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Enfermagem
Módulo IV
ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA
Estaleca 1
Triagem na emergência
Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou
Hospitais
Ambulância Motolância
Esquema esquelético
Breve revisão anatômica
Sistema muscular
Breve revisão anatômica
Quadrante abdominal:
–Os músculos, além de contribuírem para a forma externa,
representam a parte ativa do aparelho locomotor, fazendo a
ligação do sistema nervoso com os ossos.
Breve revisão anatômica
A pele é o maior órgão do corpo.
É formada por três camadas: epiderme, derme e
hipoderme, da mais externa para a mais profunda,
respectivamente.
Febre
A febre é definida pela elevação da temperatura corporal
acima da variação fisiológica circadiana. A temperatura oral
varia de 37,2 oC (±0,4 oC) pela manhã a 37,7 oC (±0,4 oC) à tarde.
A temperatura axilar, em geral, é 0,5 oC inferior aos valores
acima. Portanto, uma elevação da temperatura axilar acima de
37,7 oC pode ser considerada patológica.
Febre é um sintoma muito comum na unidade de primeiro
atendimento, que deve ser avaliado dentro de um leque de
diagnósticos diferenciais.
A doença decorrente de febre pode ser autolimitada ou incutir
risco à vida ou morbidade incluindo a internação em unidade
de terapia intensiva ou internação prolongada.
Febre
Conforme López e Laurentys (2004) a maioria dos episódios de febre
está relacionado às infecções e destas, a maior parte é representada
pelas infecções virais. Os fatores de risco na investigação da febre
são:
– Retorno de viagem para zona endêmica de malária ou de doenças infecciosas;
– Infecção prévia pelo vírus HIV;
– Transplante de órgão;
– Quimioterapia ou radioterapia prévia nas últimas seis semanas;
– Esplenectomia;
– Uso de corticosteroides, drogas imunossupressoras, alcoolismo ou uso de
drogas ilícitas intravenosas;
– Neoplasia, cardiopatia ou pneumopatia com comprometimento funcional,
insuficiência renal e diabetes mellitus;
– Uso recente de antibióticos;
– Tremores, icterícia, vômitos, rash cutâneo, alteração do estado mental e sinais
neurológicos focais novos.
Febre
O controle de temperatura é regulado pelo
hipotálamo, a vasoconstrição produz sensação
de frio nas mãos e nos pés, há desvio do fluxo
sanguíneo para os órgãos internos que elevam
a temperatura em 1 a 2 graus.
Uma vez que a temperatura alvo é atingida, o
hipotálamo a mantém no estado febril, e
quando o limiar térmico volta ao normal, há
perda de calor por vasodilatação, sudorese e
transpiração
Febre
Do ponto de vista bioquímico, a febre é resultado
da secreção de citocinas pirogênicas (TNF-alfa,
Interleucinas -1 e -6).
Outras condições em que há ativação da resposta
inflamatória, como trauma e doenças inflamatórias,
também induzem a secreção de citocinas, que
induzem o hipotálamo a elevar o “set point” da
temperatura.
As citocinas estimulam e síntese de prostaglandina
E2 (PGE2) pelas células endoteliais, macrófagos e
nos neurônios.
Hematúria
Hematúria é a eliminação de hemácias na
urina.
Pode ser macroscópica quando vista a olho
nu ou microscópica quando só é percebida ao
exame microscópico do sedimento urinário
(urina tipo I).
Nas diferentes faixas etárias, as etiologias de
hematúria variam em natureza e prevalência.
Hematúria
Hematúria alta ou glomerular:
–É lesão da arquitetura dos capilares glomerulares, que
leva à hiperfiltração de hemácias que se deformam ao
passar pela parede dos vasos, dando origem a um
sedimento urinário com dimorfismo eritrocitário e
cilindros hemáticos.
Hematúria baixa ou não glomerular:
–É observada quando as hemácias do sedimento
urinário provêm de via urinária, não havendo
distorção da sua forma. Não há dimorfismo nem
cilindros hemáticos.
Dor Lombar
A dor lombar promove morbidade e
incapacidade, estando entre os distúrbios
dolorosos que acometem o homem, com
incidência apenas menor que a cefaleia. Para
o diagnóstico da dor lombar, a história tem
um caráter fundamental.
Dor Lombar
Os seguintes itens da anamnese devem ser
questionados:
–Na hérnia discal e nas lombalgias inflamatórias: a dor pode
ocorrer pela manhã;
–Na estenose degenerativa do canal vertebral: a dor piora no
decorrer do dia;
–No osteoma osteoide: a dor piora no final da tarde, após a
jornada de trabalho;
–Na lombalgia mecânico-degenerativa: a dor piora no final da
tarde, após a jornada de trabalho;
–Nas espondiloartropatias: a dor é material, melhorando ao
longo do dia.
