais da senilidade, etc.

Em situações especiais, os intervalos de referência devem considerar essas diferenças. Convém pon-
derar que as mesmas causas de variações pré-analíticas que afetam os resultados laboratoriais em
jovens interferem nos resultados de idosos, mas com intensidade maior nestes últimos. Doenças sub-
clínicas também são mais comuns na maturidade e precisam ser levadas em conta na interpretação
dos resultados.

Jejum

A necessidade do jejum decorre do fato de os valores de referência dos testes terem sido estabeleci-
dos em indivíduos nessa condição. Ademais, a refeição pode alterar a composição sanguínea mo-
mentaneamente – sem o pré-requisito, cada exame teria de ser analisado à luz do que a pessoa inge-
riu.

A maioria dos exames exige três horas de jejum, com exceção da glicemia (oito horas) e do perfil lipí-
dico (12 horas), dentro do qual, vale lembrar, existe considerável variação interindividual nos lipídios
plasmáticos, da ordem de 5% a 10%, para o colesterol total, e superior a 20%, para as triglicérides.

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Na população pediátrica e de idosos, o tempo sem alimentação deve guardar relação com os interva-
los das refeições. Para crianças mais novas, o jejum pode ser de uma ou duas horas.

Dieta

A amplitude das alterações de parâmetros no plasma ainda depende da composição da dieta e do


tempo decorrido entre a ingestão e a coleta da amostra. Alimentos que contêm muita gordura, por
exemplo, fazem subir a concentração de triglicérides, da mesma forma que dietas ricas em proteínas
promovem níveis elevados de amônia, ureia e ácido úrico.

Álcool e Fumo

Da mesma forma que os medicamentos, o álcool e o fumo determinam variações nos resultados de
exames laboratoriais por seus efeitos in vivo e in vitro. Mesmo o consumo esporádico de etanol pode
ocasionar alterações significativas e quase imediatas na glicose, no ácido láctico e nos triglicérides.
Já o uso crônico eleva a atividade da gamaglutamiltransferase. O tabagismo, por sua vez, aumenta a
concentração de hemoglobina, a quantidade de leucócitos e de hemácias e o volume corpuscular mé-
dio, além de reduzir o HDL-colesterol e elevar a adrenalina, a aldosterona, o antígeno carcinoembrio-
gênico e o cortisol.

Gestação

Existem mecanismos que mudam o nível das substâncias no plasma durante a gravidez, os quais de-
correm de vários fatores, como a hemodiluição de proteínas totais e albumina, as deficiências relati-
vas em função do maior consumo de ferro e ferritina e o aumento das proteínas de fase aguda, como
a velocidade de hemossedimentação, apenas para citar alguns.

Atividade Física

O efeito dos exercícios sobre alguns componentes sanguíneos é, em geral, transitório e decorre da
mobilização de água e outras substâncias entre os diferentes compartimentos corporais, das varia-
ções nas necessidades energéticas do metabolismo e da modificação fisiológica que a atividade con-
diciona. Desse modo, dá-se preferência à coleta de amostras com o paciente em condições basais,
que são mais facilmente reprodutíveis e padronizáveis.

O esforço físico ainda é capaz de aumentar a atividade sérica de enzimas de origem muscular, como
a creatinoquinase (CK), a aldolase e a aspartato aminotransferase, pelo aumento da liberação celular.
Pode haver ainda hipoglicemia, elevação da concentração do ácido láctico em até dez vezes e au-
mento nas atividades das enzimas renina e CK em até quatro e dez vezes, respectivamente. As vari-
ações chegam a persistir por 12 a 24 horas, a depender da intensidade do exercício e do grau de
condicionamento físico do indivíduo.

Influência da atividade física na dosagem de CK

Sexo masculino, 32 anos, praticante de exercício físico

nov./2009 jul./2010 mar./2011

Colesterol total (mg/dL) 220 151 138

HDL-colesterol (mg/dL) 28 30 29

LDL-colesterol (mg/dL) 160 104 80

Triglicérides (mg/dL) 168 95 90

CK (U/L) 110 128 4.408

Medicamentos Em Uso

Uma vez que podem se constituir em interferentes, os fármacos usados pelo paciente devem ser pro-
tocolados para evitar alterações que acabem induzindo o médico a erros na interpretação dos valores

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encontrados. Tais interferências ocorrem in vivo, quando o medicamento modifica o resultado, como
a hiperglicemia causada pelo uso de corticoides ou a elevação da atividade da CK total pelo uso de
estatinas.

Exames Laboratoriais e a Importância dos Cuidados Pré-Analíticos

Cuidados na fase pré-analítica garantem a precisão dos resultados dos exames

Uma das principais finalidades dos testes laboratoriais é auxiliar o raciocínio médico após a obtenção
da história clínica e a realização do exame físico. Para tanto, todas as fases de execução dos testes,
sobretudo a pré-analítica, devem ser conduzidas seguindo o rigor técnico necessário para garantir a
segurança do paciente e resultados exatos.

Segundo a literatura científica, a fase pré-analítica concentra a maior parte dos equívocos que podem
gerar resultados não consistentes com o quadro clínico do paciente. Estima-se que problemas nessa
etapa sejam responsáveis por cerca de 70% dos erros ocorridos nos laboratórios.

Entre eles, vale destacar os aspectos relacionados à orientação do paciente, como a necessidade ou
não do jejum e o intervalo adequado deste, o tipo de alimentação, a prática de exercício físico, o uso
de medicamentos capazes de interferir na análise e mudanças abruptas nos hábitos da rotina diária
precedendo a coleta.

Apesar de o controle do laboratório sobre tais variáveis ser limitado, é possível contornar muitas des-
sas inadequações por meio da orientação do paciente, seja pelo médico que solicita o exame, seja
pelo laboratório clínico, que fornece as informações pelos diversos canais de comunicação com o cli-
ente.

Por último, convém lembrar que a escolha inapropriada de testes ou de seus painéis também pode
constituir um erro pré-analítico. Nesse sentido, a interação entre o médico-assistente e o patologista
clínico sempre se mostra salutar.

