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Ósteo Articulação

O sistema articular é formado pelas articulações ou junturas. Essas estruturas


podem ser definidas como o local de conexão existente entre dois ou mais ossos. As
articulações garantem, portanto, a união e a movimentação dos ossos, permitindo
que nosso esqueleto permaneça estável independentemente da atividade que
realizamos.

01
Classificação Das Articulações

As articulações podem ser classificadas utilizando vários critérios. Uma dessas


classificações utiliza como critério o material encontrado entre as peças ósseas e
separa as articulações em: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.

⇒ Fibrosas: apresentam entre as peças que se articulam tecido conjuntivo fibroso.


Elas podem ser classificadas em suturas, sindesmoses e gonfoses.
- Suturas: Essas articulações são típicas do crânio. Logo após o nascimento,
percebe-se uma grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso entre os ossos do
crânio. Com o desenvolvimento, ocorre a calcificação desse tecido. Essa é uma
articulação, portanto, imóvel.
- Sindesmoses: Nessas articulações, há um pouco de movimento. Pode ser
observada na articulação tibiofibular inferior.
- Gonfoses: Essa articulação é aquela encontrada entre a raiz do dente e o alvéolo.
Alguns autores não a consideram uma articulação, uma vez que o dente não faz
parte do esqueleto.
Cartilaginosas: Nesse caso, o tecido encontrado entre as peças ósseas é
o cartilaginoso.
- Sincondroses: Nessas articulações, as peças ósseas são unidas por cartilagem
hialina, e seus movimentos são limitados. Como exemplo desse tipo de articulação,
podemos citar aquele presente entre a primeira costela e o osso esterno.
- Sínfises: Nessas articulações, encontramos cartilagem fibrosa. A mobilidade nessa
articulação também é reduzida. As sínfises podem ser observadas nos ossos do
quadril, os quais formam a sínfise púbica.

⇒ Sinoviais: Essas articulações apresentam como principal característica a


capacidade de movimentação. Nelas é observada uma cápsula que liga as
extremidades dos ossos e delimita a cavidade articular, que é cheia de líquido. Esse
líquido é denominado de líquido sinovial e possui uma grande quantidade de ácido
hialurônico, o qual ajuda a lubrificar as superfícies da articulação.
As articulações sinoviais são observadas na união entre ossos longos. A articulação
do joelho é um exemplo desse tipo de articulação.
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Osteoartrite (OA)

A osteoartrite e uma doença crônica que danifica a cartilagem e os tecidos circundantes e


caracteriza-se pó dor, rigidez e perda de função.
O distúrbio articular mais comum, geralmente começa quando a pessoa tem
entre 40 e 50 anos e afeta quase todas as pessoas em algum grau por volta dos 80
anos. Antes dos 40 anos, os homens desenvolvem osteoartrite com mais
frequência do que as mulheres, geralmente devido a lesão ou deformidade. Muitas
pessoas têm alguma evidência de osteoartrite em radiografias (geralmente aos 40
anos), mas apenas metade dessas pessoas têm sintomas. A partir dos 40 anos e
até os 70, as mulheres desenvolvem a doença com mais frequência do que os
homens. Depois de 70 anos de idade, a doença se desenvolve em ambos os sexos
igualmente.

03
Classificação Da Osteoartrite

 Primária
 Secundária
Na osteoartrite primária (ou idiopática), a causa não é conhecida (como na grande
maioria dos casos). A osteoartrite primária pode afetar apenas certas articulações,
como o joelho, ou muitas articulações.
Na osteoartrite secundária, a causa é devido a outra doença ou quadro clínico, tal
como
 Uma infecção
 Uma anormalidade articular que surgiu no nascimento
 Uma lesão
 Um distúrbio metabólico – por exemplo, excesso de ferro no corpo
(hemocromatose) ou excesso de cobre no fígado (doença de Wilson)
 Uma doença que lesionou a cartilagem articular – por exemplo, artrite
reumatoide ou gota
Algumas pessoas que forçam uma articulação ou grupo de articulações, como os
trabalhadores de fundição, agricultores, mineiros de carvão e motoristas de ônibus,
estão particularmente em risco. O principal fator de risco para osteoartrite do joelho
é ter uma profissão que envolve a flexão da articulação. Curiosamente, corrida de
longa distância não aumenta o risco de desenvolver a doença. No entanto, se a
osteoartrite se desenvolver, esse tipo de exercício, geralmente faz com que o
distúrbio piore. A obesidade pode ser um fator importante para o desenvolvimento
de osteoartrite, particularmente do joelho e especialmente em mulheres.

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Causas Osteoartrite

Normalmente, a cartilagem diminui o nível de atrito nas articulações, protegendo-


as do desgaste, mesmo após anos de uso normal, uso excessivo ou lesões. A
osteoartrite é causada, na maioria das vezes, por lesão tecidual. Numa tentativa de
reparar uma articulação danificada, elementos químicos se acumulam na
articulação e aumentam a produção dos componentes da cartilagem, como o
colágeno (uma proteína fibrosa resistente no tecido conjuntivo) e proteoglicanos
(substâncias que fornecem elasticidade). Em seguida, a cartilagem pode inchar por
causa da retenção de líquidos, tornam-se sensível e, em seguida, desenvolver
fissuras na superfície. Cavidades minúsculas se formam no osso abaixo da
cartilagem, enfraquecendo-o.
A tentativa dos tecidos em reparar a lesão pode levar ao crescimento de osso
novo e outros tecidos. O osso pode crescer demais nas bordas da articulação,
causando colisões (osteófitos) que podem ser vistas e sentidas. Em última análise,
a superfície lisa e deslizante da cartilagem torna-se áspera e perfurada, de modo
que a articulação já não pode mover-se suavemente e absorver impacto. Todos os
componentes da articulação — osso, cápsula articular (tecidos que envolvem a
maioria das articulações), tecido sinovial (tecido que reveste a cavidade articular),
tendões, ligamentos e cartilagem — apresentam deficiências em várias formas,
alterando, assim, a função de articulação.

