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Artrose

Artrite X Artrose

 São doenças com sintomas muito parecidos porém são doenças distintas e com
tratamento diferentes.
 A artrose gera uma degeneração nas articulações porem ela não é
inflamatória, já na artrite a doença causa inflamação na articulação.
Definição
 A artrose é uma doença articular degenerativa não inflamatória
que afeta a cartilagem, a qual é danificada e causa dor.
 Em estágios avançados da artrose, a superfície da cartilagem
articular eventualmente pode desaparecer. Muitas vezes, segue
um desenvolvimento ou proliferação óssea sob a cartilagem.
 A artrose geralmente aparece no joelho, quadril e dedos, mas
também pode ocorrer em qualquer articulação, em especial nas
vertebrais (espondilose).
 Trata-se de uma doença que não pode ser curada, mas graças a
alguns tratamentos pode-se retardar a doença e aliviar os
sintomas.
 A artrose é de origem mecânica, por isso a dor aumenta conforme
a atividade, e ao contrário, a dor é aliviada no repouso.
Epidemiologia
Epidemiologia:
Cerca de 35% do total dos casos de artrose aparece nos joelhos de
pessoas com mais de 30 anos, chegando a afetar quase todos os indivíduos
a partir dos 50 anos, embora nem todos os acometidos tenham sintomas
aparentes.
85% das pessoas com idade superior a 70-79 anos.
Alterações degenerativas produzem modificações mecânicas das
superfícies articulares por isso que a artrose é descrita como uma
patologia mecânica e degenerativa.
Dependendo da sua origem se for idiopática ou resultado de uma
patologia que resulta em artrose primária e artrose secundária.
Artrose Primária

 Poliartropatia que afeta várias articulações simultaneamente.


 Maior incidência no sexo feminino a partir da 5º década de vida.
 Etiologia desconhecido, acredita-se que existe um fator genético.
 Geralmente é do tipo simétrica acometendo homogênea os
hemicorpos.
Artrose Secundária

 Possui vários fatores que colaboram no seu surgimento.


 Nos quais surge traumas e micro traumas de repetição.
 Hipofrouxidão ligamentar.
Fatores de Risco

 Idade avançada
 Histórico Familiar
 Obesidade
 Lesão articular ou uso repetitivo das articulações
 Deformidades da articulação, como exemplo :
Comprimento da perna desigual ou joelhos valgos.
Complicações Secundárias

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Complicações Secundárias

 Restrição de movimentos: A dor leva a diminuição da deambulação e


consequentemente uma menor qualidade de vida com o afastamento das
atividades sociais. Nas formas mais graves pode haver perda completa de
movimento

 Deformidades das articulações: Após a destruição da cartilagem com


exposição do tecido ósseo, o organismo inicia uma fase reparadora de
hipertrofia óssea na tentativa de compensar a ausência da cartilagem

 Atrofia dos músculos adjacentes: A musculatura corresponde a região


acometida pode estar hipertrofiada, costuma ser percebida nas fases mais
avançadas da doença decorrente do desuso.
Complicações Secundárias

 Derrame articular: Causada pelo processo inflamatório da membrana


sinovial. Essa reage a presença dos restos cartilaginoso produzindo um liquido
viçoso e amarelado

 Cirurgia: Se nenhum dos tratamentos são eficazes ou a situação é mais


complicada, há duas formas a Osteotomia, ou substituir a articulação.

 Desalinhamento dos ossos: Ex. Do joelho valgo e varo, o joelho acaba


sofrendo pressão na parte medial ou lateral. Com isso ocorre desgaste de um
segmento do joelho
Diagnostico

 Distinguir a artrose de doenças inflamatórias como artrite e polimialgia


reumatologia.
 Identificar os pacientes que apresentam a forma secundária da osteoartrose e
que, portanto, podem ter uma causa subjacente endócrina ou metabólica,
potencialmente tratável.
 Tal distinção nem sempre é fácil na prática clínica, já que os sinais e
sintomas, e, algumas vezes, achados laboratoriais e radiográficos, podem ser
superponíveis.
 Podem auxiliar no diagnóstico diferencial:

