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DISFUNÇÃO TEPOROMODIBULAR
ETIOLOGIA
A tentativa de isolar uma causa nítida e universal da DTM não tem sido bem-sucedida. Estudos recentes
concluem que a DTM tem origem multifatorial. Faz parte de uma anamnese completa a identificação de
fatores predisponentes (que aumentam o risco da DTM), fatores iniciadores (que causam a instalação das
DTMs) e fatores perpetuantes (que interferem no controle da patologia). Dentre esses fatores citaremos
aqueles que supostamente são mais relevantes.
Trauma
• Trauma direto ou macrotrauma.
• Trauma indireto: representado por lesões do tipo chicote.
• Microtrauma: provocado por traumas de pequena monta, realizados de maneira repetitiva, como
hábitos parafuncionais (bruxismo, apertamento dentário, etc).
Fatores psicossociais
• Ansiedade, depressão, etc.
Fatores fisiopatológicos
• Fatores sistêmicos: doenças degenerativas, endócrinas, infecciosas, metabólicas, neoplásicas,
neurológicas, vasculares e reumatológicas.
• Fatores locais: alteração na viscosidade do líquido sinovial, aumento da pressão intra-articular,
estresse oxidativo, etc.
• Fatores genéticos: presença de haplótipos associados à sensibilidade dolorosa.
É consenso entre pesquisadores e clínicos especializados em dor orofacial que a oclusão dentária não mais
pode ser considerada fator primário na etiologia da DTM. Alguns fatores de relacionamento oclusal são
citados como predisponentes das DTM, entretanto, estudos demonstram que a correção desses fatores
em indivíduos sintomáticos tem pouca eficácia no controle da DTM.
TARTAMENTO
O objetivo do tratamento da DTM é controlar a dor, recuperar a função do aparelho mastigatório,
reeducar o paciente e amenizar cargas adversas que perpetuam o problema.
A etiologia indefinida, o caráter autolimitante e a altíssima eficácia recomendam a utilização inicial de
terapias não-invasivas e reversíveis para os pacientes que sofrem de DTM.
Educação do paciente, automanejo, intervenção comportamental, utilização de fármacos, placas
interoclusais, terapias físicas, treinamento postural e exercícios compõem a lista de opções aplicáveis a
quase todos os casos de DTM.
A prática da Odontologia Baseada em Evidência (OBE) não ampara a prescrição de técnicas que promovem
mudanças oclusais complexas e irreversíveis, como o ajuste oclusal por desgaste seletivo, terapia
ortodôntica, ortopedia funcional, cirurgia ortognática ou técnicas de reabilitação oral protética no
tratamento da disfunção temporomandibular.
Com relação às cirurgias de ATM, é possível afirmar que são necessárias em alguns poucos casos
específicos, tais como anquilose, fraturas e determinados distúrbios congênitos ou de desenvolvimento.
Unidade Motora
É o componente básico do sistema neuromuscular, composta por um numero de fibras musculares que são
inervadas por um neurônio motor. Cada neurônio liga-se à fibra muscular através da placa motora. Ativando
um neurônio , a placa motora é estimulada a libera acetilcolina, que despolariza as fibras musculares. Essa
despolarização causa o encurtamento ou a contração das fibras musculares. O numero de fibras inervadas
por um único neurônio varia de acordo com a função da unidade motora. Quanto menos fibras musculares
por neurônio motor, mais preciso o movimento. Um neurônios motor pode inervar somente duas ou três
fibras musculares
Nocicepção: estimulo nocivo urinário do receptor sensorial. Esta informação é levada ao SNC pelo
neurônio primário
Dor: é uma sensação desagradável percebida no córtex geralmente como resultado de um estimulo
nociceptivo de entrada.
Cocontracao Protetora:
resposta do SNC a injúria ou ameaça de injúria . ex; um paciente com cocontracao apresentara um aumento
na atividade muscular dos elevadores durante a abertura da boca. Essa acoativacao dos músculos
antagonistas é tida como um mecanismo normal de proteção ou guarda.
Etiologia: Qualquer mudança no estimulo sensorial ou proprioceptivo das estruturas associadas
Dor Miofascial
É uma dor miogênica regional caracterizada por áreas locais firmes hipersensitivas de tecidos musculares
conhecidos como pontos de gatilho. Os pontos Gatilho podem criar efeitos excitatorios centrais levando a
dor referida.