As Fases da Análise Laboratorial

A realização de exames divide-se, classicamente, em:

Fase pré-analítica: começa na coleta de material, seja ela feita pelo paciente (urina, fezes e escarro),
seja feita no ambiente laboratorial.

Fase analítica: corresponde à etapa de execução do teste propriamente dita.


• Fase pós-analítica: inicia-se no laboratório clínico e envolve os processos de validação e liberação
de laudos, encerrando-se após o médico receber o resultado final, interpretá-lo e tomar sua decisão.

O controle do laboratório sobre os erros em cada uma dessas fases é variável, porém todos têm im-
pacto na conduta adotada pelo médico assistente.

Conheça Os Fatores Pré-Analíticos Que Mais Interferem Nos Exames

As condições pré-analíticas comumente abordadas no laboratório clínico incluem variação cronobioló-


gica, gênero, idade, posição, prática de atividade física, dieta, jejum e uso de drogas para fins tera-
pêuticos ou não.

Em uma abordagem mais ampla, outras circustâncias também precisam ser consideradas, a exemplo
da realização de procedimentos terapêuticos ou diagnósticos, cirurgias, transfusão de sangue e infu-
são de soluções, entre outras. A coleta e a adequação de amostras igualmente têm papel essencial
para um exame confiável.

Variação Cronobiológica

Essa alteração envolve as alterações cíclicas na concentração de determinados parâmetros em fun-


ção do tempo, podendo ser diária, mensal, sazonal, anual etc. A circadiana, por exemplo, ocorre nos
níveis séricos de cortisol e ferro. As coletas realizadas à tarde fornecem resultados mais baixos do
que os obtidos nas amostras coletadas pela manhã.

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Posição

A mudança rápida na postura corporal determina variações no teor de alguns componentes séricos.
Quando o indivíduo se move da posição supina para a ereta, ocorre um afluxo de água e substâncias
filtráveis do espaço intravascular para o intersticial.

Assim, proteínas de alto peso molecular e elementos celulares elevam-se relativamente até que o
equilíbrio hídrico se restabeleça. Por essa razão, níveis de albumina, colesterol, triglicérides, hemató-
crito e hemoglobina, além de drogas que se ligam a proteínas e também os leucócitos, podem ser su-
perestimados (em torno de 8% a 10%) se a coleta de sangue for feita antes da estabilização do equi-
líbrio hídrico.

Gênero

Alguns exames de sangue e urina apresentam níveis significativamente distintos entre homens e mu-
lheres devido a variações hormonais, metabólicas e de massa muscular, entre outras. As alterações
típicas do ciclo menstrual também se refletem em outras substâncias. A aldosterona fica cerca de
100% mais elevada na fase pré-ovulatória do que na folicular. De qualquer modo, os intervalos de re-
ferência para esses parâmetros são específicos para cada gênero.

Faixa Etária

Certos indicadores bioquímicos possuem nível sérico dependente da idade, o que se deve a fatores
como maturidade funcional dos órgãos e sistemas, conteúdo hídrico e lipídico, massa corporal, limita-
ções funcionais da senilidade, etc. Em situações especiais, os intervalos de referência devem consi-
derar essas diferenças.

Convém ponderar que as mesmas causas de variações pré-analíticas que afetam os resultados labo-
ratoriais em jovens interferem nos resultados de idosos, mas com intensidade maior nestes últimos.
Doenças subclínicas também são mais comuns na maturidade e precisam ser levadas em conta na
interpretação dos resultados.

Jejum

A necessidade do jejum decorre do fato de os valores de referência dos testes terem sido estabeleci-
dos em indivíduos nessa condição. Ademais, a refeição pode alterar a composição sanguínea mo-
mentaneamente – sem o pré-requisito, cada exame teria de ser analisado à luz do que a pessoa inge-
riu.

A maioria dos exames exige três horas de jejum, com exceção da glicemia (oito horas) e do perfil lipí-
dico (12 horas), dentro do qual, vale lembrar, existe considerável variação intraindividual nos lipídios
plasmáticos, da ordem de 5% a 10%, para o colesterol total, e superior a 20%, para os triglicérides.
Na população pediátrica e de idosos, o tempo sem alimentação deve guardar relação com os interva-
los das refeições. Para crianças mais novas, o jejum pode ser de uma ou duas horas.

Dieta

A amplitude das alterações de parâmetros no plasma ainda depende da composição da dieta e do


tempo decorrido entre a ingestão e a coleta da amostra. Alimentos que contêm muita gordura, por
exemplo, fazem subir a concentração de triglicérides, da mesma forma que dietas ricas em proteínas
promovem níveis elevados de amônia, ureia e ácido úrico.

Álcool e Fumo

Da mesma forma que os medicamentos, o álcool e o fumo determinam variações nos resultados de
exames laboratoriais por seus efeitos in vivo e in vitro. Mesmo o consumo esporádico de etanol pode
ocasionar alterações significativas e quase imediatas na glicose, no ácido lático e nos triglicérides. Já
o uso crônico eleva a atividade da gamaglutamiltransferase.

O tabagismo, por sua vez, aumenta a concentração de hemoglobina, a quantidade de leucócitos e de


hemácias e o volume corpuscular médio, além de reduzir o HDL-colesterol e elevar a adrenalina, a
aldosterona, o antígeno carcinoembriogênico e o cortisol.

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Atividade Física

O efeito dos exercícios sobre alguns componentes sanguíneos é, em geral, transitório e decorre da
mobilização de água e outras substâncias entre os diferentes compartimentos corporais, das varia-
ções nas necessidades energéticas do metabolismo e da modificação fisiológica que a atividade con-
diciona.

Desse modo, dá-se preferência à coleta de amostras com o paciente em condições basais, que são
mais facilmente reprodutíveis e padronizáveis. O esforço físico ainda é capaz de aumentar a atividade
sérica de enzimas de origem muscular, como a creatinoquinase (CK), a aldolase e a aspartato amino-
transferase, pelo aumento da liberação celular.

Pode haver ainda hipoglicemia, elevação da concentração de ácido láctico em até dez vezes e au-
mento nas atividades das enzimas renina e CK em até quatro e dez vezes, respectivamente. As vari-
ações chegam a persistir por 12 a 24 horas, a depender da intensidade do exercício e do grau de
condicionamento físico do indivíduo.