 Padrão de dor: mecânico na osteoartrose versus inflamatório nas doenças
inflamatórias;
 Presença de manifestações sistêmicas: normalmente ausentes na osteoartrose;
 Sinais inflamatórios exuberantes ao exame físico: geralmente não verificados na
osteoartrose;
 Alterações radiográficas: embora sejam inespecíficas, a sua presença, junto com
o quadro clínico, aponta para o diagnóstico. Outras doenças podem apresentar
achados radiográficos diferenciais;
 Padrão de acometimento articular: o acometimento de articulações atípicas para
a osteoartrose primária, como metacarpofalângicas, punhos, cotovelos, ombros ou
tornozelos deve levar à suspeita e investigação de causas secundárias.
 O Colégio Americano de Reumatologia (ACR) estabeleceu critérios
classificatórios para a osteoartrose de mãos, quadril e joelhos (Tabelas 2, 3 e
baseando-se em dados clínicos, laboratoriais e radiográficos derivados de
estudos multicêntricos que compararam os sinais e sintomas de pacientes com
osteoartrose e grupos controle. Esses critérios não foram desenhados para o
diagnóstico a nível individual, e sim populacional, mas resumem os principais
aspectos que podem ajudar no diagnóstico diferencial com outras doenças
articulares dolorosas.
Tabela 2: Critérios para classificação de osteoartrose de mãos

Dor ou rigidez das mãos (na maioria dos dias do último mês) e 3 ou mais dos seguintes critérios:

Alargamento de tecido duro articular em duas ou mais de 10 articulações selecionadas


Alargamento de tecido duro de duas ou mais articulações interfalângicas distais
Edema em três ou menos metacarpofalângicas
Deformidades de pelo menos uma de dez articulações selecionadas

As dez articulações selecionadas são a segunda e terceira interfalângicas distais, a segunda e terceira
interfalângicas proximais e a primeira carpometacarpal, em ambas as mãos. Este método de
classificação tem sensibilidade de 94% e especificidade de 87%
Tabela 3: Critérios para classificação de osteoartrite de quadril

Dor no quadril (na maioria dos dias do último mês) e pelo menos 2 das seguintes critérios:

Hemossedimentação < 20 mm/h


Osteófitos femorais ou acetabulares à radiografia
Redução do espaço articular à radiografia (superior, axial e/ou medial)

Este método de classificação tem sensibilidade de 89% e especificidade de 91%


Tabela 4: Critérios para classificação de osteoartrite idiopática de joelhos

Clínico Clínico e laboratorial Clínico e radiográfico

Dor no joelho* mais pelo menos 3 Dor no joelho* mais pelo menos 5 Dor no joelho* mais pelo menos 1
dos 6 critérios dos 9 critérios dos 3 critérios

Idade > 50 anos


Rigidez matinal < 30 min
Idade > 50 anos Crepitações articulares ao movimento
Rigidez matinal < 30 minutos Sensibilidade à compressão óssea Idade > 50 anos
Crepitações articulares ao Alargamento ósseo Rigidez matinal < 30 min
movimento Ausência de calor local Crepitações articulares ao
Sensibilidade à compressão óssea Hemossedimentação < 40 mm/h movimento
Alargamento ósseo Fator reumatoide < 1:40 Osteófitos
Líquido sinovial sugestivo de artrose
Ausência de calor local
(límpido, viscoso, contagem
leucocitária < 2.000/mm )3

Sensibilidade: 95% Sensibilidade: 92% Sensibilidade: 91%


Especificidade: 69% Especificidade: 75% Especificidade: 86%
Artrose - Prevenção

 Artrose:
 Medicação especifica para reduzir as dores e outros
sintomas
 Fisioterapia para manter a mobilidade
 Manter o peso saudável
 Pratique atividades físicas (fortalecer os músculos e
alivia as articulações)
 Pode ser atividades físicas de baixo impacto como Natação.
Artrose - Prevenção

 Artrose:
É importante escolher uma atividade física que corresponde
com o peso corporal atual do paciente.
 Se o paciente sofre com artrose de joelho deve-se evitar
atividades físicas de alto impacto como: Corridas.
O ideal é encontrar um exercícios de baixo impacto. Como
Natação.
Artrose - Prevenção

 Cuide das articulações:


 Com o avanço da idade acontece o aumento do desgaste das
articulações e com isso aumenta o risco de desenvolver a
doença.
 Evitar movimentos muito repetitivos
 Esforçosmuito significativos que sobrecarregam uma
determinada articulação.
Tratamento

 1) Esclarecimento sobre a doença.


