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FMU – BIOMEDICINA – 2011
Profª Anna Carolina R Duarte
III - PREPARO PRÉVIO DA PACIENTE PARA AS COLETAS DE CITOLOGIA
ONCOLÓGICA CERVICO-VAGINAL
Este preparo é necessário para que a colheita não sofra interferências na sua qualidade e quantidade
do material colhido, refletindo diretamente na qualidade do diagnostico citomorfológico.
1)PACIENTE NÃO DEVE COLHER O EXAME DURANTE O SEU PERIODO MENSTRUAL
Um material excessivamente hemorrágico dificulta uma boa visualização do quadro citomorfológico.
Deve-se tomar o cuidado para não confundir com quadros de metrorragias, onde neste caso a colheita deve ser
realizada.
2) NO DIA ANTERIOR AO EXAME À PACIENTE NÃO PODE FAZER USO DE DUCHAS
VAGINAIS OU QUALQUER TIPO DE HIGIENE INTÍMA.
Estes procedimentos dificulta o diagnóstico de possíveis agentes infecciosos, devido a sua retirada
temporária.
3) NÃO USAR MEDICAMENTOS VAGINAIS (ÓVULOS, CREMES OU SUPOSITÓRIOS)
DURANTE NO MINIMO 48 HORAS ANTES DO EXAME.
Estas medicações interferem na coloração dos esfregaços, criando artefatos técnicos e diminuem a flora
vaginal, principalmente os agentes infecciosos.
4) ABSTINÊNCIA SEXUAL (COITO VAGINAL) NO MINÍMO 24 HORAS ANTES DO EXAME.
Interferência do sêmen (liquido seminal + espermatozóides) na coloração e no conteúdo esfregaço, e a
paciente geralmente após um ato sexual irá realizar uma higiene intima.
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pequeno para as pacientes nulíparas ou que não tiveram parto vaginal (normal), ou em mulheres muito magras
ou em menopausadas, e especulo grande para as pacientes multíparas ou obesas.
A colocação de um especulo no máximo pode ser desconfortável para a paciente, no caso de sensação
de dor ou de muito ardor pode significar um processo inflamatório nas paredes vaginais.
Os grandes e pequenos lábios, juntamente com os pêlos pubianos devem ser afastados com a mão
esquerda, expondo a abertura vaginal. Evitando-se que o especulo puxe os pêlos pubianos ou belisque os lábios
O especulo com as laminas fechadas e com a borboleta ou parafuso voltado para a direita e
lateralmente (posição vertical) deve ser introduzido em um ângulo de 45 graus para baixo, com uma pressão
exercida em direção a parede vaginal posterior.
Após o especulo ter penetrado no canal vaginal, rodar as laminas para uma posição horizontal,
borboletas voltadas para a esquerda e para baixo e começar abri-lo de forma lenta, separando as paredes
vaginais, expondo o colo uterino (cervix uterina).
Caso haja dificuldade em visualizar o colo, retirar o especulo ligeiramente e posicioná-lo de modo
mais anterior.
C) COLHEITA DO MATERIAL
Caso no colo uterino haja uma grande quantidade de secreção, tirar o excesso com o auxilio de gazes,
evitando-se um esfregaço muito espesso e com grande quantidade de exsudato inflamatório (leucócitos).
- COLETA ECTOCERVICAL ----> a extremidade chanfrada da espátula de ayre deve ser encaixada
no orifício do colo e fazer um giro completo de 360 graus, raspando toda região da junção escamocolunar
(j.e.c.).A presença de “feridas” (ectropico ou zona de transformação) pode originar pequenos sangramentos
durante a coleta
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- COLETA VAGINAL -----> com a extremidade arredondada da espátula de ayre raspar as paredes
vaginais ou coletar do fundo de saco vaginal posterior
A coleta ectocervical e vaginal em casos muito excepcional pode ser realizada com auxilio de um
abaixador de língua, mas não e o indicado.
- COLETA ENDOCERVICAL -----> a escova endobrush de ser introduzida no orifício do colo
uterino, atingindo desta forma o canal endocervical, através de movimentos rotatórios obter o material. Pode
haver um pequeno sangramento (epitélio colunar simples).
O uso de swab com extremidades de algodão, não e aconselhado por dois motivos: escassez na
celularidade e contaminação do esfregaço com fibras de algodão.