Gestação

Existem mecanismos que mudam o nível das substâncias no plasma durante a gravidez, os quais de-
correm de vários fatores, como a hemodiluição de proteínas totais e albumina, as deficiências relati-
vas em função do maior consumo de ferro e ferritina e o aumento das proteínas de fase aguda, como
a velocidade de hemossedimentação, apenas para citar alguns.

Medicamentos em Uso

Uma vez que podem se constituir em interferentes, os fármacos usados pelo paciente devem ser pro-
tocolados para evitar alterações que acabem induzindo o médico a erros na interpretação dos valores
encontrados. Tais interferências ocorrem in vivo, quando o medicamento modifica o resultado, como
a hiperglicemia causada pelo uso de corticoides ou a elevação da atividade da CK total pelo uso de
estatinas.

Coleta e Adequação da Amostra Têm Papel Preponderante Para Um Exame Confiável

Entre os fatores pré-analíticos, devemos citar ainda as variáveis de coleta, que têm como agentes as
condições do material biológico (como a temperatura), o tempo excessivo de garroteamento, o san-
gue colhido em locais de acesso venoso com infusão de líquidos e até a hospitalização, que pode
afetar os resultados.

No que concerne a amostras obtidas pelo paciente, merece atenção a coleta de urina de 24 horas,
que exige cuidado para evitar perdas das micções e garantir sua conclusão no mesmo horário em
que foi iniciada. Abaixo, confira alguns dos fatores mais importantes nesse contexto.

Temperatura

A temperatura ideal para a coleta deve ser de 22-25oC. Já a necessária para o armazenamento das
amostras tem de ficar entre 2oC e 8oC para inibir o metabolismo das células e estabilizar certos cons-
tituintes termolábeis.

Para a dosagem de potássio, a refrigeração de amostra não centrifugada não pode passar de duas
horas, uma vez que tal processo é capaz de impedir a glicólise, que alimenta a bomba de potássio, e
promover sua saída para o meio extracelular, elevando o resultado do teste. É oportuno lembrar que
as amostras para alguns exames requerem transporte refrigerado, tais como catecolaminas, amônia,
ácido láctico, piruvato, gastrina e paratormônio.

Hemólise

Durante a coleta, os fatores que provocam hemólise devem ser prevenidos. Desse modo, os tubos
precisam permanecer na posição vertical até a completa coagulação do sangue, quando, então, é
possível centrifugá-los. A hemólise afeta substancialmente a dosagem de alguns elementos, como
desidrogenase láctica, aspartato amino transferase, potássio e hemoglobina. Outros testes, como os

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que medem ferro, alanina transferase e T4, são moderadamente influenciados por soros bemoliza-
dos. E há aqueles que sofrem pequenas influências desse processo, tais como fósforo, proteína total,
albumina, magnésio, cálcio e fosfatase ácida.

Luz

Alíquotas para dosagem de bilirrubina, betacaroteno, vitamina A vitamina B6 e porfirinas devem ser
preservadas ao abrigo da luz, pois sofrem interferência desta.

Infusão de líquidos e medicamentos

A coleta de sangue tem de ser realizada sempre em local distante da instalação do cateter, preferen-
cialmente no outro braço e, se possível, pelo menos uma hora após o fim da infusão.

Soluções

O Que É Uma Solução?

Fig. 1 - Solução aquosa de dicromato de potássio

As soluções são misturas homogéneas constituídas por duas ou mais substâncias em que uma delas
se chama solvente e a (s) outra (s) soluto (s).

Solvente + Soluto (s) --› Solução

As soluções podem encontrar-se em qualquer estado físico, no entanto, quando estamos no laborató-
rio de química o mais vulgar é encontrar soluções líquidas em que geralmente o solvente é a água e
o soluto é um sólido.

Exemplos de soluções:

Solução sólida - Um objeto de bronze (constituído por cobre e zinco)

Solução líquida - Um refrigerante sem gás

Solução gasosa - O ar que nos rodeia

A água que bebemos, os refrigerantes, os combustíveis (álcool, gasolina), alguns produtos de lim-
peza (como sabonetes líquidos), o vidro, uma moeda de latão e muitas outras misturas homogéneas
que estão presentes no nosso dia a dia são exemplos de soluções.

Como se identifica o soluto e o solvente numa solução?

Existem algumas regras que te permitem identificar o soluto e o solvente sem te enganares. Assim:

- Se o soluto e o solvente estiverem em estados físicos diferentes, o solvente é o que tem o mesmo
estado físico da solução.

- Se o soluto e o solvente estiverem no mesmo estado físico, o solvente é aquele que se encontra em
maior quantidade.

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- Se ambos estiverem no estado líquido e na mesma quantidade, o solvente será o líquido mais volátil
(aquele que se evapora com mais facilidade).

Exemplos de Soluções

Como Se Prepara Uma Solução?

Quando pretendes preparar no laboratório uma determinada solução de concentração conhecida, em


que o soluto é uma substância sólida, podes seguir os passos descritos seguidamente:

- Colocar um vidro de relógio sobre uma balança.

- Medir a massa de soluto a utilizar, utilizando uma espátula para deitar o soluto para o vidro de reló-
gio.

- Transferir o soluto para um gobelé, com a ajuda da garrafa de esguicho.

- Dissolver o soluto com um pouco de solvente até obter uma mistura homogénea.

- Transferir a mistura para um balão volumétrico, com a ajuda de um funil de vidro e de uma vareta de
vidro.

- Lavar o gobelé com um pouco de água, para completa remoção do soluto, transferindo-a também
para o balão volumétrico.

- Adicionar água com muito cuidado até que o nível da solução atinja exatamente a marca do balão.

- Tapar o balão volumétrico.

- Homogenizar a solução, agitando e invertendo o balão várias vezes.

- Calcular a concentração final, com os valores exatos da massa utilizada e do volume de solução.

- Rotular o balão volumétrico, indicando na etiqueta a concentração da solução e o nome da mesma.

