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Técnico em

Enfermagem
Módulo IV
ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA
Triagem na Unidade de Primeiro
Atendimento (UPA) ou Hospitais
 A triagem foi introduzida nos hospitais, particularmente em
unidades de emergência, meados de 1950 e 1960.

 Em Hospitais americanos, esse processo é realizado por


enfermeiros, que, além de selecionarem os pacientes por
prioridade, têm autonomia para solicitar exames e administrar
medicamentos previamente estabelecidos em protocolos
institucionais.

 No Brasil, o enfermeiro é o profissional preparado para exercer a


função de “triador”, reconhecida e respaldada pela Lei do Exercício
Profissional, cabendo-lhe tanto a “consulta de enfermagem quanto
a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de
saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde”
(Brasil,2001).
Triagem na Unidade de Primeiro
Atendimento (UPA) ou Hospitais
 Cabe o enfermeiro embasado em dados clínicos, dispor de
informações objetivas e subjetivas e experiência, além de avaliar
qual paciente necessita de atendimento imediato e qual pode
esperar.

 É muito comum o profissional encontrar dificuldades para fazer sua


avaliação e tomar a decisão mais correta ou pertinente.

 Para amenizar dúvidas e incertezas, o serviço de triagem dos


hospitais desenvolveu protocolos de atendimento multiprofissional
que permitem auxiliar o enfermeiro na tomada de decisão e, assim
aumentar a precisão de triagem.
A Triagem numa Emergência segue
algumas Premissas Importantes
• Identificar os pacientes que necessitam de cuidados imediatos;

• Encaminhar adequadamente os pacientes ao médico, de acordo


com a especialidade, tendo por base os protocolos estabelecidos;

• Escolher o local adequado para que o paciente seja acomodado e


avaliador pelo médico, no caso de o atendimento ser priorizados;

• Fornecer informações e orientações aos pacientes e seus familiares


na tentativa de amenizar ansiedades decorrentes da procura por
unidades de primeiro atendimento, muitas vezes associadas ao
estresse
Perfil desejado para o enfermeiro
de triagem
• Conhecimento técnico-científico;
• Desejável: Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (da sigla em
inglês ACLS), Suporte Avançado em Vida em Pediatria (da sigla em
inglês PALS), Suporte Avançado de Vida em Trauma (da sigla em
inglês ATLS);
• Experiência em unidade de emergência;
• Comunicação e relacionamento interpessoal adequados;
• Habilidades no uso do processo de enfermagem;
• Flexibilidade/adaptabilidade;
• Tomada de decisão/segurança;
• Raciocínio clínico.
Estrutura Disponível

 O local da triagem de pacientes que dão entrada em UPAS e


Hospitais de emergência está localizado na entrada principal do
Hospital, espaço no qual o paciente recebe uma senha de
atendimento fornecida por um assistente administrativo que orienta
quanto aos procedimentos de atendimento.

 Há três tipos de senhas de atendimento: Atendimento normal,


Senha preferencial e Cadastro.
Estrutura Disponível

 Atendimento Normal

 Pacientes que chegam deambulando, ou em cadeira de rodas,


recebem a senha para atendimento normal e são posteriormente
chamados pelo enfermeiro. O tempo médio de uma triagem é de 2
a 3 minutos para um adulto e 3 a 5 minutos para crianças e idosos.
Estrutura Disponível

 Senha Preferencial

 As senhas são entregues pelo assistente administrativo aos pacientes


idosos, gestantes, deficientes físicos e mães com crianças de colo, de
acordo com a Lei n. 10. 048/2.000.

 Caso o paciente chegue à recepção com sinais de gravidade, ferimentos


expostos ou ansiedade exacerbada, o assistente administrativo é
orientado a fornecer uma senha preferencial e avisar o enfermeiro.

 Neste caso, o enfermeiro, ao realizar a triagem, avalia se realmente é


necessário priorizar o caso para ser atendido pelo médico, ou de é
possível acalmar o paciente e encaminhá-lo ao cadastro.
Estrutura Disponível

 Cadastro

 Este tipo de senha é entregue ao paciente em situações de retorno


ortopédico (até 15 dias da consulta); procedimentos com a equipe
de enfermagem, como curativos e troca de sondas; ou medicações
com receita médica anexada.

 Em casos assim, os pacientes não passam pelo processo de triagem.


Instalações e Estrutura Física

 A Triagem na UPA é realizada em duas salas separadas,


permanecendo um enfermeiro 24 horas em cada uma delas. A
chamada da senha é feita dentro de sala de triagem e o paciente se
dirige ao enfermeiro, que se apresenta e inicia o processo de
entrevista.

Sala de triagem do Hospital HIEA Avaliação inicial de enfermagem


na upa – sala de triagem
Instalações e Estrutura Física

 A sala de triagem é composta por um balcão com impressos e


material de apoio, duas cadeiras, uma balança, 1 aparelho de
pressão manual (esfignomanômetro e estetoscópio), 1 aparelho de
glicemia capilar, 1 aparelho multifunção automático com PA não
invasiva e oxímetro (mensuração de saturação de O e FC), 1
termômetro individual do profissional, além de gases, luvas,
máscaras e um telefone para solicitar a vaga do paciente ao local de
destino.
Instalações e Estrutura Física
 A triagem, também chamada de “avaliação inicial, é registrada em
impresso próprio, servindo como guia para as perguntas que devem ser
feitas e, assim, adquirir informações para o enfermeiro tomar as suas
decisões e classificar o nível de atendimentos e especialidades mais
adequados.

 O impresso consta de vinte questões iniciais. As principais, para se chegar


a uma decisão, compreendem: queixa principal e duração; sinais vitais;
antecedentes pessoais e familiares (quando pertinente); medicações de
uso habitual e atual; cirurgias prévias e alegrias.
Instalações e Estrutura Física

 Baseado nas questões do impresso, na inspeção e observação e


num rápido exame físico, além do suporte dos protocolos, o
enfermeiro é capaz de tomar a decisão e classificar o paciente de
acordo com a gravidade e especialidade que deverá avaliá-lo.

 O processo para a tomada de decisão do enfermeiro deve seguir


alguns critérios, conforme descrito a seguir:
Instalações e Estrutura Física

• Durante a descrição da queixa do paciente, o enfermeiro deve


utilizar o raciocínio clínico para registrar e tomar a decisão com
segurança.
• Caso o paciente seja um mau informante, o enfermeiro deve
tentar aprofundar a sua entrevista, em busca de uma história
mais detalhada, considerando os dados subjetivos, a localização
do problema, irradiação, intensidade, história pregressa dos
sintomas e, também, dados objetivos, ou seja, observação da
aparência física (coloração da pele, como cianose ou palidez,
sudorese, etc.).
Instalações e Estrutura Física

• Avaliação de sinais vitais e conhecimento de suas alterações


relacionadas com a queixa do paciente.

• Avaliação e associação com outros aspectos, como: uso de


medicamentos, problemas de saúde pregressos, antecedentes
cirúrgicos (destacando os
mais recentes), alegrias,
vacinação (destacando o
tétano para adultos com
ferimento e vacinas da
infância para todas as
crianças).
Instalações e Estrutura Física

 Desta forma, a triagem da UPA-Hospitais é realizada com o principal


objetivo de classificar o paciente quanto à urgência, à especialidade
médica que irá atendê-lo e ao local apropriado para este
atendimento.

 A maioria dos serviços utiliza três categorias de tomada de decisão


nas triagens: emergência (vermelha), urgência (amarela e não
urgência (verde), mais alguns serviços utilizam um sistema de
classificação de cinco níveis, também empregado na Austrália,
Canadá e Reino Unido, que permite uma avaliação mais confiável e
uma classificação mais detalhada das diversas complexidades.
Instalações e Estrutura Física

Tratamento e tempo
Nível Gravidade Exemplo
de reavaliação
1 Crítico Imediato PCR

2 Instável 5 a 15 minutos Fratura importante

3 Potencial 30 a 60 minutos Dor abdominal

4 Estável 1 a 2 horas Cistite

5 Rotina 4 horas Remoção de sutura

Sistema de gravidade de cinco níveis


Instalações e Estrutura Física

Queixas ou hipóteses
Classificação Gravidade Reavaliação
diagnósticas
Parada cardiorrespiratória,
Nível 1 Alta (risco Contínua insuficiência respiratória grave,
Vermelho de Morte) ferimento por arma de fogo ou arma
branca, politrauma com instabilidade
hemodinâmica, coma.
Dor torácica, fratura de pequena
Nível 2 Urgente A cada 15 extensão, dor intensa associada a
Amarelo Minutos palidez ou a taquicardia, insuficiência
respiratória leve.
Trauma de extremidade, ferimentos de
Nível 3 Estável A cada 30 ou pequena extensão, dor muscular,
Verde l(urgência 60 minutos reação alérgica leve, constipação
intestinal e sintomas de gripe.
Relativa)

Categorias de classificação de tomada de decisão


Sala de atendimento de emergência

 Materiais necessários:

• Fontes de oxigênio e de ar comprimido;


• Fontes de vácuo para aspiração;
• Foco auxiliar;
• Drenos torácicos (diversos tamanhos);
• Prancha rígida longa;
• Colar cervical (diversos tamanhos);
• Materiais esterilizados para procedimentos cirúrgicos de
urgência (luvas, campos e aventais);
• Esfignomanômetro e estetoscópio;
Fontes de oxigênio e de ar comprimido
Fontes de vácuo para aspiração
Foco auxiliar
Drenos torácicos (diversos tamanhos)
Prancha rígida longa
Sala de atendimento de emergência

 Materiais necessários:

• Carro de emergência com monitor cardíaco, oxímetro de pulso,


desfibrilador (cardioversor), sondas de aspiração, sondas
vesicais e gástricas de diversos tamanhos, jelcos e escalpes de
diversos calibres, lâminas de bisturi e fios de sutura. Além de
gavetas para medicações específicas de emergência;
• Cânula de Guedel e pinça de Magill;
• Reanimador (Ambul), lâminas curvas e retas de diversos
tamanhos e laringoscópio para intubação traqueal;
• Materiais para proteção individual, como luvas gorros e
máscaras descartáveis.
Apresentação sobre Enfermagem

 Alguns conceitos básicos devem ser observados em enfermagem


em emergência, tais como os descritos a seguir:

• Emergência:
• Uma situação de emergência é aquela caracterizada como: de
gravidade excepcional, que obriga a tomar providencias;
acontecimento inesperado; incidente; ato de emergir;
aparecimento; nascimento; surgimento; ocorrência perigosa;
situação crítica ou necessidade imediata.
Apresentação sobre Enfermagem

• Atendimento de emergência:
• Denomina-se atendimento de emergência o conjunto de ações
empregadas para a recuperação de pacientes, cujos agravos à
saúde necessitam de assistência imediata, por apresentarem
risco de vida, uma vez que põem em risco determinadas funções
vitais que, com o passar do tempo, diminuem sua chance de
eventual recuperação.
Apresentação sobre Enfermagem

• Urgência:
• A urgência se caracteriza enquanto pressa, rapidez, brevidade
ou necessidade imediata. O atendimento de urgência são ações
destinadas à recuperação dos pacientes em condições agudas,
mas não há perigo iminente de falência de quaisquer de suas
funções vitais.

• As condições urgentes são graves, mas geralmente não


perigosas, se o suporte médico e o tratamento tiverem uma
pequena demora. O tratamento deve ter início num período
entre 20 minutos e 2 horas.
Apresentação sobre Enfermagem

• Pronto atendimento:
• São os estabelecimentos de saúde que prestam assistência a
doentes, com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde
necessitam de atendimento imediato, mas que funciona durante
24h e dispõe de leitos de observação.

• Todos os pacientes que procuram atenção médica devem ser


atendidos. No entanto, a função de pronto-socorro é priorizar o
atendimento de urgência e emergência.
Apresentação sobre Enfermagem

• Omissão de socorro:
• A prestação de socorro, além de um dever moral, é um dever
legal, e a sua recusa constitui crime de omissão de socorro,
previsto no artigo 135 do código penal brasileiro.

Deixar de prestar assistência, quando possível, fazê-lo sem


risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave ou
eminente perigo; ou não pedir nesses casos, o socorro da
autoridade pública: Pena – Detenção, de 1 (um) a 6 (seis)
meses, ou multa. Parágrafo único – A pena é aumentada da
metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza
grave, e triplicada, se resulta a morte.
Apresentação sobre Enfermagem

• Abandono:
• O artigo 133 do código Penal Brasileiro diz que:

Abandonar pessoa que está sob o seu cuidado, guarda,


vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de
defender-se dos riscos resultantes do abandono. Pena:
Detenção, de seis meses a três anos.
§ 1º. Se do abandono resulta lesão corporal de natureza
grave: Reclusão, se um a cinco anos.
§2º. Se resulta morte: Reclusão, de quatro a doze anos.
Bases Legais para o Exercício da
Enfermagem
 O profissional técnico de enfermagem desenvolve suas atividades
com competência, responsabilidade e qualidade, garantindo uma
assistência livre de danos causados por imperícia, imprudência e
negligência (RESOLUÇÃO 311/07, ART.12).

 Deverá prestar assistência a pacientes graves, porém, sempre com a


supervisão do enfermeiro, o qual deverá garantir uma prática
segura, aliada ao conhecimento científico do qual é portador. Com o
crescimento do polo hospitalar em nosso país, é perceptível a
formação de profissionais cada vez mais habilitado para exercer a
sua função de forma compatível com a demanda hospitalar.
Bases Legais para o Exercício da
Enfermagem
 Para tal, o profissional de enfermagem, baseado em sua legislação
específica, tem como direito:

Art. 1º - Exercer a enfermagem com liberdade,


autonomia e ser tratado segundo os pressupostos
e princípios legais, éticos e dos direitos humanos.
Art. 2º - Aprimorar os seus conhecimentos
técnicos, científicos e culturais que dão
sustentação a sua prática profissional.
Bases Legais para o Exercício da
Enfermagem
 Diante desse sacerdócio que é a profissão de técnico de
enfermagem, temos como responsabilidade e deveres:

Art. 5º - Exercer a profissão com justiça, compromisso,


equidade, resolutividade, dignidade, competência,
responsabilidade, honestidade e lealdade.
Art.12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência
de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia,
negligência ou imprudência.
Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra
danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência
por parte de qualquer membro da equipe de saúde.
Art. 41- Prestar informações, escritas e verbais, completas e
fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da
assistência.
Bases Legais para o Exercício da
Enfermagem
Portaria Assunto
Cria o Programa de Apoio à Implantação dos Sistemas
GM/MS 2923 Estaduais de Referência Hospitalar para atendimento de
urgência e emergência.

