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PSF UNIPARK

NORMAS E ROTINAS DO PROGRAMA DE SAÚDE


DA FAMÍLIA DO UNIPARK

VÁRZEA GRANDE/MT
MAIO/2008

PSF UNIPARK

LAURO CESAR SOUZA DA SILVA

UNIPARK

VÁRZEA GRANDE/MT
MAIO/2008

INTRODUÇÃO

A atenção básica em PSF é o contato preferencial dos usuários com o


sistema de saúde e orientam-se pelos princípios do SUS da universalidade,
acessibilidades em saúde da população. Assim sendo, o território deverá ser bem
definido possibilitando ao munícipe ter uma referência de serviço de saúde; o
trabalho dever ser desenvolvido prioritariamente, por meio do enfoque familiar.
(MINISTÉRIO DE SAÚDE-2001).
Assistência de enfermagem, tem sido de suma importância à elaboração e
implantação de normas e rotinas em unidades do programa de saúde da família,
bem como em instituições de saúde.
Com a preocupação da enfermagem da rede básica é que a profissão tem
como função cuidar de pessoas, grupos, famílias e comunidades, de modo que eles
conservem, consigam e mantenham um estado de saúde. Para que seja apropriada
a responsabilidade, da enfermagem com as normas e rotinas são um dos
instrumentos norteadores da assistência de enfermagem onde se caracterizam por
serem, fundamentalmente, flexíveis, atualizados, definidos e mensuráveis. As
normas conceituam-se por ser um conjunto de regras ou instruções para fixar
procedimentos, métodos, organizações que são utilizados no desenvolvimento das
atividades. São guias que definem as ações de enfermagem, quanto o que e como
fazê-los. São princípios de ação. Rotinas de acordo com ministério de saúde é o
conjunto de elementos que especifica a maneira exata pelo qual uma ou mais
atividades devem ser realizadas. È uma descrição sistematizada dos passos a
serem dadas para a realização das ações componentes de uma atividade, as
seqüências de execução.
A implantação e execução de normas e rotinas na unidade básica do PSF
Unipark de Várzea Grande.
JUSTIFICATIVA

Faz-se necessário a implantação normas e rotinas de enfermagem para o


programa de saúde da família de UNIPARK Várzea Grande-MT, como fonte
norteadora na execução das ações de enfermagem, padronização e aprimoramento
na qualidade da assistência de enfermagem.
OBJETIVO GERAl

Com a padronização dos instrumentos para uma melhor assistência capaz de


nortear o processo de trabalho de equipe multidisciplinar do PSF UNIPARK Várzea
Grande;
COLETA DO CCO

EXAME PAPANICOLAU

Definição: Papanicolau ou Colpocitologia oncótica é o exame preventivo do câncer


de colo uterino.

Objetivos: Executar o procedimento oferecendo uma assistência de qualidade.

Indicações: O exame de Papanicolau é um exame que toda a mulher após início da


vida sexual deve realizar para prevenção do câncer de colo uterino.

Contra-Indicações: Não há contra-indicações. Relação sexual nos 3 dias que


antecede o exame, uso de medicamento vaginal e menstruação.

Responsável: Médico, Enfermeiro e técnicos de Enfermagem.

Orientações ao paciente/familiares pré-procedimento:


Tranqüilizar o paciente e explicar o procedimento a fim de garantir a eficácia dos
resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, não usar duchas, medicamentos
vaginais ou anticoncepcionais locais nos três dias anteriores ao exame. O exame
não é realizado durante o período menstrual, exceto se for um período menstrual
prolongado, além do habitual.

Requisitos prévios: Explicar o procedimento e sua finalidade à paciente e/ou


acompanhante, orientando sobre a importância do exame.

Materiais:
 Luva de procedimento;
 Especulo;
 Espátula Ayres;
 Escovinha cervical;
 Lâmina;
 Fixador;

Descrição do procedimento:
 Explicar o procedimento e sua finalidade à paciente e/ou ao acompanhante;
 Reunir o material;
 Colocar biombos;
 Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
 Colocar a paciente em posição ginecológica;
 O exame ginecológico completo consiste do exame e palpação das mamas;

Ao examinar as mamas deve estar atento à:


 Qualquer nódulo na mama.
 Qualquer deformação ou alteração no contorno natural da mama.
 Qualquer retratação ou desvio de mamilo.
 Qualquer saliência ou reentrância ou da auréola.
 Perda de sangue ou derrame pelo mamilo.
 Caroço duro na axila.

 Faz se exame da vulva e depois se introduz especulo pelo canal


vaginal para que se possa visualiza-lo e ao colo do útero (parte final do
útero, do qual serão recolhidas as células para exame microscópico).

 As células do colo do útero são colhidas por meio de uma espátula


(haste de madeira) e de escovinha. Essas células são colocadas numa
lâmina que é enviada para um laboratório especializado em
citopatologia.

 Deixar a unidade em ordem;


 Lavar as mãos;

 Registrar o procedimento, orientando sobre e que foi visualizado e a


data de retorno para ver o resultado de exame laboratorial.

Pontos críticos/riscos: Fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de colo


de útero: início precoce da atividade sexual, número elevado de parceiros sexuais,
multiparidade (ter tido vários filhos), antecedentes de doença sexualmente
transmissível e falta de higiene pessoal.