Preparo de Soluções

É de fundamental importância a utilização de reagentes com formulação e concentração correta em


qualquer prática biológica. Para isso, é necessário saber princípios teóricos importantes para que o
laboratorista mais do que tenha uma ‘receita’ para o preparo de uma solução saiba como fazer uma
solução de acordo com sua necessidade. Vamos começar entendendo os conceitos envolvidos.

Definições

Solução é uma mistura homogênea composta por: soluto e solvente. Soluto é o componente presente
em menos quantidade enquanto que o solvente está presente em maior quantidade. Quando dizemos
que uma solução é aquosa é porque seu solvente é a água, assim como em uma solução oleosa o
solvente é um óleo.

Uma solução pode ser insaturada, saturada ou supersaturada. Quando insaturada a proporção de so-
luto e solvente ainda é suficiente para que a solução mantenha-se homogênea, ou seja, o soluto dilu-
ído no solvente. Uma solução Homogênea em equilíbrio e em seu limite máximo de soluto é chamada

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de saturada. Se continuarmos a acrescentar soluto em uma solução em algum momento ela come-
çará a ter soluto em excesso sobrando no fundo do recipiente, tornando-se uma solução saturada.

Concentração é a quantidade de soluto, em relação ao solvente, presente em uma solução. Existem


vários modos de expressar a concentração, pode ser em unidades físicas como porcentagem - Álcool
70% - ou a relação: peso do soluto por volume de solução - Solução KCl 15 g/litro – ou em unidades
químicas, como Molaridade (M), Molalidade (m) ou Normalidade (N).

Solução padrão ou standard é aquela que possui concentração perfeitamente definida, isto é, com o
grau de exatidão requerido para uma análise volumétrica.

Cálculos

A primeira coisa a ser feita antes de preparar uma solução é fazer os cálculos, para saber quanto de
cada reagente será necessário, quais vidrarias usar e assim por diante. Vamos ver aqui os tipos mais
comuns de cálculos de concentrações.

Percentual

É a concentração de soluto por volume total, expressa em porcentagem (%). O soluto pode ser tanto
sólido (massa – g) quanto líquido (volume – ml).

Diluição de Soluções

Fazemos uma diluição quando adicionamos mais solvente a uma solução já existente, de modo que a
concentração da solução diminua.

No cotidiano é muito comum realizarmos diluições. Por exemplo, geralmente os rótulos de sucos con-
centrados indicam que o preparado desses sucos deve ser feito acrescentando-se água numa pro-
porção determinada. Quando fazemos isso, estamos diluindo o suco.

Atenção: Não confunda diluição com dissolução. Quando estamos fazendo um suco e adiciona-
mos o soluto (refresco em pó, por exemplo) ao solvente (água), está ocorrendo uma dissolução. Mas
quando acrescentamos mais água a uma solução de água com refresco em pó, temos uma diluição.

Essa prática também é muito comum nos laboratórios, pois geralmente as soluções que são comerci-
alizadas vêm numa concentração bem alta e, de acordo com a finalidade, os cientistas preparam so-
luções mais diluídas a partir da solução inicial.

Essas soluções costumam ser preparadas pegando-se uma alíquota, isto é, uma parte da solução
inicial com uma pipeta, que é um instrumento utilizado para medir e transferir volumes de líquidos
com alta precisão. Essa alíquota é transferida para um balão volumétrico e, por último, acrescenta-se
a água até atingir o volume desejado e indicado pelo balão volumétrico.

Mas surge uma pergunta: Como saber o volume da alíquota que se deve pegar para preparar a
solução?

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Bem, isso depende de qual concentração queremos que a solução tenha. Quando realizamos uma
diluição, a massa do soluto permanece inalterada, como mostra a imagem abaixo:

No entanto, a massa do solvente mudou e, consequentemente, a massa e a concentração da solução


também mudaram. Tendo em vista que a fórmula da concentração comum é dada pela divisão entre
a massa do soluto pelo volume da solução, temos o seguinte:

Cinicial = __m1__ Cfinal = __m1__


Vinicial Vfinal
m1 = Cinicial. Vinicial m1 = Cfinal. Vfinal
Cinicial. Vinicial = Cfinal. Vfinal

Por meio dessa relação é possível determinar a concentração da solução final. Veja um exemplo
abaixo:

“500 mL de água foram adicionados a uma solução aquosa de ácido sulfúrico (H2SO4(aq)) de volume
inicial igual a 200 mL e concentração de 20 g/L. Qual a concentração da solução após essa diluição?”

Resolução:

Dados:

Se a concentração inicial era de 20 g/L, isso significa que em cada litro da solução há 20 gramas de
soluto (ácido sulfúrico) dissolvido. Assim, basta fazer uma regra de três para descobrir qual a massa
do soluto que está dissolvida em 200 mL (0,2 mL) da solução:

20 g de ácido sulfúrico --------- 1 L de solução


m1 --------- 0,2 L
1. m1 = 0,2. 20
m1 = 4 g

Agora, para descobrir a concentração final basta usar a expressão abaixo:

Cinicial. Vinicial = Cfinal. Vfinal

(20 g/L). 0,2 L = Cfinal. (0,2 L + 0,5 L)


Cfinal = _4g_
0,7L
Cfinal = 5,7 g/L

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A mesma relação pode ser feita com a concentração em mol/L, com o título em massa e com a fração
molecular, como mostra a tabela abaixo:

As soluções são misturas homogêneas formadas pelo soluto (aquele que é dissolvido) e o solvente
(aquele que dissolve).

Diluir uma solução consiste em adicionar a ela uma porção de solvente puro. Atividades comuns do
dia a dia, como acrescentar água a um suco de fruta, misturar o detergente na água durante a lava-
gem de roupas, adicionar água a um medicamento ou aplicar solventes próprios às tintas para deixá-
las mais fluidas são bons exemplos de diluição. O procedimento inverso à diluição é a concentração
de soluções.