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Sintomas da Osteoartrite

Geralmente, os sintomas da osteoartrite desenvolvem-se gradualmente e afetam


apenas uma ou algumas articulações a princípio. As articulações dos dedos, base
dos polegares, pescoço, parte inferior das costas, dedões dos pés, quadris e
joelhos são comumente afetadas.
A dor, geralmente descrita como uma dor profunda, é o primeiro sintoma e,
quando ocorre nas articulações que suportam peso, geralmente é agravada por
atividades que envolvem a sustentação de peso (como ficar em pé). Em algumas
pessoas, a articulação pode ficar rígida após o sono ou inatividade, mas a rigidez
normalmente desaparece dentro de 30 minutos, especialmente se a articulação for
movida.
Conforme a doença provoca mais sintomas, a articulação pode tornar-se menos
móvel e acaba por não ser capaz de estender-se ou flexionar-se totalmente. O
crescimento de osso novo e outros tecidos pode aumentar as articulações.
Irregularidades na superfície da cartilagem causam ruídos de raspagem, rangido e
crepitação quando elas são movidas e ocorre o desenvolvimento de dolorimento.
Crescimentos ósseos comumente se desenvolvem nas articulações mais
próximas à ponta dos dedos (chamados nódulos de Heberden) ou meio dos dedos
(chamados de nódulos de Bouchard).
Nódulos de Heberden
A osteoartrite da mão faz com que as articulações mais distais dos dedos fiquem
maiores (nódulos de Heberden).
Nódulos de Bouchard
Nesta foto, os nódulos de Bouchard são mais visíveis nas articulações médias dos
dedos da mão direita e nas articulações médias dos dedos indicador e médio da
mão esquerda.

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Diagnóstico da Osteoartrite

O médico faz o diagnóstico de osteoartrite baseado nos sintomas característicos,


exame físico, determinados exames de sangue, bem como em achados através
de radiografias de articulações (como crescimento ósseo e estreitamento do
espaço articular). No entanto, as radiografias não são muito úteis para a
detecção precoce da osteoartrite porque elas não mostram alterações na
cartilagem, local onde ocorrem as primeiras anormalidades. Além disso, alterações
na radiografia geralmente não correspondem estritamente aos sintomas da pessoa.
Por exemplo, uma radiografia pode mostrar apenas uma pequena alteração em
uma pessoa que tem sintomas graves, ou pode mostrar inúmeras alterações em
uma pessoa que tem poucos ou nenhum sintoma.
A ressonância magnética (RM) pode revelar alterações precoces na cartilagem,
mas raramente é necessária para o diagnóstico.
Não há exames de sangue para o diagnóstico de osteoartrite, embora exames de
sangue possam ajudar a descartar outras doenças (como a artrite reumatoide).
Se uma articulação estiver inchada, os médicos podem injetar um anestésico
para insensibilizar a área e inserir uma agulha na articulação para coletar uma
amostra do líquido articular. O líquido é examinado para diferenciar osteoartrite de
outras doenças articulares comuns, como infecção e gota.

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Tratamento da Osteoartrite

 Medidas físicas, incluindo fisioterapia e terapia ocupacional.


 Medicamentos
 Cirurgia
Os principais objetivos do tratamento da osteoartrite são
 Aliviar a dor
 Manter a flexibilidade da articulação
 Otimizar a função articular e geral
Esses objetivos são alcançados principalmente através de medidas físicas que
envolvem exercícios de força, flexibilidade, resistência e reabilitação
(fisioterapia e terapia ocupacional). As pessoas aprendem como modificar suas
atividades diárias pode ajudá-las a viver com osteoartrite. O tratamento adicional
inclui medicamentos, cirurgias (para algumas pessoas) e novas terapias.

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Tratamento

Exercícios adequados, incluindo exercícios de alongamento, fortalecimento e


posturais, ajudam a manter a cartilagem saudável, aumentar a amplitude de
movimento de uma articulação e, mais importante, fortalecer os músculos ao redor
das articulações, para que possam absorver melhor o esforço. O exercício pode,
às vezes, retardar o agravamento da osteoartrite do quadril e do joelho. Os
médicos recomendam que as pessoas se exercitem na água (como em uma
piscina), pois a água poupa as articulações do esforço.

Exercícios de alongamento devem ser feitos diariamente

O exercício deve ser equilibrado com alguns minutos de descanso em caso de


articulações dolorosas (a cada quatro a seis horas durante o dia), mas a
imobilização de uma articulação tende mais a agravar a doença do que aliviá-la.
Usar cadeiras, poltronas, colchões e assentos de carro excessivamente macios
podem piorar os sintomas.
As pessoas não devem colocar travesseiros sob os joelhos quando deitadas
(Essa recomendação contrasta com a recomendação de que as pessoas com dor
lombar e ciática devem colocar um travesseiro entre os joelhos. Para tais pessoas,
utilizar um travesseiro alivia o stress na região lombar e no quadril (Ciática).
Geralmente se recomenda usar os assentos do carro erguidos, usar cadeiras de
encosto reto com acento relativamente alto (como cadeiras da cozinha ou sala de
jantar), colchões firmes e placas na cama (disponíveis em muitas madeireiras),
bem como usar sapatos com bom suporte ou calçados esportivos.
Um elevador de assento sanitário pode ajudar as pessoas que têm osteoartrose
dolorosa dos joelhos ou quadris a se levantarem mais facilmente e com menos
desconforto, principalmente se seus músculos são fracos.
Para osteoartrite da coluna, exercícios específicos às vezes ajudam e podem ser
necessários coletes ortopédicos para as costas quando a dor é grave. Os
exercícios devem incluir tanto o fortalecimento muscular como exercícios aeróbicos
de baixo impacto (como fazer caminhadas, natação e bicicleta estacionária). Se
possível, as pessoas devem manter as atividades diárias normais e continuar a
exercer suas atividades normalmente, como divertir-se e trabalhar. No entanto, as
atividades físicas podem precisar ser ajustadas para evitar flexão e,
consequentemente, agravamento da dor da osteoartrite.
Outras medidas adicionais podem ajudar a aliviar a dor e ajudar as pessoas a viver
com osteoartrite.Elas incluem:
 Fisioterapia: frequentemente com terapia com calor, como compressas
quentes, e terapia ocupacional podem ser úteis.
 Exercícios para amplitude de movimento feita suavemente em água morna
são úteis, pois o calor melhora a função muscular, reduzindo a rigidez e o
espasmo muscular.