Estabelece os critérios para o credenciamento dos hospitais


GM/MS 479
em urgência e emergência nos níveis I, II e III.

Estabelece a criação da Comissão Intra-hospitalar de


GM/MS 905
Transplante.

Aprova o regulamento técnico dos sistemas estaduais de


GM/MS 2048
urgência e emergência.

Exclui o recebimento do Índice de Valorização Hospitalar de


GM/MS 1839 Emergência IVH-E para os hospitais que não cumprirem os
critérios.

Legislação para urgência e emergência


MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA EMERGÊNCIA

• Adrenalina ou Epinefrina: Vasopressora (aumenta a pressão


arterial);
• Suporte hemodinâmico relacionado com a circulação
sanguínea;
• PCR;
• Reação anafilática;
• Crise asmática grave e pouco responsiva as medidas
terapêuticas habituais
Aminofilina: Trata e previne a asma brônquica;

Alivia e previne a dispneia e melhora a função pulmonar;

Previne a asma induzida pelo exercício físico,


Indicada também nos tratamento da bronquite e em casos de
enfisema pulmonar;
Também atua como antiespasmódico, nos casos de cólicas
biliares.
Atua também, como estimulante cardíaco, diurético,
coadjuvante no tratamento de insuficiência cardíaca congestiva e
no edema pulmonar
Atropina: Antídoto contra organofosforado e
carbamato; Serve também para tratar o ritmo cardíaco
lento sintomático; Como nos casos de bradicardia.

• Bicarbonato de sódio: indicado nos casos de


acidose metabólica (o corpo acumula cetonas
no corpo e acaba acidificando o sangue);
Desordens renais; Insuficiência circulatória por
choque; Desidratação e na parada cardíaca
• Cloreto de potássio: KCL: indicado para os casos de
hipocalemia (Diminuição de potássio no sangue);
Manutenção da função renal.
• Diazepam: Indicado nos casos ansiedade, estado
epilético convulsivos; Insônia; Relaxante muscular e
pré anestésico;
• Dopamina: Indicado nos casos de hipotensão,
choque cardiogênico
O Atendimento Pré-hospitalar

 Portaria no 2.048 de 2002 prevê a estruturação dos Sistemas


Estaduais de Urgências e Emergências envolvendo toda a rede
assistencial de forma regionalizada e hierarquizada, desde a rede
pré-hospitalar fixa (unidades da atenção primária da saúde e
unidades não hospitalares de atendimento às urgências e
emergências), Serviço de Atendimento Pré-hospitalar (SVAPH)
móvel, até a rede hospitalar de alta complexidade, mediados pelo
mecanismo de Regulação Médica.
O Atendimento Pré-hospitalar

 O Sistema de Atenção Integral às Urgências compreende:

1) Pré-hospitalar Fixo: Unidades Básicas de Saúde, Unidades de


Saúde da Família e Agentes Comunitários, Ambulatórios
Especializados Serviço de Diagnóstico e Terapia, Serviços de
Atendimento às Urgências não hospitalares (PS, Pronto
Atendimento).
2) Pré-hospitalar Móvel, Sistema de Atenção Integral às Urgências.
3) Hospitalar: Prontos Socorros das unidades hospitalares, Leitos de
internação: gerais terapia intensiva especializados longa
permanência.
4) Pós-hospitalar: Atenção domiciliar (assistência e internação
domiciliar) Reabilitação.
O Atendimento Pré-hospitalar

 Atendimento pré-hospitalar (APH) é o atendimento emergencial em


ambiente extra-hospitalar (fora do hospital). É um dos elos da
cadeia de atendimento a vítimas. Caracteriza-se por ser realizado
fora do ambiente tradicional da atenção à saúde.

 No Brasil, o Atendimento Pré-hospitalar tem suas diretrizes fixadas


pela Portaria ministerial 814/GM de 1° de junho de 2001, que, entre
outras coisas, Normatiza os Serviços de Atendimento Pré-hospitalar
Móvel de Urgências. Nesta portaria também estão contidos todos os
equipamento e profissionais necessários para o bom funcionamento
do serviço de atendimento pré-hospitalar.
O Atendimento Pré-hospitalar

 Ainda de acordo com essa portaria, o Ministério da Saúde considera


como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência o atendimento
que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um
agravo à sua saúde (de natureza traumática ou não, ou, ainda,
psiquiátrica), que possa levar ao sofrimento, sequelas ou mesmo à
morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou
transporte adequado a um serviço de saúde devidamente
hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde.

 Os profissionais necessários são: médico, enfermeiros, técnicos de


enfermagem, telefonistas, condutores, radio-operador, bombeiros
militares e profissionais responsáveis pela segurança.
Técnico em enfermagem em
emergência médica
 O perfil desejado para este profissional é observado a seguir.

• Maior de dezoito anos;


• Disposição pessoal para a atividade;
• Capacidade física e mental para a atividade;
• Equilíbrio emocional e autocontrole;
• Disposição para cumprir ações orientadas;
• Disponibilidade para (re)certificação periódica;
• Experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao
atendimento de urgências e emergências;
• Capacidade de trabalhar em equipe; e,
• Escolaridade: Ensino Médio Completo e curso regular de técnico
de enfermagem.
Os tipos veículos

 As ambulâncias são classificadas por tipo, conforme descrito a


seguir.

 Tipo A – ambulância de transporte: veículo destinado ao transporte


em decúbito horizontal de pacientes que não apresentam risco de
vida, para remoções simples, de caráter eletivo.
Os tipos veículos

 Tipo B – ambulância de suporte básico: veículo destinado ao


transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida
conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco
de vida desconhecido, não classificado com potencial de necessitar
de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o
serviço se destino.
 Quando utilizado no atendimento pré-hospitalar de vítimas e
acidentes, deverá conter todos os materiais e equipamentos
necessários à imobilização de pacientes.
Os tipos veículos

 Tipo C – Ambulância de resgate: veículo de atendimento de


emergências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou
pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos específicos
de imobilização e suporte básico, além de equipamentos de
salvamento (terrestre, aquático e em alturas).
 Essas ambulâncias mistas deverão ter uma configuração que garanta
um salão de atendimento às vítimas de, no mínimo, 8m, além do
compartimento isolado para a guarda de equipamentos de
salvamento.
Os tipos veículos

 Tipo D – Ambulância de suporte avançado: veículo destinado ao


atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergência
pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar, que necessitam
de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos
médicos necessários para esta função.

 Tipo E – Aeronave de transporte médico: aeronave de asa fixa ou


rotativa, utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e
aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de
equipamentos médicos homologados pelo Departamento de
Aviação Civil (DAC).
Os tipos veículos

 Tipo F – Nave de transporte médico: veículo motorizado hidroviário,


destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. Deve possuir os
equipamentos médicos necessários ao atendimento de pacientes,
conforme a sua gravidade.

 Veículos de intervenção rápida: apoio rápido. Também chamados de


veículos leves, veículos rápidos ou veículos de ligação médica. São
indicados para transporte de médicos com equipamentos que
possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas ambulâncias do
Tipo A, B, C.
Os tipos veículos

Ambulância Motolância

Ambulancha Aeronave de transporte médico


Febre

 A febre é definida pela elevação da temperatura corporal acima da


variação fisiológica circadiana.

 A temperatura axilar, em geral, é 0,5 °C inferior aos valores acima.


Portanto, uma elevação da temperatura axilar acima de 37,7 °C
pode ser considerada patológica.

 Febre é um sintoma muito comum na unidade de primeiro


atendimento, que deve ser avaliado dentro de um leque de
diagnósticos diferenciais.
 A doença decorrente de febre pode ser autolimitada ou incutir risco
à vida ou morbidade incluindo a internação em unidade de terapia
intensiva ou internação prolongada.
Febre

 O controle de temperatura é regulado pelo hipotálamo. A


vasoconstrição produz sensação de frio nas mãos e nos pés, há
desvio do fluxo sanguíneo para os órgãos internos que elevam a
temperatura em 1 a 2 °C.

 Uma vez que a temperatura alvo é atingida, o hipotálamo a mantém


no estado febril, e quando o limiar térmico volta ao normal, há
perda de calor por vasodilatação, sudorese e transpiração.
Hematúria

 Hematúria é a eliminação de hemácias na urina.

 Pode ser macroscópica quando vista a olho nu ou microscópica


quando só é percebida ao exame microscópico do sedimento
urinário (urina tipo I).

 Nas diferentes faixas etárias, as etiologias de hematúria variam em


natureza e prevalência.
Dor Lombar

 A dor lombar promove morbidade e incapacidade, estando entre os


distúrbios dolorosos que acometem o homem, com incidência
apenas menor que a cefaleia.
 Para o diagnóstico da dor lombar, a história tem um caráter
fundamental.
Dor Lombar

 Exames complementares:

 Devem ser observados os seguintes exames complementares.


• Radiologia simples;
• Tomografia computadorizada;
• Ressonância magnética;
• Mielografia dinâmica;
• Mielotomografia computadorizada;
• Discografia;
• Cintilografia óssea;
• Eletroneuromiografia.
Tratamento da dor lombar e
mecanismo postural
 Alguns medicamentos podem ser úteis para o tratamento da
lombalgia e lombociatalgia, podendo ser ministrados analgésicos
comuns, anti-inflamatórios não-hormonais, relaxantes musculares e
antidepressivos tricíclicos.

 As drogas devem ser prescritas por médico e utilizadas por curto


período de tempo, com monitoração dos efeitos colaterais.
Tratamento da dor lombar e
mecanismo postural
 Recomendam-se:

• Analgésicos comuns (não narcóticos)- NÃO OPIOIDES


• Anti-inflamatórios não hormonais (AINH)- ASPIRNA
• Relaxantes musculares;
• Analgésicos narcóticos;
• Corticosteroides;
• Infiltração de corticosteroide no espaço peridural;
• Infiltração de corticosteroide perirradicular (foraminal).
Tratamento da dor lombar e
mecanismo postural
 Cirurgia:

 O tratamento cirúrgico é realizado com base no diagnóstico clínico e


nos exames por imagens. Cada vez mais, tal procedimento é
indicado com menor frequência, e a única indicação emergencial
corresponde à Síndrome da Compressão da cauda equina.
Dor Abdominal

 A dor abdominal aguda é comumente definida como dor com


menos de uma semana de duração.
 Já o termo “abdome agudo” se refere a um distúrbio agudo, súbito,
espontâneo, cuja principal manifestação é a dor abdominal e que
frequentemente necessita de uma cirurgia de urgência.
Dor Abdominal

 Fisiopatologia:

 A dor abdominal é classicamente dividida em três categorias:


visceral, parietal é referida. Em geral, a dor visceral (autonômica) e
parietal (somática) são consideradas as duas causas básicas de dor
abdominal.
 A dor referida pode ser considerada separadamente como má
interpretação cortical de um estímulo aferente visceral ou parietal.
Dor Abdominal

 Observação:

 A localização da dor serve como guia ao diagnóstico, porém


devemos lembrar que o quadro clássico ocorre com apenas 2/2 dos
casos.
 A grande variabilidade é dada pelos padrões de dor atípica,
evolução da patologia e o estado imunológico do paciente.
Traumas

 No que diz respeito à avaliação e ao atendimento inicial ao


politraumatizado, o grande objetivo em emergência é identificar
aquelas situações que representam risco imediato à vida.
 O atendimento é multidisciplinar, visando salvar vidas, não
agravar lesões e do restabelecimento das funções comprometidas.

 O protocolo de atendimento a vítimas neste caso foi estabelecido


pelo Colégio Americano de Cirurgiões, e tem como objetivo atender
de forma sistemática e com identificação e acesso rápido as lesões e
tratamento adequado ao paciente politraumatizado.
Traumas

 O politraumatismo é um termo utilizado quando há mais de uma


lesão no corpo. É o resultado de grandes acidentes, casos nos quais
a vítima poderá apresentar lesões de diversos tipos, como: óssea,
musculares dérmica, viscerais, vasculares e lesões em órgãos
internos.

 A avaliação inicial compreende: a) avaliação das vias aéreas +


imobilização da região cervical; b) avaliação respiratória; c)
avaliação circulatória; d) avaliação neurológica (AVDI); e e)
exposição.
Avaliação das vias aéreas com
controle da região cervical
 Nesta manobra, é importante procurar não hiperestender,
hiperfletir ou rodar a cabeça.
 Deve-se suspeitar de trauma cervical em todos os pacientes que
demonstrem rebaixamento do nível de consciência e traumas acima
da clavícula.
 Utiliza-se a manobra de deslocamento anterior da mandíbula (Jaw
Thrust), apoiando-se a mandíbula de cada lado no ângulo. A mesma
é deslocada para a frente, desobstruindo a hipofaringe

Manobra Jaw Thrust


Avaliação das vias aéreas com
controle da região cervical
 A avaliação deve proceder, em primeiro lugar, com a
permeabilidade de vias aéreas, seus sinais de obstrução por
corpos estranhos, sangue, secreções, dentes, próteses, ossos, etc.,
fraturas faciais e fraturas mandibulares.
 Realizam-se manobras para estabelecer a permeabilidade das vias
aéreas, tais como proteção da coluna cervical.
Avaliação respiratória

 Assim como em qualquer atendimento de emergência, a prioridade


é garantir oxigenação para os tecidos do corpo e, principalmente,
para o cérebro.
 É muito importante avaliar o quadro respiratório do paciente, pois
as vias aéreas pérvias somente não garantem ventilação adequada.
Avaliação circulatória –
sangramento e perfusão
 As grandes perdas sanguíneos são umas das causas mais frequentes
de morte em pacientes politraumatizados, pois evoluem com
choque hipovolêmico.
 As hemorragias externas devem ser tratadas com curativos
compressivos, cujo controle deve ser realizado nesta etapa, porque
se o sangramento não for controlado, o potencial de morte
aumenta muito.

 A reposição volêmica deve ser realizada com acesso venoso de


grosso calibre e soluções de cristaloides de 1500 – 2000 ml.

 Os pacientes com hipovolemia podem apresentar alterações de


nível de consciência e alterações de pulso.
• Paciente M.T., 23 anos, motociclista, deu entrada no pronto socorro para
atendimento de urgência e emergência após colidir com um automóvel em via
pública, na velocidade de 80 km/hora. Após realizar exame de raio-x, foram
identificadas quatro fraturas nos seguintes ossos: úmero, zigomático, fíbula e
rádio. Assinale a alternativa que corresponde à região CORRETA de cada osso,
respectivamente.

• A. Face, membro superior, membro inferior e coluna.

• B. Membro superior, face, membro inferior e membro inferior.

• C. Membro superior, face, membro inferior e membro superior.

• D. Membro superior, coluna, membro inferior e membro superior.

• E. Membro inferior, coluna, membro superior e membro superior.


• P.S., 35 anos, ao retornar do trabalho, sofreu um acidente grave que o levou a um
quadro de politraumatismo. Os socorristas foram acionados e, para a estabilização
do paciente, adotaram o protocolo de atendimento recomendado pela ATLS
(Advanced Trauma Life Support). Trata-se de uma metodologia (protocolo ABCDE)
sequencial que auxilia os socorristas a priorizarem as intervenções necessárias para
estabilizar um paciente em situação de trauma. Sobre o uso do protocolo ABCDE na
avaliação primária do trauma, assinale a alternativa correta.

• A. “B” refere-se à avaliação e tratamento da circulação sanguínea.

• B. “A” corresponde à avaliação e manutenção das vias aéreas.

• C. “E” está relacionado à avaliação e correção da respiração.

• D. “C” trata-se da avaliação neurológica para detectar lesões cerebrais ou medulares.

• E.“D” exposição completa do paciente para detectar outras lesões ou condições que
possam afetar o tratamento.
Paciente com suspeita de trauma e indicação de imobilização de coluna
vertebromedular que se encontra em decúbito ventral ou semipronação e que
necessita ser posicionado em prancha longa ou outro dispositivo de transporte,
deverá ser realizado o rolamento em bloco 180°.

A respeito da técnica desse rolamento, é correto afirmar que:

A. O rolamento deve ser realizado em 3 tempos.

B. O comando para as ações de mobilização deve partir do profissional 1 que efetua a


estabilização manual da cabeça.

C. O rolamento deve ser realizado por 2 profissionais (profissional 1 e profissional 2).

D. A rotação completa deve se dar na direção similar à direção da cabeça.

https://www.youtube.com/watch?v=QXjtxLYeHT8
Avaliação neurológica (AVDI)

 Corrigindo-se todos os problemas elencados nos tópicos anteriores,


segue-se para a avaliação neurológica, no qual se avalia o nível de
consciência. A avaliação rápida neurológica compreende a sigla
AVDI, que inclui:

A – alerta.
V – resposta ao estímulo verbal.
D – só responde à dor.
I – inconsciente.

 É importante que seja utilizada a escala de coma de Glasgow


quando há rebaixamento de nível de consciência e se o paciente
apresentar TCE.
Avaliação neurológica (AVDI)

 Exposição:

 Neste item, se observam a exposição e avaliação cefalocaudal da


vítima. A roupa da vítima deve ser removida à procura de lesões.
Não se deve se esquecer do dorso, tomando cuidado com a coluna
cervical. A vítima deve ser protegida com cobertores para o controle
de hipotermia. A regra geral é remover o tanto de roupa necessária
para determinar a ausência ou presença de lesões.
 Escala de coma de Glasgow:

 É um dos parâmetros mais importantes para se avaliar a


evolução de um TCE. Por isso, esta avaliação deve ser
feita em intervalos regulares. Esta escala é universal e
permite uma visão do nível de resposta do paciente a
partir de três reações diferentes.
Traumatismo Crânio-encefálico (TCE)

 Trata-se de uma ferida ou lesão, intencional ou não, infligida ao


crânio por um mecanismo contra o qual este não pode se proteger.
É também denominado Traumatismo craniano. É a principal causa
de morte entre jovens, sendo as mais frequentes: acidentes
automobilísticos, quedas e agressões.

 Os grupos em mais alto risco de lesão cerebral traumática são as


pessoas com idade entre 15 e 24 anos e os indivíduos de sexo
masculino.
Traumatismo Crânio-encefálico (TCE)

 As lesões de couro cabeludo são observadas em casos de arranhões,


cortes, hematomas e escalpelamentos:

Escalpelamento
Fraturas de crânio

 As fraturas de crânio são comuns, mas nem sempre são associadas à


lesão cerebral, ou seja, pode ocorrer a fratura do crânio sem que
nenhuma estrutura cerebral seja lesionada.
Fraturas de crânio

 Um quadro muito preocupante é a fratura de base de crânio que


não permite a visualização do dano ósseo.
 Deve se suspeitar deste tipo de fratura quando houver saída de
líquor pelo nariz (rinoliquorreia ) ou pelo ouvido (otoliquorreia), ou
vítimas que apresenta equimose nas pálpebras (olhos de guaxinim)
ou na região mastoidea (sinal de Battle).

Rinoliquorreia Sinal de Battle Olhos de guaxinim


Lesão cerebral

 A lesão cerebral está dividida em concussão, contusão e


hemorragias.
 Na concussão, não se associa qualquer lesão identificável ao
exame. O paciente apresenta perda temporária da consciência ou
da memória, cefaleia, náuseas e vômitos.

 O paciente deverá ficar em observação até cessar a sintomatologia.


Lesão cerebral

 Na contusão, há ferimento do tecido nervoso e manifestam-se mais


distúrbios da função cerebral do que na concussão, porque existe
edema.
 Pode haver alteração prolongada do estado de consciência,
irritabilidade, desorientação, vômitos, mudanças dos sinais vitais
(bradicardia, bradipneia, hipertensão), que tendem a ser
progressivos.
• Nas hemorragias, os hematomas são as lesões mais graves,
podendo ser epidural (acima da dura), subdural (abaixo da
dura-máter) ou intracerebral (dentro do cérebro).
• Os sintomas, muitas vezes, demoram a aparecer, até que o
hematoma esteja grande o bastante para causar distorção do
cérebro ou aumento da PIC (Pressão Intracraniana).
Lesão cerebral
 Hematoma Epidural:

 Coleção de sangue entre a dura-máter e o crânio.


 Sua causa mais comum é o trauma direto de baixa velocidade no
osso temporal (pouco espesso) resultando na lesão de artéria
meníngea média.
 Os sintomas são a perda da consciência, seguida de lucidez,
seguindo novamente a perda progressiva da consciência e
diminuição da força muscular do lado oposto. A medida que o
hematoma expande, a pupila se torna dilatada e deixa de
responder à luz.
Lesão cerebral

 Hematoma Subdural:

 Coleção de sangue entre a dura-máter e a aracnoide. Geralmente


resulta de uma lesão venosa durante um impacto violento na
cabeça, déficits neurológicos focais podem aparecer imediatamente
após o trauma ou podem demorar dias ou até meses para se
apresentar.

 Os sinais e sintomas mais comuns são: cefaleia, irritabilidade,


vômitos, alterações do nível de consciência, assimetria de pupilas
(anisocoria) e alterações sensitivas e motoras, como distúrbios
visuais, alteração de personalidade e dificuldade de fala.
Lesão cerebral

 Hematomas cerebrais:

 Podem ocorrer em qualquer localização, mas são mais frequentes


nos lobos temporais e frontais. O déficit neurológico depende da
área cerebral que foi afetada e do tamanho da hemorragia.
Qualquer criança que tenha recebido um trauma na cabeça pode
desenvolver sintomas horas ou dias mais tarde, sendo que as
primeiras ______ são as mais importantes, no que se refere a
maior observação.

Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.

A.2 horas
B.4 horas
C.6 horas
D.12 horas
E. 24 horas
Recentemente, com a atualização do Atendimento Pré-Hospitalar ao
Traumatizado, inclui-se “X” no mnemônico do trauma ABCDE, o qual
passou a ser ABCDEX,
para representar a necessidade de intervenção para a identificação e a
contenção precoce e eficiente do sangramento externo grave.

C. Certo
E.Errado
• A assistência de enfermagem à vítima de trauma se resume na
avaliação total e imediata desse paciente, uma sequência rápida nas
áreas vitais do corpo. Após a avaliação, a equipe de enfermagem
conseguirá estabelecer uma classificação da vítima, bem como os
critérios para a vigilância. A avaliação primária do paciente com
suspeita de trauma consiste em:
• I. Garantir a segurança do local.
• II. Avaliar as vias aéreas, mantendo-as pérvias através de manobras de
abertura para o trauma.
• III. Avaliar o estado neurológico – AVDI (Alerta, Voz, Dor e Inconsciência).
• IV. Expor com prevenção e controle da hipotermia.
Está correto o que se afirma em
A.I, II, III e IV.
B.I e II, apenas.
C.II e IV, apenas.
D.III e IV, apenas.
E.I, II e IV, apenas.
Lesão penetrante

 A lesão penetrante é causado pela penetração do corpo estranho


que não deve ser removido do local. A retirado do objeto somente
poderá ser realizada por profissionais especializados, em centro
cirúrgico. O corpo estranho deve ser fixado para que ele não
produza lesões secundários ao transporte.

 Para a avaliação do TCE, deve-se observar:

• História;
• Avaliação inicial: permeabilidade das vias áreas, circulação;
• Avaliação neurológica (nível de consciência – escala de coma de
Glasgow);
• Avaliação das pupilas.
Lesão penetrante

 Escala de coma de Glasgow:

 É um dos parâmetros mais importantes para se avaliar a evolução


de um TCE. Por isso, esta avaliação deve ser feita em intervalos
regulares. Esta escala é universal e permite uma visão do nível de
resposta do paciente a partir de três reações diferentes
Lesão penetrante

Escala de coma de Glasgow


Lesão penetrante

 Escala de coma de Glasgow:

Escala de coma de Glasgow 1


Lesão penetrante

Escala de coma de Glasgow 2


Lesão penetrante

Escala de coma de Glasgow 3

• TCE grave: escala de coma menor ou igual a 8;


• TCE moderado: escala de coma entre 9 e 12;
• TCE leve: escala de coma entre 13 e 15.
Lesão penetrante

 A assistência de enfermagem em casos de TCE, o atendimento


inicial deve ser direcionado à prevenção de hipóxia, manutenção do
metabolismo cerebral e prevenção e controle da pressão
intracraniana. Deve-se observar

• Estabelecer via aérea e mantê-la pérvia (controle de coluna


cervical);
• Administrar O2 sob cateter S/N;
• Monitorar Sinais vitais;
• Avaliar nível de consciência;
• Puncionar acesso venoso;
• Avaliar tamanhos das pupilas e resposta a luz;
Lesão penetrante

• Manter o paciente calmo e descrever todo o procedimento que


irá fazer;
• Realizar sondagem nasogástrica;
• Realizar sondagem vesical monitorando o débito urinário;
• Encaminhar o paciente para exames radiológicos e
eletroencefalográficos;
• Administrar medicações prescritas.
Traumatismo Raquimedular (TRM)

 Diz-se da lesão traumática da raqui (coluna) e medula espinal,


resultando em algum grau de comprometimento temporário ou
permanente das funções neurológicas. Pode ocorrer uma lesão
total, ou seja, uma ruptura da medula (sintomas irreversíveis), ou
compressão (sintomas regridem com o tratamento), ambas
podendo levar ao choque neurogênico.

 A hiperextensão, movimentos bruscos como uma freada repentina


de um carro ou pancadas muito fortes, como mergulho em águas
rasas, perfurações por arma de fogo, podem causar uma lesão
medular.
Traumatismo Raquimedular (TRM)

 As manifestações do TRM dependem do nível de sua localização,


pois comprometem a inervação do corpo abaixo do nível de sua
localização.
 Se a lesão na medula cervical for alta, o comprometimento motor
pode levar à parada respiratória pela paralisia dos músculos.

Hiperextensão
Traumatismo Raquimedular (TRM)

 As vértebras mais frequentes envolvidas são a 5°, 6° e 7° do pescoço


(C5-C7), a 12° vértebra torácica (T12) e a 1° lombar (L1). Essas
vértebras são mais vulneráveis porque há maior mobilidade da
coluna vertebral nessas áreas.

 Lesões cervicais altas: C3, C4 e C5 afetam o padrão respiratório por


paralisia diafragmática; C2 e C3 causam apneia e morte; C5 paralisia
dos músculos acessórios.
Traumatismo Raquemedular (TRM)

 Lesões ósseas vertebrais


podem estar presentes
sem que haja lesões de
medula espinhal. Por isso,
a vítima deve ser
imobilizada de forma
correta preservando sua
coluna.

A coluna vertebral e os seus segmentos


Traumatismo Raquimedular (TRM)

 Para o tratamento da TRM deve-se observar: imobilização da coluna


cervical para prevenir lesões secundárias; cirurgia para redução de
fraturas; realinhamento de coluna por meio de fixação externa e
interna.

 A assistência de enfermagem deve proceder tal como listado a


abaixo:
• Realizar o protocolo para paciente vítima de trauma;
• Estabelecer via aérea e mantê-la pérvia (controle de coluna
cervical);
• Administrar O2 sob cateter S/N;
• Monitorar sinais vitais;
• Puncionar acesso venoso;
Traumatismo Raquimedular (TRM)

• Manter o paciente calmo e descrever todo o procedimento que


irá fazer;
• Examinar a coluna cuidadosamente com o paciente em posição
neutra (deformidades, edemas, equimoses, etc.);
• Valorizar as queixas de perda de força ou dormência;
• Realizar sondagem vertical, monitorando o débito urinário S/N;
• Encaminhar o paciente para exames radiológicas;
• Mobilizar o paciente sempre em bloco;
• Administrar medicações prescritas (manitol e corticoides).
Crise Convulsiva

 Crise convulsiva são contrações musculares múltiplas, involuntárias,


descoordenadas, resultantes de um estímulo cerebral anormal,
acompanhadas, na maioria dos casos, de perda da consciência.

 Principais causas:

• Epilepsia – causa mais comum;


• Trauma;
• Tumores cerebrais;
• Febre elevada (em crianças menores de 6 anos);
• Doença infecciosa como meningite e encefalites;
• Outras.
Crise Convulsiva

 O paciente em crise convulsiva não apresenta reflexo de deglutição


e há um acúmulo de saliva, sendo esta liberada em forma de
espuma, pelo estímulo excessivo dos músculos apresenta os dentes
cerrados, a respiração se torna irregular e ruidosa, o paciente
também pode apresentar a liberação dos esfíncteres
Crise Convulsiva

 Sinais e sintomas:

• Perda da consciência;
• Agitação psicomotora;
• Pode ocorrer cianose
• Olhar ausente;
• Os olhos podem ficar fixos na parte superior ou lateral;
• Contrações e espasmos musculares, com movimentos de contração
e flexão muscular, que podem ser suaves a muito fortes;
• Sialorreia;
• Encerramento da boca com muita força, podendo haver o perigo de
morder a língua e lábios;
• Descontrole dos esfíncteres (urina e/ou fezes).
Crise Convulsiva

 Tipos de crise epiléptica:

• Crise tônico-clônica generalizada: (crise convulsiva) abalos


crônicos movimentos violentos, rítmicos e involuntários;
• Crise de ausência: desorientação: olhos parados e é de curta
duração;
• Crise parcial simples: consciência preservada, abalos nos lábios
no lado afetado;
• Crise parcial complexa: olhos abertos, automatismo
mastigatório, movimentos repetitivos, consciência prejudicada.
Anota-se o tempo de duração da crise. Fala-se com o paciente
calmamente, conduzindo-o para um local seguro.
Crise Convulsiva

 Tipos de crise epiléptica:

Crise tônico-clônica generalizada


Assistência de enfermagem

 Nos causos de crise convulsiva, devem ser observados os seguintes


procedimentos na assistência de enfermagem.

• Verificar se vias aéreas estão livres;


• Avaliar a respiração;
• Oferecer O2 a 100%;
• Se possível, lateralizar a cabeça do paciente e proteger contra
trauma;
• Afrouxar roupas;
• Não conter o paciente;
Assistência de enfermagem

• Certificar-se se há pulso arterial, bem como os outros


parâmetros vitais (Pressão arterial, frequência respiratória,
saturação de oxigênio, glicemia capilar);
• Puncionar acesso venoso
• Administrar medicações prescritas – anticonvulsivantes.
• Aspirar secreções se necessário;
• Realizar sondagem gástrica se necessário;
• Registrar em prontuário: frequência, duração e tipo de crise;
• Dar apoio psicológico a família e ao paciente;
• Proteger a integridade moral do paciente.
Assistência de enfermagem

 Sinais de gravidade da crise epiléptica:

• Crise convulsiva prolongada (maior ou igual a 5 minutos);


• Sem recuperação da consciência entre as crises;
• Gravidez;
• Ferimentos secundários à crise epiléptica;
• Primeira crise epiléptica (sem crises prévias)
Emergências Respiratórias

 As crises respiratórias são classificadas em: asma brônquica,


Insuficiência Respiratória Aguda (IRA), obstrução das vias aéreas,
obstrução em vias aéreas por corpo estranho (Ovace) em vítimas
conscientes, Edema Agudo do Pulmão (EAP).
Asma Brônquica
 Na asma, há uma diminuição do calibre das vias aéreas
(broncoconstrição), dificultando a passagem do ar.

 Esta diminuição ocorre devido ao processo inflamatório que


produz muco em excesso e também o edema.
 Este processo pode ser desencadeado por estímulos, como o
contato inalatório com poeira, morfo, exercícios físicos exagerados
e o frio.
Asma Brônquica

• Muito embora seja uma patologia crônica, a asma é reversível


espontaneamente ou por intervenção terapêutica e os cuidados são
realizados pela equipe de enfermagem.
• É importante observar que, se não for tratada, a asma poderá
evoluir para o estado de mal asmático, insuficiência respiratória ou
atelectasia.
Asma Brônquica

 Sinais e sintomas:

• Três sinais frequentes: tosse, dispneia, sibilos (chiado ou


chieira);
• Sudorese;
• Desidratação;
• Fala interrompida por dispneia;
• Uso da musculatura acessória;
• Esforço respiratório (retração dos espaços intercostais);
• Batimento de asa de nariz.
Asma Brônquica

 Assistência de enfermagem:

• Manter VAS permeáveis;


• Administrar oxigênio por máscara ou cateter nasal;
• Reconhecer os sinais e sintomas da exacerbação da asma
(aumento da dispneia, cianose de extremidade, ansiedade);
• Transmitir segurança e tranquilidade para o paciente;
• Manter paciente em repouso na fase crítica;
• Manter o paciente em posição de flower, mudança de decúbito;
• Deambular, quando possível;
• Observar e anotar sinais e sintomas;
Asma Brônquica

 Assistência de enfermagem:

• Estimular a alimentação e ingestão de líquidos;


• Orientar paciente quanto à coleta de material para exames;
• Orientar evitar: fumo, extremos de calor e frio, fumaça, poeira,
uso de lã, convívio com animais domésticos e pessoas com
infecções de trato respiratório;
• Ter cuidado com equipamentos de terapia respiratória;
• Administrar medicações conforme prescrição (corticosteroides,
xantinas, agentes anticolinérgicos).
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
 Diz-se da incapacidade do sistema respiratório de realizar suas funções
básicas de ventilação e oxigenação e promover adequada oxigenação
arterial para os tecidos e eliminação do gás carbônico, resultando em
prejuízo das trocas gasosas, que leva à hipoxemia e/ou hipercapnia.
 É caracterizada por PaO2 ≤ 60 mmHg, saturação de O2 menor que 90% e
a PaCO2 ≥ 45 mmHg.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)

 A IRA é a falência respiratória que surge nos pulmões, cujo


funcionamento era normal antes do início da doença atual.
 Após a IRA, o pulmão volta ao seu estado original, diferente da
insuficiência respiratória crônica, na qual a lesão é irreversível,
observada em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica,
enfisema pulmonar e bronquite crônica.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)

 Causas:

• Depressão no SNC, condições que afetam os nervos e músculos


Tque controlam a respiração;
• rauma dos tecidos e costelas envolvendo os pulmões.
• Obstrução das vias aéreas;
• Overdose de drogas e/ou álcool. Isso afeta a área do cérebro
que controla a respiração;
• Doenças pulmonares, como doença pulmonária obstrutiva
crônica, pneumonia;
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)

 Sinais e sintomas:

• Dispneia, taquipneia;
• Aumento do trabalho respiratório;
• Uso da musculatura acessória;
• Tiragem intercostal;
• Batimento de asa do nariz;
• Sudorese;
• Ansiedade;
• Agitação, confusão mental;
• Sonolência ou perda da consciência;
• Taquicardia, hipotensão;
• Choque.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)

 Procedimentos de assistência de enfermagem:

• Manter VAS permeáveis;


• Administrar oxigênio conforme prescrição;
• Monitorar oxigenação com oximetria de pulso e gasometria
arterial;
• Transmitir segurança e tranquilidade para o paciente;
• Manter paciente em repouso na fase crítica;
• Posição de Fowler, mudança de decúbito;
• Observação e anotar sinais e sintomas da evolução clínica do
paciente;
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)

 Procedimentos de assistência de enfermagem:

• Puncionar acesso venoso calibroso para medicação e hidratação;


• Manter medicamentos de emergência em local de fácil acesso;
• Estar sempre alerta com o bom funcionamento dos
equipamentos;
• Monitorar resposta ventilatória do paciente.
Obstrução das Vias Aéreas
 O reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas é indispensável
para o sucesso no atendimento.
 Pode ocorrer por obstrução mecânica, que pode ser pela queda da língua
ocluindo a hipofaringe, ou simplesmente por corpos estranhos, como
alimento, próteses dentárias dentes e etc.
 Assegurar uma via aérea pérvia é a primeira prioridade em qualquer
situação de emergência.
Manobras manuais
 No paciente inconsciente, a língua fica flácida e cai, obstruindo a
hipofaringe, impedindo a passagem do ar.
 Então, realiza-se a manobra de Chin lift , estendendo a cabeça e
levantando o queixo, com o paciente em decúbito dorsal.
 Esta manobra não pode ser realizada em vítimas de trauma.

Manobra de Chin lift


Manobras manuais

 A manobra Jaw Trust é indicada no lugar da Chin lift, em casos de


vítimas de trauma com risco de lesão cervical. Nesta manobra, a
cabeça do paciente não é estendida e apenas tracionam-se
anteriormente os ângulos mandibulares.

Manobra Jaw Trust


Manobras manuais
 Aspiração:

 Alguns pacientes podem não ser capazes de eliminar com eficiência


algumas secreções, e estas podem obstruir a passagem do ar para os
pulmões.
 A aspiração de secreções é muito importante para permitir a
permeabilidade das vias aéreas.

 Acessórios básicos:

 São aqueles utilizados quando as técnicas manuais falham ou quando se faz


necessária uma manutenção continua das vias aéreas.
 Dentre eles encontram-se as cânulas orofaríngea, cânulas nasofaríngeas e
cânulas de duplo lúmen.
Cânula orofaríngea
 As cânulas orofaríngeas recebem também o nome de cânula de Guedel,
utilizadas em vítimas inconscientes para manter vias aéreas pérvias e
impedir que os paciente intubados mordam o tubo.
 Se utilizadas em vítimas conscientes, podem provocar vômito e até
laringoespasmos.
 É necessária a correta técnica de colocação, para que não ocorra o
rebaixamento da língua.

Cânula orofaríngea
Cânula nasofaríngea

 A cânula nasofaríngea também pode ser utilizada em pacientes que


não são capazes de manter via aérea pérvia, é confeccionada em
látex, é bem flexível.
 É introduzida delicadamente em uma das narinas até a orofaringe,
pode provocar hemorragias por trauma na hora de sua colocação.

Cânula nasofaríngea
Intubação traqueal
 É o método para se conseguir controle máximo sobre a via aérea de
um paciente.
 É introduzido um tubo por via oral ou nasal, até a traqueia do
paciente.
 Permite a ventilação com 100% de oxigênio. Elimina a necessidade
de máscaras ajustadas, diminui os riscos de aspiração e permite
uma via adicional para medicações. É um procedimento médico.

Intubação traqueal
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo
Estranho (Ovace)
 É uma situação emergencial, em que há uma obstrução do fluxo de ar
pelas vias áreas. Esta obstrução pode ser parcial ou total.
 A restauração desta via tem que ser realizada de forma rápida e efetiva,
para que o paciente não fique por muito tempo sem oxigenação.
 Pode ser causada por: alimentos, vômitos e por ingestão de objetos em
geral.
 O Quadro abaixo ilustra a classificação da obstrução:

Total Parcial
Não tosse Tosse
Não respira Respira
Movimentos paradoxais Ruídos
Fala
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo
Estranho (Ovace)
 Sinais e sintomas:

• Tosse ou tentativa de tossir;


• Respiração ruidosa;
• Dificuldade respiratória;
• Movimentos respiratórios ineficazes;
• Aflição;
• Não conseguir falar;
• Engasgado – sinal clássico.
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo
Estranho (Ovace)
 Na desobstrução, pode ser utilizada a manobra de Heimlich, que
consiste na realização de uma série de compressões em nível da
parte superior do abdômen, mais precisamente abaixo do esterno.

Manobra de Heimlich
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo
Estranho (Ovace)
 Estas compressões devem ser rápidas, pressionando para dentro e
para cima, na região acima da cicatriz umbilical.
 Devem ser realizadas manobras até a saída do objeto. Entretanto,
em caso de perda de consciência, deve-se parar imediatamente de
executar a manobra DE RCP

 É preciso estar atento, pois isso pode acontecer a qualquer


momento, se o objeto não for removido.
 Devem-se chamar serviços de emergência e pedir ajuda imediata,
ou que alguém faça isso, sempre que possível, para economizar
tempo.
OSTRUÇÃO DE VIAS ARÉAS EM CRIANÇAS
OSTRUÇÃO DE VIAS ARÉAS EM CRIANÇAS
VAMOS PRATICAR!
Edema Agudo do Pulmão (EAP)
 Corresponde ao extravasamento de líquido para o espaço intersticial e/ou
alvéolos pulmonares, resultando em: hipoxemia, comprometimento das
trocas gasosas (V/P) e diminuição da complacência pulmonar.

 O edema agudo de pulmão é uma condição clínica grave, frequentemente


secundária à insuficiência cardíaca;
 Há acúmulo de sangue nas veias e capilares pulmonares, a tal ponto que
acontece um extravasamento de fluidos para os espaços aéreos dos pulmões.
 Isso deixa o pulmão menos elástico e com menos superfície de contato entre
os gases inspirados e o sangue.
Edema Agudo do Pulmão (EAP)

 Causas:

• Infarto do miocárdio – é a causa mais comum;


• Disfunção do músculo cardíaco;
• Doenças das válvulas aórtica ou pulmonar;
• Sobrecarga circulatória: administração exagerada de líquidos,
comum em crianças ou pacientes que recebem líquidos (soros)
em excesso pelas veias;
• Lesões pulmonares, inalação de fumaça.
Edema Agudo do Pulmão (EAP)

 Tratamento/medicações administradas:

 O principal alvo do tratamento é reduzir o influxo de sangue


sistêmico no átrio D- e reduzir o retorno venoso.

• O2 100% + monitor + oximetria + via venosa;


• Tratar a causa subjacente (HAS - ↓ PAD);
• Corrigir fatores contribuintes;
• Restrição de fluidos e de sódio;
• Morfina – diminui a ansiedade e melhora a circulação arteriolar
e venular;
Edema Agudo do Pulmão (EAP)

 Tratamento/medicações administradas:

• Diuréticos – reduzem o volume de líquido, aumenta de forma


intensa a excreção de urina e sódio pelo organismo;
• Nitroprussiado de sódio (reduz a pressão arterial e pulmonar);
• Aminofilina (atua como vasodilatador, diurético e
broncodilatador);
• Digitálicos (aumentam a força contrátil do coração).
Edema Agudo do Pulmão (EAP)

 Assistência de enfermagem

• Posicionar o paciente em posição sentada – pés e pernas para


fora do leito, para favorecer a retenção do sangue nos membros
diminuindo o retorno para o coração;
• Oferecer O2 em grande concentração;
• Manter acesso venoso pérvio;
• Administrar medicações prescritas;
• Realizar sondagem vesical para controle de diurese e balanço
hídrico;
• Atentar para depressão do quadro respiratório;
Edema Agudo do Pulmão (EAP)

 Assistência de enfermagem

• Monitorar sinais vitais;


• Descrever sinais, sintomas e evolução clínica do paciente.

 É importante salientar que a morfina pode aumentar a hipotensão,


por isso é necessário deixar sempre à disposição o antagonista da
morfina – naloxone.
Emergências do Trauma –
Trauma Torácico
 O trauma torácico pode ser causado por mecanismos contusos ou
penetrantes.
 Uma força exercida contra o tórax pode causar ruptura da anatomia e
fisiologia normal dos órgãos torácicos.

 Os órgãos torácicos são intimamente envolvidos na manutenção da


oxigenação, ventilação e oferta de oxigênio.
Emergências do Trauma –
Trauma Torácico
 Vários mecanismos de trauma, incluindo colisões de veículos motorizados,
quedas, lesões por prática de esportes, lesões por esmagamento e
ferimentos por arma branca ou por projétil de arma de fogo, podem causar
trauma no tórax.

 As lesões de tórax podem ser penetrantes ou fechadas.


Fraturas de costelas

 Mesmo sendo protegidas pela musculatura subjacente, as fraturas


de costelas são comuns no trauma torácico.
 A localização mais comum das fraturas de costelas é a face lateral da
4ª a 8ª costela, pois são finas e menos protegidas.
 As pontas das costelas podem ocasionar lesões no músculo,
pulmões e vasos.

Fraturas na costela
Fraturas de costelas
 Os sinais e sintomas de fratura de costelas são:
 Dor à movimentação, à palpação do local;
 Falta de ar e, eventualmente, crepitação óssea.
 O tratamento inicial dos doentes com fraturas simples de costelas é a
redução da dor por meio de imobilização e diminuição do movimento das
costelas.

 Isto pode ser realizado usando o braço do doente e uma tipoia.

 Vibrações anormais e tosse devem ser encorajadas, apesar da associada.


Estes cuidados evitam atelectasias.

 A ausência de sinais e sintomas não indica que não exista lesão.


Tórax instável

 Diz-se tórax instável, quando duas ou mais costelas adjacentes são


fraturadas em pelo menos dois lugares, ocasionando segmento de
flutuação livre.
 A parede torácica perde a estabilidade e ocorre o
comprometimento respiratório.
 O segmento da parede torácica que está instável perdeu o suporte
ósseo e a fixação à caixa torácica.

 Este segmento “livre” irá se mover em direção oposta à do resto do


tórax durante a inspiração e a expiração, O resultado destes dois
movimentos paradoxais da parede do tórax é a diminuição da
ventilação, levando à hipóxia e a hipercapnia.
Tórax instável
Este segmento “livre”
irá se mover em
direção oposta à do
resto do tórax durante
a inspiração e a
expiração, O resultado
destes dois
movimentos
paradoxais da parede
do tórax é a
diminuição da
ventilação, levando à
hipóxia e a
hipercapnia.

Tórax instável
Tórax instável

 Tratamento/assistência de enfermagem:

 O tratamento nestes casos é voltado para o alívio da dor, suporte


ventilatório e monitoramento de uma possível piora do quadro.
• Administrar oxigênio;
• Puncionar acesso venoso calibroso;
• Administrar medicações prescritas, conforme prescrição
(analgésicos e outros);
• Incentivar a respiração profunda;
• Monitorar oximetria de pulso e controle de sinais vitais –
rigorosamente;
• Para casos graves, se faz necessário que o médico realize a
intubação traqueal e o paciente receba ventilação mecânica.
Pneumotórax
 Envolve a entrada de ar para o espaço pleural, que normalmente
apresenta 15ml de líquido, sendo este apenas para lubrificação e
facilitar o deslizamento das pleuras.
 Os três tipos de pneumotórax representam níveis crescentes de
gravidade.

• Pneumotórax simples:
• É causado pela presença de ar no espaço pleural. À medida que
o ar aumenta, o pulmão daquele lado sofre colabamento.
Pneumotórax
• Pneumotórax aberto:
• Ocorre devido a um defeito na parede torácica que permite que
o ar que vem de fora entre e saia do espaço pleural com esforço
ventilatório.
• O tratamento inicial envolve a realização do curativo de três
pontos, o que evita a entrada de ar na inspiração ao mesmo
tempo em que o ar escapa pelo lado aberto durante a
expiração.

Pneumotórax aberto
Pneumotórax

• Pneumotórax hipertensivo:
• Ocorre quando o ar continua a entrar no espaço pleural, sem um
trajeto por onde sair, causando o aumento da pressão dentro deste
espaço, fazendo colabar ainda mais o pulmão no lado acometido e
empurrando o mediastino (coração e vãos sanguíneos) para o lado
oposto (contralateral).

• O paciente apresenta fome de ar, agitação, hipotensão, taquicardia


e cianose.
Pneumotórax

Pneumotórax aberto
• O paciente deve receber imediatamente alta concentração de
oxigênio e deve ser realizada a descompressão com uma agulha
intravenosa de grosso calibre, para que haja um escape de ar. Esse
procedimento torna o pneumotórax hipertensivo em
pneumotórax aberto simples.
https://www.youtube.com/watch?
app=desktop&v=Q2-qrfCXOW8
Hemotórax
 É a presença de sangue no espaço pleural.
 O tratamento consiste em toracocentese ou instalação de um dreno
ligado ao selo d’água.

Hemotórax
Hemotórax

 Assistência de enfermagem na drenagem torácica:

• Preparar o doente, explicando todo o procedimento;


• Trocar diariamente o curativo (cuidados no local da inserção do
dreno);
• Avaliar o funcionamento do tubo torácico diariamente;
• Observar nível de água;
• O frasco de selo d’água deve estar no mínimo a 50cm abaixo do
tórax do paciente:
• Tubos devem ser fixados com látex que não impeçam a locomoção
do paciente, cuidando para que não fiquem dobrados;
• Realizar ordenha s/n;
• Manter em fácil acesso duas pinças Kelly, em caso de quebra de
frasco ou desconexão.
Hemotórax

 É importante observar os casos em que o dreno deve ser retirado:


• Quando a drenagem for inferior a 50ml nas 24 horas;
• Após o paciente recuperar a sua função respiratória normal;
• Após avaliação por RX.
Segundo Potter e Perry (2013), qual procedimento aspirativo é
realizado para analisar ou remover liquido pleural, ou instilar
medicamentos no espaço intrapleural?

A. Punção lombar.
B. Paracentese.
C. Aspiração de medula óssea.
D. Toracocentese.
E. Broncoscopia.
O pneumotórax consiste na coleção de ar no espaço
pleural, sendo necessário o médico inserir o dreno
torácico, que é posicionado no segundo ou terceiro espaço
intercostal, cujo objetivo é a drenagem de ar ou líquido do
espaço pleural para ajudar a restaurar a pressão negativa.
Nesse caso, o sistema de drenagem, com relação ao nível
da água no recipiente, deve estar abaixo de:

• A. 2,5 cm

• B. 3,5 cm

• C. 4,0 cm

• D. 6,5 cm
• O procedimento executado pelo médico que consiste na abertura
cirúrgica para dentro da cavidade torácica é chamado de:

• A. Pleuroscopia

• B. Pleurodese

• C. Mastopexia

• D. Toracotomia
• Pneumotórax é a presença de ar livre entre as duas camadas
___________.

• A. Do alvéolo.

• B. Da mitocôndria.

• C. Do peritônio.

• D. Do miocárdio.

• E. Da pleura
Contusão cardíaca

 A causa mais comum da lesão cardíaca é a aplicação de força na


região anterior do tórax.
 No trauma torácico fechado grave, como ocorre em colisões frontais
com veículos motorizados, primeiro o tórax atinge o painel ou a
direção e, então, o coração é comprimido entre o esterno e a
coluna.
 Pode haver vários tipos de lesão cardíaca, mas a mais comum é a
contusão miocárdica.
• O trauma torácico pode ser causado por mecanismos
contusos ou penetrantes. Em uma sala de urgência, deu
entrada um paciente de 35 anos, sexo masculino,
apresentando uma ferida no tórax ocasionada por trauma
com objeto contuso. Ainda na sala de urgência, são sinais e
sintomas que esse paciente pode apresentar:

• A. Dispneia, febre e cianose labial.

• B. Febre e infecção da ferida.

• C. Pneumotórax hipertensivo.

• D. Pneumotórax traumático.

• E. Dispneia, sudorese e cianose.


Contusão cardíaca

 Esta contusão pode causar destruição das células da parede,


ruptura da própria parede do coração ou danos as suas válvulas. O
ventrículo direito (VD) é mais comumente lesado devido à sua
localização subesternal.

 Uma contusão parcial ou que atinja toda a espessura da


musculatura pode ser sinalizada pela diminuição do débito cardíaco
ou por arritmias.
 O tratamento consiste em suporte farmacológico para arritmias,
oxigenoterapia, monitorização e, dependendo da extensão da
contusão, correção cirúrgica da lesão.
Tamponamento cardíaco
 Ocorre quando há um acúmulo agudo de líquido entre o saco
pericárdico e o coração.
 O saco pericárdico é composto de um tecido fibroso inelástico e
normalmente há pouco líquido.

 Este acúmulo de líquido ocasiona o aumento da pressão dentro do


saco pericárdico, impede o retorno venoso ao coração e leva à
diminuição do debito cardíaco e da pressão arterial.
Tamponamento cardíaco

 O tamponamento cardíaco é mais frequentemente devido a


ferimentos por arma branca.
 O tratamento envolve e remoção do sangue do pericárdio
(pericardiocentese) e a interrupção do sangramento.
Tamponamento cardíaco

 Manifestações clínicas:

 Enquanto manifestações clínicas, observam-se: veias do pescoço


distendidas, hipotensão arterial, batimentos cardíacos abafados,
ansiedade, confusão, além de poder apresentar do precordial.
Tamponamento cardíaco

 Assistência de enfermagem:

• Fornecer oxigênio em alta concentração;


• Reposição volêmica com acesso venoso de grosso calibre;
• Tranquilizar o paciente explicando todos os procedimentos que
serão realizados;
• Controlar rigorosamente os sinais vitais já que podem ocorrer
alterações graves em um curto intervalo de tempo;
• Preparar e manter sempre em ordem o material de emergência
e material para drenagem.
Emergências Cardiovasculares - Choque

 Denomina-se choque cardiovascular o distúrbio agudo na circulação


com alteração na relação oferta-demanda de oxigênio aos tecidos,
causada por uma redução do volume circulante, resultando em
isquemia dos tecidos e consequente morte celular.

 Caso não haja correção, o choque pode ocorrer, por falha no


mecanismo que bombeia o sangue (coração), por problemas no
vaso sanguíneo (alterações na resistência da parede dos vasos) e
baixo nível de fluido no corpo (sangue e líquidos corporais).
Emergências Cardiovasculares - Choque

 Sinais e sintomas:

• Inquietude;
• Taquicardia;
• Pulso fino e taquicárdico;
• Pele fria e pegajosa;
• Sudorese abundante;
• Mucosas descoradas;
• Cianose;
• Resfriamento de extremidades;
Emergências Cardiovasculares - Choque

 Sinais e sintomas:

• Hipotermia;
• Respiração superficial, rápida e irregular;
• Náuseas e vômito;
• Hipotensão;
• Alterações neurossensoriais.

 O choque pode ser classificado em hipovolêmico, cardiogênico,


séptico, anafilático e neurogênico
Choque hipovolêmico

 Ocorre por redução aguda no volume circulante no corpo. Observa-


se a perda de 15 a 25% de perda de líquidos corporais, o que
equivale a cerca de 700 a 1300ml de perda.

 Causas:
• Perda sanguínea – hemorragia;
• Perda de líquido e eletrólitos por vômitos e diarreia;
• Perda hídrica interna (‘grande queimado’, ascite).
Choque hipovolêmico

 Tratamento:

• Consiste em tratar a causa básica;


• Reposição hídrica e sanguínea;
• Redistribuição de líquido;
• Medicações vasoativas.

 Derivados de sangue são indicados quando a causa do choque


hipovolêmico for hemorragia. Deve-se administrar oxigênio por
máscara.
Choque cardiogênico

 É a incapacidade de o coração bombear uma quantidade adequada


de sangue para os órgãos nobres, causando queda da pressão
arterial, falta de oxigênio nos tecidos e acúmulo de líquidos nos
pulmões.

 Diz-se de uma das maiores complicações do infarto agudo do


miocárdio e se não for tratada com urgência, pode levar à morte em
50% dos casos.
Choque cardiogênico

 Causas:

• São de etiologia coronária;


• Infarto agudo do miocárdio (IAM);
• Falência miocárdica;
• Arritmias;
• Miocardites.
Choque cardiogênico

 Tratamento:

 Trata-se a causa com o objetivo de limitar a lesão cardíaca,


preservar o miocárdio e melhorar a capacidade do coração em
exercer sua função de bomba. Pode ser cirúrgico ou com o uso de
drogas vasoativas.
Choque séptico

 É decorrente de um processo infeccioso disseminado, grave, em que


ocorre a liberação de mediadores, inflamatórios que produzem
lesão do endotélio do vaso, ocasionando a permeabilidade do vaso
e extravasamento de líquido.

 O choque séptico tem como causas as infecções de sítios diversos. O


tratamento é feito a partir do uso de antibióticos específicos para
combater a bactéria causadora das infecções.
Choque anafilático

 O choque anafilático é desencadeado por uma reação alérgica


exacerbada determinando vasoplegia generalizada, com
consequente redução do volume circulante.
Choque anafilático

 Causas:

• Picadas de inseto;
• Drogas;
• Alimentos.

 Tratamento:

• Adrenalina;
• Anti-histamínicos;
• Corticoides.
Choque neurogênico

 No choque neurogênico ocorre vasodilatação por perda do controle


vasomotor.

 Causas:

 Lesão no sistema nervoso central (SNC);


 Trauma raquimedular;
 Bloqueios anestésicos;
 Efeitos depressores de medicamentos.
Choque neurogênico

 Tratamento:

 Consiste em restauração do tônus simpático, por meio da


estabilização da medula espinhal, posicionamento correto do
paciente, em caso de anestesia espinhal.

 Assistência de enfermagem:

• Manter posição antichoque;


• Controlar os sinais vitais (SSVV) com frequência;
• Administrar oxigênio conforme prescrição médica;
• Tranquilizar o paciente, transmitindo-lhe segurança;
Choque neurogênico

 Assistência de enfermagem:

• Monitorar as condições cardíacas;


• Proporcionar conforto ao paciente;
• Administrar medicações prescritas;
• Promover balanço hídrico rigoroso;
• Realizar a punção venosa com jelco de grosso calibre, para
administração de hemoderivados (choque hipovolêmico) e
infusão de líquido;
• Observar quanto a reações alérgicas;
• Utilizar técnicas assépticas em todos os procedimentos
Parada cardiorrespiratória (PCR)
Denomina-se parada cardiorrespiratória a interrupção súbita dos
batimentos cardíacos, resultando na cessação de uma circulação
efetiva. É um limite de gravidade eu impõe atendimento imediato.
Ocorre perda de consciência, ausência de pulso e batimento cardíaco
inaudível.

 O início da lesão cerebral irreversível começa com


aproximadamente 4 minutos de interrupção da circulação.

 Por isso, se devem iniciar as manobras de ressuscitação


cardiopulmonar o quanto antes.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Sinais e sintomas:

• Ausência de pulso em grandes artérias;


• Ausência de respiração;
• Inconsciência;
• Dilatação pupilar;
• Palidez;
• Cianose.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Reanimação cardiopulmonar (RCP):

 Como se observa abaixo, devem ser observados passos descritos a


seguir.

Vigilância e Reconhecimento e RCP imediata de Rápida Suporte avançado


prevenção. acionamento do alta qualidade desfibrilação de vida e cuidados
serviço médico de pós-PCR
emergência.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Vigilância e prevenção

 De acordo com Sakamoto (2016), os pacientes no ambiente


hospitalar dependem de um sistema de vigilância adequado, a fim
de prevenir a PCR. Entretanto, na ocorrência da PCR, é preciso uma
interação harmoniosa dos vários departamentos e serviços da
instituição e de um time multidisciplinar de profissionais, incluindo
médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros.

 A nova diretriz da American Heart Association preconiza o


acionamento imediato do time de resposta rápida na iminência de
pacientes com deterioração clínica aguda, com o objetivo de
prevenir a Parada Respiratório Intra-hospitalar (PCRIH).
Parada cardiorrespiratória (PCR)
 Reconhecimento e acionamento imediato do serviço médico de
emergência:

 O profissional de saúde deve reconhecer a PCR.

 É importante avaliar a responsividade (chamando o paciente pelo


nome);
 Avaliar a respiração e pulso, de forma simultânea, por dez
segundos.
 Em casa de detecção destes sinais, o profissional deve solicitar a
outro, clara e objetivamente, que acione a equipe médica, traga o
carro de emergência e o desfibrilador.
 De modo geral, a instituição possui um protocolo para o
acionamento da equipe médica ou time de resposta rápida.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Após os comandos acima descritos, deve-se iniciar imediatamente a


Sequência de Atendimento C – A – B:

• C: Compressões torácicas de alta qualidade;


• A: Vias aéreas – abrir vias aéreas;
• B: Boa ventilação – garantir via aérea avançada.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 RCP imediata, de alta qualidade:

 Após o acionamento do serviço médico, devem-se iniciar as


compressões torácicas e ventilação em todos os pacientes adultos
com PCR, seja por causa cardíaca ou não.

 As compressões torácicas de alta qualidade se dão conforme


descrito a seguir:

a) Com as mãos sobre a metade inferior do esterno (região


hipotenar), sem flexionar os cotovelos;
b) Frequência: 100 a 120 compressões/minuto;
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 RCP imediata, de alta qualidade:

c) Profundidade: mínima de 2 polegadas (5 cm) e máximo 2,4


polegadas (6 cm);
d) Permitir retorno total do tórax após cada compressão. Não
apoiar-se sobre o tórax entre as compressões;
e) Minimizar as interrupções nas compressões.
Não interromper as compressões por mais de 10 segundos;
f) Colocar a prancha rígida embaixo do tórax do paciente, assim que
disponível.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 No que diz respeito à relação ventilação-compressão adequada:

a) Sem via aérea avançada:


b) Realizar abertura de vias aéreas;
c) Ventilação numa relação: 30:2, ou seja, 30 compressões: 2
ventilações (até a garantia de uma via aérea avançada);
d) Com via aérea avançada:
e) Compressões contínuas a uma frequência 100 a 120/ minuto e 1
ventilação a cada 6 segundos (10 respirações por minuto).
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Rápida desfibrilação:

a) De posse do Desfibrilador Externo Automático (DEA), deve-se


verificar o ritmo;
b) Em caso de ritmo chocável (Fibrilação Ventricular ou Taquicardia
Ventricular sem Pulso), deve-se: aplicar 1 choque; reiniciar a RCP
por 2 minutos até o DEA avisar sobre a verificação do ritmo;
continuar o Suporte Avançado de Vida assuma ou a vítima se
movimente;
c) Em caso de ritmo não chocável, deve-se: reiniciar a RCP por 2
minutos, até ser avisado pelo DEA para verificação do ritmo e
continuar até que o pessoal do SAV assuma ou até que a vítima se
movimente.
https://www.youtube.com/watch?v=0Wa6C46kfmQ
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Sakamoto (2016) afirma que a utilização do DEA no ambiente


hospitalar pode ser considerada para facilitar a desfibrilação
precoce (meta de administração de choques em tempo ≤ 3 minutos
do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja
capacitado para reconhecer ritmos ou em que o uso de
desfibriladores não seja frequente.

 O DEA pode ser utilizado pelo Enfermeiro ou pela equipe de


enfermagem sob sua supervisão, na presença ou ausência do
profissional médico, conforme previsto no protocolo de Suporte
Básico de Vida.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Em alguns hospitais, não se encontra disponível o DEA, somente o


desfibrilador manual, e, nesse caso, necessita que a equipe médica
esteja disponível 24 horas, tendo em vista que é um procedimento
privativo do profissional médico e segundo Parecer Técnico n.
0001/2012 do COREN-ES: “[…] não é atribuição do enfermeiro o uso
do desfibrilador manual dentro do ambiente intra-hospitalar […]”.

 É essencial que a equipe de enfermagem esteja atualizada e


capacitada para a execução dos protocolos da instituição,
entendendo suas particularidades, uma vez que um bom
atendimento pode determinar a sobrevivência do paciente.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Suporte Avançado de vida e cuidados pós PCR

 Segundo Tallo e cols. (2012 apud SAKAMOTO, 2016), o suporte


avançado de vida (SAV) engloba recursos adicionais como
monitorização cardíaca, administração de fármacos,
desfibriladores, equipamentos especiais para ventilação e
cuidados após o retorno a circulação espontânea.

 A desfibrilação manual é utilizada no Suporte Avançado de Vida


(SAV), em que a equipe multiprofissional está presente, incluindo o
Médico, e existe equipamento disponível, preferencialmente
desfibrilador manual bifásico.
DESFIBRILADOR MANUAL
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR

 Ladeira (2013 apud SAKAMOTO, 2016) afirma que quando indicado,


o choque inicial é aplicado de forma única, na energia máxima do
DEA ou do desfibrilador manual disponível (360 J no aparelho
monofásico ou 180 a 220 J no aparelho bifásico).

 É importante observar a diferença entre a Desfibrilação e a


Cardioversão, que eventualmente causam dúvidas entre os
profissionais. Na cardioversão elétrica, o procedimento eletivo no
qual se aplica o choque elétrico de maneira ‘sincronizada’, ou seja, a
descarga elétrica é liberada na onda R, no período refratário da
despolarização cardíaca.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
 Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR

 RITIMOS CHOCAVEIS: Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia


Ventricular sem pulso ( TV)
 Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do
miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves como a
TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle
do ritmo cardíaco.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR

 Enquanto o médico assume a responsabilidade quanto ao


desfibrilador, estabelecimento de uma via aérea avançada e
orientações sobre os medicamentos a serem administrados (dose e
frequência), a equipe de enfermagem necessita prestar assistência
de forma organizada, de acordo com cada competência, conforme
se observa a seguir:

a) Enfermeiro: controle do carro de emergência (preparo das


medicações) e do tempo (intervalo entre as medicações e
manobras de ressuscitação cardiopulmonar);
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR

b) Técnico de enfermagem responsável pelo paciente: à beira leito,


administrando as medicações solicitadas pelo médico;

c) Técnico de enfermagem auxiliar (“dupla): assistência ao médico


na execução da compressão torácica e suporte para demais
atividades que se fizerem necessárias;

d) O fisioterapeuta realiza os cuidados com a via aérea e ventilação


(AMBU/ventilador mecânico), conforme orientação médica.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 Os medicamentos mais utilizados na PCR são, de acordo com


Sakamoto (2016):

a) Epinefrina: vasopressor para ressuscitação, pode ser utilizada


logo após o início da PCR devido a um ritmo não chocável;

b) Lidocaína e amiodarona: ambas são indicadas para evitar


recorrência da fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem
pulso;
Parada cardiorrespiratória (PCR)

c) Difosfato de adenosina: a adenosina é recomendada como


segura e potencialmente eficaz para o tratamento e o diagnóstico
inicial da taquicardia de complexo largo monomórfica regular
indiferenciada;

d) Betabloqueadores: indicados para tratamento pós-PCR por FV ou


TVSP, pois estão relacionados com maior probabilidade de
sobrevivência.
No entanto, devem ser avaliados caso a caso, pois podem ocasionar
uma grave instabilidade hemodinâmica, exacerbar a bradiarritmia e
insuficiência cardíaca. Para alguns pacientes que já eram
cardiopatas e faziam uso de Betabloqueadores antes, indica-se
manter a prescrição para melhor prognóstico.
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 São observados também os materiais necessários para o suporte


ventilatório, que são:

a) Laringoscópio, com laminas de diferentes tamanhos;


b) Ambu;
c) Máscaras;
d) Cânulas de Guedel;
e) Pinça de Magill;
f) Tubos endotraqueais;
g) Cadarço para amarração do tubo;
h) Seringas de 10 e 20cc, sondas para aspiração;
Parada cardiorrespiratória (PCR)

 São observamos também os materiais necessários para o suporte


ventilatório, que são:

i) Luvas e máscaras para EPI da equipe;


j) Pontos de oxigênio;
k) Ar comprimido e vácuo;
l) Desfibrilador;
m) Eletrocardiógrafo.
Qual é o objetivo principal da RCP durante uma parada
cardiorrespiratória?
A
Parar a dor no peito.
B
Restaurar a circulação sanguínea.
C
Diminuir a temperatura corporal.
D
Aliviar a falta de ar.
E
Restaurar a circulação pulmonar.
Considerando as cadeias de sobrevivência para PCR em ambiente intra-hospitalar e
extra-hospitalar, no atendimento a pacientes adultos, analise as afirmativas seguir.

I No ambiente intra-hospitalar a cadeia de sobrevivência se inicia com o reconhecimento e a


prevenção precoce e, no ambiente extra-hospitalar, se inicia com a RCP de alta qualidade.
II A ressuscitação avançada é uma etapa que está presente somente na cadeia de
sobrevivência para ambiente extra-hospitalar.
III Os cuidados pós-PCR, incluindo o controle dos parâmetros respiratórios, é um etapa
comum para as duas cadeias de sobrevivência.

Está correto o que se afirma em


A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.
No contexto da assistência de enfermagem em urgência e
emergência, especialmente em situações de parada cardíaca,
assinale a alternativa que contém um ritmo chocável:
A
Taquicardia ventricular sem pulso.
B
Atividade elétrica sem pulso.
C
Nenhuma das alternativas.
D
Assistolia.
Em caso de parada cardiorrespiratória caracterizada por paciente sem resposta aos
estímulos externos, com respiração agônica (gasping) ou ausente e sem pulso central
palpável, a sequência de ações a serem implementadas é posicionar o paciente em
decúbito

A. Lateral direito em uma superfície com a cabeça elevada, iniciar a infusão de


amiodarona em bolus e proceder à ventilação.

B. Ventral em uma superfície plana, com a cabeça lateralizada, adaptar máscara para
ventilação e realizar punção venosa.

C. Elevado em uma superfície rígida, iniciar a administração de volume por via endovenosa
ou intraóssea e realizar o eletrocardiograma.

D. Lateral esquerdo em uma superfície rígida, aplicar uma carga do desfibrilador, iniciar a
ventilação e, após avaliação, as compressões cardíacas, se necessário.

E. Dorsal em uma superfície plana e rígida, iniciar compressões cardíacas, providenciar


abertura das vias aéreas e proceder à ventilação.
Um critério que caracteriza uma RCP de alta qualidade na assistência a um paciente
adulto em parada cardiorrespiratória é

A. Evitar ventilação excessiva.

B. Realizar até 100 compressões torácicas por minuto.

C. Comprimir o tórax do paciente com força suficiente que não ultrapasse 5cm.

D. Alternar os responsáveis pelas compressões torácicas a cada 4 minutos.

E.realizar 20 compressões para 5 ventilações, se não houver via aérea avançada.


Ao identificar que um adulto se encontra em parada cardiorrespiratória (PCR)
no ambiente extra-hospitalar, é imprescindível que uma cadeia de ações seja
realizada.
Sobre esse tema no contexto da PCR extra-hospitalar, a primeira ação a ser
realizada na cadeia de sobrevivência:
A. É a desfibrilação precoce.

B. São ventilações de alta qualidade.

C. São compressões de alta qualidade.

D. É o acionamento do serviço médico de emergência.

E. É a punção de acessos venosos seguros e calibrosos.


Com base nas medicações usadas na parada cardiorrespiratória (PCR),
assinale a alternativa CORRETA que aumenta a força de contração
cardíaca e a frequência cardíaca.

A. Adrenalina.
B. Atropina.
C. Dopamina.
D. Bicarbonato de sódio.
Assinale a alternativa que apresenta a recomendação de
ventilações por minuto em pacientes adultos com via aérea
avançada.

A. 6 ventilações por minuto com compressões torácicas contínuas

B. 6 ventilações por minuto sem compressões torácicas no momento

C. 10 ventilações por minuto com compressões torácicas contínuas

D. 10 ventilações por minuto sem compressões torácicas no momento

E. 12 ventilações por minuto sem compressões torácicas no momento


As Diretrizes de Reanimação da American Heart Association, 2020,
consideram como importantes ações no atendimento à parada cardíaca
súbita do adulto em ambiente pré-hospitalar, no que se refere ao impacto no
prognóstico das vítimas:

A. Administração imediata de adrenalina e desfibrilação precoce.

B. Desfibrilação imediata e punção de acesso venoso central para administração


de medicações.

C.RCP imediata e administração precoce de adrenalina.

D.RCP imediata e de alta qualidade, além de desfibrilação precoce.


Assinale a alternativa que apresenta corretamente o elo de sobrevivência em
sua respectiva sequência nos atendimentos de vitimas em parada
cardiorrespiratória intra-hospitalar.

A 2º elo: acionamento do serviço médico de emergência.

B 5º elo: cuidados pós PCR.

C 3º elo: desfibrilação.

D 1º elo: RCP de alta qualidade.

E4º elo: recuperação.


Emergências Digestivas –
Trauma abdominal
 As lesões abdominais não reconhecidas são uma das principais
causas de morte nos pacientes traumatizados.
 A morte pode ocorrer devido à perda intensa de sangue, em
decorrência de ferimentos nos órgãos.

 As lesões abdominais podem ser causadas por ferimentos


penetrantes ou por trauma fechado. Pode ocorrer lesão de
múltiplos órgãos, nos ferimentos penetrantes, embora isso seja
menos provável nos fermentos por arma branca que naqueles por
arma de fogo.
Emergências Digestivas –
Trauma abdominal
 A compressão se dá quando os órgãos abdominais são comprimidos
entre objetos sólidos, como, por exemplo, entre o volante e a
coluna vertebral.

 Forças de cisalhamento rompem órgãos sólidos ou vasos sanguíneos


na cavidade abdominal, devido à tração exercida sobre os
ligamentos de fixação e os vasos. O fígado e o baço podem se
romper e sangrar com facilidade e a perda de sangue pode ser
rápida.
Emergências Digestivas –
Trauma abdominal
 Observam-se os seguintes indicadores seguros para suspeitar a
presença de lesão abdominal:

a) Mecanismo de lesão ou estrago no carro;


b) Sinais externos de trauma;
c) Choque de causa não explicada;
d) Choque mais grave do que o explicado por outras lesões;
e) Presença de rigidez abdominal ou distensão.

 É importante salientar que o indicador mais confiável de


sangramento intra-abdominal é a presença de choque de origem
não explicada.
Emergências Digestivas –
Trauma abdominal
 Evisceração:

 A evisceração ocorre quando um segmento do intestino ou outro


órgão abdominal sai através de um ferimento, ficando fora da
cavidade abdominal.

 Não se deve tentar colocar o órgão de volta. O conteúdo deve ser


coberto com compressa estéril, umedecida com solução fisiológica,
regularmente, para evitar o ressecamento dos órgãos expostos.
Emergências Digestivas –
Trauma abdominal
 Objetos encravados:

 Um objeto encravado no abdômen nunca deve ser mobilizado ou


retirado antes que sua forma e localização tenham sido
identificadas radiologicamente.

 Se houver sangramento à volta do objeto, deve ser feita a pressão


direta em volta do ferimento, com a palma da mão, em torno do
objeto. O abdômen não dever ser apalpado, para que não provoque
mais laceração ou afunde ainda mais a ponta do objeto.
Emergências Digestivas –
Hemorragias digestivas
 As Hemorragias Digestivas (HD) são situações clínicas sem que há
uma quantidade anormal de sangue dentro do tubo digestivo.
Classificam-se em hemorragia digestiva alta (HDA) e hemorragia
digestiva baixa (HDB).
Emergências Digestivas –
Hemorragias digestivas
 Hemorragia digestiva alta (HDA):

 Neste tipo de hemorragia ocorre o sangramento proveniente do


tubo digestivo, decorrente de lesões localizadas entre o esôfago e o
ângulo de Treitz. As principais causas são:

• Ruptura de varizes esofagiana;


• Câncer de esôfago ou estômago;
• Ulcera péptica gastroduodenal;
• Gastrite erosiva medicamentosa
Emergências Digestivas –
Hemorragias digestivas
 Enquanto fatores de risco, observam-se: uso de bebidas alcoólicas,
politraumatismo, hepatopatia com hipertensão porta, distúrbios de
coagulação, medicamentos (AINES, ASS e anticoagulantes).

 Os principais sinais e sintomas da hemorragia digestiva alta são


observados a seguir:
• Hematêmese;
• Melena;
• Manifestações relacionadas à perda sanguínea – mucosas
decoradas, hipotensão arterial, taquicardia, sudorese, choque
hipovolêmico.
Emergências Digestivas –
Hemorragias digestivas
 O tratamento da HDA é feito a partir da lavagem gástrica, dieta zero
ou líquida, manutenção do estado hemodinâmico, administração de
medicações como ranitidina, omeprazol, somatostatina.

 O tratamento endoscópico (escleroterapia ou injeção endoscópica


do polímero) é indicado nos casos preditivos de ressangramento ou
de mau prognóstico, tratamento com o balão Sengstaken-
Blakemore (utilizado quando há falha no controle do sangramento,
impossibilidade de realizar EDA, ressecamento após 2 sessões de
escleroterapia) e tratamento cirúrgico.
Emergências Digestivas –
Hemorragias digestivas
 Hemorragia digestiva baixa (HDB):

 Na HDB ocorre sangramento proveniente do trato intestinal distal


ao ângulo de Treitz. Exterioriza-se por melena e/ou hematoquesia.
Observam-se para este tipo de hemorragia observam-se as
principais causas:

• Sangramento do intestino grosso;


• Pólipos em cólon; Hemorroidas;
• Doenças inflamatórias intestinais;
• Ulceras ou lacerações (reto ou ânus);
• Câncer de cólon;
• Colite isquêmica.
Emergências Digestivas –
Hemorragias digestivas
 Para a assistência de enfermagem nos sangramentos gerais com
sinais de choque são observados os seguintes procedimentos:

• Oferecer oxigênio por cateter nasal;


• Instalar 2 acessos venosos de grosso calibre;
• Iniciar reposição volêmica;
• Conforme rotina da instituição, colher sangue para prova
cruzada, hemograma e etc.;
• Realizar sondagem vesical de demora e monitorar diurese;
• Monitorar balanço hídrico;
• Manter dieta zero;
• Realizar lavagem intestinal até retorno limpo;
Emergências Digestivas –
Hemorragias digestivas
 Para a assistência de enfermagem nos sangramentos gerais com
sinais de choque são observados os seguintes procedimentos:

• Aferir sinais vitais rigorosamente.


• Se houver indicação realizar a sondagem gástrica e lavagem
gástrica, observando o aspecto da drenagem;
• Proporcionar acomodação segura e confortável para os
pacientes;
• Anotar todos os procedimentos que serão realizados no
paciente e comunicá-lo previamente.
Emergências do Sistema Tegumentar e
Musculoesquelético
 As emergências do sistema tegumentar e musculoesquelético são
aquelas advindas de ferimentos, traumas musculoesqueléticos,
fraturas e luxações, contusão e distensão, e queimaduras.
Ferimentos
 São qualquer rompimento de tecidos como mucosas ou pele que
resultam de uma agressão contra determinado segmento, podendo
ser por agressão física, química ou biológica. Constituem ameaças
por causar uma abertura nos tecidos, colocando em contato o meio
externo com o interno, aumentando o risco de infecções e
sangramentos.

 Tipos:
• Laceração: ruptura da pele com bordas irregulares, causadas por
instrumento grosseiros.
• Avulsão: tecidos desprendidos das estruturas de sustentação.
• Abrasão: pele desnuda, queimadura por fricção da pele contra
superfícies rígidas.
Ferimentos

 Tipos:
• Contusão: sangue preso sob a superfície da pele, causado por
impacto de um objeto rombudo de encontro ao corpo.
• Hematoma: massa de sangue semelhante a um tumor presa sob
a pele.
• Perfuração: incisão da pele com bordas bem definidas,
geralmente causadas por instrumentos pontiagudos.
• Cortes ou incisões: Incisão da pele com bordas bem definidas,
geralmente mais longa que funda.
• Moldada: feridas apresentando o contorno de um objeto que
causou (volante de carro).
Trauma musculoesquelético

 As lesões de extremidades, embora comuns nos traumatizados,


raramente apresentam riscos de vida, apenas quando o paciente
apresenta perda de sangue significativa por conta desta lesão.

 O trauma musculoesquelético pode ser classificado em três


principais tipos: trauma isolado sem risco de vida, trauma sem risco
de vida, mas associado a trauma multissistêmico com risco de vida,
e lesões musculoesqueléticas com risco de vida (fratura de bacia,
fêmur- risco de vida pela perda sanguínea).

 As lesões de extremidades resultam em dois problemas que exigem


tratamento ainda no atendimento pré-hospitalar: a hemorragia e as
instabilidades.
Hemorragias
 A hemorragia é o extravasamento de sangue de dentro dos vasos
através de uma lesão que ocasionou ruptura dos vasos. O sangue
vermelho escuro flui de capilares venosos, e o vermelho vivo com
fluxo pulsante é proveniente de uma arteira.

 A velocidade de sangue perdida e a velocidade da sua perda


determinarão a capacidade de o paciente compensar a perda ou
entrar em choque.
Hemorragias

 Controle de hemorragias externas:

 O tratamento das hemorragias externas envolve a aplicação de


pressão direta firme nas artérias envolvida em um ponto que seja
proximal à ferida.
 Muitos sangramentos podem ser estancados por pressão direta.

 É importante observar que um torniquete é aplicado em uma


extremidade unicamente como último recurso em casos em que a
hemorragia externa não possa ser controlada de nenhum outro
modo e uma cirurgia imediata não seja possível (BRUNNER, 2009).
Hemorragias

 Controle de hemorragias internas:

 Se o paciente não apresentar nenhum sinal visível de sangramento,


mas apresentar taquicardia, hipotensão, sede, ansiedade, pelo fria e
úmida, suspeita-se de hemorragia interna.
 Geralmente se administra o concentrado de hemácia para reposição
sanguínea e prepara-se o paciente para o tratamento definitivo
(cirurgia ou terapia farmacológica).
Instabilidade/fraturas e luxações
 As duas lesões que causam instabilidade de osso ou articulação são as
fraturas e as luxações:

 Fraturas:

 Denominam-se fraturas a interrupção na continuidade de um osso, sendo


definida de acordo com o seu tipo e extensão.
 As fraturas acontecem quando o osso recebe um impacto maior do que
aquele que pode receber.
 A lesão das estruturas pode ocorrer pela força que ocasionou a fratura ou
pelo movimento das extremidades pontiagudas do osso fraturado, podendo
lesar vasos sanguíneos, causando hemorragias interna ou externa, além de
lesar o tecido muscular e os nervos.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Tipos de fraturas :

Tipos de fratura
Instabilidade/fraturas e luxações
 Os principais sinais e sintomas são: dor, a perda da função, deformidade,
encurtamento de extremidade, crepitação, edema e mudança de cor.
 As formas de tratamento podem ser:

• Tratamento emergencial:
• Sempre que se suspeitar de uma fratura, é necessário que se realize a
imobilização.
• Durante este procedimento, deve-se segurar a extremidade distal e a
proximal ao local fraturado, para evitar os movimentos de rotação e
angular do membro afetado.
• Nas fraturas abertas, as feridas devem ser cobertas com compressa
estéril, para evitar contaminações dos tecidos mais profundos. Não se
deve, em hipótese alguma, tentar reduzir a fratura.
Instabilidade/fraturas e luxações

• Tratamento médico:
• O tratamento médico inclui redução, imobilização e recuperação
da função normal do membro afetado.

• Redução:
• É a restauração dos fragmentos da fratura ao alinhamento e à
rotação anatômica. Pode ser usada rotação aberta – os
fragmentos de algumas fraturas são reduzidos por abordagem
cirúrgica, colocando-se dispositivos de fixação, como por
exemplo: pinos metálicos, fios, parafusos, placas, pregos e
hastes. Na redução fechada: os ossos são colocados em
justaposição (extremidades em contato), é realizada por
manipulação ou tração manual.
Instabilidade/fraturas e luxações

• Imobilização:
• A imobilização pode ser feita por fixação interna (talas internas e
implantes metálicos) ou externa (bandagens, gesso, talas, tração
contínua e fixadores externos). Os fragmentos ósseos devem ser
imobilizados e mantidos em posição e alinhamento correto, até
que haja a consolidação total do osso.

• Assistência de enfermagem:
 Remover joias e relógios, para que não prejudique a circulação;
 Atentar para as queixas do paciente;
 Observar sempre a perfusão do membro imobilizado;
 Posicionar o paciente de forma correta e confortável;
 Estar atento a sinais e sintomas de complicações;
Instabilidade/fraturas e luxações

• Assistência de enfermagem:
 Depois da imobilização, considerar a elevação do membro
para diminuição do edema;
 Em caso de fratura com grande perda sanguínea, realizar a
reposição volêmica;
 Administrar medicações prescritas (analgésicos,
antibióticos).

 Atenção: em cada foco de fratura pode haver sangramento


importante devido a laceração de vasos ou pela lesão dos
músculos próximos ao local da fratura. Por exemplo, pode
ocorrer perda de 1000 a 2000 ml de sangue por coxa fraturada.
Outro local em que pode haver grande perda sanguínea é a
fratura da bacia.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Luxações

 É a separação dos dois ossos de uma articulação, causada por uma


ruptura significativa dos ligamentos. Os ossos se apresentam
literalmente “desconjuntados”, criando uma área de instabilidade
óssea, fazendo-se necessária a imobilização. Os indivíduos que já
tiveram luxações possuem ligamentos mais frouxos e podem estar
propensos a luxações mais frequentes, a menos que o problema
seja corrigido cirurgicamente.