Ao diluir uma solução, a massa (m1) do soluto não se altera, sendo a mesma na solução inicial e na
final. O volume da solução aumentará (de V para V'), uma vez que será adicionada uma porção de
solvente. A concentração, por sua vez, diminuirá (diluição e concentração são processos opostos).
Logo, pode-se concluir que volume e concentração são grandezas inversamente proporcionais, ou
seja, o primeiro aumenta à mesma proporção que o outro diminui.
Para calcular, utilizamos:

Para a concentração inicial: C = m1 / V

Para a concentração final: C' = m1 / V'

Dado que a que a massa do soluto (m1) continua constante, chega-se à fórmula:

CV = C'V'

Observe o exemplo:

1) Ao diluir 100 mL de uma solução de cloreto de sódio, cuja concentração é igual a 15 g/L ao volume
final de 150 mL, qual será a concentração final da solução?

Aplicando a fórmula de diluição CV = C’V’, temos:

100. 15 = 150. C’
C’ = 10 g/L

Esta questão pode, ainda, ser resolvida de uma segunda maneira, para a qual se utiliza a definição
de concentração comum. Assim, temos:

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• Solução inicial:

1000 mL de solução --------------- 15 g de NaCl


100 mL de solução --------------- x
x = 1,5 g de NaCl

Essa massa de soluto obtida (1,5 g de NaCl) não se altera na solução final.

• Solução final:

150 mL de solução --------------- 1,5 g de NaCl


1000 mL de solução --------------- y

y = 10 g/L

Nomenclatura Dos Compostos Orgânicos

Função Orgânica: é um conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes (proprie-


dades funcionais)

Grupo funcional: é o átomo ou grupo de átomos responsável (eis) pelas propriedades químicas dos
compostos pertencentes a uma determinada função química.

A nomenclatura orgânica oficial começou a ser criada em 1892 em um congresso internacional em


Genebra, após várias reuniões surgiu a nomenclatura IUPAC (União Internacional de Química Pura e
Aplicada).

A nomenclatura IUPAC obedece aos seguintes princípios:

I. Cada composto tenha um único nome que o distinga dos demais;

II. Dada a fórmula estrutural de um composto, seja possível elaborar seu nome, e vice-versa.

Obs.: Apesar de a nomenclatura IUPAC ser a oficial, existem outros tipos de nomenclatura como por
exemplo a nomenclatura usual.

Função Hidrocarboneto (CXHY)

Os compostos pertencentes a estas funções são constituídos exclusivamente por carbono e hidrogê-
nio, portanto possuem fórmula geral: CxHy.

Os hidrocarbonetos são muito importantes porque formam o "esqueleto" das demais funções orgâni-
cas.

Os Hidrocarbonetos estão divididos em várias classes, dentre as quais merecem destaque os alca-
nos, alcenos (alquenos), alcinos (alquinos), alcadienos, cicloalcanos, cicloalcenos e os hidrocarbone-
tos aromáticos.

A. Alcanos Ou Parafinas

São hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta (acíclica). Possuem fórmula geral: CnH2n+2.

Fundamentos Da Nomenclatura Orgânica:

PREFIXO + AFIXO + SUFIXO

Prefixo: indica o número de átomos de carbono pertencentes a cadeia principal.

1C = met 6C = hex 11C = undec

2C = et 7C = hept 12C = dodec

3C = prop 8C = oct 13C = tridec

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4C = but 9C = non 15C = pentadec

5C = pent 10C = dec 20C = eicos

Afixo ou infixo: indica o tipo de ligação entre os carbonos:

todas simples = an duas duplas = dien

uma dupla = en três duplas = trien

uma tripla = in duas triplas = diin

Sufixo: indica a função química do composto orgânico:

hidrocarboneto= no
álcool= ol
aldeído= al
cetona= ona
ácido carboxílico= óico
amina= amina
éter= óxi

Nomenclatura Dos Alcanos De Cadeia Normal:

Junta-se o prefixo + o infixo + o sufixo. Por exemplo: metano, etano, propano, butano, pentano, he-
xano, heptano, octano, nonano, decano, undecano, dodecano etc.

Grupos Ou Grupamentos Derivados Dos Alcanos.

Grupamento: é a estrutura que resulta ao se retirar um ou mais átomos de uma molécula.

Grupamento alquil(a) ou alcoil(a) é o grupamento formado a partir de um alcano pela retirada de um


átomo de hidrogênio:

Obs.: Apesar da palavra radical ser muito usada ela está errada o nome correto é grupo ou grupa-
mento: grupo metil (correto), radical metil (errado).

Nomenclatura dos Alcanos Ramificados.

Para dar nome a um alcano ramificado, basta você seguir as seguintes regras estabelecidas pela
IUPAC:

1.º considerar como cadeia principal, a cadeia carbônica mais longa possível; se há mais de uma ca-
deia de mesmo comprimento, escolha como cadeia principal a mais ramificada.

2.º numere a cadeia principal de forma que as ramificações recebam os menores números possíveis
(regra dos menores números).

3.º elaborar o nome do hidrocarboneto citando as ramificações em ordem alfabética, precedidos pelos
seus números de colocação na cadeia principal e finalizar com o nome correspondente a cadeia prin-
cipal.

4.º os números são separados uns dos outros por vírgulas.

5.º os números devem ser separados das palavras por hífens.

Obs.1: no caso de haver dois, três, quatro, etc. grupos iguais ligados na cadeia principal, usam-se os
prefixos di, tri, tetra, etc. diante dos nomes dos grupos.

Obs.2: Os prefixos di, tri, tetra, iso, sec, terc, neo não são levados em consideração na colocação
dos nomes em ordem alfabética.

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B. Alcenos Ou Olefinas

Alcenos, alquenos, olefinas ou hidrocarbonetos etenilênicos são hidrocarbonetos de cadeia aberta


(acíclicos) contendo uma única dupla ligação. Possuem fórmula geral CnH2n.

I) Nomenclatura dos Alcenos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada

É muito semelhante a nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminação ano do alcano
por eno.

1) A cadeia principal é a mais longa que contém a dupla ligação.

2) A numeração da cadeia principal é sempre feita a partir da extremidade mais próxima da dupla
ligação, independentemente das ramificações presentes na cadeia. No nome do alceno a posição da
dupla é dada pelo número do primeiro carbono da dupla; esse número é escrito antes do nome do al-
ceno.

3) Se houver mais de uma possibilidade para a cadeia principal adota-se a regra dos menores núme-
ros.