Os pontos gatilho tem uma característica clinica de apresentar tanto em estado ativo como latente.
Em um estado ativo ele causa efeito excitatorio central , apresentando dor referida. No estado Latente um
ponto gatilho é sensível a palpação porem não produz dor referida
Esses pontos gatilho podem ser ativados por vários fatores como aumento so uso do músculo, sobrecarga no
músculo, estresse emocional, etc.
Mandíbula - Vista Lateral
Anatomia da A.T.M.
Este desenho mostra a articulação têmporo-mandibular
(A.T.M.) e suas estruturas.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Definicao de Disfincao Motora Shirley A. Sahrmann 2005
Sao disturbios osteosmuscular miofaciais, sindromes de uso execessivo, traumas cumulativos e lesoes devidas ao
esforco repetitivo.
Ombro
Posicionados ligeiramente abaixo do eixo horizontal que atravessa a vertebra T1 na vista posterior. Na
vista lateral, a linha perpendicular ao solo deve cortar o acrômio ao meio.
Escápula
Borda medial da escápula é paralela a coluna vertebral, localiza-se a cerca de 7 cm de distância em relação
à linha media do tórax. Situa-se entre a segunda e sétima vértebra torácica.
Rotação escapular para baixo: ângulo inferior da escápula situa-se para dentro da raiz da espinha. Na
maioria dos casos existe encurtamento dos músculos romboide e elevador da escápula e alongamento da
porção superior do trapézio.
Depressão: refere-se a margem superior da escápula que ocupa a posição mais baixa que os pontos de
referência (T2 e T7) apresentando um alongamento de trapézio e uma dominância de peitoral maior e
grande dorsal.
Elevação: apresenta a margem superior da escápula ocupando a posição mais alta que T2 e T7. Dominância
do trapézio superior.
Adução: distância da borda medial da escápula menor que 7 cm. Encurtamento dos músculos romboide e
trapézio médio e alongamento do serrátil anterior.
Abdução: distância da borda medial da escápula maior que 7 cm . Encurtamento do serrátil, grande dorsal
e peitoral maior.
ATM
Tipo muscular: músculo estriado esquelético (contração voluntária). O tecido muscular esquelético é
chamado de estriado por apresentar faixas alternadas claras e escuras podendo ser vistas no microscópio
óptico.
Músculos da ATM
1. Temporal
2. Masseter
3. Pterigoideo Medial
4. Pterigoideo Lateral
5. Esternocleidomastoideo
6. Digastrico
1 – Temporal
3 - Pterigoideo Medial
Origem: face medial da lâmina do processo pterigóideo do osso esfenóide
Inserção: face medial do ângulo e ramo da mandíbula
Inervação: nervo pterigóideo medial (ramo mandibular do nervo trigêmeo- V par craniano)
Ação: elevação (oclusão) mandibular e profusão
4 - Pterigoide Lateral
Origem:
cabeça superior: asa do esfenóide
cabeça inferior: face lateral da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide
Inserção:
cabeça superior: face ântero-medial do disco articular
cabeça inferior: colo mandibular
Inervação: nervo pterigóideo lateral (ramo mandibular do nervo trigêmeo- V par craniano)
Ação: abertura da boca e protrusão da mandíbula.
PTLI: auxilia na abertura e protrusão da mandíbula puxando a cabeça da mandíbula para frente e para
baixo do tubérculo articular.
PTLS: é ativado durante o fechamento mandibular contraindo conjuntamente com os músculos
levantadores da mandíbula.
5- Estenocleidomastoideo
Origem: porção esternal; manúbrio
porção clavicular; terço medial da clavícula
Inserção: processo mastoide
Inervação: nervo acessório
Ação: agindo em conjunto fletem a cabeça. E quando isolados a cabeça é fletida lateralmente, para o lado
do músculo que age, e a face rodada para o lado oposto
6- Digastrico
Origem: ventre posterior- incesura mastóidea e processo mastóide
Ventre anterior- superfície lingual da mandibula
Ação: abaixa a mandíbula e elevam o osso hioide
É uma combinação de articulação gínglimo e plana, formada pela parte anterior da fossa mandibular do
osso temporal e a cabeça da mandíbula.
Cápsula Articular – tecido conjuntivo fibroso que define os limites anatômicos e funcionais da articulação.
Unida superiormente ao osso temporal e inferiormente ao colo da mandíbula. Uma membrana, que
reveste a superfície interna, secreta fluido sinovial que tem a função de suprimento nutricional e
metabólico e lubrificação da articulação.
