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A artrite reumatóide (AR) é uma doença sistêmica crônica do tecido conjuntivo, cuja
característica principal é uma sinovite inflamatória proliferativa, persistente, que envolve todas
as articulações sinoviais, preferencialmente as periféricas, com potencial deformante. Pode
atingir muitos tecidos e órgãos, tais como vasos sangüíneos, coração, pulmões e músculos
(4,5,6).
Por ser uma patologia com potencial deformante (4,5,6), a fisioterapia irá atuar de forma a
prevenir e retardar o aparecimento das deformidades, auxiliará na manutenção da trofia e
força muscular, promoverá reeducação postural, promovendo qualidade de vida e
possibilitando a realização correta das atividades da vida diária (AVDs).
Caso clínico
laser, AsGa (Arsenieto de Gálio, 904 nm), 3 Joules, com técnica pontual, para redução do
processo inflamatório, através da diminuição da produção e liberação de prostaglandinas;
uso da bola suíça para realização de exercícios, objetivando melhora do equilíbrio, manutenção
da amplitude de movimento, ganho de força muscular, correção postural, trabalho de
respiração, percepção corporal no espaço, aumento da confiança e auto-estima, auxiliando no
bem-estar geral da paciente, favorecendo suas atividades da vida diária (AVD’s).
Ao conversar com supervisor do estágio, foi indicada conduta para remissão do quadro
sintomatológico apresentado pela paciente, sendo proposta uma nova conduta, que segue:
tração cervical e lombar com trabalho respiratório, objetivando aumentar o espaço articular,
lubrificação articular, diminuição do espasmo muscular e, conseqüentemente, alívio das dores
lombares, diminuição da atividade simpática, através do relaxamento corporal promovido pela
respiração controlada e melhor alinhamento biomecânico;
Laser, AsGa (904 nm), 3 Joules, técnica pontual, para diminuição de dor, do processo
inflamatório, melhora da circulação e nutrição local.
Artrite reumatóide
Definição
A artrite reumatóide (AR) é uma doença sistêmica crônica do tecido conjuntivo, cuja
característica principal é uma sinovite inflamatória proliferativa, persistente, que envolve todas
as articulações sinoviais, preferencialmente as periféricas, com potencial deformante, visto que
evolui para destruição da cartilagem articular e anquilose das articulações. Acomete, também,
estruturas periarticulares e tendinosas, sendo o substrato anatômico mais característico deste
acometimento, a membrana sinovial. Pode atingir muitos tecidos e órgãos, tais como vasos
sangüíneos, coração, pulmões e músculos (4,5,6).
Há uma incidência de 1% da população geral (5). As mulheres são afetadas três vezes mais
freqüentemente que o homem, sendo a proporção 1:3-4. Entretanto, a prevalência aumenta
com a idade, onde as diferenças entre os sexos não são tão significativas. A grande maioria dos
pacientes inicia a doença entre 35 e 50 anos. Sabe-se, atualmente, que até 50% dos portadores
de AR param de trabalhar dentro de dez anos, a contar do início da doença (5).
Etiologia
Os agentes infecciosos têm papel preponderante no “mecanismo de gatilho”, tais como vírus
de Epstein-Barr, da rubéola, citomegalovírus, herpes vírus e micoplasmas, certas proteínas do
tecido conjuntivo e imunoglobulinas alteradas (4,5).
Fisiopatologia
O pannus é um tecido invasivo composto por células que produzem grande quantidade de
enzimas destrutivas, que progressivamente substitui a cartilagem hialina.
Após a destruição da cartilagem articular, o pannus une os ossos opostos, formando anquilose
fibrosa, que se calcifica, dando origem à anquilose óssea (4,6)
A ligação linfócito – antígeno favoreceria a produção de fatores reumatóides (IgM, IgA, IgG e
IgE) -> aumentam a permeabilidade vascular e acúmulo de células polimorfonucleares ->
ingere complexos imunes -> causam liberação de enzimas hidrolíticas, radicais de oxigênio
livres e ácido araquidônico -> este será metabolizado em prostaglandina e leucotrienos
(respondem muito pela inflamação na AR).
Quase a totalidade de estudo experimentais apontam para o fato de existir uma superatividade
de linfócitos na AR (4,5,6).