C. Alcinos Ou Alquinos

Alcinos, alquinos ou hidrocarbonetos acetilênicos são hidrocarbonetos acíclicos contendo uma


única ligação tripla. Possuem fórmula geral CnH2n-2.

Nomenclatura dos Alcinos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada

É muito semelhante a nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminação ano do alcano
por ino.

1) A cadeia principal é a maior cadeia que contenha a ligação tripla.

2) A numeração da cadeia é feita a partir da extremidade mais próxima da ligação tripla. (As outras
regras vistas para os alcenos também valem par os alcinos).

D. Alcadienos

São hidrocarbonetos acíclicos (abertos) contendo duas duplas ligações. Possuem fórmula geral:
CnH2n-2.

Nomenclatura dos Alcadienos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada

I. A nomenclatura IUPAC é feita com a terminação DIENO.

II. A cadeia principal é a mais longa possível e deve conter as duas duplas ligações.

III. A numeração da cadeia se inicia pela extremidade mais próxima das duplas ligações de forma que
as duplas ligações fiquem com os menores números possíveis.

IV. Em caso de empate na posição das duplas ligações, deve-se numerar a cadeia de forma que as
ramificações fiquem com os menores números possíveis;

E. Ciclanos Ou Cicloalcanos Ou Ciclo-Parafinas

São hidrocarbonetos de cadeia cíclica (fechada) e saturada. Possuem fórmula geral CnH2n onde "n"
deve ser maior ou igual a 3.

Nomenclatura dos Ciclanos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada

I. O nome é dado adicionando-se o prefixo CICLO ao nome do alcano correspondente;

Nomenclatura de Compostos Inorgânicos

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Define-se um composto inorgânico como sendo uma substância na qual os átomos de dois ou mais
elementos são combinados.

Os compostos que contêm carbono na sua constituição são, quase sempre, compostos orgânicos.
Contudo, existem exceções. Por exemplo, o dióxido de carbono é uma exceção.

Os compostos inorgânicos contêm metais ou hidrogénio combinado com um não-metal ou um grupo


de não-metais. Podem ser compostos iónicos ou covalentes, mas é comum observar-se mais do que
um tipo de ligação em compostos inorgânicos.

Os compostos de coordenação também pertencem a esta categoria de compostos e formam ligações


de coordenação que têm carácter iónico ou covalente.

Como curiosidade, 95% das substâncias existentes no planeta Terra são materiais inorgânicos.

Os compostos inorgânicos estão agrupados em famílias químicas de acordo com a sua estrutura, ou
seja, conforme certos grupos de átomos existentes nesses mesmos compostos, os quais são respon-
sáveis pelos comportamentos químicos.

As famílias químicas dos compostos inorgânicos são sais, hidróxidos, ácidos e óxidos.

O nome do composto está relacionado com a família química a que este pertence de acordo com re-
gras de nomenclatura provenientes da IUPAC.

Nomenclatura de Sais

Os sais são compostos iónicos, eletricamente neutros, formados por catiões (com exceção do ião H+)
e por aniões (com exceção do ião HO–).

Os seus nomes formam-se acrescentando ao nome do anião o nome do catião presente no sal.

Considerando alguns exemplos tem-se:

Para o NaCl, o anião é o cloreto (Cl–) e o catião é o sódio (Na+), então o nome deste composto é clo-
reto de sódio.

Para o KNO3, tem-se que o anião é o nitrato (NO3–) e o catião é o potássio (K+), assim o nome deste
composto é nitrato de potássio.

No caso o PbI2, o anião é o iodeto (I–) e o catião é o chumbo (Pb2+), portanto o nome é iodeto de
chumbo.

Por vezes, as substâncias iónicas têm incorporado na sua rede cristalina moléculas de água, consti-
tuindo os sais hidratados. Quando não têm água de cristalização incorporada chamam-se sais ani-
dros.

O nome dos sais hidratados é igual ao nome dos sais anidros, acrescidos do prefixo indicativo do nú-
mero de moléculas de água representadas na fórmula química.

Por exemplo:

CuCl2. 2H2O enuncia-se cloreto de cobre (II) di-hidratado.

Mn(NO3)2. 4H2O denomina-se nitrato de manganês tetra-hidratado.

FeCl3. 6H2O denomina-se por cloreto de ferro (III) hexa-hidratado.

Nomenclatura de Hidróxidos

Os hidróxidos são constituídos por catiões metálicos e aniões hidróxido (HO–) e as suas soluções
aquosas apresentam um carácter mais ou menos básico, daí também serem chamados de bases.

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Os seus nomes formam-se acrescentando-se ao termo hidróxido o nome dos catiões metálicos pre-
sentes.

Apresentando alguns exemplos:

NaHO, em que a proporção de iões é 1Na+ : 1HO– e o nome é hidróxido de sódio.

KHO, tem-se 1K+: 1HO– e denomina-se por hidróxido de potássio.

Nomenclatura de Ácidos

Os ácidos são substâncias formadas por hidrogénio e não-metais. Se, na sua constituição, ainda
existir oxigénio são denominados por oxoácidos. Caso contrário tem-se hidrácidos.

Quando dissolvidos numa solução aquosa as suas moléculas ionizam-se formando os iões hidrogé-
nio, H+, e os aniões correspondentes ao resto da molécula.

Mencionando exemplos práticos:

HCl (cloreto de hidrogénio), que em meio aquoso tem-se ácido clorídrico


HCl (aq) à H+(aq) + Cl–(aq)

HNO3 (nitrato de hidrogénio), que em meio aquoso tem-se ácido nítrico


HNO3 (aq) à H+(aq) + NO3–(aq)

H3PO4 (fosfato de hidrogénio), que em meio aquoso tem-se ácido fosfórico


H3PO4 (aq) à 3H+(aq) + PO43-(aq)

H2SO3 (sulfito de hidrogénio), que em meio aquoso tem-se ácido sulfuroso


H2SO3 (aq) à 2H+(aq) + SO32-(aq)

Quando o nome do ácido termina em “-ídrico”, o nome do anião termina em “-eto”;

Quando o nome do ácido termina em “-ico”, o nome do anião termina em “-ato”;

Quando o nome do ácido termina em “-oso”, o nome do anião termina em “-ito”.