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 Terapia com calor: como compressas quentes ou uma toalha úmida e
quente, pode ser aplicada nas articulações afetadas. (Para evitar
queimaduras, as pessoas devem evitar uma compressa elétrica muito quente
ou deixar ela no lugar por muito tempo.)
 Frio:também pode ser aplicado para reduzir a dor causada pela piora
temporária em uma articulação.
 Palmilhas (órteses), sapatos de apoio ou calçados esportivos podem ajudar
a reduzir a dor causada ao andar.
 Equipamentos especiais (por exemplo, bengalas, muletas, andadores, colar
cervical ou tensor elástico nos joelhos para proteger as articulações do uso
excessivo, ou um assento fixo colocado em uma banheira para evitar muito
alongamento durante o banho) devem ser usados conforme necessários.
 Perda de peso pode aliviar alguma pressão sobre as articulações.
 Estimulação elétrica, como a estimulação elétrica transcutânea do nervo
(transcutaneous electrical nerve stimulation, TENS), pode ajudar a aliviar a
dor.
 Acupunturalibera vários mensageiros químicos no cérebro
(neurotransmissores), que servem de atenuadores naturais da dor e podem
ser úteis.
 Massagem por terapeutas treinados e tratamento térmico profundo com
diatermia ou ultrassonografia pode ser útil.

São usados medicamentos para complementar os exercícios e a


fisioterapia.

 Os medicamentos, que podem ser utilizados em combinação ou


isoladamente, não alteram diretamente o curso da osteoartrite. Eles são
usados para reduzir os sintomas e, assim, permitir que as atividades diárias
mais normais sejam realizadas.
 Um medicamento para dor simples (analgésico), como o paracetamol, usado
antes de atividades que causam desconforto ou usado regularmente para
aliviar o desconforto articular constante, pode ser tudo o que é necessário
para dor leve a moderada. Embora os efeitos colaterais não sejam comuns,
as pessoas não devem tomar paracetamol em doses mais elevadas do que
as recomendadas, particularmente se tiverem uma doença hepática. Ao
tomar paracetamol, as pessoas também devem certificar-se de não tomar
simultaneamente um dos numerosos medicamentos sem prescrição médica
que contêm acetaminofeno.
 Às vezes, porém, as pessoas podem precisar de um analgésico mais
potente, como o tramadol ou raramente opioides.
 Alternativamente, um anti-inflamatório não esteroide (AINE) pode ser
tomado para diminuir a dor e o inchaço. AINEs reduzem a dor e a
inflamação nas articulações e podem ser usados em combinação com
outros analgésicos. AINEs também vêm em formas de gel e creme que
podem ser espalhados na pele (como o diclofenaco em gel a 1%) sobre as
articulações das mãos e joelhos e podem ajudar a aliviar os sintomas.

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 Às vezes, podem ser necessários outros tipos de medicamentos para dor.
Por exemplo, um creme feito a partir da pimenta caiena – seu ingrediente
ativo é a capsaicina – pode ser aplicado diretamente na pele sobre a
articulação. Os médicos também podem recomendar compressas de
lidocaína para alívio da dor, mas não existem evidências de que essas
compressas sejam eficazes. Duloxetina, um tipo de antidepressivo tomado
via oral, reduz a dor causada por osteoartrite.
 Relaxantes musculares (geralmente em doses baixas) ocasionalmente
aliviam a dor causada por músculos tensos por suportarem as articulações
afetadas pela osteoartrite. Em pessoas idosas, no entanto, eles tendem a
causar mais efeitos colaterais do que alívio.
 Se uma articulação repentinamente se tornar inflamada, inchada e dolorosa,
a maior parte do líquido no interior da articulação pode ter de ser removido e
uma forma especial de cortisona pode ser injetada diretamente na
articulação. Esse tratamento pode proporcionar alívio temporário da dor e
aumento da flexibilidade das articulações em algumas pessoas.
 Uma série de uma a cinco injeções semanais de hialuronato (uma
substância semelhante ao líquido articular normal) na articulação do joelho
pode fornecer algum alívio da dor em algumas pessoas por períodos
prolongados de tempo. Essas injeções não devem ser administradas com
mais frequência do que a cada seis meses. Injeções de hialuronato são
menos eficazes em pessoas com osteoartrite grave e não retardam a
progressão da artrite.
 Vários suplementos nutricionais (como sulfato de glucosamina e sulfato de
condroitina) têm sido testados quanto ao benefício potencial no tratamento
de osteoartrite. Até agora, os resultados são confusos, o benefício potencial
do sulfato de glucosamina e do sulfato de condroitina no tratamento da dor é
incerto e não parecem ter alterado a progressão da lesão articular. Não há
boa evidência de que quaisquer outros suplementos nutricionais funcionem.
 Cirurgia
 O tratamento cirúrgico pode ajudar quando todos os outros tratamentos
falham para aliviar a dor ou melhorar a função. Algumas articulações, mais
comumente o quadril e o joelho, podem ser substituídas por uma articulação
artificial. A substituição, particularmente a do quadril, é geralmente muito
bem-sucedida, quase sempre melhora o movimento e a função e reduz
drasticamente a dor. Portanto, a substituição da articulação deve ser
considerada quando a dor é incontrolável e a função torna-se limitada.
Como uma articulação artificial não dura para sempre, o procedimento é
geralmente adiado em pessoas muito jovens para que a necessidade de
substituições repetidas seja minimizada. Se todos os outros tratamentos
forem ineficazes, podem ser feitos procedimentos cirúrgicos para ajudar a
aliviar os sintomas da osteoartrite de coluna e pescoço, particularmente
compressão de nervo. Os benefícios de procedimentos cirúrgicos
artroscópicos limitados para osteoartrite do joelho, como o reparo do
menisco ou a reconstrução dos ligamentos do joelho, são incertos.
 Uma variedade de métodos que restauram as células dentro da cartilagem

