Você está na página 1de 4

2017­9­27 UNIP 

­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.

Caro aluno! 
Daremos inicio aos estudos da disciplina de Coleta de Material Biológico do curso
de Biomedicina.´ 
Lembrendo que os  itens  apresentados  são  complementos  de  estudo da disciplina
dada em sala de aula.

A disciplina de Coleta de Materiais Biológicos, atualiza e desenvolve as habilidades
dos  alunos,  além  de  ensinar  importância  de  uma  amostra  bem  coletada  para  o
paciente,  a  empresa  e  o  diagnóstico.  Esta  disciplina  tem  como  fundamental
importancia as bases das disciplinas de Biossegurança e Gestão Laboratorial, pois
estas  tres  disciplinas  (  Biossegurança,  Coleta  de  Material  Biologico  e  Gestão
Laboratorial)  tem  como  importancia    os  programas  de  Controle  de  Qualidade
utilizados no laboratório com foco no controle da precisão e acurácia dos testes. 

OS EXERCICÍOS RELACIONADOS A ESSE TEMA ESTÃO AGRUPADAS NO ITEM 22 ­
QUESTÃO DE ESTUDOS!

Bom Estudo!

O  processo  de  realização  de  exames  laboratoriais  tem  início  com  o  médico
solicitante,  quando  preenche  um  pedido  médico  para  realização  de  exames
laboratoriais e termina quando este profissional recebe e interpreta os resultados
obtidos.  Entre  estes  dois  pontos,  o  laboratório  deve  realizar  o  cadastro  do
paciente  e  dos  exames  solicitados,  a  coleta  de  amostras,  o  transporte  até  o
laboratório,  o  preparo  das  amostras,  a  realização  dos  testes,  a  análise  dos
resultados obtidos, a liberação dos resultados, a entrega dos laudos e o auxílio na
interpretação  dos  resultados.  Este  processo  pode  ser  dividido  em  3  principais
fases:   
FASE PRÉ ­ ANALÍTICA  
•  Solicitação Médica  
 •  Cadastro dos dados do paciente e dos exames no sistema informatizado  
 •  Identificação dos pré­requisitos necessários para realização dos testes   
•  Identificação das medicações em uso   
•  Coleta dos materiais necessários  
 •  Identificação das amostras   
•  Armazenamento das amostras para transporte  
 •  Encaminhamento das amostras ao laboratório   
•  Preparo das amostras para análise    
FASE ANALÍTICA   
•  Calibração dos equipamentos  
•  Manutenção preventiva dos equipamentos  
•  Preparo dos reagentes necessários   
•  Realização dos exames    
FASE PÓS ­ ANALÍTICA   
•    Análise  dos  resultados  obtidos  (incluindo  a  análise  da  evolução  dos  resultados
do paciente)   
•  Liberação dos resultados   
 •  Entrega dos laudos  
 •  Auxílio na interpretação dos resultados  

https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/4
2017­9­27 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.

 Preparo e/ou triagem da amostra para análise.   
 Erros Pré­analíticos  
Erros pré­analíticos são os erros cometidos no período anterior a análise da
amostra, os quais podem influenciar a qualidade dos resultados finais medidos e
comprometer o diagnóstico e tratamento do paciente.  
Procedimentos Básicos para Minimizar Ocorrências de Erro Segundo SBPC 2010) o
coletador deve se assegurar de que a amostra será colhida do paciente
especificado na requisição de exames.  
* Para pacientes adultos e conscientes  
• Pedir que forneça nome completo, número da identidade, ou data de
nascimento.  
• Comparar estas informações com as constantes na requisição de exames.  
* Para pacientes internados  
• Em geral, os hospitais disponibilizam etiquetas pré­impressas com os dados de
identificação necessários. Mesmo assim, o coltador deve verificar a identificação
no bracelete ou a identificação postada na entrada do quarto, quando disponível.

O  número  do  leito  nunca  deve  ser  utilizado  como  critério  de  identificação.  Em
unidades fechadas, como Centro de Terapia Intensiva ou Unidades Intermediárias,
o  coletador  deve,  em  caso  de  dúvidas  na  identificação,  buscar  ajuda  dos
profissionais daquele setor com o propósito de assegurar a adequada identificação
do paciente.  
• Relatar ao supervisor do laboratório qualquer discrepância de informação.  
* Para pacientes muito jovens ou com algum tipo de dificuldade de comunicação  
•  O  coletador  deve  valer­se  de  informações  de  algum  acompanhante  ou  da
enfermagem.  
•  Pacientes  atendidos  no  pronto­socorro  ou  em  salas  de  emergência  podem  ser
identificados  pelo  seu  nome  e  número  de  entrada  no  cadastro  da  unidade  de
emergência.   
É  indispensável  que  a  identificação  possa  ser  rastreada  a  qualquer  instante  do
processo.  O  material  colhido  deve  ser  identificado  na  presença  do  paciente.  Nos
sistemas  manuais,  isto  pode  ser  feito  pela  colocação,  nos  tubos  de  coleta,  de
etiquetas  com  o  nome  do  paciente,  a  data  da  coleta  e  o  número  sequencial  de
atendimento.  Este  número  deve  constar  em  todos  os  documentos,  amostras,
mapas de trabalho, relatórios e laudo final. 
Em  geral,  os  hospitais  disponibilizam  etiquetas  pré­impressas  com  os  dados  de
identificação necessários. Mesmo assim, o coletador deve verificar a identificação
no bracelete ou a identificação postada na entrada do quarto, quando disponível.
O  número  do  leito  nunca  deve  ser  utilizado  como  critério  de  identificação.  Em
unidades fechadas, como Centro de Terapia Intensiva ou Unidades Intermediárias,
o  coletador  deve,  em  caso  de  dúvidas  na  identificação,  buscar  ajuda  dos
profissionais daquele setor com o propósito de assegurar a adequada identificação
do paciente.