Disco Articular – estrutura bicôncava oval, apresentando uma parte central fina (zona intermediária) e
bandas posterior e anterior espessas que geram estabilidade ao mesmo (previne deslocamentos). A zona
intermediária é avascular e sem inervação, o que possibilita receber carga (compressão).
Ligamento Posterior – (tecido retrodiscal/ zona bilaminar). Ocupa o espaço entre o disco e a parede
posterior da cápsula articular. Unido anteriormente à banda posterior do disco e posteriormente à placa
timpânica e porção posterior da cabeça da mandíbula. Função estringir os movimentos na articulação
inferior, permitindo que o disco se mova passivamente com a cabeça da mandíbula em uma direção
anterior e posterior. Por serem vascularizados e inervados, os ligamentos podem se tornar inflamados e
doloridos.
Ligamento Temporomandibular Lateral - consiste em dois curtos fascículos estreitos. Está inserido acima
no arco zigomático e abaixo na face lateral do colo da mandíbula. Tem a função de prevenir a distração
inferior da cabeça da mandíbula.
Ligamento Esfenomandibular - é uma faixa fina e achatada localizada medial à cápsula. Está inserido na
espinha do esfenóide e abaixo na lígula do forame mandibular. Não apresenta função significativa na ATM.
Movimento Mandibular
Fechamento: contração bilateral dos músculos masseter, temporal, pterigóideo medial e pterigóideo
lateral superior
Excursões Laterais: contração do pterigóideo lateral inferior homolateral/ipsilateral (do mesmo lado)
Diagnóstico Preciso
-Tomada da historia: queixa principal, história da doença atual, história médica, história psicossomática;
-Exame fisico;
-Testes de diagnóstico;
-Imagens;
-Exame laboratorial (pequisa de fatores reumatoides).
Tomada da Historia
Abertura
Okson 36 a 44mm
Pertes 40 a 50mm
Bell 53 a 58mm
Considerar 36 a 40 mm
Caracteristica da ATM
Articulação sinovial
Bilaminar
Recobrimento das estruturas articulares ( tecido conjutivo denso – fibrocartilagem na superfície da
cabeça da mandíbula e fossa mandibular)
Rotação e Translação ( ginglimo artroidal)
Nutrição / lubrificação: líquido sinovial
Disco articular
Ligamentos ( fibricolágeno)
Cápsula articular
Membrana sinovial
Desordens temporomandibulares (DTM) compreendem um termo coletivo que envolve alterações clínicas
nos músculos da mastigação, na articulação temporomandibular (ATM) e/ou estruturas associadas(AAOP).
A disfunção temporomandibular (DTM) pode ser entendida como uma série de alterações funcionais das
estruturas envolvidas na mastigação. Podem ocorrer como sinais e sintomas desta condição: cefaléia,
otalgia e estalido, além de sensibilidade da musculatura mastigatória e cervical. É uma desordem de
etiologia multifatorial onde estão incluídos fatores de riscos, tais como bruxismo, condições oclusais,
fatores neuromusculares e psicogênicos.
Sabe-se que hábitos parafuncionais como o apertamento e/ou bruxismo, oclusão de risco para a DTM, má
postura, traumas na região orofacial, estresse emocional, doenças sistêmicas, tais como fibromialgia e
doenças reumáticas podem contribuir de maneira significativa para o estabelecimento e perpetuação
desta afecção. O diagnóstico das DTM é essencialmente clínico e depende do treinamento e capacitação
do examinador.
-Diagnóstico correto;
-Conhecimento do curso natural da doença;
-Necessidade de intervenção e possibilidade de controle;
-Manejo adequado do paciente.
DTMs articulares
Intra Articulares
1. Desvio de forma
2. DDA –com reducao, sem reducao (sem travamento e com travamento)
3. Desl do complexo cabeca musc disco – hipermobilidade, Subluxacao, travamento aberto
4. Condicoes inflamatorias – capsulite, sinovite,retrodicite
Sinais e sintomas da DTM articular:
Dor localizada na região;
A dor normalmente aumenta ou ocorre na função;
Edema na região da articulacão;
Irregularidades nos movimentos;
Travamento da mandibula;
Alteracões oclusais;
Ruidos articulares: estalidos / creptação.