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 tem sido utilizada em pessoas mais jovens com osteoartrite (geralmente
 causada por uma lesão) para ajudar a curar pequenos defeitos na
cartilagem. No entanto, estes métodos ainda demonstraram ser valiosos
quando os defeitos da cartilagem são extensos, como normalmente ocorre
em pessoas idosas.
 Substituição de todo o quadril (substituição total de quadril)
 Por vezes, é preciso substituir toda a articulação do quadril. A articulação
completa do quadril é a extremidade superior (cabeça) do osso da coxa
(fêmur) e a superfície de encaixe onde a cabeça do osso da coxa se
encaixa. Esse procedimento é chamado substituição total do quadril ou
artroplastia total do quadril. A cabeça do osso da coxa é substituída por uma
peça em forma de esfera (prótese), feita em metal. A prótese possui uma
estrutura central forte que se encaixa dentro do centro do osso da coxa. O
encaixe é substituído por uma peça metálica revestida com plástico
resistente.
 Substituição de joelho
 A articulação do joelho danificada pela osteoartrite pode ser substituída por
uma articulação artificial. Após uma anestesia geral ser administrada, o
cirurgião faz uma incisão sobre o joelho danificado. A rótula (patela) pode
ser removida e as extremidades do osso da coxa (fêmur) e canela (tíbia) são
polidas de modo que as partes da articulação artificial (prótese) possam ser
fixadas mais facilmente. Uma parte da articulação artificial é inserida no
osso da coxa, a outra parte é inserida na tíbia, e, em seguida, as peças são
cimentadas no local do implante.

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Osteoporose

A osteoporose é uma condição mais comum em mulheres acima dos 45 anos que
deixa os ossos frágeis e porosos. À medida que vai progredindo com o avançar da
idade, a doença aumenta o risco de fraturas, o risco de fraturas, especialmente do
quadril, da costela e colo do fêmur.
A estrutura do nosso esqueleto vive em constante renovação. Ganhamos massa
óssea até os 20 anos de idade e perdemos com maior velocidade depois dos 40.
Dois tipos de células – os osteoclastos e os osteoblastos – estão envolvidos no ciclo
de renovação dos ossos. Os osteoclastos promovem a absorção de minerais,
eliminando áreas de tecido ósseo e criando umas cavidades.
Os osteoblastos, por sua vez, são encarregados de preencher essas cavidades,
produzindo ossos novos. Para isso, usam o cálcio, absorvido com a ajuda da
vitamina D. Assim, a cada três meses 10% do esqueleto se renova.
A primeira etapa da degeneração óssea, chamada osteopenia, tem início com o
desequilíbrio entre as células de absorção e de regeneração. Ou sejam os
osteoclastos passam a agir mais rapidamente degradando osso com maior
velocidade do que os osteoblastos são capazes de repor.
Nas mulheres, esse desequilíbrio desponta a partir dos 35 anos de idade. As
mudanças hormonais que acompanham a a menopausa interferem de forma
decisiva na perda e ganho de massa óssea. Isso porque há uma queda acentuada
do estrogênio, hormônio importante na fixação do cálcio no osso. Nesse caso, a
doença é , a doença é classificada como osteoporose pós-menopáusica.
Nos homens, o esqueleto se mantém quase intacto até os 40 anos. Até porque a
testosterona barra o desgaste ósseo – e, ao contrário da ala feminina, suas taxas
diminuem de pouco em pouco. Entre eles, as fraturas osteoporóticas costumam
ocorrer após os 70 anos, embora venha aumentando nos últimos anos o risco de
quebrarem um osso já a partir dos 50 anos.
Há ainda a osteoporose secundária – quando a perda de massa óssea tem a ver
com outras doenças. Exemplos: problemas renais ou endócrinos, ou com o uso de
certos medicamentos.
O tabagismo é outra ameaça, porque o cigarro destrói as células que formam
osso. Agora, a verdade é que os principais desencadeadores do problema são
carência de cálcio e vitamina D, sedentarismo e predisposição genética.
Sinais e sintomas
– A osteoporose é silenciosa e não apresenta sintomas. Em geral, o problema só é
detectado em estado avançado, com a deformação de ossos que provoca dor
crônica ou quando aparece uma FRATURA.

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Fatores de risco

– Predisposição genética

– Envelhecimento

– Dieta pobre em cálcio

– Sedentarismo

– Abuso de álcool

– Tabagismo

--Menopausa

– Uso abusivo de remédios à base de corticoides

– Diabetes

– Disfunções na tireoide

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Prevenção da Osteoporose

A ingestão de cálcio é imprescindível para a renovação óssea: o ideal é 1 000


miligramas por dia – o equivalente a quatro porções lácteas. Embora outros
alimentos também tenham alto teor de cálcio, como brócolis e folhas verde-escuras,
o nutriente é mais abundante em leite e derivados.
A vitamina D é importante nesse processo. Sem ela, a absorção do mineral fica
prejudicada. A recomendação é de 400 e 600 miligramas diários dessa vitaminas.
Como poucos alimentos são ricos no nutriente, o banho de sol é a solução – com 15
minutos diários, sem protetor, a vitamina D chega ao intestino e ajuda a incorporar o
cálcio.