• Relatar ao supervisor do laboratório qualquer discrepância de informação.

•  O  coletador  deve  valer­se  de  informações  de  algum  acompanhante  ou  da


enfermagem. 
Variáveis Pré­analíticas  
São  variáveis  que  podem  alterar  os  valores  basais/normais  dos  indivíduos,  são
elas:  
 Cronobiológica;   
Gênero;   
Idade;   
Posição do cliente no momento da coleta;  
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/4
2017­9­27 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.

 Atividade física;   
Altitude (local geográfica);  
 Trauma ou dor;  
 Hipertermia;   
Estado emocional;   
Jejum prolongado;   
Garroteamento prolongado. 

Tipos de amostras sanguíneas   
? Soro  
É a parte líquida do sangue obtido quando coletado em TUBO SEM ADITIVO +
CENTRIFUGAÇÃO.  
? Plasma  
É a parte líquida do sangue obtido quando coletado em TUBO COM
ANTICOAGULANTE + CENTRIFUGAÇÃO.   
? Sangue Total  
Neste estado o sangue permanece nas suas características próximas a
normalidade, obtido quando coletado em TUBO COM ANTICOAGULANTE, não sofre
o processo de centrifugação.

Fontes para obtenção da amostra  
As amostras sanguíneas podem ser obtidas de diversos locais em nosso corpo,
dentre estes locais vale ressaltar:  
Venosa;  
 Arterial;   
Capilar;   
Cateter; 

Punção Venosa  
 Definição  
É um método invasivo, onde a rede venosa é acessada para infusão de fármacos
e/ou soluções, assim como a coleta de sangue para exames laboratoriais.  
 Técnicas para visualização da veia  
 Pedir para o cliente abaixar o braço e fazer movimentos de abrir e fechar a mão.
   
Massagear delicadamente o braço do paciente (do punho para o cotovelo).    
Fixação da veia com os dedos nos casos de flacidez.    
Aplicação de calor local com o auxílio de uma bolsa de água quente.   
• Observação de veias calibrosas.   
Palpação: realizada com o dedo indicador do coletador. Não utilizar o dedo polegar
devido à baixa sensibilidade da percepção da pulsação. Esse procedimento auxilia
na distinção entre veias e artérias pela presença de pulsação, devido à maior
elasticidade e à maior espessura das paredes dos vasos arteriais.  

Transiluminação: procedimento pelo qual o coletador utiliza uma ou duas fontes
primárias de luz: a primeira, de alta intensidade; a segunda usa LED. O
equipamento transiluminador cutâneo é de grande auxílio à localização de veias,
por meio de feixes de luz emitidos no interior do tecido subcutâneo do paciente. O
usuário deve fixar o garrote da maneira usual, deslizando o transiluminador pela
pele, sempre aderindo a superfície para não haver dispersão de luz. As veias serão
vistas como linhas escuras. Uma vez definido qual o melhor local para punção, o
transiluminador é fixado na região escolhida, cuidando­se para que não atrapalhe
o fluxo sanguíneo. Há introdução da agulha, completando o procedimento como
de costume. O transiluminador é particularmente útil em: neonatos, pacientes  

https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/4
2017­9­27 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.

pediátricos, pacientes idosos, pacientes obesos, pacientes com hipotensão, cuja
localização das veias é difícil. 

Aplicação do garrote/torniquete   
 Posicioná­lo a cerca de 8 cm ou 4 dedos acima do local da punção;  

Não deve ser utilizado por mais de 1 minuto;  

Não apertar intensamente, o pulso deve permanecer palpável;  

Caso o cliente seja alérgico ao látex, não utilizar este material para
garroteamento.

.  Referências Bibliográficas: 
1.    Comitê de Coleta de Sangue da SBPC/ML e BD Diagnostics –
PreanalyticalSistems. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica
/ ML para Coleta de Sangue Venoso. 1ª ed., São Paulo, 2005. 
2.    Medeiros, Eduardo Alexandrino S.; Wey, Sérgio B.; Guerra, Carla M.
Diretrizes para a Prevenção e o Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à
Saúde. São Paulo: Comissão de Epidemiologia Hospitalar, Hospital São Paulo,
Universidade Federal de São Paulo; 2005. 
3.    Smeltzer, S. C.; Bare, B. G..Brunner&Studdarth ­ Tratado de Enfermagem
Médico­ Cirúrgica. 10ª edição, Editora Guanabara Koogan. 
4.    Centro de Medicina Diagnóstica Fleury. Manual de Exames. São Paulo: Fleury;
2003. 
5.    Resolução da Diretoria Colegiada n° 343, de 13 de dezembro de 2002.
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. 
6.    Miller, J. Michael. A guide to specimen management in clinical microbiology.
2ª edição, Washington: American Society Microbiology; 1999. 
7.    Brasil. Agência Nacional de Vigilância sanitária, Microbiologia Clínica para o
Controle de infecção relacionada à Assistência à Saúde. Módulo 8: Detecção e
identificação de fungos de importância médica/ Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. ­ Brasília: Anvisa, 2013 
8.    Diagnóstico Laboratorial das Micoses Humanas. RossanaSetti 2005 (fonte
multimídia). 
9.    Araujo, Maria Rita E.Hemocultura: recomendações de coleta, processamento
e interpretação dos resultados. J Infect Control 2012; 1 (1): 08­19.

https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/4

Você também pode gostar