V - CONFECÇÃO DO ESFREGAÇO
O material colhido destas regiões (ecto, endocervix e vagina) devem ser delicada e de forma
homogeneamente espalhados sobre a superfície de uma lâmina em áreas diferentes, em sentido longitudinal.
Evitando-se os movimentos de vai e vem ou rotatórios.
Deve também ser evitado material em grande quantidade espalhado em pequenas áreas (esfregaços
espessos), e material escasso, difusamente espalhado pela lamina (esfregaços ralos).
O esfregaço ideal apresenta uma camada de material algo transparente, homogeneamente distribuído,
evitando conglomerado de células em áreas diferentes.
Em pacientes menopausadas (epitélio atrofico), podemos utilizar uma espátula umedecida com solução
fisiológica que facilita e aumenta a esfoliação das células.
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VIII - COLETA DE SECREÇÕES MAMÁRIAS
Aplicação da superfície de uma lamina diretamente sobre a gota de secreções no mamilo obtida por
expressão manual das mamas
A lamina deve ser movida sempre no sentido lateral, da direita para a esquerda ou vice-versa,
espalhando-se a secreção sobre a lamina.
Verificar quando a solicitação for bilateral, coletar amostras em laminas diferentes e identificar como
mama direita e mama esquerda respectivamente.
As pacientes que apresentarem grandes quantidades de secreção, pode ser colhido duas amostras.
Fixar imediatamente em álcool ou fixadores de camada e identificar a paciente
IX – LABORATORIO DE CITOPATOLOGIA
Area para um laboratorio que processa 50.000 exames/ano: aproximadamente 100m2
Recepção – 6 m2, Processamento tecnico – 24 m2, Diagnostico – 16 m2 ou 9 m2 (bem iluminada, ventilada e
evitando-se o barulho de equipamentos e restringindo o fluxo de pessoas), Administração – 9 , Secretaria – m2,
Arquivo de laminas – 9 m2 , Sanitarios – 9 m2
Bancadas, pisos e paredes de revestimentos impermeaveis, laváveis, de cores claras e neutras.
Material permanente: Microscopio biocular, Centrifuga convencional e/ou citocentrifuga, Capela de
exaustão (NR-32)
PROCESSAMENTO TECNICO
Centrifugação – Especimes liquidas ou secreções)
Confecção de Esfregaços:
Método do Deslizamento (T. Lowhagen) – Qualquer tipo de material
Método do Esmagamento – Especimes mucoides
A coloração torna possível o estudo e a visualização das características físicas e das reações dos tecidos
e outros constituintes celulares, porque os tecidos diferentes e também os componentes celulares, exibem
afinidades diferentes para a maioria dos corantes ou tintas, devido as variações da estrutura físico-química e na
composição das células e tecidos.
As colorações podem ser especificas (histoquímica), diretas(ação de soluções simples de corantes) e
indiretas (ação do corante intensificada pôr um outro agente – mordente). O mordente pode ser incorporado na
solução corante ou pode ser usado separadamente e, geralmente, tem o efeito de formar uma ligação entre a
molécula do corante e o elemento tecidual.
. As reações químicas podem ser relativamente não especificas, pôr exemplo coloração de
nucleoproteínas acidas pôr corantes básicos, ou pôr grupos específicos (Ex. PAS) ou altamente especificas (Ex.
Azul da Prússia para íon ferro).
A adsorção envolve a atração e a fixação na superfície, de pequenas moléculas pôr grandes moléculas.
Sabe-se que a grande maioria dos corantes tem cor, porque a sua configuração molecular apresenta
geralmente ou um anel paraquinonoide ou então um ou mais grupamentos azo. Estas estruturas apresentam
uma configuração eletrônica que leva a uma absorção de certos comprimentos de onda de luz. Estes
grupamentos responsáveis pela cor na maioria dos corantes receberam o nome genérico de cromóforos
(cromo=cor e foros=transportador) e, de regra, quanto maior o número de grupamentos cromóforos em um
corante mais intensa é a sua cor. A introdução de um grupo cromóforo numa molécula não corada transforma-
la-á em corada, passando a ser chamada de cromógeno, a qual é corada, mas não é um corante.