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Diagnóstico da Osteoporose

A osteoporose não dá sinais claros de que está se instalando. Portanto, o médico


inicia a investigação levando em conta dados como idade, peso, altura, histórico de
fraturas na família uso de cortisona e hábitos como fumar e beber.
Mas a confirmação da doença costuma vir no resultado da densitometria óssea,
teste em geral solicitado a partir dos 45 anos para as mulheres e dos 65 anos para
os homens.
O exame é feito por um aparelho de raio X que se move sobre os ossos
analisados. A máquina envia a um computador os valores de massa óssea obtidos.
Na tela, visualiza-se a coluna lombar e o fêmur, um dos ossos mais propensos a
fraturas decorrentes da osteoporose.
Essa avaliação permite ver o osso por dentro e medir sua densidade mineral,
prevendo até o risco de fraturas. Comparam-se os valores encontrados com os de
uma pessoa normal com o mesmo peso, sexo, altura e idade.

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Tratamento da Osteoporose

A primeira tentativa de conter a perda de massa óssea é feita com o ajuste da


dieta para que haja ingestão adequada de cálcio e vitamina D. Se os alimentos não
forem suficentes, indicam-se os suplementos tanto do mineral quanto da vitamina.
Mas, uma vez que a osteporose está instalada, o aporte dessas substâncias via de
regra é insuficiente, mesmo quando aliada aos exercícios físicos. Não que esses
hábitos devam ser deixados de lado, mas eles provavelmente ganharão o reforço de
medicamentos.
Os remédios podem melhorar a resistência do osso ao impedir a degeneração e
incentivar a reconstrução. Uma das classes mais utilizadas nesse sentido é a dos
bifosfonatos, com eficácia onstatada no aumento da massa óssea da coluna e do
quadril. Outro grupo de fármacos capaz de inibir a degradação óssea é o da
calcitonina, utilizada via injeção ou por meio de nebulizador. Mais recentemente,
surgiram medicamentos biológicos que desaceleram o ritmo de degradação dos
ossos. Com isso, o esqueleto consegue se regenerar, o que evita fraturas. A escolha
entre um e outro fármaco depende de cada caso.

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Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

ELA ou Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença que afeta o sistema


nervoso de forma degenetariava e progressiva e acarreta em paralisia motora
irreversível. Pacientes com a doença sofrem paralisia gradual e morte precoce como
resultado da perda de capacidades cruciais, como falar, movimentar, engolir e até
mesmo respirar. O físico britânico Stephen Hawking, morto em 2018, foi um dos
portadores mais conhecidos mundialmente da ELA.
Não há cura para a Esclerose Lateral Amiotrófica. Com o tempo, as pessoas com
doença perdem progressivamente a capacidade funcional e de cuidar de si mesmas.
O óbito, em geral, ocorre entre três e cinco anos após o diagnóstico. Cerca de 25%
dos pacientes sobrevivem por mais de cinco anos depois do diagnóstico.
A descrição do seu nome, Esclerose Lateral Amiotrófica, significa: Esclerose -
endurecimento e cicatrização.
Lateral - endurecimento da porção lateral da medula espinhal.
Amiotrófica - fraqueza que resulta na redução do volume real do tecido muscular,
atrofia.
A ELA é uma das principais doenças neurodegenerativas ao lado das doenças
de Parkinson e Alzheimer. A idade é o fator preditor mais importante para a sua
ocorrência, sendo mais prevalente nos pacientes entre 55 e 75 anos de idade.
Desde 2009, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS),
oferece assistência e medicamentos gratuitos, de forma integral, aos pacientes com
essa doença, com base no que está cientificamente comprovado. Ainda não existem
evidências em nível mundial de tratamento que levem à cura da doença.
Por ser um distúrbio progressivo, a ELA envolve a degeneração do sistema motor
em vários níveis:
 bulbar;
 cervical;
 torácico;
 lombar.
A incidência da ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica (média cerca de 1 / 50, 000
por ano) e prevalência (média cerca de 1 / 20, 000) são relativamente uniformes nos
países ocidentais, apesar de terem descritos focos de maior frequência no Pacífico
Ocidental. No geral, há uma ligeira preponderância do sexo masculino (razão entre
homens e mulheres de cerca de 1,5:1).
Em 2014, o Ministério da Saúde ampliou o cuidado a pessoas com doenças raras,
instituindo a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras,
incluindo a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas dessa doença foi atualizado em novembro de 2015.

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A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) tem cura?

Não há cura para ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica. Com o tempo, as pessoas
com doença perdem progressivamente a capacidade funcional e de cuidar de si
mesmas. O óbito, em geral, ocorre entre três e cinco anos após o diagnóstico. Cerca
de 25% dos pacientes sobrevivem por mais de cinco anos depois do diagnóstico.
Os medicamentos e tratamentos são apenas paliativos, para ajudar a melhorar a
qualidade de vida e a retardar a evolução da doença, que inevitavelmente
acontecerá em algum momento.

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Quais são as causas da ELA

As causas da ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica ainda não é conhecida, no


entanto sabe-se que em cerca de 10% dos casos ela é causada por um defeito
genético. Na prática, os neurônios dos pacientes acometidos pela doença se
desgastam ou morrem e já não conseguem mais mandar mensagens aos músculos.
Isso gera a curto e médio prazo enfraquecimento dos músculos, contrações
involuntárias e incapacidade de mover os braços, as pernas e o corpo. A doença
piora lentamente. Quando os músculos do peito param de trabalhar, fica muito difícil
respirar por conta própria.
Além disso, outras causas que podem estar relacionadas com a Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA) são:
 Mutação genética.
 Desequilíbrio químico no cérebro (níveis de glutamato mais elevado), o que é tóxico
para as células nervosas.
 Doenças autoimunes.
 Mau uso de proteínas.
Existem fatores de risco para Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?
Não existem fatores de risco ou comportamentos de risco conhecidos para
a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). No entanto, sabe-se que parentes próximos
de alguém que tenha a doença têm chances de adquiri-la também, tendo em vista
que uma das causas são exatamente os fatores genéticos/hereditários.
Nesses casos recomenda-se fazer acompanhamento médico periódico.
Quais são os sintomas da ELA?
Os sintomas da ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica normalmente começam a
aparecer após os 50 anos, mas também podem surgir em pessoas mais novas.
Entre outros sinais e sintomas, pessoas com ELA têm:
 perda gradual de força e coordenação muscular;
 incapacidade de realizar tarefas rotineiras, como subir escadas, andar e levantar;
 dificuldades para respirar e engolir;
 engasgar com facilidade;
 babar;
 gagueira (disfemia);
 cabeça caída;
 cãibras musculares;
 contrações musculares;
 problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as
palavras);
 alterações da voz, rouquidão;
 perda de peso.
ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica não afeta os sentidos (visão, olfato,
paladar, audição e tato) e raramente atinge o funcionamento da bexiga, dos
intestinos ou a capacidade de pensamento e raciocínio de uma pessoa.