Manifestações clínicas
Os sintomas iniciais podem ser articulares e/ou sistêmicos. Em alguns pacientes, os sintomas
inciais consistem de astenia, fadiga, mal-estar, febre-baixa ou dores musculoesqueléticas vagas,
antes das queixas articulares.
1. Articulares
A doença articular típica consiste em uma poliartrite de padrão simétrico e aditivo.
Caracterizado por freqüentes exarcebações e remissões, podendo se tornar crônico e
destrutivo.
Ombros: com bursas e tendões, levando a bursites, tendinites e até ruptura do manguito
rotador;
Joelhos: coleção líquida no espaço articular, fazendo protrusão na porção posterior = cisto de
Baker à “hérnia” da sinovial, onde líquido sinovial entra, mas não pode sair, conforme mostra
figura 3.
Com a evolução da doença, outras articulações costumam ser atingidas e outras deformidades
vão aparecendo:
Tornozelos: onde o envolvimento é mais raro, aparece na formas mais severas; pode ocorrer
erosões ligamentares, levando a incongruência articular, ocasionando deformidades em
pronação ou eversão do pé; articulações metatarsofalangeanas e as do tarso e IFDs e IFPs;
Pés: há um afundamento do arco anterior, cria um pé plano anterior; pode acontecer hallux
valgus e calos sobre as articulações IFPs; o tendão de aquiles é local para assentamento de
inflamações e nódulos reumatóides tais alterações podem levar à claudicação na marcha;
Em geral, a dor é moderada e permite ao paciente realizar pelo menos suas atividades de vida
diária.
Um achado comum na AR, é a rigidez matinal, pelo fato de ter uma menor secreção de cortisol
endógeno e uma maior secreção de prolactina (tem efeito pró-inflamatório) à noite. Em geral,
quanto maior a rigidez matinal, maior é a atividade da doença (4).
Início incidioso: lento; leva de semanas a meses; primeiro aparece fadiga, mal-estar e dor
musculoesquelética difusa, para depois se tornar evidente o envolvimento articular. Pode
apresentar rigidez matinal. À inspeção, vê-se atrofia muscular precoce ao redor da junta
afetada, e o paciente pode desenvolver uma fraqueza fora do comum; cerca de 50 a 70% dos
casos se iniciam dessa maneira.
Início agudo: acontece em 15% dos casos. O envolvimento tende a ser menos simétrico.
Doença de Still do adulto: com febre, rash cutâneo, sorologia negativa. Acomete um número
menor de articulações, com predileção pela coluna cervical. Apresenta pericardite, adenite
mesentérica e derrame pleural, o que pode dificultar o diganóstico;
Padrão polindrômico: a dor se desenvolve em uma articulação que num período de horas fica
vermelha, com calor e edema. Os sintomas se resolvem rapidamente e totalmente.
2. Extra – articulares
São nódulos que se compõem de uma área central de tecido necrótico circundada por uma
coroa de fibroblastos, que está envolvida em uma cápsula fibrosa de células inflamatórias (5).
São as manifestações mais freqüentes (20-35% dos pacientes com doença típica). Apresentam-
se de tamanho variado, de milímetros a vários centímetros de diâmetro, são indolores,
elásticos, lisos e muitas vezes móveis ou fixos no periósteo. Localizam-se sobre superfícies
extensoras articulares (em especial, no olecrano), áreas submetidas à pressão e, mais
dificilmente, em vísceras, como olhos, pulmões, cordas vocais, orelhas e coração (4,5).
Envolvimento ocular
Outras alterações oculares, embora menos freqüentes, são observadas, como ceratite em faixa,
paralisias transitórias de nervo oculomotor, a miosite orbitária e a paralisia transitória do
músculo oblíquo superior (síndrome de Brown) (4,5).
O uso de medicação em AR pode ser causa de doença ocular. Antimaláricos podem causar
retinopatias, corticóides podem levar à formação de cataratas subcapsulares posteriores e/ou
precipitar glaucoma (5).
Envolvimento cardíaco
O acometimento mais comum é a pericardite, ocorrendo em mais de 50% dos pacientes com
doença clássica (5).
Outros achados são: arterite da artéria coronoariana, bloqueios cardíacos (nódulos que se
assentam sobre o sistema de condução), miocardites e disfunções valvulares, mitral e aórtica
(nódulos que se assentam sobre o endocárdio), endocardite.