Nomenclatura de Óxidos

Os óxidos são compostos binários formados por oxigénio e por um outro elemento, podendo estes
serem metálicos (iónicos) ou não-metálicos (moleculares).

Óxidos Metálicos

Os óxidos metálicos são formados por aniões óxido (O2-) e catiões metálicos, nas proporções estequi-
ométricas devidas.

O nome é formado pelo termo óxido seguido pelo nome do catião metálico presente.

Considerandoalguns exemplos:

Li2O, em que a proporção dos iões é 2Li+ : 1O2- e o nome dado é óxido de lítio.

CaO, com proporção 1Ca2+ : 1O2- e denomina-se por óxido de cálcio.

Al2O3, 2Al3+: 3O2- com o nome óxido de alumínio.

Óxidos Não-Metálicos

Os óxidos não-metálicos são constituídos por moléculas constituídas pelo elemento oxigénio e um
elemento não-metálico.

O nome é formado pelo termo óxido seguido pelo nome do não-metal, acrescentando-lhe um prefixo
indicativo do número de átomos de oxigénio ou do não-metal presente na molécula.

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Como exemplos tem-se:

CO, monóxido de carbono.

CO2, dióxido de carbono.

SO3, trióxido de enxofre.

Os óxidos onde está presente o ião O22- são casos especiais e são denominados por peróxidos.

Seguem-se dois exemplos de peróxidos:

Na2O2, em que a proporção dos iões é 2Na+ : 1O22- e denomina-se por peróxido de sódio.

CaO2, com proporção dos iões 1Ca2+ : 1O22- cujo nome é peróxido de cálcio.

II. Quando a cadeia for ramificada, a numeração da cadeia se inicia a partir da ramificação mais sim-
ples e segue-se o sentido horário ou anti-horário, de maneira a se respeitar a regra dos menores nú-
meros;

III. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética;

F. Ciclenos Ou Ciclo-Alquenos Ou Ciclo-Olefinas

São hidrocarbonetos cíclicos com uma dupla ligação. A fórmula geral é CnH2n-2;

Nomenclatura dos Ciclenos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada

I. O nome é dado adicionando-se o prefixo CICLO ao nome do alceno correspondente;

II. Quando a cadeia for ramificada, a numeração da cadeia se inicia a partir do carbono da ligação du-
pla (a dupla deve ficar entre o carbono 1 e 2) e segue-se o sentido horário ou anti-horário, de maneira
a se respeitar a regra dos menores números;

III. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética;

G. Hidrocarboneto Aromático

São os hidrocarbonetos que possuem um ou mais anéis benzênicos, que também são chamados de
anéis aromáticos.

Nomenclatura dos Hidrocarbonetos Aromáticos

I. A nomenclatura IUPAC considera os hidrocarbonetos aromáticos como derivados do benzeno;

II. Quando o anel benzênico possui mais de uma ramificação, a numeração da cadeia se inicia a par-
tir da ramificação mais simples e segue-se o sentido horário ou anti-horário, de maneira a se respeitar
a regra dos menores números;

III. Quando o anel benzênico possuir duas ramificações, iguais ou diferentes, pode-se usar a nomen-
clatura orto, meta, para, ao invés de numerar o anel benzênico. A posição 1,2 passa a ser indicada
por orto ou simplesmente por "o", a posição 1,3 passa a ser indicada por meta ou simplesmente por
"m" e finalmente a posição 1,4 passa a ser indicada por para ou simplesmente por "p".

IV. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética;

03. ÁLCOOL (R-OH) (OH ligado a carbono saturado)

Obs.: R= grupo ou grupamento orgânico; Ar = anel aromático ou anel benzênico.

Oficial (IUPAC)

I. Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por OL;

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II. A cadeia principal é a maior fila de átomos de carbono que contenha a hidroxila;

III. Quando houver mais de uma possibilidade para a posição da hidroxila, esta deve ser numerada;

IV. A numeração da hidroxila se inicia pela extremidade mais próxima da mesma;

Obs.: Em moléculas complexas a hidroxila pode ser considerada como uma ramificação chamada:
hidróxi;

Obs.: álcoois insaturados: posição da insaturação + hidrocarboneto correspondente + posição do OH


+ OL

Obs.: diálcool (terminação: DIOL); trialcool (terminação: TRIOL) etc.

Usual:

I. álcool + nome do grupo ligado a hidroxila + ICO

II. Nomenclatura de Kolbe (metanol=carbinol) e todos os demais álcoois são considerados como seus
derivados (nome dos grupamentos + carbinol).

04. ÉTER (R-O-R' ou Ar-O-Ar ou Ar-O-Ar)

Oficial (IUPAC):

(grupo menor) ÓXI + (hidrocarboneto correspondente ao grupo maior)

Usual:

éter (grupo menor) - (grupo maior) + ICO

05. FENOL (Ar-OH)

Oficial (IUPAC):

Usa-se o prefixo HIDRÓXI;

Havendo necessidade de numeração, está se inicia pela hidroxila e segue o sentido dos menosres
números;

Obs.: O número "1" atribuído a hidroxila pode ser omitido;

Usual:

O hidróxi-benzeno é chamado de FENOL e todos os outros fenóis são considerados como seus deri-
vados;

06. ALDEÍDO (H-COH ou R-COH ou Ar-COH)

Oficial (IUPAC):

Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por AL;

A numeração se inicial pelo carbono do grupo funcional;

Usual:

Os aldeídos possuem nomes usuais correspondentes aos nomes usuais dos ácidos carboxílicos: me-
tanal (aldeído fórmico ou formaldeído); etanal (aldeído acético ou acetaldeído); etanodial (aldeído
oxálico ou axaldeído); fenil-metanal (aldeído benzóico ou benzaldeído) etc.