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Diagnóstico da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

O diagnóstico da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é feito, inicialmente, por meio


de análise clínica e exame físico, que pode mostrar algumas deficiências físicas,
sinais e sintomas que podem estar relacionados à doença. Podem haver, por
exemplo, tremores, espasmos e contrações musculares, ou perda de tecido
muscular (atrofia). Atrofia e contrações involuntárias da língua são comuns.
Além disso, a pessoa pode ter um jeito de andar rígido ou desajeitado. Os reflexos
são anormais. Há mais reflexos nas articulações, mas pode haver perda do reflexo
faríngeo. Alguns pacientes têm problemas para controlar o choro ou o riso, estado
chamado de "incontinência emocional".
Para confirmar o diagnóstico, o médico especialista pode solicitar os seguintes
exames:
 Exames de sangue, para descartar outras doenças.
 Teste respiratório, para verificar se os músculos do pulmão foram afetados.
 Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da coluna cervical, para
garantir que não exista uma doença ou lesão no pescoço, que pode ser semelhante
à ELA.
 Eletromiografia, para ver quais nervos não funcionam corretamente.
 Teste genético, se houver um histórico familiar de ELA.
 Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da cabeça, para excluir
outras doenças.
 Estudos de condução nervosa.
 Testes de deglutição
 Punção lombar.

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Tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

O tratamento para a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) começa com


um medicamento chamado riluzol, que é distribuído gratuitamente por meio do
Sistema Único de Saúde (SUS). O riluzol reduz a velocidade de progressão da
doença e prolonga a vida do paciente.
Fisioterapia, reabilitação, usa de órteses, de uma cadeira de rodas ou outras
medidas ortopédicas podem ser necessárias para maximizar a função muscular e o
estado de saúde geral, conforme cada caso e de acordo com a evolução da doença.
A participação de um nutricionista é muito importante, pois os pacientes com ELA
tendem a perder peso. A própria doença aumenta a necessidade de ingestão de
alimentos e calorias. Ao mesmo tempo, os problemas de deglutição podem fazer
com que seja difícil comer o suficiente. Os dispositivos respiratórios incluem
máquinas usadas somente durante a noite e ventilação mecânica constante.
O Ministério da Saúde oferece ainda Práticas Integrativas e Complementares,
como cuidados paliativos terapêuticos, ajudando na promoção, prevenção e
tratamento de doenças crônicas ou raras, como ELA. Essas práticas possuem
recursos tecnológicos simplificados e potentes, que podem contribuir ao longo de
todo o tratamento, tanto para o paciente quanto para os familiares.
Os cuidados paliativos são uma abordagem de tratamento que promove a qualidade
de vida de pacientes que enfrentam doenças que ameacem a continuidade de vida,
por meio da prevenção e alívio do sofrimento. Estão previstos nos cuidados
paliativos tratamentos para dor e outros problemas de natureza física, psíquica,
espiritual e social.
Reabilitação
No âmbito da reabilitação, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) pode englobar
medidas relacionadas à dor, prevenção de contraturas musculares e articulares fixas
com uso de órteses, tratamento das dificuldades da fala, da deglutição, dificuldades
respiratórias e suporte familiar. Esses tratamentos podem ser feitos nos Centros
Especializados em Reabilitação do SUS.
O acompanhamento na reabilitação é baseado em avaliações multidisciplinares
das necessidades e capacidades das pessoas com deficiência, incluindo dispositivos
e tecnologias assistivas, e com foco na produção da autonomia e o máximo de
independência em diferentes aspectos da vida. O processo de reabilitação tem o
objetivo de melhorar a funcionalidade e promover a inclusão social das pessoas com
deficiência em seu ambiente social, por meio de medidas de prevenção da perda
funcional, de redução do ritmo da perda funcional, da melhora ou recuperação da
função; da compensação da função perdida; e da manutenção da função atual.
Quais são as possíveis complicações da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?
Em algum momento, de acordo com a evolução da doença, a Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA) trará as seguintes complicações, que podem ocorrer de forma
isolada ou somada.
 Aspiração de comida ou líquido.
 Perda da capacidade de cuidar de si mesmo.
 Insuficiência pulmonar.
 Pneumonia.
 Escaras (úlceras de pressão).
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 Perda de peso acentuada.
 Incapacidade de respirar sozinho.
 Incapacidade de engolir.
 Incapacidade de falar.
 Morte.

Como prevenir a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Infelizmente, não existem evidências na literatura médica e científica mundial formas


de prevenir a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

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Artrite Reumatoide (AR)

A artrite reumatoide é uma artrite inflamatória em que as articulações, geralmente incluindo, as das
mãos e pés, ficam inflamadas, resultando em inchaço,dor e,geralmente,destruição das articulações.
 O sistema imunológico lesiona as articulações e os tecidos conjuntivos.
 As articulações (normalmente as pequenas articulações dos membros)
tornam-se dolorosas e têm rigidez que persiste por mais de 60 minutos ao
despertar e após inatividade.
 Febre, fraqueza e lesões em outros órgãos podem ocorrer.
 O diagnóstico baseia-se principalmente nos sintomas, mas também em
exames de sangue para fator reumatoide e em radiografias.
 O tratamento pode incluir exercícios e talas, medicamentos (medicamentos
anti-inflamatórios não esteroides, medicamentos antirreumáticos
modificadores da doença e imunossupressores) e, às vezes, cirurgia.
No mundo inteiro, a artrite reumatoide se desenvolve em cerca de 1% da
população, independentemente de raça ou país de origem, e afeta mulheres duas
a três vezes mais frequentemente do que homens. Normalmente, a artrite
reumatoide aparece primeiro entre os 35 e 50 anos, mas pode ocorrer em qualquer
idade. Uma doença semelhante à artrite reumatoide pode ocorrer em crianças. A
doença é então chamada artrite idiopática juvenil. Contudo, frequentemente, o
prognóstico da artrite idiopática juvenil é um tanto diferente.
A causa exata da artrite reumatoide não é conhecida. Ela é considerada
uma doença autoimune. Os componentes do sistema imunológico atacam os
tecidos moles que revestem as articulações (tecido sinovial) e podem também
atacar o tecido conjuntivo em muitas outras partes do corpo, como os vasos
sanguíneos e pulmões. A cartilagem, o osso e os ligamentos da articulação
acabam por se erodir (desgastar-se), causando deformidade, instabilidade e a
formação de cicatrizes dentro da articulação. As articulações deterioram em uma
taxa variável. Muitos fatores, incluindo a predisposição genética, podem influenciar
o padrão da doença. Acredita-se que fatores ambientais desconhecidos (como
infecções virais e o tabagismo) desempenhem um papel.

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Sintomas da Artrite reumatoide

Pessoas com artrite reumatoide podem apresentar


 Sintomas relativamente leves
 Crises ocasionais com longos períodos de remissão (em que a doença está
inativa)
 Uma doença grave de progressão contínua, que pode ser lenta ou rápida
A artrite reumatoide pode começar subitamente, com muitas articulações
inflamadas ao mesmo tempo. Mais frequentemente, ela começa sutilmente,
afetando diferentes articulações gradualmente. Normalmente, a inflamação é
simétrica, com articulações em ambos os lados do corpo afetadas de forma quase
igual. A artrite reumatoide pode comprometer qualquer articulação, porém, mais
frequentemente, as primeiras inflamadas são as pequenas articulações das
 Mãos
 Pulsos
 Dedos
 Pés
 Dedos dos pés
Outras articulações comumente afetadas incluem os
 Joelhos
 Ombros
 Cotovelos
 Tornozelos
 Quadris
A artrite reumatoide também pode afetar o pescoço. A região lombar e as
articulações nas pontas dos dedos não são afetadas.
As articulações inflamadas são geralmente dolorosas e geralmente rígidas,
especialmente logo após o despertar (tal rigidez geralmente dura mais de 60
minutos) ou após a inatividade prolongada. Algumas pessoas se sentem cansadas
e fracas, especialmente no início da tarde. A artrite reumatoide pode causar uma
perda de apetite com perda de peso e febre baixa.
As articulações afetadas geralmente ficam sensíveis, quentes e aumentadas por
causa do inchaço dos tecidos moles que revestem a articulação (sinovite) e, às
vezes, devido ao líquido dentro da articulação (líquido sinovial). As articulações
podem ficar deformadas rapidamente. As articulações podem congelar em uma
posição de modo que elas não podem ser totalmente estendidas nem flexionadas,
o que leva a uma amplitude de movimento limitada. Os dedos podem tender a se
deslocar um pouco da sua posição normal em direção ao dedo mínimo em cada
mão, fazendo com que os tendões dos dedos deslizem para fora do lugar ou que
surjam outras deformidades.

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Deformação de boutonnière

Esta foto mostra uma deformação de boutonnière (botoeira) do dedo anelar.

Deformidade em pescoço de cisne

O dedo assume um formato curvado, como o pescoço de um cisne.

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Diagnóstico da Artrite Reumatoide

 Exames de sangue
 Radiografias
 Exame do líquido articular
Além do padrão característico de sintomas importante, os médicos seguem
critérios estabelecidos quando se avalia uma pessoa com suspeita de artrite
reumatoide. Os médicos suspeitam que as pessoas têm artrite reumatoide se elas
têm mais de uma articulação com inchaço definitivo no revestimento da articulação
que não é causado por um outro distúrbio. Os médicos diagnosticam as pessoas
com artrite reumatoide se elas têm certas combinações dos seguintes critérios:
 Envolvimento das articulações que são mais típicas da artrite reumatoide
 Níveis sanguíneos elevados de fator reumatoide, anticorpos antipeptídeos
citrulinados cíclicos (anti-CCP) ou ambos
 Níveis sanguíneos elevados de proteína C-reativa, elevada velocidade de
hemossedimentação (VHS) ou ambos
 Sintomas que duraram pelo menos seis semanas
Os médicos fazem exames de sangue para determinar os níveis sanguíneos de
fator reumatoide e anticorpos anti-CCP de uma pessoa e, geralmente, de proteína
C-reativa, VHS ou ambos. Eles também fazem frequentemente radiografias das
mãos, pulsos e articulações afetadas. As radiografias mostram alterações
características nas articulações causadas pela artrite reumatoide. A ressonância
magnética (RM), outro exame de imagem, detecta alterações articulares em uma
fase anterior, mas não é normalmente necessária no início.
Os médicos também podem inserir uma agulha na articulação para coletar uma
amostra de líquido sinovial. O líquido é analisado para determinar se é consistente
com as características da artrite reumatoide e para excluir outras doenças que
causam sintomas semelhantes à artrite reumatoide. O líquido sinovial deve ser
analisado para se estabelecer se uma pessoa tem artrite reumatoide, mas nem
sempre precisa ser analisado sempre que que uma crise deixar as articulações
inchadas.

Exames de sangue
Muitas pessoas com artrite reumatoide possuem diferentes anticorpos em seu
sangue, como anticorpos fator reumatoide e anti-CCP.
O fator reumatoide está presente em 70% das pessoas com artrite reumatoide.
(O fator reumatoide também ocorre em diversas outras doenças, tais como câncer,
lúpus eritematoso sistémico, hepatite e algumas outras infecções. Algumas
pessoas sem quaisquer distúrbios, particularmente idosos, apresentam fator
reumatoide em seu sangue.) Geralmente, quanto maior o nível de fator reumatoide
no sangue, mais grave é a artrite reumatoide e o pior prognóstico.
Os anticorpos anti-CCP estão presentes em mais de 75% das pessoas que têm
artrite reumatoide e estão quase sempre ausentes em pessoas que não têm artrite
reumatoide.

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Os níveis de proteína C-reativa são frequentemente elevados em pessoas com
artrite reumatoide. Os níveis de proteína C-reativa (uma proteína que circula no
sangue) aumenta drasticamente quando existe inflamação. Níveis elevados de
proteína C-reativa podem significar que a doença está ativa.
A VHS fica aumentada em 90% das pessoas que têm artrite reumatoide ativa. A
VHS é outro teste para inflamação que mede a velocidade na qual as hemácias se
depositam no fundo de um tubo de ensaio contendo sangue. No entanto, aumentos
semelhantes na VHS ou no nível de proteína C-reativa, ou ambos, ocorrem em
muitos outros distúrbios. Os médicos podem monitorar a proteína C-reativa ou a
VHS para ajudar a determinar se a doença está ativa.

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Tratamento da Artrite Reumatoide

 Medicamentos
 Medidas relacionadas ao estilo de vida, como repouso, dieta, exercícios e
deixar de fumar
 Fisioterapia e terapia ocupacional
 Às vezes, cirurgia
Os tratamentos incluem medidas simples e conservadoras, além de
medicamentos e tratamentos cirúrgicos. Medidas simples são destinadas a ajudar
os sintomas da pessoa e incluem repouso, alimentação adequada e tratamentos
físicos. As pessoas devem tomar medidas que diminuam seu risco de doenças
cardíacas, como deixar de fumar e receber tratamento, se necessário, para
hipertensão arterial e níveis elevados de lipídios no sangue ou colesterol.
Medicamentos
Como os medicamentos antirreumáticos modificadores da doença (DMARDs)
podem realmente reduzir a velocidade da progressão da doença, bem como aliviar
os sintomas, eles são geralmente iniciados logo após o diagnóstico da artrite
reumatoide ser feito. No caso de outros medicamentos para tratar a artrite
reumatoide, consulte Medicamentos para artrite reumatoide.
Descanso e nutrição
Articulações gravemente inflamadas devem ficar em repouso, porque usá-las
pode agravar a inflamação. Períodos de descanso regulares geralmente ajudam a
aliviar a dor e, às vezes, um curto período de repouso na cama ajuda a aliviar uma
crise grave em sua fase mais ativa e dolorosa. Talas podem ser usadas para
imobilizar e descansar uma ou várias articulações, mas algum movimento
sistemático das articulações é necessário para evitar que os músculos adjacentes
enfraqueçam e que as articulações fiquem travadas.
Uma dieta regular e saudável geralmente é apropriada. Uma dieta rica em peixe
(ácidos graxos e ômega-3) e óleos vegetais, mas pobre em carne vermelha, pode
aliviar parcialmente sintomas em algumas pessoas. Algumas pessoas podem ter
crises depois de comerem certos alimentos e, se for o caso, esses alimentos
devem ser evitados, mas tais crises ocorrem raramente. Não há alimentos
específicos que demonstraram causar crises. Muitas dietas têm sido propostas,
mas nenhuma ainda provou ser útil. Dietas da moda devem ser evitadas.
Tratamentos físicos
Junto com medicamentos para reduzir a inflamação das articulações, um plano
de tratamento para a artrite reumatoide deve incluir terapias não medicamentosas,
como exercício, fisioterapia (que inclui massagem, tração e tratamentos
térmicos profundos) e terapia ocupacional (que inclui dispositivos de autoajuda).
As articulações inflamadas devem ser alongadas suavemente para que elas não
travem em uma posição. A terapia com calor pode ser útil porque o calor melhora a
função muscular, reduzindo a rigidez e espasmo muscular. Quando a inflamação
desaparece, exercícios regulares e ativos podem ajudar, embora uma pessoa não
deva chegar a um ponto de fadiga excessiva.

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Para muitas pessoas, o exercício na água morna pode ser mais fácil.
O tratamento de articulações comprimidas consiste em exercícios intensos e,
ocasionalmente, o uso de talas para estender gradualmente a articulação.
O frio pode ser aplicado para reduzir a dor causada pela deterioração temporária
em uma articulação.
As pessoas que estão inativas por causa da artrite reumatoide podem tentar várias
técnicas para facilitar as tarefas diárias. Por exemplo, calçados ortopédicos
especialmente modificados ou esportivos podem deixar o caminhar menos
doloroso e dispositivos de autoajuda, como pinças, reduzem a necessidade de
apertar a mão com força.
Cirurgia
Se os medicamentos não forem eficazes, pode ser necessário tratamento
cirúrgico. A correção cirúrgica deve ser sempre considerada em termos da doença
total. Por exemplo, as mãos e os braços deformados limitam a capacidade de uma
pessoa usar muletas durante a reabilitação e os joelhos e os pés gravemente
afetados limitam os benefícios da cirurgia de quadril. Os objetivos razoáveis de
cada pessoa devem ser determinados e a capacidade funcional deve ser
considerada. A correção cirúrgica pode ser realizada enquanto a doença está ativa.
A substituição cirúrgica das articulações do joelho ou do quadril é a forma mais
eficaz para restaurar a mobilidade e função quando a doença articular é avançada.
As articulações também podem ser removidas ou fundidas entre si, especialmente
no pé, para fazer o caminhar menos doloroso. O polegar pode ser fundido para
permitir que uma pessoa recupere o movimento de pinça e vértebras instáveis na
parte superior do pescoço podem ser fundidas para impedi-las de comprimir a
medula espinhal.
A reparação da articulação com a substituição da articulação por prótese é
indicada se a lesão afetar gravemente a função. As substituições totais de quadril e
joelho são consistentemente mais bem-sucedidas.

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