É característico da AR, o achado de líquido pericárdico tipo exsudato com um teor de glicose
muito baixo, por falha no transporte da glicose através das membranas (4,5).
Envolvimento pulmonar
Envolvimento pleural é o acometimento mais comum na AR. Até 40% dos pacientes têm
aderências pelurais (em exames post mortem).
nódulos isolados;
fibrose intersticial difusa, que causam dispnéia de esforço, tosse com pouca expectoração e,
com o tempo, pode levar à insuficiência cardíaca direita;
Manifestações neuromusculares
Manifestações hematológicas
Anemia ferropriva: pelo uso crônico de AINH, com perda sangüínea gastrintestinal;
Eosinofilia: em pacientes com doença articular severa, soropositiva, com vasculite e pleurite;
Leucocitose;
Trombocitose;
Vasculite reumatóide
A vasculite reumatóide é uma complicação temida e pode levar obliteração da artéria digital,
obliteração em vasos que suprem a pele e órgãos internos, como artérias coronarianas, vasos
mesentéricos e vasa nervorum, trazendo lesões isquêmicas agudas e subagudas nesses locais.
Tende a aparecer nos períodos de quiescência da doença (5).
A arterite digital varia desde a formação de pequenos pontos hemorrágicos nos cantos das
unhas à gangrena digital. Pode haver ulceração cutânea (4).
Manifestações na pele
A pele pode ser modificada pela presença de hipotrofias, eritemas, fenômeno de Raynauld, e
as unhas podem se tornar quebradiças (4).
Outras manifestações
Podem ainda aparecer, no decorrer da AR, linfadenopatia, sendo que ocorre mais no sexo
masculino (5); nefropatia membranosa, que parece ser pelo uso de sais de ouro ou D-
penicilamina; amiloidose, que, na verdade, é uma doença associada e não uma manifestação
da AR. Trata-se do depósito de uma glicoproteína filamentosa em tecido conjuntivo, que se
cora da maneira semelhante ao amido. No caso desta patologia associada à AR, diz-se que é
uma amiloidose secundária. Essa glicoproteína pode se depositar em vários locais, dentre os
mais comuns estão: nos rins (causando proteinúria), no fígado e baço (trazendo
hepatoesplenomegalia), intestinos (ocasionando a síndrome de má-absorção) e língua
(macroglossia).
Diagnóstico
O American College of Rheumatology (ACR), publicou entre 1987-88, os critérios revisados para
diagnóstico da AR (Tabela 1). Um paciente é considerado portador de AR se apresentar pelo
menos quatro dos critérios elaborados pelo ACR.
Os critérios de 1 a 4 devem estar presentes por um período mínimo de 6 semanas, sendo que
pacientes com dois diagnósticos clínicos não são excluídos.
CRITÉRIO DEFINIÇÃO
1. Rigidez matinal Deverá ter duração mínima de 60 minutos até a melhora máxima
6. Fator reumatóide Demonstração do fator reumatóide por qualquer método que seja
positivo em menos que 5% dos controles normais
7. Alterações radiográficas Alterações típicas, vistas em PA, de mãos e punhos, que
incleum: osteopenia periarticular e erosões ósseas
Antes de concluir por um diagnóstico de AR, deve-se excluir uma gama de doenças que podem
simular a doença, tais como outras doenças difusas do tecido conjuntivo, as
espondiloartropatias, as artrites microcristalinas, as artrites sépticas, as osteoartrites e a
polimialgia reumática (4).
Mucoproteínas;
Proteína C reativa;
Prova do látex ou do Waaler Rose (teste rápido de aglutinação para determinação qualitativa,
em placa, do fator reumatóide; na presença do fator, a prova é positiva, na ausência do fator, o
resultado é negativo) (8);
Anticorpos antiqueratina (AKA), sendo um marcador bastante específico, porém não muito
sensível para AR; aparece em 36 a 59% dos pacientes;
Anticorpo antiperinuclear (APF), sendo um teste mais sensível, embora menos específico;
Se o paciente é portador de um fator reumatóide positivo sem doença clínica e tem, também,
um desses anticorpos (AKA ou APF) positivos, a chance dele vir a desenvolver artrite
reumatóide aumenta em cinco vezes (5).