Dor Lombar
Exame físico:
–Durante o exame físico, são observados:
–Flexão e extensão da coluna lombar;
–Manobra de Valsava;
–Manobra de Lasègue;
–Manobra de Romberg;
–Sinal das Pontas;
–Pesquisa de Reflexos;
–Pesquisa de força muscular nos membros inferiores;
–Sinais relacionados à dor lombar de causa psicossomática.
Dor Lombar
O diagnóstico diferenciado, observando-se os
sinais de alerta de afecções graves, ocorre diante
dos seguintes casos:
–Tumor maligno ou infecção;
–Fratura;
–Síndrome da cauda equina;
–Úlcera péptica perfurada;
–Pancreatite;
–Colite e Proctite;
–Distúrbio Gênito-urinário;
–Problemas na aorta.
Dor Lombar
Devem ser observados os seguintes exames
complementares:
–Radiologia simples;
–Tomografia computadorizada;
–Ressonância magnética;
–Mielografia dinâmica;
–Mielotomografia computadorizada;
–Discografia;
–Cintilografia óssea;
–Eletroneuromiografia.
Tratamento da dor lombar e
mecanismo postural
Recomendam-se:
–Analgésicos comuns (não narcóticos);
–Anti-inflamatórios não hormonais (AINH);
–Relaxantes musculares;
–Analgésicos narcóticos;
–Corticosteroides;
–Infiltração de corticosteroide no espaço peridural;
–Infiltração de corticosteroide perirradicular
(foraminal).
Tratamento da dor lombar e
mecanismo postural
Cirurgia:
–O tratamento cirúrgico é realizado com base no
diagnóstico clínico e nos exames por imagens. Cada
vez mais, tal procedimento é indicado com menor
frequência, e a única indicação emergencial
corresponde à Síndrome da Compressão da cauda
equina.
Dor Abdominal
A dor abdominal aguda é comumente
definida como dor com menos de uma
semana de duração. Já o termo “abdome
agudo” se refere a um distúrbio agudo,
súbito, espontâneo, cuja principal
manifestação é a dor abdominal e que
frequentemente necessita de uma cirurgia de
urgência.
Dor Abdominal
Devemos ter em mente que, nesses casos, mais
importante que um diagnóstico apurado é a
conduta correta, que deve ser rapidamente
estabelecida com o tratamento dos desequilíbrios
hemodinâmicos e hidroeletrolíticos e a cirurgia
imediata.
Olhos de guaxinim.
Sinal de Batle.
Lesão cerebral
Concussão:
– Não se associa qualquer lesão identificável ao exame. O paciente apresenta
perda temporária da consciência ou da memória, cefaleia, náuseas e
vômitos. O paciente deverá ficar em observação até cessar a sintomatologia.
Contusão:
– Há ferimento do tecido nervoso e manifestam-se mais distúrbios da função
cerebral do que na concussão, porque existe edema. Pode haver alteração
prolongada do estado de consciência, irritabilidade, desorientação, vômitos,
mudanças dos sinais vitais (bradicardia, bradipneia, hipertensão), que
tendem a ser progressivos.
Hemorragias:
– Os hematomas são as lesões mais graves, podendo ser epidural (acima da
dura), subdural (abaixo da dura-máter) ou intracerebral (dentro do cérebro).
Os sintomas, muitas vezes, demoram a aparecer, até que o hematoma
esteja grande o bastante para causar distorção do cérebro ou aumento da
PIC (Pressão Intracraniana).
Lesão cerebral
Hematoma epidural:
–Coleção de sangue entre a dura-máter e o crânio.
Sua causa mais comum é o trauma direto de baixa
velocidade no osso temporal (pouco espesso)
resultando na lesão de artéria meníngea média. Os
sintomas são a perda da consciência, seguida de
lucidez, seguindo novamente a perda progressiva da
consciência e diminuição da força muscular do lado
oposto. A medida que o hematoma expande, a
pupila se torna dilatada e deixa de responder à luz.
Lesão cerebral
Hematoma subdural:
–Coleção de sangue entre a dura-máter e a aracnoide.
Geralmente resulta de uma lesão venosa durante um
impacto violento na cabeça, déficits neurológicos focais
podem aparecer imediatamente após o trauma ou
podem demorar dias ou até meses para se apresentar.