O processo das reações químicas dos corantes para se ligarem aos tecidos ou células ocorre devido á
presença de radicais ionizáveis na molécula dos corantes, o quais podem ser catiônicos ou aniônicos, sendo
também chamados de auxocromos (auxo=auxiliar e cromo = cor). Os radicais aniônicos são geralmente o
cloreto, sulfato, o sulfônico e carboxila. O principal grupo catiônico é o aminico = NH2+, estes corantes são
chamados de corantes básicos, quando é formado pôr grupos auxocromos aniônicos são chamados de corantes
ácidos. Existe também o corante neutro que consiste na mistura de corantes ácidos e básicos (Ex. Corantes de
Romanowski).
Os corantes ácidos ou básicos se prendem pôr interação eletrostática aos radicais de sinal oposto
presentes nos componentes tissulares.
Os principais componentes ácidos das células e tecidos (substancias basofilas, devido à afinidade paro
os corantes básicos) são os ácidos nucléicos (DNA-devido aos radicais fosfato), os polissacarídeos ácidos e as
proteínas acidas. As proteínas podem ser acidas ou básicas, de acordo como a predominância de aminoácidos
ácidos ou básicos.
Os principais componentes básicos dos tecidos (substancias acidófilas, devido à afinidade para os
corantes ácidos) são as proteínas ricas em aminoácidos básicos, as proteínas dos grânulos eosinofilos dos
leucócitos e as proteínas mitocôndrias.
As colorações podem ser progressivas, onde o processo deve ser mantido ate que a intensidade de
coloração desejada nos diferentes elementos teciduais ou celulares sejam obtidos.
As colorações podem ser regressivas, os tecidos ou células são supercorados e o excesso de corante é
depois removido seletivamente até que seja obtida a intensidade desejada, ou seja, o excesso de corante é
removido, ele é clareado ou retirado de certos constituintes celulares antes dos outros, ou enquanto outras
estruturas celulares permanecem ainda fortemente coradas. Este processo de remoção seletiva do excesso de
corante é denominado diferenciação.
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Esta coloração idealizada pôr George Nicholas Papanicolaou e Stockard em 1942 é universalmente
utilizada em citopatologia. O método de Papanicolaou consiste na coloração citoplasmática e nuclear com
corantes específicos, e segundo o autor, visa três objetivos:
a) definição dos detalhes nucleares, proporcionando perfeita analise das alterações inflamatórias e
neoplasicas.
b) transparência citoplasmática, de particular importância devida às espessuras celulares diferentes e freqüente
superposição celular na amostra.
c) diferenciação das células, ou seja, utilização da capacidade das células de fixar corantes ácidos ou alcalinos
permitindo tonalidades diferentes de cores, que facilitam o diagnostico citológico.
A qualidade da coloração depende da qualidade da preservação celular e fixação do espécime, dos
reagentes/soluções usadas, protocolo de coloração e da montagem e também da eficácia da iluminação
microscópica. Deve ser chamado a atenção para as reações de cor que não são estáveis e são afetadas pôr
alterações no ph, alterações inflamatórias e mesmo pela espessura dos agrupamentos celulares.
Além da coloração de Papanicolaou, podem-se empregar nos esfregaços colorações especiais ou
impregnações metálicas para melhor esclarecimento diagnostico. Dentre a mais usadas, destacam-se as de May
Gruenwald-Giemsa, Ziehl Neelsen, Acido Periódico de Schiff (PAS), Prata Metenamina de Grocott,
Mucicarmim de Best e Gram.
Desde a sua introdução, o método sofreu varias modificações através de diversos autores, o próprio
Papanicolaou publicou duas delas em 1954 ( Técnica regressiva de coloração) e 1960(Técnica progressiva de
coloração).
São usados três corantes no método: Hematoxilina, Eosina-Alcool (EA) e Orange G, no geral a
hematoxilina tem a função de corar os núcleos e os outros os citoplasma das células.
Os banhos que se seguem antes dos corantes são realizados no solvente do corante, ou seja, a hematoxilina
aquosa, as laminas são lavadas em água, seguindo o Orange e o EA, as laminas são lavadas em álcool. A água
utilizada depois da hematoxilina tem a função de remover a hematoxilina não ligada. A água que vem depois
do diferenciador tem a finalidade de interromper a ação do acido clorídrico.