1.1.1 Aplasia
1.1.2 Hipoplasia
1.1.3 Hiperplasia
1.1.4 Neoplasia
1.1.1 Aplasia
É o desenvolvimento defeituoso ou incompleto dos ossos do crânio ou da mandíbula. Ex: microssomia
hemifacial ou síndromes do primeiro e segundo arco braquial.
1.1.2 Hipoplasia
É o desenvolvimento incompleto ou subdesenvolvimento dos ossos do crânio ou mandíbula, que é
congênita ou adquirida . O crescimento é considerado normal apesar de reduzido proporcionalmente.
1.1.3 Hiperplasia
É o desenvolvimento excessivo dos ossos do crânio ou mandíbula, podendo ser congênita ou adquirida.
1.1.4 Neoplasia
É o crescimento novo, frequentemente descontrolado de tecido anormal, surgindo na ou envolvendo a
ATM.
Afinamento e Perfuração: A sobrecarga enquanto os dentes estão juntos pode resultar em um afinamento
da parte central do disco e a pressão contínua pode gerar perfuração. Acomete indivíduos mais velhos e
leva consequentemente a degeneração na superfície articular.
Sinais e Sintomas: Apresenta sons desconfortáveis ou creptação durante o movimento articular.
Tratamento: Placa estabilizadora, analgesia, controle da ADM, mobilização articular, alongamento.
Refere-se ao estágio ao qual o disco está deslocado em uma posição anterior ou anteromedial com a boca
fechada e retorna na posição normal com a abertura da boca. A atividade dos músculos mastigatórios
frequentemente acompanha o deslocamento gerando um quadro álgico muscular.
Sinais e Sintomas: Sons de clique ou estalos durante a abertura da boca, outro achado clinico é o desvio da
linha media para o lado articular afetado no inicio da abertura, retorna para posição central ao final do
fechamento,frequentemente ausência de restrição no movimento mandibular, interferência
momentânea na abertura e/ou fechamento, que se reduz com a protrusão mandibular voluntária
Sinais e Sintomas: Historia pregressa de estalido , Historia de DDCR, resolucao gradual da limitacao da
abertura da boca, dor à palpacao na articulacao afetada, alteracao osteoartite discreta a moderada na
imagenologia dos tecidos
Critérios de diagnóstico para o deslocamento do disco articular foram estabelecidos pela “Academia
Americana de Dor Orofacial” (1998), e classificam esta desordem em aguda e crônica.
1- abertura da boca acentuadamente limitada (≤ 35mm), persistente, com história de instalação súbita;
2- deflexão para o lado afetado na abertura da boca;
3 - laterotrusão acentuadamente limitada no lado contra-lateral (se for unilateral), ausência de estalido;
4- imagenologia do tecido mole revelando disco articular deslocado sem redução e imagenologia de tecido
duro não revelando nenhuma alteração osteoartrítica extensa;
5- quadro de dor devido à inflamação da cápsula articular e dos ligamentos discais.
4- hiperoclusão ipsilateral;
Tratamento: terapia inicial é diretamente voltada a redução do disco por meio de mobilização manual
(manobra de Farra), fármacos, dispositivos interoclusais, fisioterapia
1- história de instalação súbita de abertura de boca limitada que ocorreu há mais de 4 meses;
2- imagenologia de tecido mole revelando disco articular deslocado sem redução, e imagenologia de tecido
duro sem revelar alteração osteoartrítica extensa;
3- apresenta o disco permanentemente deformado e a zona bilaminar disfuncional tornando difícil atingir
a redução.
Os critérios de diagnostico do deslocamento crônico do disco articular sem redução pode acompanhar:
O tratamento do deslocamento do disco articular sem redução da ATM (Eduardo Januzzi tese de
doutorado):
1. é importante procurar restabelecer a biomecânica da ATM, mesmo que o disco articular esteja
deslocado permanentemente;
2. a biomecânica funcional da ATM sem dor e o aumento da efusão intra-articular parecem promover uma
lubrificação adequada minimizando os danos degenerativos que acompanham grande parte desta
condição;
3. quando a dor e a limitação da função estiverem presentes nesta condição, o tratamento conservador
deve ser primariamente instituído e apresenta bom prognóstico;
4. o tratamento invasivo só deve ser instituído depois de considerar falho o tratamento conservador;
5. ao instituir o tratamento invasivo, devemos priorizar os procedimentos mais conservadores como
infiltrações e artrocentese, uma vez que existem evidências comprovando sua eficácia;
6. até o presente momento, não existem ensaios clínicos aleatórios (RCT) para cada modalidade
terapêutica, além de existirem muitas falhas metodológicas nos existentes. Sendo assim, devemos nos
guiar com a necessária cautela pelos estudos existentes, porém, com boa qualidade metodológica.
