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Então vejam, uma artrose de origem mecânica você observa logo uma alteração do eixo
de cada movimento. Esse ângulo entre o fêmur e o quadril está normalmente entre 135°
a 145° (Essa alteração é que levou a artrose, e não vice e versa).
Em crianças, com displasia do desenvolvimento do quadril, que se chamava de luxação
congênita, quando você não centraliza o acetábulo, a cabeça do fêmur no acetábulo
pode ficar com a coxa vara (diminuindo o ângulo de 135° até 90°) ou com a coxa valga
(aumentando o ângulo, e esse aumento resulta em um deslocamento do centro de
gravidade ou pra dentro ou pra cima). Pode ter sido fratura não consolidada ou lesão
congênita (no caso que ele mostra que não identifiquei).
Fala agora de uma artrose de origem metabólica, você observa que o eixo está proximo
de 135°, ou seja, próximo do eixo normal e ela acabou desfazendo a parte articular. A
cabeça diminuiu, vê-se uma atrofia tanto do fêmur como do acetábulo.(Isso não vem de
osteoporose, é de uma inflamação do líquido sinovial).
Isso aqui todo mundo todo mundo tem que saber, até um ginecologista pra diferenciar
de dor pélvica, clínico tem que saber, reumato, gastro, pediatra pra saber das displasias
de desenvolvimento do quadril.. Enfim todos tem que saber.. Lembrando que o exame
físico tem que ser feito com paciente deitado.
Fala mais um vez de exame físico e diz que articulações de carga como o joelho, elas
tem que ser avaliadas com carga. Por exemplo, na suspeita de artrose de joelho você
pede para o paciente ficar em pé "sobre os dois pés", depois em uma perna só apoiando
aquela "perna suspeita" e muitas vezes vê-se que nesses casos acentua-se o
valguismo/varismo. Se for deitado eu não verei com tanta exuberância. Então nesses
casos, o Rx tem que ser COM CARGA!!
No exame físico devemos procurar se tem joelho globoso, Isso significa que numa
artrose o corpo entende que tem que produzir mais líquido sinovial e o joelho fica
inchado, globoso. Além disso, o líquido sinovial fininho, o normal, não tá funcionando
então ele tende a ficar mais espesso e o joelho começa a adquirir formato de globo.
No joelho normal, o líquido sinovial é assim, mais claro, mais transparente. No joelho
doente, é um liquido mais denso, mais espesso.
Observe que aqui ainda tem um pequeno espaço articular e aqui não tem, já está osso
com osso, isso dói tremendamente, é insuportável. Olha ele aqui como é que fica em
uma secção transversal, osso com osso mesmo. Estão vendo aqui? Destrói tudo. Então é
uma artrose grave, grau IV e não há mais o que fazer a não ser operar. Qual é o
problema? Uma artrose para chegar em um grau IV, é um pct idoso que foi pouco
tratado. Geralmente esses pacientes idosos cursam com outras doenças e a cirurgia de
recolocação de joelho, prótese, é uma cirurgia muito grande. Tem que tirar esse joelho e
colocar um de aço no lugar. A questão é que esse pct geralmente tem comorbidades,
com sobrepeso, diabetes (pct diabético isso não consolida), hipertensão, alguma
insuficiência cardíaca. Então é complicado, você não vai colocar em risco a vida do
doente.
Quando é um joelho valgo ou varo, pode-se fazer a osteotomia. Se for varo, osteotomia
na tibia; se for valgo, osteotomia no fêmur. Uma osteotomia de tíbia é muito mais
simples, mais fácil de consolidar do que uma de fêmur.
Para consolidar uma fratura precisa-se de um graus de carga depois da terceira fase de
consolidação. Aqui já tem uma linha esclerótica, discreta, e um pequeno pinçamento
desses vasos, quase normal. Essa linha esclerótica já diz que está havendo uma
sobrecarga mecânica nesse joelho. Então uma das causas de sobrecarga mecânica é
assimetria dos membros inferiores. Palpa-SE crista-ilíaca para ver assimetria. Pede
escanometria, se tiver diferença pede-se uma palmilha. Se não tiver diferença e o pct
estiver desse jeito aqui, pode-se mudar os hábitos de calçado, usar mais amortecimento,
corrigir a pisada com palmilhas com elementos proprioceptivos, pode estimular a
formação de arco plantar com equitação(?), pode-se estimular a correção da supinação
com tênis para pé hipersupinado. Então são medidas segundárias que vão prolongar a
vida útil dessa articulação
Devemos agir preventivamente. É muito ruim quando o pct chega nesse estágio aqui.
Chega aquela pct bem pesada, com dor intensa e não fez nada até chegar nesse estado,
como emagrecer, usar cálcio, fisioterapia, uso incorreto de sapato, etc. Então, daqui pra
cá que ele poderia levar 40 anos, ela leva 10. No grau IV há um atrito muito grande, e
isto é terrível.
Olha aqui o componente medular da prótese. Essa prótese do meio é uma prótese de
revisão. A prótese inicial ela é mais contínua, ela tem um componente medular com ?
(52’31’’). Essa aqui é diferente, tem um componente medular mais longo. Essa é
utilizada pra cânceres ou para substituir essa, levando em média 10 anos para. Então
como eu já usei esse tanto de osso aqui, eu preciso colocar uma mais longa para
substituir anterior. Paciente satisfaz-se com a prótese porque não há mais dor. Deve-se
retirar toda essa área desgastada ainda tem que aproveitar esse momento para corrigir
esse eixo, o desvio. E aqui a mesma coisa, tem que cortar quase a nível condilar, e
também se corta látero-lateral.