Os banhos de álcool 95% apos a coloração pelo Orange e EA-36 tem a finalidade de remover a solução de
Orange que não esta ligado ao citoplasma.
Os últimos banhos com álcool absoluto tem a função de remover totalmente a água dos esfregaços
(desidratação). Esta etapa prepara o esfregaço para a imersão posterior em xilol, o passo final da coloração que
é o clareamento ou diafinização do esfregaço, que determina a transparência celular. O xilol é usado como
solução de clareamento porque não é corado, é quimicamente não reativo, além de ter um índice de refração de
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1,494 (aproximadamente o do vidro em torno de 1,515). Desta forma o índice de refração do esfregaço
aumenta, tornando-o transparente.
O primeiro banho com xilol tem a função de remover o álcool e o segundo banho com xilol possibilita o
aumento da transparência da preparação citológica, preparando-a para a fase final que a montagem.
Fatores que influenciam na coloração de Papanicolaou: Tipo de Fixador utilizado, Tipo da Formula da
hematoxilina e dos corantes Citoplasmaticos, Duração do tempo nos corantes, Numero de esfregaços em cada
corante, ph e conteudo quimico da agua corrente usada, ph das soluções e corantes, idade dos corantes usados,
presença de particulas de corantes em soluções não filtradas, tecnica de coloração inconsistente e possivel
contaminação de soluções desidratantes
Os corantes utilizados na bateria de coloração podem ser comprados comercialmente prontos ou preparados
no laboratório a partir de sais primários (abaixo segue instruções). O alcool etílico absoluto P.A., pode ser
substituído pelo álcool etílico absoluto comercial.
PREPARO DO DIFERENCIADOR
Diluir em proveta, 10 mL de ácido clorídrico em 990 mL de álcool 70 %.
Consiste de uma solução alcoólica do corante aniônico Orange G e acido fosfotungstico, este atuando
como mordente. O Orange G apresenta-se sob a forma de uma pequena molécula que é capaz de penetrar nas
hemácias e nas células com queratina ou precursores de queratina, dando uma coloração laranja intenso e
brilhante. Evidencia também os grânulos de querato-hialina das células superficiais.
É um corante policromico composto pela eosina, lighe green (verde luz) e pardo de Bismarck,
associados ao acido fosfotungstico. A formula original do corante desenvolvido por Papanicolaou, é conhecido
por um código numérico, o EA-36. Existem duas formulas de EA, 50 e 65. Estas modificações interferem na
intensidade da cor verde da coloração. O EA-65 tem metade do light green do EA-36, enquanto o quantidade
de eosina e pardo permanecem idênticas. Qualquer formula pode ser usada para os diferentes espécimes
citológicos, dependendo da preferência pessoal.
O EA é capaz de corar as estruturas da maioria das células metabolicamente ativas, em rosa pela ação
da Eosina coram células superficiais, nucléolos, eritrócitos e cílios, ou em verde (cianofilia) ou azul pela ação
do light green as células parabasais, intermediarias, colunares, e trichomonas.
Inicialmente acreditava-se que o ácido fosfotungstico atuasse como mordente na reação de coloração,
mas esta visão foi modificada e hoje o pensamento é que atue como um corante de competição que ajuda na
coloração pelo light green.
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Hoje alguns autores discutem a ação do pardo de Bismarck, alguns acham que este corante não adiciona
nenhuma cor característica ao citoplasma, desta forma tem sido eliminado na elaboração de algumas formulas.
Outros autores acham que este corante deve ser incluído como um corante de fundo.
Outra duvida é em relação ao uso de uma solução saturada de carbonato de lítio que adicionada à
solução de uso do EA.
Vários fatores, entretanto, tais como a secagem ao ar, o pH da secreção e a espessura do esfregaço
poderão alterar as reações da coloração do citoplasma.
Pesar 2 g de ácido fosfotungstico, diluir em balão volumétrico ou Becker em 250 mL de álcool etílico a 95 %.