Registros: Anotar no prontuário queixas do paciente antes e durante o


procedimento;
Anotar quanto a secreções fisiológicas, sangramentos, coloração do colo uterino e
outras queixas em relação a mama e seu corpo.

EXAMES CITOPATOLÓGICO DO COLO DO ÚTERO

Toda amostra colhida para citologia de colo de útero (colpocitológico), deve


ser colhido em lâmina com identificação na sua parte fosca (iniciais do nome da
paciente, número do prontuário e unidade de saúde), encaminhada juntamente com
a ficha de exame citopatológico do colo do útero (SISCOLO), com todos os campos
preenchidos. A coleta em lâmina não prejudica sua avaliação, pois não impede
representação adequada do material a ser examinado.
A ficha de exame citopatológico de colo de útero (SISCOLO) deve ter todos
os campos preenchidos, com o máximo de informação possível.

Cuidados Especiais:
Orientar a paciente quanto aos cuidados para que se obtenha uma amostra de
qualidade como: época ideal da coleta, abstinência sexual no dia que se antecede a
coleta. Não colher durante o período menstrual e ter cuidados com talco e
lubrificante nas luvas que contaminam as amostras.
As lâminas colhidas devem ser encaminhadas ao Laboratório o mais rápidos
possível.

Fatores importantes para a qualidade da amostra:


Coleta: Colher ectocérvice e endocérvice (JEC). Em caso de paciente
histerectomizados deve se colher em fundo de saco vaginal e informar o fato nos
dados clínicos.

Confecção do esfregaço:
O esfregaço deve ser confeccionado de forma homogenia, evitando áreas
espessas ou material escasso. Evitar amostras hemorrágicas e purulentas, que são
inadequadas para análise.

Fixação do Esfregaço:
O esfregaço deve ser fixado imediatamente após a coleta, para que não ocorra
dessecamento ou outros danos à amostra.

Acondicionamento e transporte:
As lâminas devem ser acondicionados em porta-lâminas e fichas devem ser
encaminhadas ao laboratório o mais rápidos possível juntamente com a listagem,
com o nomes da unidade, nome da paciente, n.° do prontuário e quantidade de
material encaminhado. O responsável pelo transporte deve estar informado que o
material é frágil e pode se quebrar.

Razões para devolução de amostras:


 Identificação incorreta da lâmina, ou falta de correlação com os dados contido
na ficha;
 Ficha sem lâmina e lâmina sem ficha;
 Falta de identidade na lâmina;
 Ficha incompleta, com omissão de dados clínicos pertinentes;
 Lâmina quebrada
EXAMES CITOPATOLÓGICOS DE MAMA
Orientações gerais:

Toda amostra de citologia de mama, deve ser colhida em lâmina com


extremidade fosca com identificação a lápis na lâmina (iniciais do nome da paciente,
número do prontuário e unidade de saúde), identificar também se é Mama Direita
MD ou Mama Esquerda ME, se a coleta for das duas mamas deve-se colher em
lâminas separadas identificando-as ME e MD, nesse caso deve-se preencher duas
fichas para coleta de citologia de mama uma para MD e outra para ME, preenchidas
corretamente todos os campos com o máximo de informações possíveis. As lâminas
e fichas devem ser encaminhadas ao laboratório juntamente com uma listagem, com
nome e código da unidade de saúde, nome das pacientes e quantidade de material
encaminhado.

Cuidados especiais:

A citologia de mama deve se colher em lâminas com extremidade fosca, as


lâminas devem estar limpas e previamente identificadas.
Tomar cuidados com talco e lubrificantes nas luvas que contaminam as
amostras.
Fatores importantes para a qualidade da amostra:
• Confecção do esfregaço: O esfregaço deve ser confeccionado de forma
homogênea.
• Fixação do esfregaço: A fixação do esfregaço é imprescindível para a
qualidade da amostra, a fixação deve ser feita imediatamente após a coleta evitando
o dessecamento.
• Acondicionamento e transporte: as lâminas devem ser acondicionadas em
tubetes ou caixas porta lâminas, limpos para evitar contaminação por fungos. Após
a colheita as lâminas devem ser encaminhadas ao laboratório o mais rápido
possível, ou dentro de no máximo 10 dias. As lâminas devem ser transportadas com
cuidado, por isso quem for responsável pelo transporte deve estar informado que o
material é frágil.
• Razões para rejeição das amostras:
Material de ME e MD colhidos na mesma lâmina;
Identificação incorreta da lâmina, (Ex. MD ou ME) ou falta de correlação com os
dados contidos na ficha;
Ficha incompleta, com omissão de dados clínicos pertinentes;
Fixação inadequada; lâmina quebrada.
Lâminas com material de MD e ME e apenas uma ficha.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Ministério da Saúde: Fundamento Nacional da Saúde; Brasília-DF 2001.

MENDES, Eugênio Vilaça. Distrito Sanitário. Editora Hucitec – Abrasco. São Paulo
– Rio de Janeiro, 1994.

Helcye Gonzalez; Enfermagem, ginecologia e obstetrícia. 5ª edição são Paulo


2001.

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