–Os sinais e sintomas mais comuns são: cefaleia,
irritabilidade, vômitos, alterações do nível de
consciência, assimetria de pupilas (anisocoria) e
alterações sensitivas e motoras, como distúrbios visuais,
alteração de personalidade e dificuldade de fala.
Lesão cerebral
Hematomas cerebrais:
–Podem ocorrer em qualquer localização, mas são
mais frequentes nos lobos temporais e frontais. O
déficit neurológico depende da área cerebral que foi
afetada e do tamanho da hemorragia.
Lesão penetrante
A lesão penetrante é causado pela penetração do corpo
estranho que não deve ser removido do local. A retirado
do objeto somente poderá ser realizada por profissionais
especializados, em centro cirúrgico. O corpo estranho
deve ser fixado para que ele não produza lesões
secundários ao transporte.
Para a avaliação do TCE, deve-se observar:
– História;
– Avaliação inicial: permeabilidade das vias áreas, circulação;
– Avaliação neurológica (nível de consciência – escala de coma de
Glasgow);
– Avaliação das pupilas.
Lesão penetrante
Escala de coma de Glasgow:
–É um dos parâmetros mais importantes para se
avaliar a evolução de um TCE. Por isso, esta
avaliação deve ser feita em intervalos regulares.
–Esta escala é universal e permite uma visão do nível
de resposta do paciente a partir de três reações
diferentes.
Lesão penetrante
Escala de coma de Glasgow
Lesão penetrante
Escala de coma de Glasgow 1
Lesão penetrante
Escala de coma de Glasgow 2
Lesão penetrante
Escala de coma de Glasgow 3:
–TCE grave: escala de coma menor ou igual a 8;
–TCE moderado: escala de coma entre 9 e 12;
–TCE leve: escala de coma entre 13 e 15.
Lesão penetrante
A assistência de enfermagem em casos de
TCE, o atendimento inicial deve ser
direcionado à prevenção de hipóxia,
manutenção do metabolismo cerebral e
prevenção e controle da pressão
intracraniana.
Lesão penetrante
Deve-se observar:
– Estabelecer via aérea e mantê-la pérvia (controle de coluna cervical);
– Administrar O2 sob cateter S/N;
– Monitorar Sinais vitais;
– Avaliar nível de consciência;
– Puncionar acesso venoso;
– Avaliar tamanhos das pupilas e resposta a luz;
– Proteger ferimentos;
– Manter o paciente calmo e descrever todo o procedimento que irá fazer;
– Realizar sondagem nasogástrica;
– Realizar sondagem vesical monitorando o débito urinário;
– Encaminhar o paciente para exames radiológicos e
eletroencefalográficos;
– Administrar medicações prescritas.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
Diz-se da lesão traumática da raqui (coluna) e medula
espinal, resultando em algum grau de
comprometimento temporário ou permanente das
funções neurológicas. Pode ocorrer uma lesão total, ou
seja, uma ruptura da medula (sintomas irreversíveis),
ou compressão (sintomas regridem com o tratamento),
ambas podendo levar ao choque neurogênico.
A hiperextensão, movimentos bruscos como uma
freada repentina de um carro ou pancadas muito
fortes, como mergulho em águas rasas, perfurações por
arma de fogo, podem causar uma lesão medular.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
As manifestações do TRM dependem do nível
de sua localização, pois comprometem a
inervação do corpo abaixo do nível de sua
localização. Se a lesão na medula cervical for
alta, o comprometimento motor pode levar à
parada respiratória pela paralisia dos
músculos.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
Hiperestensão
Traumatismo Raquemedular (TRM)
As vértebras mais frequentes envolvidas são a 5°,
6° e 7° do pescoço (C5-C7), a 12° vértebra
torácica (T12) e a 1° lombar (L1). Essas vértebras
são mais vulneráveis porque há maior
mobilidade da coluna vertebral nessas áreas.
Classificação da obstrução:
Total Parcial
Não tosse Tosse
Não respira Respira
Movimentos paradoxais Ruídos
Fala
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho
(Ovace)
Sinais e sintomas:
–Tosse ou tentativa de tossir;
–Respiração ruidosa;
–Dificuldade respiratória;
–Movimentos respiratórios ineficazes;
–Aflição;
–Não conseguir falar;
–Engasgado – sinal clássico.
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho
(Ovace)
Na desobstrução, pode ser utilizada a
manobra de Heimlich, que consiste na
realização de uma série de compressões em
nível da parte superior do abdômen, mais
precisamente abaixo do esterno.
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace)
Manobra de Heimlich.
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace)