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Jhennifer Chaves de Souza

Psicologia primeira fase.

Órgãos dos sentidos especiais

VISÃO

A visão é um dos cinco sentidos, e os olhos são os órgãos responsáveis por esse
sentido tão importante para os animais vertebrados.

A visão é um dos órgãos dos sentidos, e é por meio desse sentido que temos a
capacidade de enxergar tudo à nossa volta.

Os olhos são os órgãos responsáveis pelo sentido da visão. Eles se encontram no


interior de cavidades ósseas, chamadas de órbitas oculares, e são revestidos por
uma camada de tecido conjuntivo fibroso chamado de esclerótica. Na esclerótica
estão inseridos os músculos que movem os globos oculares; além disso, ela
apresenta, na parte anterior do olho, uma área transparente com maior curvatura,
chamada de córnea. Entre a córnea e o cristalino encontramos um líquido fluido que
preenche a câmara anterior do olho, chamado de humor aquoso.

Logo abaixo da esclerótica encontramos a coróide, uma película dotada de vasos


sanguíneos e melanina que tem a função de nutrir e absorver a luz que chega à
retina. Na parte anterior da coróide localiza-se a íris, estrutura muscular de cor
variável. Na íris há um orifício central que chamamos de pupila. É por esse orifício
que há a entrada da luz no globo ocular. A íris é a responsável por regular a
quantidade de luz que entra no olho.

Observe que quando estamos em um ambiente mal iluminado, o orifício da pupila


aumenta e permite a entrada de maior quantidade de luz. Quando estamos em
locais muito claros, o orifício da pupila diminui, de forma a não nos ofuscar, e não
deixar que a luminosidade em excesso prejudique as células da retina.

O cristalino se situa atrás da íris e é uma lente biconvexa que orienta a passagem
de luz até a retina. Está cercado por fluidos na parte anterior e posterior. Na parte
anterior, há uma câmara preenchida pelo humor aquoso, enquanto que na parte
posterior, há uma câmara preenchida com um líquido viscoso e transparente
chamado de humor vítreo. Com a chegada da idade, o cristalino pode perder a sua
transparência normal, dificultando a visão – é o que chamamos de catarata.

A retina é uma membrana mais interna e se encontra abaixo da coróide. Ela possui
dois tipos de células fotossensíveis, os cones e os bastonetes.

Os bastonetes são células extremamente sensíveis à luz, sendo muito importantes


em situações de pouca luminosidade. Essas células são encontradas em grandes
quantidades na retina dos animais com hábitos noturnos.

Os cones são as células capazes de distinguir as cores. Eles são menos sensíveis à
luz e fornecem uma imagem mais nítida, rica em detalhes. No olho humano
encontramos três tipos de cones: um que se excita com a luz vermelha, outro que
se excita com a luz verde, e o terceiro que se excita com a luz azul.

Na retina existem duas regiões: uma chamada de fóvea e outra chamada de ponto
cego. A fóvea se situa no local onde a imagem do objeto é projetada, e nessa região
encontramos apenas cones, o que maximiza a qualidade visual. Na região do ponto
cego não encontramos cones nem bastonetes. O ponto cego se encontra no fundo
do olho e é insensível à luz​.
AUDIÇÃO

Nossos ouvidos também nos ajudam a perceber o que está ocorrendo a nossa
volta. Além de perceberem os sons, eles também nos dão informações sobre a
posição de nossos corpos, sendo parcialmente responsáveis por nosso equilíbrio.

O pavilhão auditivo (orelha externa) concentra e capta o som para podermos ouvir
os sons da natureza, diferenciar os sons vindos do mar do som vindo de um
automóvel, os sons fortes e fracos, graves e agudos.

Por possuirmos duas orelhas, uma de cada lado da cabeça, conseguimos localizar a
que distância se encontra o emissor do som. Percebemos a diferença da chegada
do som nas duas diferentes orelhas. Desse modo, podemos calcular a que distância
encontra-se o emissor. Nossas orelhas captam e concentram as vibrações do ar, ou
melhor, as ondas sonoras, que passam para a parte interna do nosso aparelho
auditivo, as orelhas médias, onde a vibração do ar faz vibrar nossos tímpanos - as
membranas que separam as orelhas externas das médias.

Essa vibração, por sua vez, será transmitida para três ossículos, o martelo, a
bigorna e o estribo. Através desses ossos, o som passa a se propagar em um meio
sólido, sendo assim transmitido mais rapidamente. Assim, a vibração chega à janela
oval - cerca de vinte vezes menor que o tímpano - concentrando-se nessa região e
amplificando o som.
Da orelha interna, partem os impulsos nervosos. Nosso aparelho auditivo consegue
ampliar o som cerca de cento e oitenta vezes até o estímulo chegar ao nervo
acústico, o qual levará a informação ao cérebro. Quando movemos a cabeça,
movimentamos também os líquidos existentes nos canais semicirculares e no
vestíbulo da orelha interna. É esse movimento que gera os estímulos que dão
informações sobre os movimentos que nosso corpo está efetuando no espaço e
sobre a posição da cabeça, transmitindo-nos com isso a noção de equilíbrio.

A orelha e o equilíbrio

A orelha é mais conhecida como o órgão do sentido da audição, mas ela também
ajuda a manter o equilíbrio – a orientação postural – e o senso de direção. Dentro
da orelha interna, há um “equipamento” de percepção de equilíbrio: os canais
semicirculares, também chamados de labirinto que são preenchidos por líquido.
Essas estruturas não participam do processo de audição. Quando movimentamos a
cabeça, o líquido se desloca dentro dos canais. O deslocamento desse líquido
estimula nervos específicos, que enviam ao cérebro informação sobre a posição do
nosso corpo em relação ao ambiente. O nosso cérebro interpreta a mensagem e
comanda os músculos que atuam na manutenção do equilíbrio do corpo.

OLFATO

O olfato é um dos cinco sentidos. O principal órgão responsável pelo olfato, nos
humanos, é o nariz. Comparados a outros mamíferos, os seres humanos possuem o
olfato pouco desenvolvido.
Em nosso nariz, o ar entra pelas fossas nasais e vai em direção à cavidade nasal,
onde ele é umedecido, aquecido e purificado. No teto da cavidade nasal,
encontramos a mucosa olfativa, também chamada de mucosa amarela, composta
de células olfativas, cujos prolongamentos ficam mergulhados na camada de muco
que cobre as cavidades nasais. As moléculas de cheiro que ficam dissolvidas no ar
entram pelas fossas nasais, chegando até a cavidade nasal, onde se dissolvem no
muco e atingem os prolongamentos das células olfativas. As células olfativas
mandam impulsos para o sistema nervoso, onde as sensações olfativas serão
interpretadas e produzidas.

Na região inferior da cavidade nasal, encontramos outra mucosa, chamada de


mucosa vermelha. Essa mucosa é rica em vasos sanguíneos e possui glândulas
secretoras de muco que umedecem a região. Quando estamos resfriados, a
produção de muco por essas glândulas aumenta, deixando o nariz obstruído.

Poucas moléculas dispersas no ar já são suficientes para estimular a mucosa


olfativa, causando-nos a sensação de odor. Quanto maior for a concentração de
moléculas odoríferas no ar, mais os receptores olfativos serão estimulados e maior
será a nossa sensação de cheiro.

PALADAR

Mesmo com os olhos vendados e o nariz tapado, somos capazes de identificar um


alimento que é colocado dentro de nossa boca. Esse sentido é o paladar.
Partículas se desprendem do alimento e se dissolvem na nossa boca, onde a
informação é transformada para ser conduzida até o cérebro, que vai decodificá-la.
Os seres humanos distinguem as sensações de doce, salgado, azedo e amargo
através das papilas gustativas, situadas nas diferentes regiões da língua. Para
sentirmos os diferentes sabores, os grupamentos atômicos dos alimentos são
dissolvidos pela água existente em nossa boca e estimulam nossos receptores
gustativos existentes nas papilas.

EQUILÍBRIO

O equilíbrio do corpo humano está totalmente relacionado ao nosso órgão da


audição: o ouvido. Ele comporta o aparelho vestibular ou labirinto, formado por
utrículo, sáculo e canais semicirculares.

Nos canais circulares encontram-se células sensoriais denominadas estereocílios.


São essas células que enviam ao cérebro informações sobre a posição do corpo e
que trabalham para manter nosso equilíbrio.

No interior do utrículo e do sáculo existe uma substância gelatinosa com otólitos


(grãos de carbonato de cálcio), que, a qualquer movimento corporal, tocam as
células sensoriais (estereocílios). A partir desse toque, as células sensoriais
transmitem ao cérebro as informações sobre a posição do corpo.

Perdemos o equilíbrio quando nosso corpo se movimenta tão rapidamente que,


quando o cérebro recebe das células sensoriais a informação sobre o movimento, o
corpo já está parado novamente. O cérebro, portanto, recebe uma informação
incompatível com a atual situação do corpo, o que nos faz experimentar uma
sensação de tontura.

É exatamente por causa dessa relação do equilíbrio do corpo com o labirinto que a
pessoa com labirintite (processo infeccioso que atinge o labirinto) sente vertigens,
tonturas, zumbidos no ouvido e náuseas.

Órgãos sentidos gerais.


TATO

O sentido do tato é um dos cinco sentidos, mas, diferentemente dos outros sentidos,
ele não é encontrado em uma região específica do corpo, e sim em todas as regiões
da pele.

A nossa pele é o maior órgão do corpo humano. Ela é repleta de terminações


nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Cada
terminação nervosa ou receptor cutâneo é especializado na recepção de estímulos
específicos, sendo que cada receptor tem um axônio e, com exceção das
terminações nervosas livres, todos eles fazem associação com tecidos não
neurais.As regiões da pele que apresentam pelos possuem, nos folículos capilares,
terminações nervosas específicas, cujos axônios envolvem o folículo piloso,
captando as forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Nessas regiões também
podemos encontrar os receptores de Ruffini, também chamados de corpúsculo de
Ruffini, que são estimulados quando a pele é distendida.

