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1.

DESCRIÇÃO DA EMPRESA

O Laboratório de Análises Clínicas “Dr. Celso Sia Simões” - LACSS atende


todo o Vale do Paraíba, situado no município de Jacareí – São Paulo, é um laboratório
de análises clínicas privado. Sendo sua principal missão o compromisso com a
satisfação de clientes, familiares, médicos, hospitais e convênios, buscando a melhoria
contínua dos serviços, valorizando os funcionários, parceiros e fornecedores. Sua
visão é voltada para o crescimento profissional contínuo, seus valores vêm através da
atuação transparente dentro do seu segmento, do respeito nas relações comerciais,
da obediência às instituições legalmente constituídas, da prática constante da
verdade, da moral ética e que valoriza cada dia mais a confiança depositada nos seus
serviços. Realizando com excelência, mais de 5.000 exames de sangue por mês,
atendendo todos de forma humanizada.
Desde o início de suas atividades o Laboratório de Análises Clínicas “Dr. Celso
Sia Simões” atende aos requisitos de qualidade, participando desde sua inauguração
do Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ) da Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas (SBAC).
O laboratório Dr. Celso Sia Simões é responsável pela coleta do material
biológico e sua análise. Conta com equipamentos de qualidade, os exames são
realizados por funcionários altamente qualificados e treinados desde a coleta do
material até a sua análise, com todo respeito, atenção e qualidade. Atuam com
excelência em diversas áreas de Análises Clínicas, realizando check-up Feminino,
Masculino e Infantil. Os resultados são liberados com qualidade e em curto prazo. O
laboratório oferece alguns exames dentre eles de biologia molecular, bioquímica,
eletroforese, elisa, hematologia, hormônios, Imunologia, microbiologia, parasitologia
Urinálise, entre outros.
Sua parceria é com mais de 12 convênios e o atendimento particular. O laboratório
possui infraestrutura adequada para a realização de exames com precisão e
confiabilidade. Possui poltronas confortáveis para os pacientes na sala de coleta e
EPIs necessários para os funcionários na realização adequada da coleta do material
biológico, possui banheiros para os pacientes que eventualmente necessitam realizar
a coleta individual de forma privada.
2. FLUXOGRAMA DAS ROTINAS VIVENCIADAS