Na adaptação dos ligamentos retrodiscais no DDSR ocorre uma metaplasia (aumento das células
indiferenciadas , aumento dos fibroblastos, diminuição da luz dos vasos sanguíneos) fribrosando o tecido
criando um “pseudo disco”.
Uma vez estabelecidos os critérios de diagnóstico do deslocamento do disco articular sem redução da
articulação temporomandibular, é importante definir qual o melhor tratamento para esta condição (Kurita
et al, 1998; Sato et al, 1999).
Características Clinicas
Hipermobilidade ou Subluxacao
Observacoes clinicas revela que assim que a boca se abre ao Maximo há uma pausa momentania seguida
de um salto para a posição de abertura máxima acompanhado por um baque surdo podendo observar
também na face lateral do paciente os pólos laterais dos côndilos apresentando uma depressão pré
auricular. A subluxação pode ocorrer bilateralmente mais nunca simultaneamente.
Imagenologia revela a cabeça da mandíbula desloca-se à frente do tubérculo articular.
Tratamento: ensinar ao paciente a limitar o movimento, evitando bocejar, abrir muito a boca quando
comer, exercícios de fortalecimento dos músculos levantadores
Deslocamento Espontâneo
quando a boca é aberta alem do seu normal e a mandíbula trava. Ocorre tipicamente com pacientes que
tenham a anatomia da fossa que permita a subluxacao
DTMs musculares
• Dor Miofacial
• Fibrimialgia
• Contratura muscular ( miotatica, miofibrotica)
Desordens dolorosas
Contração protetora
Resposta inicial de um músculo, induzida pelo SNC a uma injúria proprioceptiva ou ameaça de injúria
Etiologia: Alteração sensorial ou proprioceptiva.Presença de dor profunda constante. Estresse emocional
aumentado.
Características clínicas: Movimenta normalmente se solicitado. Dor mínima em repouso aumenta com
função. Sensação de fraqueza muscular.
Tratamento: Remover a fonte da dor, orientações, fisioterapia
Mialgia
Mioespasmo
É um distúrbio muscular agudo que envolve a contração repentina, involuntária caracterizado pela
contração muscular contínua.
Contração induzida pelo SNC
Etiologia: dor profunda prolongada; metabólitos nos músculos devido a fadiga; idiopáticos
Características: restrição súbita e acentuada de movimentos, dor em repouso, função piora, músculo rígido
e dolorido.
Critérios de diagnostico:
-Dor em repouso;
-Dor agravada pela função dos músculos afetados;
-EMG aumentada em relação a normalidade;
- Sensação de rigidez muscular.
Tratamento: Eliminar fatores etiológicos, Spray e alongamento, injeção anestésica e alongamento,
fisioterapia
Miosite
Caracteriza sinais e sintomas clínicos associados à inflamação tecidual. Apresentando edema, rubor e calor
aumentado sobre a região afetada.
Dor intensa à palpação e repouso, apresentando também aumento da dor na função. Pode induzir atrofia
muscular ou contratura associada com a presença prolongada de substâncias algogênicas no músculo.
Criterios de diagnostico:
-Dor continua em uma area localizada após lesão ou infeccão;
-Sensibilidade difusa sobre toda região afetada;
-Dor agravada pela função;
-ADM diminuida devido a dor e edema.
Tratamento: Restrição de movimentos, AINE, evitar injeções, calor úmido. Após fase aguda, iniciar
lentamente a mobilização do músculo.
Dor miofascial
Caracterizada por dor muscular difusa e pela presença de pontos gatilhos nos músculos, tendões ou
fáscias. Pontos gatilhos quando palpados podem produzir um padrão dor referida e/ou sintomas
autonômicos de provocação.
Etiologia: estresse, distúrbio do sono, fonte contínua de dor profunda
Fatores locais: parafunção, má postura
Fatores sistêmicos: condicionamento físico deficiente
Critérios de Diagnósticos:
-Dor difusa regional;
-Agravo da dor pela função;
-Teste de provocação dos pontos dolorosos altera a queixa da dor revelando uma padrão de dor referida;
-Redução de pelos menos 50% da dor com spray gelado ou injeção anestésica nos pontos gatilhos.