Podemos encontrar três tipos de receptores na pele: os corpúsculos de Pacini ou de


Vater-Pacini; os corpúsculos de Meissner e os discos de Merkel.

Os corpúsculos de Pacini são especializados em captar estímulos vibráteis e táteis.


Os corpúsculos de Meissner são encontrados nas regiões da pele que não
apresentam pelos e são especializados em captar estímulos táteis. Os discos de
Merkel são especializados na captação de estímulos táteis e também de pressão.

Nas regiões da pele que são desprovidas de pelo podemos encontrar os bulbos
terminais de Krause, que são receptores térmicos de frio. Eles podem ser
encontrados nas partes limítrofes da pele, como ao redor dos genitais e dos lábios.
As terminações nervosas livres, como os receptores de dor, acusam estímulos
mecânicos, térmicos, químicos e especialmente dolorosos.

O sentido do tato é o primeiro sentido a se desenvolver no homem e é


importantíssimo para o crescimento, desenvolvimento e aprendizado da criança,
pois por meio do toque ela consegue receber estímulos de outras pessoas,
adquirindo confiança e autoestima. Além disso, o tato é o único sentido que se
conserva atento no período em que o indivíduo está dormindo, funcionando como
uma espécie de guarda do sono.

TEMPERATURA
A temperatura do corpo humano é controlada por uma área do cérebro chamada
hipotálamo, que age como um termostato ajustado para manter os órgãos internos a
37℃. Esse objetivo é alcançado por meio do equilíbrio entre a perda de calor pelos
órgãos periféricos (pele, vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas etc.) em contato
com o ambiente e a produção de calor pelo processo metabólico dos tecidos
internos.

Quando o organismo é agredido por um agente externo ou por uma doença dos
órgãos internos, o termostato pode elevar a temperatura dois ou três graus acima
dos valores habituais, o que caracteriza a febre.

DOR
Dor é uma experiência sensorial ou emocional desagradável que ocorre em
diferentes graus de intensidade – do desconforto leve à agonia –, podendo resultar
da estimulação do nervo em decorrência de lesão, doença ou distúrbio emocional.

É uma experiência complexa que envolve o estímulo de algo nocivo e as respostas


fisiológicas e emocionais a um evento.

Em casos de dores fisiológicas, a percepção ocorre graças à nocicepção:


terminações nervosas independentes dos neurônios localizadas fora da coluna
espinhal, no gânglio de raiz dorsal, são estimuladas mecânica, elétrica, térmica e
quimicamente, transmitindo seus sinais por fibras nervosas até os neurônios
sensoriais da medula.

Este processo libera glutamato, um neurotransmissor responsável por enviar a


informação de neurônio a neurônio até o tálamo. Lá, a mensagem é distribuída ao
cérebro, onde ocorre o reconhecimento consciente da dor.
A percepção da dor pode variar não somente de uma pessoa para outra, mas
também de acordo com a cultura, sendo transformada por muitos fatores. Portanto,
é uma resposta subjetiva: cada indivíduo aprende a sensação por meio de
experiências relacionadas com lesões no início da vida.

PROPRIOCEPÇÃO
A propriocepção é a capacidade que o próprio corpo tem de avaliar em que posição
se encontra a fim de manter o perfeito equilíbrio parado, em movimento ou ao
realizar esforços.
A propriocepção acontece porque existem os proprioceptores que são células que
se encontram nos músculos, tendões e articulações e que enviam as informações
ao Sistema Nervoso Central que irá organizar a parte do corpo, mantendo a posição
sua correta, parado ou em movimento.A propriocepção é muito importante para
manter o equilíbrio corporal, juntamente com o sistema vestibular que se encontra
dentro do ouvido e o sistema visual, que também são fundamentais para ficar de pé,
sem desequilibrar.
Quando o sistema proprioceptivo não está devidamente estimulado existe um maior
risco de quedas e entorses, e por isso é importante o seu treino em praticantes de
atividade física, mas também como fase final da reabilitação de todos os casos de
traumato-ortopedia.
A propriocepção, também é chamada de cinestesia, e pode ser classificada como:
Propriocepção consciente: acontece através de proprioceptores, que permitem
andar sobre uma corda bamba, sem cair;
Propriocepção inconsciente: ​são atividades involuntárias executadas pelo sistema
nervoso autônomo para regular as batidas do coração, por exemplo.
Realizar exercícios de propriocepção em consultas de fisioterapia é importante, não
só para melhorar o equilíbrio e os movimentos precisos do corpo, mas também para
evitar a piora de lesões esportivas, como distensão muscular, ensinando o corpo
como se movimentar para proteger a área afetada.

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