2) Motivar e envolver o paciente no seu tratamento.
3) A prática de atividades esportivas deve ser estimulada.
4) Orientação para cuidados com relação ao uso de rampas e escadas.

5) Orientação com relação à ergonomia do trabalho doméstico e ou


profissional.
 Fisioterapia
1) Fortalecimento – ganho de massa muscular.

2) Aeróbios – Condicionamento físico.


3) Exercícios aquáticos (natação, hidroterapia)

4) Alongamento – Flexibilidade.

 Estabilização medial da patela


A estabilização que se dá por meio de goteiras elásticas é efetiva no tratamento da sintomatologia dolorosa da OA fêmuro-
patelar.

 Palmilhas antivaro

Associadas com estabilização de tornozelo são eficientes na melhora da dor e função na OA do compartimento medial do
joelho.

 Agentes Físicos

 Termoterapia e eletroterapia analgésicas são efetivas como fatores coadjuvantes no tratamento sintomático (dor) das
osteoartrites.
Tratamento Farmacológico

 Analgésicos e antiinflamátórios
 Agentes tópicos (capsaicina e AINH´s)
 Drogas Sintomáticas de ação duradoura (sulfato de glucosamina (1,5 g/dia.
 Cloroquina (OA erosiva de mão)
 Terapia Intra articular (quadro inflamatório evidente) – triancinolona ou ácido
hialurônico.
 Opióides naturais ou sintéticos (Tramadol). Dor moderada ou intensa.
Tratamento cirúrgico

 Pacientes com O.A grau II e III


 Compromentimento das AVD´s
 Falha no tramento conservador
Tipos de cirurgia
Desbridamento artroscópico: Correção das lesões parciais de meniscos,
labrum e retirada de corpos livres Intra-articulares.

Osteotomias: Profilática ou Terapeutica

Artroplastias: As artroplastias totais promovem acentuada redução na dor e melhora


funcional na maioria dos pacientes com osteoartrite.

 Artrodeses: Indicadas principalmente na dor e incapacidade funcional


persistentes de osteoartrite de tornozelos e que não tenham melhorado com
tratamento conservador.
 PRP (plasma rico em plaquetas)

Revista Brasileira de reumatologia. Vol. 42. N. 6. Nov/Dez 2002


• ENTREVISTA COM O MÉDICO ORTOPEDISTA:
• DR. Altenor Antonio Bessa de Queiroz

 Qual a sua opinião sobre o tratamento conservador para a Osteoartrose? Ao prescrevê-lo, o


que se espera como resultado uma vez que o processo de desgaste é irreversível?​
 Resposta: acho muito bom e cada dia mais podemos contar com a fisioterapia para
alcançar resultados positivos na melhora da função e retorno as AVD´s. ​
 Os critérios para indicar o tratamento conservador ou tratamento cirúrgico estão mais
relacionados à idade do paciente ou ao estágio em que a doença se encontra? ​
 Resposta: Está associado ao estágio da O.A, pois existem pacientes muito jovens
(atletas,por exemplo)que já se encontram com desgaste severo devido a doença e,
muitas vezes a intervenção cirúrgica é inevitável. ​
 A condromalácia pode estar relacionada a osteoartrose? ​
 Resposta: Sim e não.A condromalácia no primeiro estagio n~~ao irá evoluir nos caso de
tratamento precoce. Caso o paciente não procure um tratamento neste período, é
provável que a doença atinja o grau IV (mais severo)e apresente a O.A com seus devidos
sintomas e prejuizos na articulação. ​
 ​
Referencias

 SANTOS, Vanessa Ribeiro dos et al. Osteoarticular diseases and physical


performance of Brazilians over 80 years old. Ciênc. saúde coletiva [online].
2016, vol.21, n.2 [citado 2016-10-08], pp.423-430.

 http://melhorcomsaude.com/sintomas-e-prevencao-da-artrose
 http://medicinanet.com.br/conteudos/revisões/3610/osteoartrose.htm

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