Juntar todas as soluções em um só frasco
Pronto para uso depois de filtrado
E a fase final da coloração que determina a transparência celular, e a etapa entre a desidratação e a
montagem. A solução usada deve ser compatível tanto com o álcool como com o meio de montagem, tornando
as células transparentes. O xilol, solvente orgânico, é usado com freqüência. Não é corado e é quimicamente
não reativo, além de ter um índice de refração aproximado do vidro, aumentando o índice de refração do
esfregaço, tornando-o transparente. O primeiro banho com xilol tem a função de remover o álcool e o segundo
banho com xilol possibilita o aumento da transparência da preparação citológica, preparando-a para a fase
final que a montagem.
O xilol quando contaminado com água, desenvolve uma reação química que lhe dá uma aparência
leitosa, as laminas que estiverem em contato com este xilol hidratado ficaram opacas, para evitar esta perda de
qualidade dos esfregaços, estes laminas devem voltar para as cubas de álcool absoluto.
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O xilol hidratado deve ser trocado assim como a cuba de álcool absoluto anterior a deste xilol, as
laminas devem passar novamente pelo processo de desidratação e clareamento.
Quando um esfregaço corado, não é montado e for examinado ao microscópio, muito poucos detalhes
podem ser observados devido a grande diferença entre o índice de refração da lamina de vidro e os
componentes das células e o ar, para uma melhor visualização das estruturas celulares, estas devem estar
impregnadas por um meio transparente que tenha o índice de refração próximo ao do vidro. O meio de
montagem é necessário também para proteger os esfregaços corados de danos físicos e do descoramento ou
deterioração da coloração como resultado da oxidação e também da dessecação do material.
O meio de montagem ideal deve Ter um índice de refração próximo ao do vidro, deve ser miscível com
o xilol, não será reativo e não mudara sua cor em ph, tornar-se-á duro sem formar grânulos ou rachaduras.
Os meios de montagem representados por uma resina sintética geralmente usadas, são o Balsamo do
Canadá e o Entellan. Alguns utilizam verniz como meio de montagem.
Durante a montagem deve ser evitar a formação de bolhas, aparecimento de pigmentos marrons
(cornflakes) sobre a superfície celular (evaporação do xilol e aprisionamento de ar entre a lamina e lamínula) e
de áreas turvas (excesso de umidade – desidratação não foi adequada).
Possiveis Problemas na montagem:
• Excesso de Resina
• Montagem muito Lenta - Cornflakes (pigmentos marrons)
B)COLORAÇÃO DE SHORR
O corante nuclear desta coloração é o Biebrich Escarlate, tendo uma afinidade por proteínas
desnaturadas, por isto o núcleos picnóticos tem uma afinidade forte corando-se de vermelho e os vesiculosos de
pardo. Este corante não é indicado para a coloração de núcleos neoplásicos.
Os citoplasmas das células coram-se de verde, e as superficiais eosinófilas de alaranjado,
igualmente na técnica de PAPANICOLAOU .
PREPARAÇÃO DO CORANTE DE SHORR
Etanol 50% -100 ml
Biebrich escarlate -50 mg
Fast Green -75 mg
Orange G -250 mg
Ácido Fosfotungstico -500 mg
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Ácido Fosfomolibdico -500 mg
Ácido Acético Glacial -1 ml
OBSERVAÇÃO:
S.B.P – Sociedade Brasileira de Patologia
S.B.C.P. – Sociedade Brasileira de Citopatologia
S.B.A.C. – Sociedade Brasileira de Analises Clinicas
S.B.C.C. – Sociedade Brasileira de Citologia Clinica
I.A.C. – Academia Internacional de Citologia
A.B.B.M – Associação Brasileira de Biomedicina
REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS
1.Lima, Conceição Queiroz , O laboratório de Citopatologia – Aspectos Técnicos e Operacionais –
EDUFA – 2000
2. KOSS, Leopold G., Diagnostic Cytology and its Histopathologic Base, Philadelphia, J.B. Lippincott
Company, 1990
3.TAKAHASHI, Masayoshi, Atlas Colorido de Citologia do Câncer, São Paulo, Ed. Manole, 1982
4.KOSS, Leopold G., Citologia Ginecológica e suas bases Anatomoclínicas, São Paulo, Ed. Manole, 1997
5.CARVALHO, Grimaldo, Citologia Oncológica, São Paulo, Livraria Atheneu, 1993
6.MCKEE, Grace T.; Citopatologia, Rio de Janeiro, Ed. Artes Médicas, 1997
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