Na recepção, a recepcionista passa o máximo de informações (inclusive


escrita) para uma boa coleta do material e o exame não sofrer interferência como por
exemplo o período do jejum alterando entre quatro, oito ou doze horas, dependendo
do exame o jejum é essencial, informações como na coleta da primeira urina da
manhã desprezando o primeiro jato, coletando o médio, assim como a urina de 24
horas, espermograma, escarro, fezes, exame de PSA, entre outros. É importante que
o paciente não tenha nenhuma dúvida, por isso essas informações são passadas tanto
pessoalmente quanto por telefone. O cartão de visita do laboratório é a recepção, a
atenção e gentileza para com todos é o que faz toda diferença.
Os cadastros dos dados dos pacientes são realizados no sistema do
laboratório onde libera-se um protocolo para o paciente, a importância nesse momento
é com os dados corretos dos pacientes como nome completo, sexo, idade, endereço,
exame solicitado, data de entrega do material, data de entrega do resultado, nome do
médico.
Feito o cadastro, o paciente aguarda na recepção onde será chamado pelo
nome inteiro do cadastro, o técnico irá encaminhar o paciente para a sala de coleta
deixando o paciente acomodado em poltrona/cadeiras ou ainda maca para assim a
coleta ser feita, a conferência dos protocolos é realizada antes de chamar o paciente
para a sala de coleta. Algumas informações são importantes para quando a análise do
exame for realizada, o preenchimento do questionário com informações relevantes é
fundamental antes da coleta, perguntas como por exemplo o uso de medicamentos, o
tempo de jejum, presença de alguma patologia, data da última menstruação (em caso
de dosagens hormonais). Após, a coleta é iniciada já com os tubos separados de
acordo com o pedido médico, provas de Hematologia devem ser adquiridas com
anticoagulante (EDTA), controles glicêmicos em tubos com anticoagulantes Fluoreto
de Sódio, prova de coagulação plasmática em Citrato de Sódio e provas de
bioquímicas e imunologia em Tubos Secos sempre observando a quantidade de
sangue em cada tubo e o cuidado para se evitar possíveis hemólises.
As amostras são coletadas pelo método a vácuo ou seringa dependendo do
acesso do paciente, a identificação dos tubos é por etiquetas com código de barras
emitidas na recepção e o próprio paciente verifica o nome correto nos tubos já
coletados e etiquetados.
Após a coleta e a sua verificação dos tubos etiquetados, o paciente é
encaminhado para a área de café contendo água, café e biscoito, uma vez que o
paciente se encontra em jejum e ainda retornará ao trabalho.
Ao final do período da coleta, as amostras são retiradas e enviadas pelo
técnico ao setor de Triagem de materiais onde o sangue será centrifugado
adequadamente e por um tempo específico para a obtenção do soro ou plasma para
provas bioquímicas, provas de coagulação, e imunológicas; as amostras de
Hematologia são passadas no aparelho, se necessário, é confeccionada a lâmina e
posteriormente realizada a coloração e encaminhada para avaliação microscópica
onde será feita a contagem específica das células e após isso, é liberado o laudo.
Todas as análises são executadas por profissionais competentes e
supervisionadas pelo biomédico responsável pelo setor, e se por algum acaso houver
algum resultado que não seja satisfatório o mesmo será repetido obrigatoriamente. Os
exames não realizados na unidade são encaminhados para o Laboratório de apoio.
Todos os exames e resultados são anotados em mapa de trabalho ou
impressos pelo aparelho e enviado para serem digitados, conferido e liberados. Os
exames e resultados serão enviados aos profissionais responsáveis que iram conferir
os resultados dos pacientes, visualizará possíveis erros e inadequações e por fim se
tudo estiver dentro dos padrões o laudo será assinado e liberado.
Esses resultados serão liberados, e ficaram disponíveis para o paciente retirar
no laboratório ou pela internet. A qualidade, precisão, exatidão e rapidez dos
resultados é o que caracteriza um ótimo laboratório, que além de seu próprio controle
diário interno é filiado a órgãos específicos de qualidade.
3. PRODUÇÃO MENSAL DA EMPRESA

TIPOS DE ANÁLISE QUANTIDADE/MÊS


Hormônio 840

Bioquímica 2.880

Espermograma 4

Hematologia 1.440

Imunologia 204

Microbiologia 35

Parasitologia 174

Sexagem Fetal 6

Toxicológico 2

4. TÉCNICAS CLÍNICAS UTILIZADAS E EXCECUÇÃO DE


SERVIÇOS E ANÁLISE CRÍTICA

Parasitologia

A detecção e identificação dos parasitos intestinais estão em relação direta com a


qualidade da amostra fecal coletada e entregue no laboratório. Assim, há necessidade
de instruir o paciente, pois sem explicações detalhadas podem ocorrer erros na coleta,
tais como a contaminação com urina, terra, água e quantidade inadequada de fezes.
As amostras fecais devem ser examinadas para a pesquisa de proglotes e de vermes
adultos, bem como para determinar a consistência, a presença de sangue, de muco e
restos alimentares
Recebemos as amostras de fezes, identificamos e encaminhamos ao laboratório de
apoio executor das técnicas que não são realizadas na unidade.
O exame microscópico permite visualizar os estágios de diagnósticos dos protozoários
(cistos, trofozoítos, oocistos e esporos) e dos helmintos (ovos, larvas e vermes
pequenos)
O exame direto a fresco permite visualizar a motilidade de trofozoítos dos protozoários
em fezes recém emitidas, analisadas até 30 minutos após a evacuação. Para a
identificação de cistos de protozoários e larvas de helmintos, a preparação deve ser
corada com lugol.
Método de Hoffman, Pons e Janer ou de Lutz, é utilizado para a pesquisa de cistos,
oocistos, ovos e larvas. Fundamenta-se na sedimentação espontânea em água, sendo
indicado para recuperação de ovos considerados pesados como os de Taenia spp, S.
mansoni e ovos inférteis de A. lumbricoides.
Método de Faust e cols, fundamenta-se em centrífugo-flutuação de cistos, oocistos,
ovos leves e larvas em solução de sulfato de zinco, na densidade 1,18g/ml. Para fezes
preservadas recomenda-se a densidade de 1,20g/ml. É indicado para a concentração
de cistos de protozoários.