Sinovite/Capsulite
Sinovite: inflamação do revestimento sinovial da ATM que pode ser devida à infecção, condição
imunológica secundária à degeneração da cartilagem ou trauma.
Apresenta dor localizada que é exacerbada pela função e ou sobrecarga das articulações .
Dor à palpação das sinoviais ( difícil execução)
Pode acompanhar ma capsulite
Os tecidos retrodiscais sao altamente vascularizados e inervados. Nao sendo capazes de torelar muita
carga. Por Exemplo se o condili invadir a area desse tecido provavelmente ira provocar um processo
inflamatorio
Etiologia: Trauma ou infecção da estrutura. Pode ocorrer hemartrose intracapsular que pode levar à
aderências ou anquilose.
Dor na região retrodiscal da ATM, dor aumentada com a palpação da região posterior da ATM. Pode esta
relacionada à coompressao da zona bilaminar por DD.
Dor pré-auricular: piora com movimento e função.
DOENÇAS DEGENERATIVAS
Osteoartrose
Processo degenerativo não inflamatório, caracterizado pela deterioração dos tecidos articulares e
remodelação da camada óssea subcondral. Pode alterar a biomecânica articular, presença de creptação
(estágios mais avançados), normalmente indolor (ausência de sensibilidade à palpação da articulação),
pode ocorrer alteração oclusal importante.
Osteoarteite
(Primária e Secundaria)
Primária
Doenca degenerativa articular, caracterizada pela deterioração e abrasão do tecido articular e
remodelamento do osso subcondral sudjacente. A Osteoartrite Primaria é quando nao há fator etiologico,
sendo considerada idiopática.
Similar à osteoartrose, porém apresenta inflamação na sinóvia da ATM, levando à dor. Processo local que
pode ser influenciado pela presença de osteoartrite em outras articulações do corpo.
Critérios de diagnósticos
-Ausência de fator etiológico;
-Dor com função;
-Sensibilidade pontual à palpação;
-Imagem com esclerose subcondral, formações de osteófitos, erosões, diminuição do espaço articular.
Secundária
Envolve o mesmo processo das condições primárias, embora exista um evento ou doença prévia associada.
Critérios de diagnósticos:
-Presença de uma doença ou evento claramente documentado;
-Dor na função;
-Sensibilidade pontual à palpação;
-Imagem com esclerose subcondral, formações de osteófitos, erosões, diminuição do espaço articular.
Critérios diagnósticos:
.Presença de crepitação
.Imagenologia ( artrotomografia) revelando perfuração no disco
Sinais e sintomas que podem estar presentes:
.Dor espontânea ou durante a função
1.2. Aderências
Critérios diagnósticos:
.Restrição da abertura da boca de leve á moderada ou sensação de enrijecimento articular de curta
duração com um quadro de dor do tipo em pressão
.História de macro, ou microtrauma podendo estar presente um hipersinal em ponderação T2( efusão, ou
hemartrose).
.Imagenologia revelando disco fixo à vertente posterior do tubérculo articular, ou mais raramente à cabeça
da mandíbula.
.Pode estar presente deflexão mandibular para o lado acometido
1.3. Adesividade
Critérios diagnósticos:
.Presença de limitação da abertura bucal, principalmente durante o movimento translatório( 25-30mm)
similar a um quadro de DDSR
.Dor do tipo em pressão que aumenta frente a demandas funcionais e/ou se realizar manipulação da
mandíbula(forçar a mandíbula para baixo)
.Pode estar presente durante a abertura da boca uma deflexão da mandíbula para o lado acometido
.Imagenologia(artroressonância) revelando disco fixo à vertente posterior ou ao topo do tubérculo
articular, onde não se consegue visualizar com nitidez o espaço supra discal.
2. Anquilose
2.1 Fibrótica
Critérios diagnósticos:
.História pregressa compatível com trauma ou processo infeccioso
.Amplitude limitada de movimento na abertura.
.Deflexão acentuada para o lado afetado (condição unilateral).
.Látero-trusão acentuadamente limitada para o lado contralateral.
.Imagenologia revela ausência de translação da cabeça da mandíbula na abertura, mas apresenta espaço
do disco.
2.2 Óssea
Critérios diagnósticos:
.História pregressa compatível com trauma, processo infeccioso e ou inflamatório.