 As luxações podem ser congênitas (presente no nascimento, como,


por exemplo: luxação no quadril), espontâneas ou patológicas
(doença de estrutura articular) e traumáticas (a articulação é
rompida por uma força).
Instabilidade/fraturas e luxações

 Sinais e sintomas:
• Dor aguda;
• Alterações no contorno das articulações:
• E comprimento da extremidade, perda da mobilidade normal e
alterações no eixo dos ossos em luxação.

 Tratamento:
• No hospital, o médico realiza a redução manual e imobiliza com
tala, gesso ou bandagens para preservar a função articular.
Utilizam-se analgésicos, anestésicos e relaxantes musculares
para diminuição da dor.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Tratamento:
• É importante salientar que as luxações são emergências
ortopédicas, porque os nervos associados à estrutura, o
suprimento sanguíneo e estruturas articulares podem estar
comprometidos, podendo levar à necrose vascular.

 Assistência de enfermagem:
• Manter a imobilização do membro;
• Atentar para queixas do paciente;
• Promover conforto ao paciente;
• Preparar e informar ao paciente sobre a redução da luxação;
• Preparar materiais para a redução;
• Administrar medicações prescritas.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Entorse:

 Trata-se de uma lesão em que


os ligamentos e fibras
musculares de sustentação
que circundam uma
articulação são estirados ou
até lacerados. Este ligamento
rompido perde sua capacidade
de estabilização. As entorses,
são causadas por torção ou
puxão violento.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Enquanto sinais e sintomas, observa-se a ruptura de vasos sanguíneos,


formando hematomas, edemas, tornando a articulação muito sensível
ao toque e ao movimento. As entorses se classificam em:

• I grau: há ruptura de apenas algumas fibras de ligamento. Há


edema leve, hipersensibilidade e dor ao mover a articulação.

• II grau: há ruptura de mais fibras. Há um grau maior de edema,


instabilidade articular e perda parcial da função articular.

• III grau: o ligamento se rompe totalmente: há dor interna,


movimento articular anormal, hipersensibilidade grave, edema
aumentado.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Amputação:

 Em casos de amputação por acidente, a parte do corpo é totalmente


separada de um membro, ficando sem irrigação sanguínea e, por
conseguinte, sem oxigenação e nutrição. Se não for prestado o
atendimento correto, esta parte do pode ter morte celular (necrose) e
não pode ser mais implantada.

 A avulsão é a laceração e desprendimento de partes moles. No início, o


sangramento pode ser volumoso, entretanto, o mecanismo de defesa
do corpo faz com que os vãos do local lesado se contraiam.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Princípios do atendimento para a parte amputada:

• A parte amputada deve ser limpa cuidadosamente com solução


de ringer lactato;
• Deve ser envolvido com compressas estéril umedecida com
solução de ringer lactato e colocar no saco plástico ou numa
caixa;
• Deve-se identificar o saco e colocá-lo em um recipiente com
gelo triturado;
• Não se deve colocar gelo diretamente na parte amputada.

 Quanto mais tempo a amputação fica sem oxigenação, menor é a


probabilidade de ser reimplantada.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Queimaduras

 A queimadura é observada enquanto um trauma de origem térmica


nos tecidos orgânicos, que resulta em dor e ansiedade. As lesões de
queimadura não se restringem apenas à pele.

 As grandes queimaduras podem causar lesões extensas e


multissistêmicas, podendo provocar lesões com risco de vida, pois
podem afetar indiretamente o rim, o coração, o trato
gastrointestinal e o sistema imune da vítima.
Instabilidade/fraturas e luxações

 As queimaduras têm como causas:


• Agentes térmicos: causados por vapor úmido, valor líquido,
calor, objetos e produtos aquecidos, água quente, chama, etc.;
• Agentes químicos: temos vários produtos capazes de produzir
queimaduras químicas. As lesões são resultados de exposição
prolongada e podem ser agravadas enquanto a substância
permanece na pele. Ex.: potássio, bário e hidróxido de sódio;
• Eletricidade: as queimaduras por corrente elétrica só
devastadoras. A lesão aparente pode não refletir com exatidão a
lesão causada;
Instabilidade/fraturas e luxações

 As queimaduras têm como causas:


• de raios-X, raios ultravioleta, nucleares, etc.;
• Agentes biológicos: animais (lagarta-de-fogo, água-viva, medusa,
etc.) e vegetais (o látex de certas plantas, urtiga, etc.).

 Manifestações clínicas:
• Destruição dos tecidos: depende do fator que causou e d
intensidade da exposição;
• Dor: na queimadura, milhares de filetes nervosos ficam expostos
e a passagem do ar por estes ambientes causam dor. Nas
queimaduras mais profundas, esta dor tende a diminuir devido à
destruição total dessas terminações;
Instabilidade/fraturas e luxações

 Manifestações clínicas:
• Perda local de líquido: dá-se a vasodilatação e o aumento da
permeabilidade capilar, causadas pelo calor que leva à
passagem de plasma para os tecidos ao redor;
• Infecção: a intensa destruição dos tecidos favorece a migração
de micro-organismos para as lesões e até mesmo para a
corrente sanguínea.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Fisiopatologia:
• As principais alterações fisiológicas que ocorrem num processo
de queimadura são: aumento de permeabilidade capilar e
edema; flictenas e edemas generalizados ocorrem devido ao
excesso de líquido intersticial que sai da queimadura.

• A lesão térmica determina a exposição do colágeno no tecido


afetado, levando à liberação de histamina. A histamina,
juntamente com outras cininas liberam prostaglandinas.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Fisiopatologia:
• Todos esses mediadores inflamatórios aumentam a
permeabilidade capilar aos líquidos com consequente edema.
Este acúmulo de líquido pode, muitas vezes, pode comprometer
a circulação sanguínea dos membros.

• As queimaduras se classificam quanto à profundidade em


primeiro, segundo e terceiro graus, e quanto à extensão em
pequeno, médio e grande queimado, conforme se observará a
seguir.
Instabilidade/fraturas e luxações

Profundade da queimadura
Instabilidade/fraturas e luxações

 Queimadura de primeiro grau:


As queimaduras de primeiro grau afetam apenas a epiderme, que é a
camada mais externa da pele. São avermelhadas e dolorosas, como,
por exemplo, a queimadura solar.

 Queimadura de segundo grau:


Envolve a epiderme e a derme, apresenta pele avermelhada e com
bolhas (flictenas), além de dor severa.

 Queimadura de terceiro grau:


Acomete a totalidade das camadas da pele, ossos, músculos, nervos e
vasos. O paciente apresenta pouca ou nenhuma dor. A queimadura se
aparenta cor branca, amarela ou marrom, não cicatriza
espontaneamente e necessita de enxerto.
Instabilidade/fraturas e luxações

 A extensão da queimadura é determinada por meio da avaliação da


porcentagem da superfície corporal que sofreu a queimadura. Este
sistema atribui porcentagem em múltiplos de nove . Esta estimativa
é necessária para que se realize o tratamento e a reposição volêmica
correta e evite complicações associadas ao choque hipovolêmico.

Extensão da queimadura
Instabilidade/fraturas e luxações

 Pequeno queimado:
Queimaduras de primeiro grau em qualquer extensão e/ou de
segundo grau com área corporal atingida até 5% em crianças
menores de 12 anos e 10% em maiores de 12 anos.

 Médio queimado:
Queimaduras de segundo grau, com área corporal atingida entre
5% a 15% em menores de 12 anos e 10% e 20% em maiores de 12
anos, ou de terceiro grau, com até 10% da área corporal atingida
em adultos, quando não envolver face ou mão ou períneo ou pé, e
menor que 5% nos menores de 12 anos ou qualquer queimadura
de segundo grau envolvendo mão ou pé ou face ou pescoço ou
axila.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Grande queimado:
Queimaduras de segundo grau, com área corpora atingida maior
do que 15% em menores de 12 anos ou maior de 20% em maiores
de 12 anos, ou queimaduras de terceiro grau, com mais de 10% da
área corporal atingida no adulto e maior que 5% nos menores de
12 anos, ou queimaduras no períneo ou por corrente elétrica, ou
de mão ou pé ou face ou pescoço ou axila, que tenha terceiro grau.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Indicação de internação hospitalar:


• Lesão por inalação;
• Queimadura de terceiro grau em qualquer grupo etário;
• Queimadura de face, mãos, pés, genitália e região perineal;
• Queimadura elétrica;
• Intoxicação por fumaça;
• Lesões de via aéreas;
• Lesões de terceiro grau, atingindo mias de 10% da SCQ adulto e
5% em crianças;
• Lesões de segundo grau, atingindo área superior a 20% adulto e
10% em crianças.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Princípios básicos para o atendimento à vítima de queimadura:


• Avaliação do comprometimento das vias áreas;
• Estabilidade hemodinâmica;
• Controle rigoroso do balanço hidroeletrolítico.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Assistência de enfermagem:
• Como toda a vítima de trauma, segue-se o protocolo do trauma
ACB, observando-se:
• Fazer a abordagem das vias áreas, aferindo a frequência
respiratória, atentando para queimaduras de pelos nasais, cílios
e sobrancelhas, tosse ou rouquidão;
• Administrar O2 conforme prescrição e, se necessário, preparar o
material para intubação;
• Manter acessos venosos calibrosos e seguros;
• Atentar para sinais de confusão mental, cianose perilabial,
agitação psicomotora, bem como sinais de instabilidade
hemodinâmicas;
Instabilidade/fraturas e luxações

 Assistência de enfermagem:
• Remover roupas de formas delicada;
• Controlar a hipotermia;
• Determinar a extensão da lesão, o que ocasionou e
profundidade;
• Realizar sondagem vesical nos pacientes graves e aqueles que
tiverem lesão de genitais;
• Monitorar rigorosamente o balanço hídrico;
• Controlar a dor administrando medicações prescritas;
• Caso necessário, realizar sondagem gástrica;
• Informar ao paciente todos os procedimentos que serão
realizados;
Instabilidade/fraturas e luxações

 Assistência de enfermagem:
• Tratar a queimadura conforme protocolo do serviço;
• Realizar a profilaxia antitetânica;
• Oferecer apoio psicológico;
• Auxiliar no cuidado às feridas;
• Aferir SSVV.
Instabilidade/fraturas e luxações

 Complicações das queimaduras:


• Alterações no sistema respiratório:
• Alterações no sistema gastrointestinais;
• Lesão renal;
• Infecções locais podendo evoluir para septicemia;
• Sequelas funcionais e estéticas que prejudicam a autoestima do
paciente;
• Choque.
Afogamento
• Afogamento é a entrada de líquido nas vias aéreas
(traqueia, brônquios ou pulmões), causada por
afundamento ou mergulho.
• Provoca falta de oxigênio no sangue afetando todos os
órgãos e tecidos.
• Primeiro elo – Prevenção: É a parte mais importante do processo, uma vez
que é capaz de evitar toda a cadeia de atendimento.

• Segundo Elo – Reconhecer o afogamento + Pedir para ligarem 193


(bombeiros): Nessa segunda etapa faz-se necessário reconhecer vítimas que
estão se afogando e imediatamente chamar por ajuda.

• Terceiro Elo – Fornecer flutuação: Após reconhecer que a vítima está se


afogando e acionar o serviço de resgate é possível ajudar a vítima, sem entrar
na água, fornecendo uma flutuação. Ao fornecer o material para flutuação
solicite à vítima que se acalme, informe que já foi requisitado ajuda e
recomende que ela se apoie na estrutura fornecida em posição vertical para
evitar aspiração e vômito.

• Quarto Elo – Retirar a vítima da água: caso esteja seguro para isso: É de
extrema importância reconhecer que só é possível realizar a retirada da vítima
da água em ambientes seguros e se o socorrista tiver o treinamento adequado
para isso, uma vez que, ao entrar na água sem o conhecimento de resgate
adequado, há uma grande chance de afogamento e, com isso, o socorrista
pode se torna uma segunda vítima.
• Quinto Elo – Suporte de Vida: Consiste em toda a ação para
prestar a assistência adequada à vítima assim que ela estiver em
terra firme. Esse conteúdo será explorado na parte de “Manejo do
Paciente” a seguir.

• 1) Suporte Básico de Vida

• O suporte básico de vida a vítima de afogamento é composto pela aplicação de


técnicas de abertura de via aérea, resgate respiratório e manobras de reanimação
cardiopulmonar, em terra firme, dependendo do comprometimento da vítima.
• O manejo desses pacientes é baseado em três cenários:
1. Caso a vítima esteja consciente e respirando: Observar a vítima e colocá-la em
posição lateral de segurança (decúbito lateral);
2. Caso a vítima esteja inconsciente e respirando: Observar a vítima e colocá-la em
posição lateral de segurança (decúbito lateral);
3. Caso a vítima esteja inconsciente e sem respiração: Abertura de vias aéreas e
realização da ventilação de resgate. Esta deve ser iniciada assim que a vítima
estiver em uma superfície estável, sendo feita primeiramente a abertura da via aérea
seguida de cinco respirações de resgate. Caso não
• Classificação do Afogamento:
• Grau 1: a vítima só tosse e pode ser liberada do local;
• Grau 2: a vítima tem pouca espuma na boca e/ou nariz;
• Grau 3: a vítima apresenta muita espuma na boca e/ou nariz
e tem pulso radial;
• Grau 4: a vítima apresenta muita espuma na boca e/ou nariz
sem pulso radial;
• Grau 5: se encontra em parada respiratória;
• Grau 6: se encontra em parada cardiorrespiratória .
Posição de recuperação
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
• Consiste em todo aquele indivíduo que, tendo sido exposto a
substâncias químicas (agrotóxicos, medicamentos, produtos de uso
doméstico, cosméticos e higiene pessoal, produtos químicos de uso
industrial, drogas, plantas e alimentos e bebidas).
• A gravidade das intoxicações é determinada por diversos fatores,
dentre eles:
• O grau de toxicidade do agente:
• A quantidade de substância a que o paciente foi exposto;
• O tempo decorrido entre o acidente e a intervenção médica;
• Além de fatores do próprio indivíduo, como idade e competência
imunológica.
O que fazer?

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