Teste rápido Sangue Oculto

Método imunocromatográfico qualitativo para determinação rápida de Sangue Oculto


nas fezes. Somente para uso diagnóstico in vitro.
O método utiliza membranas pré-cobertas com anticorpos monoclonais para identificar
seletivamente hemoglobina humana em amostras de fezes. Após a coleta e
preparação da amostra, a amostra extraída tamponada é adicionada à membrana. Se
presente na amostra, a hemoglobina humana se liga a um anticorpo conjugado com
ouro coloidal e migra pela membrana por capilaridade até encontrar um segundo
anticorpo fixo na região da linha teste da membrana. Neste caso, aparecerá uma linha
vermelha na região da linha teste. Na ausência de hemoglobina humana, nenhuma
linha deverá aparecer na zona teste. O conjugado não capturado continua seu fluxo
até a linha controle, confirmando o funcionamento correto do teste.
Descrição do processo técnica:

- A amostra deve estar em temperatura entre 15 e 30ºC (temperatura ambiente) antes


de iniciar o teste.
- Abrir o tubo de análise contendo solução diluente e introduzir sua alça dosadora em
três pontos distintos da amostra. Fechar o tubo de análise com a alça dosadora
impregnada pelas fezes, e agitar vigorosamente por 3 a 5 minutos para emulsificar as
fezes, e garantir a dispersão e dissolução (pode-se utilizar o vórtex). Retirar o cassete
de seu invólucro, pode-se retirar o saquinho dessecante contido no invólucro sem
prejuízos no teste. Quebrar a extremidade inferior do tudo de análise, para que o
mesmo funcione como conta gotas. Colocar 2 gotas na janela circular do cassete
permitindo que a primeira gota seja absorvida para que se coloque a próxima. Ler o
resultado entre 10 e 15 minutos. Não fazer a leitura do resultado após 15 minutos.
- Teste Negativo: Somente deve aparecer a formação de uma linha controle, sem
nenhuma coloração da linha na região do teste. Teste Positivo: Linhas coloridas
aparecem no controle e na linha destinada ao teste. O aparecimento de duas linhas
indica a presença de hemoglobina humana na amostra. A intensidade de coloração da
linha será variável de acordo com a concentração de hemoglobina humana presente
nas fezes. Teste Inadequado: A ausência de formação de linha, ou não formação da
linha controle (C) indica erro no procedimento ou deterioração do teste,
caracterizando-o como inválido.

Hematologia

-Hemograma:
As amostras de sangue são coletadas em tudo com EDTA (roxo), os hemogramas são
realizados de modo automatizado. Caso haja alguma alteração nos índices
hematimétricos ou na contagem diferencial de leucócitos, é realizado uma extensão
sanguínea e feita análise microscópica.

Sinônimo: Leucograma, Eritrograma;Série vermelha + Série branca + Plaquetas.


Código: Hemo.
Preparo do paciente/amostra: Jejum de 4 horas ou conforme orientação medica.
Material: Sangue total
Método: Automatizado, e em casos de alterações confirma-se com leitura de lâmina de
extensão sanguínea (esfregaço sanguíneo corado com Leishman)

Técnica

• Ligar o aparelho.
• Separar uma grade para o aparelho e nela inserir o controle (bem homogeneizado)
com o código de barras voltado para cima.
• Colocá-la no equipamento.
• Aguardar a liberação do resultado do controle.
• Após conferir o controle estar dentro dos parâmetros, colocar as amostras de sangue
total uma por vez.
• Aguardar os resultados enviados para o computador.
• Em casos de alterações nos índices hematimétricos realizar esfregaço sanguíneo e
leitura de lâmina para diferenciação da série branca e identificação dos aspectos
da série vermelha.

Reagentes e funções:

LEO I Lyse: Diferencial leucograma: quebra os glóbulos vermelhos e mantém a


integridade de glóbulos brancos.
LEO II Lyse: Diferencial leucograma: corar eosinófilos para a diferenciação com
neutrófilos.
LH Lyse: Quebrar glóbulos vermelhos, liberar a hemoglobina para a sua determinação
colorimétrica, diferencial leucograma: diminuir o volume de todas as células brancas
exceto basófilo para realizar a sua contagem + contagem global dos glóbulos
brancos.

Valores de referencias

HEMOGRAMA INFANTIL

Valores de Valores de Valores de


referência do referência do referência da
Parâmetro
recém-nascido bebê até 1 ano criança

Eritrócitos (1012/L) 4 a 5,6 4 a 4,7 4,5 a 4,7

Hemoglobina (g/dL) 13,5 a 19,6 11 a 13 11,5 a 14,8

Hematócrito (%) 44 a 62 36 a 44 37 a 44

VCM (fL) 77 a 101 77 a 95

Hemoglobina 28 a 33 30 a 33
corpuscular média
HEMOGRAMA FEMININO

Parâmetros Valores de referência da Valores de referência da


mulher mulher grávida

Eritrócitos (1012/L) 3,9 a 5,03 3,9 a 5,6

Hemoglobina (g/dL) 12 a 16 11,5 a 16

Hematócrito (%) 35 a 45 34 a 47

VCM (fL) 87 a 103

Concentração de 32 a 37
hemoglobina corpuscular
média (g/dL)

Plaquetas (1019/L) 150 a 450

Leucócitos (109/L) 4,5 a 11

Neutrófilos (%) 40 a 80

Eosinófilos (%) 0a5

Basófilos (%) 0a2

Linfócitos (%) 20 a 50

Monócitos (%) 0 a 12
HEMOGRAMA MASCULINO

Parâmetros Valores de referência da mulher

Eritrócitos (1012/L) 4,32 a 5,52

Hemoglobina (g/dL) 13,5 a 18

Hematócrito (%) 40 a 50

VCM (fL) 87 a 103

Concentração de hemoglobina corpuscular 32 a 37


média (g/dL)

Plaquetas (1019/L) 150 a 450

Leucócitos (109/L) 4,5 a 11

Neutrófilos (%) 40 a 80

Eosinófilos (%) 0a5

Basófilos (%) 0a2

Linfócitos (%) 20 a 50

Monócitos (%) 0 a 12
Tipagem Sanguínea

O exame de tipagem sanguínea acontece por meio de uma análise laboratorial, que
analisa os antígenos presentes ou ausentes do sangue.

Aplicamos reagentes dos antígenos nas amostras de sangue; De acordo com a


reação, será possível saber se as hemácias são do tipo A, B, AB e Rh positivo ou
negativo.

Técnica

 Enumerar os mapas de trabalho com os números dos tubos de sangue coletados


com EDTA.
 Para cada paciente enumerar 4 tubos de ensaio, identificando-os com o mesmo
número do tubo primário seguido das letras A,B e D, conforme esquema abaixo:

1° tubo - 1 (diluição)

2° tubo - 1A (teste com Anti-A)

3° tubo - 1B (teste com Anti-B)

4° tubo - 1D (teste com Anti-D)

 No 1° tubo preparar uma diluição do sangue com 0,95 mL para 0,05 mL de


sangue total.
 Dessa diluição, distribuir 50uL nos três tubos restantes.
 Pingar uma gota do soro Anti-A no tubo A, uma gota do soro Anti-B no tubo B, e
uma gota do soro Anti-D no tubo D.

 Centrifugar por 1 minuto a 2.000 pm.


 Realizar e leitura, considerando Positivo a Hemaglutinação e Negativo a ausência
de Hemaglutinação.

Leitura de resultado:

Se o sangue coagular nas três gotas a pessoa tem o tipo sanguíneo AB e fator RH
positivo.

Se o sangue não coagular nas três gotas dizemos que a pessoa é do tipo O e fator RH
negativo.
Tipo A:

Se o sangue coagular com o soro anti-A, a pessoa é A.

Se o sangue não coagular com o soro anti-B, a pessoa também é do tipo A.

Se o sangue coagular com o soro que determina o fator RH (soro incolor) ela é
positiva. Se não coagular, é negativa.

Tipo B:

Se o sangue coagular com o soro anti-B, é B.

Se o sangue não coagular com o anti-A ela também é do tipo B.

Se o sangue coagular com o soro que determina o fator RH (soro incolor), ela é
positiva. Se não coagular, é negativa.

Fator RH positivo ou negativo:

0Rh+: Pessoas com sangue Rh positivo têm antígenos Rh na superfície dos glóbulos
v0ermelhos.

Rh-: Pessoas com sangue Rh negativo não têm antígenos Rh.

Coagulograma

Os testes de coagulação são realizados no equipamento semiautomático no qual


mede a variação no movimento de esferas magnéticas permitindo calcular o tempo da
coagulação do plasma.

Valores de referência:

TAP: 13.0 ----- 15.3 segundos

TTP: 30.0 ----- 43.0 segundos


TAP (Tempo de Atividade da Protrombina)

O tempo de protrombina, consiste na determinação do tempo de coagulação de um


plasma citratado, após a adição de tromboplastina (fator III) e de cálcio, à 37°C. A
adição de um excesso de tromboplastina promoverá a ativação de todo o fator VII
contido na amostra de plasma. O fator VII assim ativado, ativará o fator X, iniciando a
via comum da coagulação. Desta forma, o TAP mede os fatores envolvidos na Via
Extrínseca e na Via Comum.

Procedimento: Centrifugação do tubo com citrato de sódio; Após a incubação deve-se


selecionar a opção TP no aparelho, encaixar a cubeta no local indicado e em seguida
pipetar 50 microlitros do plasma do paciente rapidamente. Anota-se os valores (teste
%, tempo e INR) no mapa de trabalho do paciente e no caderno de controle.

Valores de Referência:

Teste → de 80 a 100%

Tempo → cerca de 13 segundos

INR → cerda de 1,00

TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada)

O tempo de tromboplastina parcial corresponde ao tempo gasto para ocorrer a


coagulação do plasma recalcificado em presença de cefalina. O TTPA estará
aumentado quando o paciente tiver deficiência de fatores da via intrínseca (XII, XI, IX e
VII) e de fatores da via comum (X, V, II e fibrinogênio).

Procedimento: Centrifugação do tubo com citrato de sódio; Programar o equipamento


para TTP; Coloca-se a cubeta no espaço de escolha do equipamento e em seguida, a
esfera magnética; Incubar com 50µl do plasma + 50µl Reagente A (cefalina com ácido
ellágico como ativador particulado) durante 180 segundos; Quando soar o alarme
indicando termino do tempo, coloca-se 50µl do Reativo B (pré-incubado) com a própria
pipeta do equipamento que automaticamente dispara o cronômetro.
Velosidade de Hemossedimentação (VHS)

A VHS é um fenômeno não específico e sua medida é clinicamente útil em desordens


associadas com produção aumentada de proteínas de fase aguda, o que ocorre na
presença de doenças inflamatórias, este exame mede quanto tempo leva para os
glóbulos vermelhos se depositarem no fundo de um recipiente, separados do soro do
sangue.

- O sangue total é colhido em tudo EDTA (roxo)

- Homogeneizar a amostra, fazendo movimento em vortex no mínimo de 8 vezes.

- Aspirar com a pêra o sangue na pipeta de westergreen até a marca 0. Colocar a


pipeta em posição vertical no suporte.

- Deixar em repouso em local sem vibração e faça a leitura da sedimentação do


sangue na primeira e na segunda hora.

- Transcreva estes resultados para o mapa de trabalho.

Os valores normais da Velocidade de Hemossedimentação são diferentes para


homens e mulheres.

Para homens:

• Após uma hora: até 8 mm

• Após duas horas: até 20 mm

Para mulheres:

• Após uma hora: até 10 mm

• Após duas horas: até 25 mm

Coloração de Gram

- Cobrir a lâmina por 1 minuto com Cristal Violeta;

- Lava com água corrente;


- Cobrir a lâmina por 1 minuto com Lugol;

- Lava com água corrente;

- Passa álcool durante alguns segundos;

- Cobrir a lâmina por 30 segundos com Fucsina;

- Lava com água corrente.

Coloração de Ziehl-Neelsen

- Fixar o esfregaço à lamina, com o calor de uma chama

- Cobrir a lâmina com fucsina (reagente 1), aquecendo a lâmina com chama até a
emissão de vapores, não deixando ferver, deixar durante 5 minutos

- Lavar em água corrente

- Descorar com álcool-ácido

- Lavar em água corrente

- Cobrir a lâmina com Azul de metileno (reagente3), durante 3 minutos.

- Lavar em água corrente

- Secar

Espermograma

Fundamenta-se na análise qualito-quantitativa de um plasma seminal, a fim de que se


um caso de esterilidade ocorreu ou não por conta dos espermatozoides existentes. O
material deve ser colhido de preferência no laboratório em frasco estéril. Deve fazer
rigorosamente um preparo de 3 a 4 dias de abstinência sexual.
Procedimento:

-Exame macroscópico: Executa-se esse exame logo após a liquefação do material em


estufa a 37°C durante 1 hora. Anotar o volume e viscosidade com a utilização de
pipeta graduada de vidro, pH através da fita e coloração.

- Exame microscópico: São confeccionados dois esfregaços e um a fresco colocando


uma gota no centro da lamina e cuidadosamente uma lamínula acima.

Verificar o a fresco a motilidade, vitalidade, e contagem global dos espermatozoidesde


células (hemácias, leucócitos, etc) em objetiva de 40x. Após completa secagem dos
esfregaços, para visualizar a morfologia espermática, realizar a coloração pelo método
panótico, o excesso do corante é removido enxaguando-se a lâmina gentilmente em
água destilada, e finalmente se deixa a lâmina secar por completo à temperatura
ambiente antes de realizar a leitura, visualizar em microscópio com objetiva de
imersão. Diluir 0.1 ml de esperma em 3.9 ml de solução diluidora (salina, formol e
corante eosina). Preencher a câmara de newbauer com esta diluição e efetuar a
contagem por ml.

Coleta de sangue

Como proceder quando a coleta é feita com sistema a vácuo:

1. Rosqueie a agulha no adaptador (canhão). Não remova a capa protetora de


plástico da agulha.
2. Ajuste o garrote e escolha a veia.
3. Faça a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% ou
álcool iodado a 1%. Não toque mais no local desinfetado.
4. Remova o protetor plástico da agulha. Faça a punção.
5. Introduza o tubo no suporte, pressionando-o até o limite.
6. Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir no tubo.
7. Separe a agulha do suporte com o auxílio de uma pinça. Descarte a agulha em um
descarpack.
8. Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o
braço estendido, sem dobrá-lo.
5. BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO (NORMAS E ROTINAS)

A Política da Qualidade usada pela Direção do Laboratório de Análises Clínicas


“Dr. Celso Sia Simões”, estão refletidos no comprometimento da missão
proposta de bem servir aos seus clientes, e nos objetivos para a qualidade
listados abaixo:

 Objetivos para a qualidade:


-Prover serviços de qualidade de modo a atender as necessidades e
expectativas de seus clientes.
-Desenvolver um Sistema da Qualidade baseado nas diretrizes contidas nas
boas práticas de Laboratório Clínico, para implantação de um contínuo
processo de melhoramento.
-Definir e implementar um Sistema da Qualidade baseado no total
envolvimento e comprometimento dos funcionários na obtenção de laudos
corretos e confiáveis.
-Fornece a todos os funcionários o treinamento e suporte necessários para
oferecer serviços de qualidade para todos os clientes.

 Organização:
-O ambiente, a temperatura, a luminosidade e ventilação são condizentes para
impedir qualquer interferência no desempenho das atividades em geral e na
confiabilidade analítica, assim como, promover o bem estar de todos os clientes e
funcionários.
-A provisão de insumos, reagentes e serviços é realizada regularmente, através dos
fornecedores qualificados.

Descarte de Material Microbiológico ou Sobras de Amostras de Sangue

Devem ser submetidos à tratamento por autoclavação e após, acondicionados em


sacos plásticos branco leitoso e encaminhados para a coleta de lixo hospitalar.

Descarte de Perfurocortantes
Devem ser acondicionados em recipiente próprio e resistente (Descarpack ®),
respeitando sempre o limite indicado. Após o preenchimento, deve ser lacrada,
rotulada como perfurocortante e encaminhada para a coleta de lixo hospitalar.

Descarte de Esgotos dos Equipamentos Contendo Amostra Biológica

Devem ser tratados com hipoclorito de sódio à 10% e após são descartados na rede
de esgoto.

Minimização de Resíduos e Riscos

• Segregar, evitando a contaminação entre resíduos e de resíduos com o meio


ambiente;
• Uso de equipamentos de proteção individual e coletiva adequado a cada atividade;
• Promover o treinamento e a capacitação dos funcionários do estabelecimento a partir
da conscientização e da maneira correta de estarem exercendo suas atividades;
• Planejar roteiros e horários das atividades do estabelecimento para evitar a
realização simultânea de atividades incompatíveis que possam agravar o risco de
contaminação;
• Identificar através de cores, símbolos e expressões os recipientes e locais que
contenham resíduos;
• Proteger os locais de armazenamento dos RSS a fim de evitar a entrada de vetores e
de pessoas não autorizadas.
• Elaborar e utilizar procedimentos de trabalho que busquem minimizar a ocorrência de
acidentes envolvendo resíduos;
• Realizar auditorias periódicas para verificar se os procedimentos estão sendo
seguidos e se as instalações do estabelecimento estão em condições de segurança
satisfatória;
• Mapear possíveis riscos, por área ou local do estabelecimento, e indicar por meio de
símbolos ou outra forma adequada, de fácil compreensão e acessível a todos no
estabelecimento;
• Buscar a participação de todo o quadro de funcionários na identificação dos riscos e
na geração de ideias de formas de minimizá-los.

Grup Nome do Grupo Tipo de Resíduo


o

GRUPO DE MATERIAIS ALGODÃO, SERINGAS, , PAPEL DE


DESCARTÁVEIS FILTRO , PAPEL HIGIENICO C/ RESÍDUO
A1
CONTAMINADOS COM BIOLÓGICO, LUVAS, TUBOS DE SANGUE,
SANGUE RESÍDUOS DE CULTURA CONTAMINADOS.

ALGODÃO, SERINGAS, ESPÉCULO,


GRUPO DE MATERIAIS ESCOVA CERVICAL, LUVAS, ESPÁTULAS,
DESCARTÁVEIS PAPEL DE FILTRO, ALÇA DE PLATINA,
A4 CONTAMINADOS COM SWAB, PAPEL HIGIENICO C/ RESÍDUO
FEZES, URINA E BIOLÓGICO, COLETOR DE URINA
SECREÇÕES INFANTIL, POTES DE URINA , FEZES E
SEGREÇÕES.

GRUPO DE MATERIAIS ÁGUA + 1% DE HIPOCLORITO + RESIDUOS


QUÍMICOS NÃO BIOLÓGICOS DESCONTAMINADOS
PERIGOSOS
B
GRUPO DE MATERIAIS REATIVOS E REAGENTES USADOS EM
QUÍMICOS PERIGOSOS LABORATÓRIO CLÍNICO

PAPEL LENÇOL, TAMPA PLASTICA DE


AGULHA, PAPEL TOALHA , PAPEL
GRUPO DE MATERIAIS ESCRITÓRIO, COPOS PLÁSTICOS
RECICLAVEL NÃO DESCARTÁVEIS, SACOS PLÁSTICOS EM
CONTAMINADOS GERAL, LATAS ÓLEO E DE ALUMÍNIO,
VIDROS PRODUTOS LAVADOS,
CARTUCHO DE IMPRESSORA E XEROX.