.Amplitude de movimento extremamente limitada comparada a anquilose fibrótica na abertura, sobretudo
quando a condição é bilateral.
.Deflexão acentuada para o lado afetado, quando a condição é unilateral.
.Látero-trusão acentuadamente limitada para o lado contralateral, quando a condição é unilateral.
. Diagnóstico por imagem identificando proliferação óssea , obliteração do espaço do disco e ausência de
translação da cabeça da mandíbula.
Critérios diagnóstico:
. Dor durante a abertura bucal
. Assimetria facial
. Edema pré-auricular do lado envolvido
. Desvio da mandíbula para lado afetado durante a abertura bucal
. Limitação da abertura da boca
. Eventualmente, pode-se observar trismo, crepitação óssea no local da fratura e maloclusão.
. Confirmação por diagnóstico de imagem
Critérios de diagnóstico:
1.Dor durante a abertura bucal
. Assimetria facial
.Desvio da mandíbula para lado afetado durante a abertura bucal
.Limitação dos movimentos mandibulares com impossibilidade de lateralizar a mandíbula para o lado
normal
.Eventualmente, pode-se observar maloclusão dentária, mordida aberta anterior, ou posterior nos casos
unilateral e bilateral respectivamente, aumento da dimensão vertical e desvio da linha média para o lado
afetado.
.Confirmação por diagnóstico de imagem
Placa Reposicinadora
Indicações: diminuir dor da ATM , controle de estalido , redução dos sintomas musculares
Objetivo: diminuir cargas adversas na ATM , alterar o posicionamento da cabeça da mandíbula com o disco
Fármacos
Farmacocinética: É como a droga movimenta-se através do corpo
Farmacodinâmica: Refere-se ao estudo das intervenções dos receptores da droga e todos os eventos
subseqüentes que levam ao efeito farmacológico
Tipos de Vias:
Tópico
Transdérmico
Parentenal
Oral
Retal
Anti-inflamatórios
Os AINEs são eficazes nas condições inflamatórias leves a moderadas e na dor pós-operatória aguda
Ex: Tenoxican (Tilatil), Ibuprofeno (Advil), Piroxicam (Feldene)
Coticosteróides
Potentes anti-iflamatórios que não estão comumente prescritos nas DTMs devido seus efeitos colaterais. A
exceção consiste da dor articular aguda e intensa por inflamação.
Injeção intracapsular de corticosteróides tem sido recomendada de forma limitada em casos agudos de dor
articular no qual o tratamento conservador foi mal sucedido. Embora existam algumas dúvidas sobre os
efeitos a longo prazo ( degeneração articular).
Ex: Betametasona (Celestone ) obs: sem cristais
Benzodiazepinicos
Agentes ansiolíticos administrados em dores crônicas. Sendo potencialmente viciantes.
Ex: Clonazepam (Rivotril), Bromazepam(Lexotam), Diazepam (Valium), Alprazolam (Frontal)
Relaxantes Musculares
Ajuda a prevenir o aumento da atividade muscular associada às DTMs
Ex: Ciclobenzaprina(Miosan), Baclofeno (Lioresal), Carisoprodol (Trilax)
Somaflex, Dorilax,Mioflex
Antidepressivos
Prescritos na dor crônica associada à depressão e distúrbios do sono.
Ex: Amitriptilina (Triptanol), Nortriptilina (Pamelor), Fluoxetina (Prozac), Imipramina (Tofranil)
Anti Convulsivante
Ex: Gabapentina
Hialuronato de Sódio
Aplicado nas articulações sinoviais, estudo mostra que apresenta um suporte na viscosidade do fluido
sinovial e sustenta as propriedades lubrificantes e amortecedoras do impacto na cartilagem articular.
Ex: Polireumin
Indicações do Polireumin:
-Todos os casos com DDSR agudos ou crônicos com o objetivo de liberação do disco articular e de diminuir
a doença articular degenerativa que normalmente acompanha essa condição;
-Quando formos realizar manipulação mandibular para liberar o disco articular na presença de DDSR com
travamento agudo ou crônico para facilitar a liberação do disco que se encontra travado;
-Em casos de DDCR e travamento intermitente para melhorar a condição biomecânica desta articulação
-Em casos de DDCR (estalido) com o objetivo de minimizar ou eliminar o som articular independente da
posição que o disco articular irá assumir;
-Como tratamento complementar (coadjuvante) para som articular e / ou recaptura do disco em casos
agudos;
-Quando a queixa principal do paciente for som articular (estalido e / ou crepitação) orientando o paciente
das limitações deste tipo de intervenção;
-Na presença de doenças degenerativas que afetam a ATM, com o objetivo de minimizar os danos
degenerativos, assim como a melhora das articulações acometidas;
-Controlar processos inflamatórios da ATM, sobretudo quando associadas a alterações biomecânicas
relacionadas ao DDA;
-Em casos de adesividade e / ou colamento temporário do disco articular antes de se indicar alguma
intervenção mais invasiva.