Prognóstico
A doença articular que começa de maneira aguda e explosiva, tende a ter uma evolução
melhor do que aquela de início insidioso.
Fibromialgia associada;
Vasculite;
Tratamento
Por se tratar de uma doença crônica e incapacitante, na maioria dos casos, há a necessidade de
suporte multiprofissional, auxiliando o paciente de forma global.
Medicamentoso;
1. Tratamento medicamentoso
As drogas terapêuticas para uso na AR, inicam-se com antiinflamtórios não-hormonais (AINH),
corticóide e drogas modificadoras da doença (ou drogas de ação lenta).
As drogas modificadoras da doença ou drogas de ação lenta podem ser vistas na tabela 2.
Antimaláricos
Sais de ouro
D – penicilamina
Azatioprina
Metotrexate
Ciclofosfamida
Sulfasalazina
Ciclosporina
Leflunomide
Minociclina
Agentes biológicos
Tabela 2
2. Tratamento não-medicamentoso
Na realização da terapêutica não-medicamentosa, as terapias que recebem destaque são a
fisioterapia e a psicoterapia.
O amparo psicológico ao paciente é de suma importância, com objetivo de torná-lo feliz, como
indivíduo produtivo e em harmonia com o seu ambiente, tanto familiar quanto profissional.
Que o paciente possa se sentir útil, que auxilie a sociedade, em vez de sobrecarregá-la (4).
Por ser uma patologia com potencial deformante (4,5,6), a fisioterapia irá atuar de forma a
prevenir o aparecimento das deformidades, auxiliará na manutenção da trofia e força
muscular, promoverá reeducação postural, promovendo qualidade de vida e possibilitando a
realização correta das atividades da vida diária (AVDs).
De acordo com Freitas e Przysienzny (10), “os desarranjos posturais surgem a partir do
desequilíbrio dos sistemas osteo-mio-articular, levando ao aparecimento não somente de
desvios posturais, como também de degenerações, contraturas e fibroses”. Nesse sentido, a
terapia física trabalhará o indivíduo de forma global, priorizando, é claro, as estruturas
acometidas, em busca da postura na qual haja
o mínimo de estresse a ser aplicado em cada articulação (10), ou seja, a postura correta.
Para Moreira e Carvalho (4), os pés dos portadores de artrite reumatóide (AR) sofrem com
afundamento do arco anterior, criando um pé plano anterior, cabeça metatarsianas luxadas,
hallux valgus, gerando claudicação na marcha. Freitas e Przysienzny (10), complementam
dizendo que os pés permitem apoio, equilíbrio, impulsão, absorção de impactos e manutenção
da postura. Sendo assim, qualquer alteração nestes segmentos, geram alterações posturais,
comprometendo a realização da marcha de forma funcional e adequada.
O arco longitudinal medial é responsável pela absorção de choque após o contato com o solo,
isto é, se há diminuição deste arco, além de promover o aparecimento do pé plano, surgirá
uma menor absorção do impacto entre pé e solo, favorecendo, assim, um maior desgaste
articular e ósseo. Ademais, em decorrência do pé plano, as alterações posturais surgirão com o
tempo. Nestes casos, pode haver indicação, além da fisioterapia convencional, do uso de
palmilhas corretivas (10).
Existem várias causas para o hallux valgus, entretanto, o que cabe ressaltar aqui, é que as
doenças reumáticas causam alterações no equilíbrio da musculatura intrínseca e extrínseca do
pé, nas estruturas capsuloligamentares e articulares, que favorecem o surgimento deste desvio
do hálux (10).
A cinesioterapia é eleita como o melhor recurso terapêutico, objetivando a preservação da
mobilidade articular, o comprimento e o tônus dos músculos, prevenindo e corrigindo as
atrofias musculares (4).
Carrière, em seu livro, relata que “a bola ajuda a motivar e a desafiar os pacientes,
provavelmente pela ativação do sistema límbico e de outros sistemas no cérebro” (11).
Sendo assim, alguns exercícios com a bola suíça foram utilizados com a paciente portadora de
AR.
Seguem os objetivos para tratamento com bola suíça, de acordo com os exercícios realizados:
– coordenação motora;
“Ula-ula para frente, para trás, para um lado e para outro” (figuras 6 e 7):
– equilíbrio;
– coordenação motora;
– atividade lúdica, promovendo bem-estar e relaxamento.