07. CETONA (R-CO-R' ou R-CO-Ar ou Ar-CO-Ar)

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Oficial (IUPAC):

Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por ONA;

A numeração da cadeia se inicia pela extremidade mais próxima da carbonila (-CO-);

Obs.: cetonas insaturadas: posição da insaturação + hidrocarboneto correspondente + posição da


carbonila + ONA;

Usual:

(grupo menor) - (grupo maior)-CETONA

08. ÁCIDO CARBOXÍLICO (H-COOH ou R-COOH ou Ar-COOH)

Oficial (IUPAC):

Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por ÓICO;

ÁCIDO + hidrocarboneto correspondente + ÓICO;

Usual:

A nomenclatura usual dos ácidos carboxílicos está relacionada com a origem do ácido ou de suas
propriedades: ácido metanóico (ácido fórmico); ácido etanóico (ácido acético); ácido propanóico
(ácido propiônico); ácido butanóico (ácido butírico); ácido etanodióico(ácido oxálico) etc.

09. ÉSTER (H-COO-R ou R-COO-R ou Ar-COO-R ou Ar-COO-Ar)

Oficial (IUPAC):

Substitui-se a terminação ICO do ácido carboxílico correspondente por ATO e acrescenta-se o nome
do grupamento ligado ao oxigênio;

Obs.: o nome do grupamento deve terminar com ILA e não com IL. EX.: metila, etila etc.

Obs.: Um raciocínio mais fácil é acrescentar ATO ao hidrocarboneto correspondente, não sendo as-
sim necessário, raciocinar com o ácido carboxílico correspondente;

Usual:

Está, a exemplo dos aldeídos, baseada na nomenclatura dos ácidos carboxílicos: metanoato = formi-
ato; etanoato = acetato; propanoato = propionato.

10. AMINA (R-NH2 ou R-NH-R' ou R-NR'-R'')

Oficial (IUPAC):

(grupos ligados ao N) + AMINA;

Obs.: Os grupamentos ligados ao N devem ser colocados em ordem alfabética (a ordem crescente de
complexidade não é recomendada pela IUPAC);

Obs.: Em moléculas complexas o grupamento característico das aminas pode ser considerado uma
ramificação chamada de AMINO;

11. AMIDA (H-CONH2 ou R-CONH2 ou Ar-CONH2; ou H-CONH-R' ou R-CONH-R' ou Ar-CONH-R';


ou H-CONR'-R'' ou R-CONR'-R'' ou Ar-CONR'-R'')

São compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:

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Oficial (IUPAC):

Troca-se a terminação ICO do ácido carboxílico correspondente por AMIDA;

Obs.: Um raciocínio mais fácil é acrescentar AMIDA ao hidrocarboneto correspondente, não sendo
assim necessário raciocinar com o ácido carboxílico correspondente; (raciocínio semelhante foi pro-
posto para os ésteres).

12. NITRILA (R-CN ou Ar-CN)

Oficial (IUPAC):

Dá-se o nome do hidrocarboneto correspondente, acrescentando-lhe a terminação NITRILA, (hidro-


carboneto correspondente + NITRILA);

Usual:

Cianeto de (nome do grupamento ligado ao -CN);

13. NITROCOMPOSTO (R-NO2 ou Ar-NO2)

Oficial (IUPAC):

Usa-se o prefixo NITRO antecedendo o nome do hidrocarboneto que origina o nitrocomposto (NI-
TRO+ hidrocarboneto correspondente)

14. HALETO ORGÂNICO (Compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um


ou mais hidrogênios por halogênios (F, Cl, Br, I).

Oficial (IUPAC):

Considera-se os haletos como derivados dos hidrocarbonetos correspondentes;

O nome do halogênio antecede ao nome do hidrocarboneto como se fosse um grupamento qualquer;

Obs.: Se na cadeia existir apenas halogênios como ramificações, a numeração da cadeia se inicia
pela extremidade mais próxima destes, mas se existir qualquer outro grupo ligado a cadeia principal a
numeração se inicia pela extremidade onde seja possível se obter os menores números possíveis.

Usual:

Usam-se as palavras cloreto de, brometo de, etc., seguidas do nome do grupamento orgânico ligado
ao halogênio;

(nome do haleto) de (nome do grupo);

15. ANIDRIDO; São compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:

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Obs.: Os anidridos são considerados como derivados dos ácidos carboxílicos;

Nos anidridos com cadeias carbônicas iguais, deve-se mencionar o nome do ácido correspondente,
precedido da palavra ANIDRIDO;

Quando o anidrido possuir cadeias diferentes deve-se escrever primeiro o nome do menor ácido exis-
tente;

16. SAL ORGÂNICO - Compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:

Oficial (IUPAC):

Substitui-se a terminação ICO do ácido carboxílico correspondente por ATO e acrescenta-se o nome
do metal ligado ao oxigênio;

Obs.: Um raciocínio mais fácil é acrescentar ATO ao nome do hidrocarboneto correspondente, seme-
lhante ao que já foi proposto para outras funções anteriores;

Usual:

Está baseada na nomenclatura usual dos ácidos carboxílicos: metanoato = formiato; etanoato = ace-
tato; propanoato = propionato;

17. COMPOSTOS DE GRIGNARD - Compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:

Oficial (IUPAC):

(cloreto, brometo, iodeto) de (grupo ligado ao Mg) + Magnésio;

18. ÁCIDOS SULFÔNICOS (R-SO3H ou Ar-SO3H)

Oficial (IUPAC):

ÀCIDO + (nome do hidrocarboneto correspondente) + SULFÔNICO

19. TIOL ou TIOÁLCOOL (R-SH) O oxigênio da função álcool é substituído pelo enxofre.

Oficial (IUPAC):

Obs.: o prefixo TIO indica a substituição de um oxigênio por um enxofre;

A nomenclatura é semelhante a dos álcoois correspondentes trocando-se a terminação OL por TIOL;

Usual:

O grupo -SH é denominado MERCAPTAN: (nome do grupo) + MERCAPTAN;

20. TIOÉTER (R-S-R' ou Ar-S-Ar) O oxigênio da função éter é substituído pelo enxofre.

Oficial (IUPAC):

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Obs.:

O prefixo TIO indica a substituição de um oxigênio por um enxofre;

A nomenclatura é semelhante a dos éteres correspondentes trocando-se a terminação ÓXI por TIO.

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