Farmacologia Aplicada a Dor Orofacial
Cefaléia
A maioria da dores de cabeça se apresenta como dor heterotopica, produzidas por dores associadas ou
ate remotas. Duas estruturas mais comuns que produzem esta dor heterotópica são os tecidos vasculares
e musculares. As produzidas por estruturas neurovasculares é a enxaqueca, e as cefaléias originadas por
tecidos musculares tem sido referida como cefaléia do tipo tensional
Enxaqueca, dor de cabeça neurovascular que se apresenta como uma dor intensa, pulsátil, unilateral,
praticamente debilitante, pode ser acompanhada por náusea fotofobia e fonofobia. Um pesódio
deenxaqueca dura de 4 a72 horas; pode relatar de 5 a 15 minutos antes da dor de cabeça uma aura
(sintomas neurológicos temporários como parestesias, visao prejudicada ou aparições de focos luminosos)
A cefaleia do tipo tensional não são debilitantes, pode ser bilateral e pode durar por dias ou semanas.
Classificação
1. Cefaleia Primaria
2. Cefaleia Secundaria
A diferença entre a primaria e a secundaria é que a primaria não apresenta nenhum transtorno como causa.
Cefaleia Primaria
1. Cefaleia do tipo tensional
2. Migranea sem e com aura
3. Cefaleias em salvas
Cefaleia Secundaria
1. Traumas
2. Doencas vasculares cranianas ou cervical
3. Transtono intracraniano não vascular
4. Atribuída a uma substancia ou a sua retirada
5. Atribuida a infecção
Alongamento
Um termo geral usado para descrever qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar o
comprimento (alongar) de estruturas de tecidos moles patologicamente encurtados e desse modo
aumentar a amplitude de movimento.
Quando o tecido mole é alongado, ocorrem tanto alterações elásticas quanto plásticas. A elasticidade é a
capacidade do tecido mole retornar ao seu comprimento de repouso após o alongamento. A plasticidade é
a tendência do tecido mole de assumir um comprimento novo e maior após a força de alongamento ter
sido removida.
Eletroterapia
Ultrassom
Ocilacoes em alta freqüência do cabeçote são convertida em calor que pode alcançar uma profundidade de
5 cm
Mobilização Intrabucal
Laser
As radiações emitidas na região do infravermelho próximo (904 nm) apresentam baixo coeficiente de
absorção e, conseqüentemente, máxima penetração nos tecidos, favorecendo sua interação com as
estruturas moleculares e celulares8,12. Uma vez absorvida pelos tecidos, a radiação laser leva à liberação
de substâncias, como histamina, serotonina, bradicinina e prostaglandinas, relacionadas com a dor, bem
como pode modificar atividades celulares e enzimáticas, inibindo-as ou estimulando-as13. Para que isto
aconteça, a densidade de energia é o parâmetro mais importante na técnica, sendo que, se a dose aplicada
for muito baixa, não se obtém o resultado esperado, e, se for muito alta, pode-se ter como resultado um
efeito inibitório – e não estimulativo18. Por ser a DTM uma patologia crônica, foram utilizados 6J/cm2. A
irradiação laser exerce um estímulo sobre as mitocôndrias celulares, provocando um aumento na
produção ATP no interior das células e, conseqüentemente, aceleração da mitose, levando a um aumento
do consumo de oxigênio e ativação da respiração celular, eliminando as atividades anaeróbicas ocorridas
em um processo inflamatório12,19,20. Outros mecanismos relatados de efeitos benéficos induzidos pela
radiação laser incluem a modulação dos níveis de prostaglandinas, o aumento da atividade fibroblástica, a
alteração do potencial evocado somatosensorial e da velocidade de condução nervosa, além de melhora
da circulação local dos tecidos tratados, levando ao alívio da dor e reparo tecidual