A flutuabilidade, segundo Kisner e Colby (3), “é a força para cima que trabalha em oposição à
gravidade”. Com isto, obtém-se ausência relativa do peso do paciente, por ele sentido, e, desta
forma, retira as cargas das articulações, permitindo a realização dos movimentos ativos mais
facilmente.
Já a viscosidade, proporciona resistência ao exercício realizado, visto ser uma “fricção que
ocorre entre as moléculas de líquido, resultando em resistência ao fluxo” (3).
A tensão superficial age como uma resistência na superfície da água, o que, por sua vez, faz
com haja maior trabalho na superfície do que se um membro estivesse mantido embaixo da
água (3).
Com relação aos exercícios realizados pela paciente na água, são descritos a seguir:
Série inicial de marcha, com caminhada em extensão da articulação do joelho; depois, sendo
realizados de costas; a seguir, caminhada lateral, realizando adução e abdução de membros
inferiores; caminhada na diagonal, com dois passos para um lado e dois para o outro; todos os
exercícios sendo feitos em dois minutos cada;
Diminuição da retenção de líquido corporal, através da melhora do retorno venoso, pelo uso de
medicação corticóide.
Convulsões descontroladas.
Desta forma, a laserterapia se mostra como um recurso terapêutico muito eficaz, visto ter
poucas contra-indicações e muitos efeitos terapêuticos benéficos ao tratamento.
Efeito bioquímico:
– inibindo a produção das prostaglandinas (que aumentam o efeito da histamina, que é pró-
inflamatório);
Efeito bioelétrico:
Estímulo à microcirculação:
– aumento na produção de ATP leva à aceleração da mitose, o que, por sua vez, acelera a
velocidade de cicatrização tecidual, trofismo e fisiologismo celular.
Cicatrizante: aumento de ATP, que acelera o processo mitótico; estímulo à microcirculação, que
aumenta aporte de nutrientes e oxigênio para as células; angiogênese; aumento na síntese de
colágeno (6).
Assim sendo, diante de todos os efeitos benéficos da terapia com laser, optou-se por dar
continuidade ao tratamento da paciente com AR através deste recurso, todavia, somente
quando apresentasse quadro álgico articular.
Foram utilizados o laser de 904 nm (AsGa), técnica pontual, com dosimetria de 3 Joules (para
usufruir de todos os efeitos terapêuticos do laser).
Conclusão
Por ser uma doença crônica, que evolui com o passar do tempo, e envolve não só as
articulações como também órgãos vitais do corpo humano, a artrite reumatóide (AR) necessita
de uma abordagem multidisciplinar, com ortopedista, reumatologista, dentista, nutricionista,
terapeuta ocupacional, psicoterapeuta e, em especial, fisioterapeuta.
A fisioterapia atuará de forma global no paciente portador de AR, com objetivos específicos,
como retardar o aparecimento das deformidades, fazer manutenção e fortalecimento
muscular, manutenção e ganho de amplitude de movimento articular e muscular, reeducação
postural e para realização das atividades da vida diária (AVDs), trabalho cardiovascular,
melhora na qualidade de vida e melhora na interação interpessoal, através do contato
paciente-terapeuta.
A cinesioterapia é a melhor técnica para este tipo de tratamento, com as suas variáveis e
recursos.
Outras pesquisas são necessárias, a fim de melhorar ainda mais a qualidade no atendimento
em fisioterapia no paciente portador de artrite reumatóide, demonstrando a importância da
terapia física na recuperação da saúde do indivíduo e auxiliando-o a ser novamente um agente
ativo na sociedade, na qual está inserido.
Referências bibliográficas
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 4ª. Ed. Manole, São
Paulo, 2005.
MADEIRA, T.; VIANNA, G.; BORGES, F.; JARDIM, I. “Quimo” Fisioterapia: teoria e dicas –
questões de provas comentadas. Editora Águia dourada, Rio de Janeiro, 2005.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 3ª. Ed. Artmed, Porto Alegre, 2003.
CARRIÈRE, B. Bola suíça: teoria, exercícios básicos e aplicação clínica. Ed. Manole, Rio de
Janeiro, 1999.