RESTOS DE ALIMENTOS, FOLHAS DE


D JARDIM, PAPEL HIGIENICO DE USO
SANITÁRIO, LENÇOS DE PAPEL,
GUARDANAPOS, PONTAS DE CIGARRO,
GRUPO DE MATERIAIS FRALDAS DESCARTÁVEIS, ABSORVENTES
ORGÂNICOS NÃO- HIGIENICOS, POEIRA DE VARRIÇÃO,
RECICLÁVEIS PAPEL CARBONO, TRAPOS, PORCELANA,
RESTOS DE MADEIRA, PAPEL CELOFANE,
PAPEIS DE BALA, EMBALAGENS
METALIZADAS DE SALGADINHOS E
BISCOITOS, ETC

GRUPO MATERIAIS AGULHAS, SCALP , LÂMINAS, CAPILARES,


E
PERFURO / CORTANTES LAMÍNULAS, VIDROS QUEBRADOS

6. NORMAS LIGADAS AO MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA


O Laboratório LACSS consolidou-se como referência em qualidade de
diagnósticos laboratoriais na região, sempre visando assegurar excelência em todos
os serviços prestados.

 Normas de segurança
- Usar calça comprida de algodão, sapato fechado, óculos de segurança e luvas
apropriadas.
- Trabalhar com jaleco de algodão, longo e abotoado, com mangas compridas.
- Prender os cabelos compridos. Não utilizar brincos e colares grandes, anéis e pulseiras.
- Não comer, beber ou fumar no laboratório. Não colocar alimentos ou bebidas sobre as
bancadas.
- Não fazer brincadeiras e não utilizar equipamentos de som e aparelhos celulares.
- Só utilizar reagentes químicos de frascos devidamente identificados. Leia
corretamente os rótulos.
- Não realizar a "pipetagem" com a boca, para isto, utilize pipetadores adequados.
- Não provar ou engolir reagentes ou soluções do laboratório.
- Não deixar frascos de reagentes abertos. Tenha a certeza de que os fechou
corretamente.
- Evitar qualquer contato dos reagentes com a pele. Caso ocorra, lave imediatamente o
local com água corrente (torneira) e avise ao supervisor.
- Solicitar limpeza imediata de qualquer derramamento de produtos químicos.
- Evite desperdício de reagentes, soluções e água. Após o experimento, o descarte deve
ser realizado conforme orientação do supervisor.
- Não trabalhar com materiais defeituosos, principalmente os de vidro.
- Não trabalhar com materiais defeituosos, principalmente os de vidro.
- Os vidros quebrados devem ser descartados no descarpack.
- Consultar o supervisor quando tiver dúvidas e avisá-lo de qualquer acidente que
ocorra, por menor que pareça.
- Lavar bem as mãos e antebraços ao deixar o laboratório.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio no laboratório de Análises Clínicas “Dr. Celso Sia Simões”, propiciou-me a


solidificação teoria-prática dos conhecimentos necessários à minha formação
profissional, onde a prática e a teoria complementaram os conhecimentos obtidos ao
longo do curso.
Tive a sorte desta experiência ser realmente enriquecedora, tendo trabalhado com
uma equipe de profissionais sempre prontos a ensinar-me, fazendo-me querer seguir o
seu exemplo. O contato com outros profissionais e estudantes da área ampliou a visão
sobre a profissão e a importância da mesma.É certo que nem sempre foi perfeito,
houve momentos mais difíceis de gerir. Foram surgindo dúvidas, procedimentos mais
complexos e técnicas que não consegui realizar com tanta facilidade. Apesar de tudo
no decorrer do estágio as inseguranças foram dando lugar à confiança e as
dificuldades foram ultrapassadas pela prática e o estudo.
Durante o percurso, consegui acompanhar a rotina laboratorial desde a coleta da
amostra percebendo a sua importância, todo o processo rigoroso analítico e a
repercussão do controlo de qualidade.
Foi possível interagir com múltiplas sub-áreas em análises clínicas, dentre elas estão
Hematologia, Bioquímica, Parasitologia e Imunologia. Considerando também as
experiências, consegui correlacionar os exames laboratoriais e o quadro clínico do
paciente.

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