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Cirurgias Obstétricas

Perda Gestacional Precoce


e Gravidez Ectópica

Professora: Ana Cristina Mucke


Especialista em Enfermagem Ginecológica e Obstétrica
Mestre em Biociências e Saúde
Anormalidades gestacionais

• Uma gestação anormal pode ser intrauterina ou extrauterina.


• A gestação extrauterina ou ectópica ocorre quando o óvulo fertilizado
implanta-se em outro tecido que não o endométrio.
• Embora 70% das gestações ectópicas estejam localizadas no segmento
ampular da tuba uterina, elas também ocorrem em outros locais
• Na gravidez intrauterina anormal, é frequente a perda gestacional precoce,
o que pode estar relacionado com vários fatores, como idade, perda
gestacional prévia e tabagismo materno
• Nas gestações intrauterinas anormais e extrauterinas, a identificação
precoce é fundamental para o diagnóstico e o tratamento.
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS
ETIOLOGIA

1° trimestre: anomalias genéticas fetais.

2º trimestre: causas maternas. Incompetência ístimocervical, anomalia


congênita ou adquirida na cavidade uterina, hipotireoidismo, diabetes,
nefrite crônica, crack e outras drogas, infecções agudas (rubéola,
citomegalovírus, herpes simples, vaginose, toxoplasmose, etc).

Outras causas: traumatismo, gemelaridade, alterações placentárias


(placenta prévia, cordão curto, nós verdadeiros, inflamação do córion e do
âmnion).
39 Paises: Brasil, Oriente Médio como o
Irã, Líbano e a Síria. Da Ásia como o
Afeganistão e a Indonésia e da África
como a Nigéria, Somália, Sudão e
Uganda.

26 países : Egito, Iraque, Nicarágua,


Filipinas, Senegal e Cisjordânia

56 países: Peru, Bolivia, Japão, Angola,


Arabia Saudita, Paquistão

14 países : India, Japão,Finlândia e na


Etiópia,

67 países: Argentina, Canadá,Uruguai,


Dinamarca, Irlanda, Noruega e Rússia
20% das
gestações
Conduta expectante: indicada nos casos de
aborto precoce para mulheres sem alterações
hemodinâmicas nem sinais de infecção. Na
maioria das vezes, a eliminação acontece
dentro de duas semanas após o diagnóstico,
mas intervalos de até quatro semanas não
são incomuns. Apesar de a conduta
expectante apresentar chance de eliminação
incompleta e necessidade de medicação ou
curetagem, não está associada a maior risco
de infecção. O tempo recomendado para
resolução espontânea costuma ser de um
mês. Pode-se indicar ultrassonografia de
controle após a resolução.
Curetagem uterina
GESTAÇÃO ECTÓPICA
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Sinais e Sintomas:
Aparecem entre 6 e 8 semanas do ultimo periodo menstrual
- Sinais e sintomas normais da gestação ( amenorréia,
amolecimento colo uterino ).
- Dor abdominal aguda ( aguda ou em cólica ).
- Evidências de sangramento intra-abdominal, incluindo
Gravidez hipotensão.
- Tumor anexial ( com ou sem dor ).
Ectópica - Sangramento vaginal ( as vezes leve sangramento ).
- Sinais de irritação peritoneal ( abdômen agudo).
- Ausência de saco gestacional na ultra-sonografia com níveis
de gonadotrofina coriônica humana aumentados.
- Gestação abdominal pode ser assintomática até o termo.
- Tríade clássica: dor abdominal, atraso menstrual e
sangramento genital.
GESTAÇÃO ECTÓPICA

ABORDAGEMDIAGNÓSTICA - Ovulação
Diagnóstico Diferencial: - Cisto de corpo lúteo roto
- Apendicite - Salpingite
- Mioma degenerado
- Sangramento uterino disfuncional
- Endometriose
- Trombose mesentérica
Tratamento clínico

• O fármaco mais usado no tratamento clínico da


gravidez ectópica é o metotrexato, embora outros
agentes tenham sido estudados, dentre eles o
cloreto de potássio (KCl), a glicose hiperosmolar,
as prostaglandinas. A administração dessas
substâncias pode ser sistêmica (intravenosa,
intramuscular ou oral) ou local (injeção direta
laparoscópica, injeção guiada por ultrassonografia
transvaginal ou salpingografia retrógrada).
• Apenas o metotrexato é recomendado no
tratamento da gestação ectópica porque a
segurança e a eficácia dos outros métodos não
estão bem documentadas.
Metotrexato

• O metotrexato é um análogo do ácido fólico que inibe a di-hidrofolato redutase e, assim,


impede a síntese de DNA. O metotrexato afeta ativamente as células em crescimento, o que
inclui tecidos trofoblásticos, células malignas, medula óssea, mucosa intestinal e epitélio
respiratório;é amplamente usado no tratamento da doença trofoblástica gestacional.
• Vários estudos documentaram a segurança e a eficácia da terapia com metotrexato para o
tratamento de gestações ectópicas, e esse é o tratamento de primeira linha para muitos
médicos.
• Aproximadamente 35% das pacientes com gestações ectópicas são candidatas à terapia
primária com metotrexato, que é apropriado para o tratamento primário e pode ser
administrado nos casos de gestação ectópica persistente em que a conduta cirúrgica foi mal
sucedida.
Candidatas ao uso de metotrexato
• O tratamento clínico de gestações ectópicas com metotrexato é seguro e eficaz, mas nem todas as pacientes são
candidatas a ele.
• De acordo com as diretrizes do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), pode-se considerar
a terapia com metotrexato nas pacientes com diagnóstico ou alta suspeita de gestação ectópica em condição
hemodinâmica estável e sem sinais de ruptura.
• As contraindicações absolutas à terapia com metotrexato, incluem: amamentação, distúrbios hepáticos, renais e
hematológicos e sensibilidade ao metotrexato. Não se deve oferecer tratamento clínico a uma paciente incapaz
de aderir ao protocolo de tratamento.
• As contraindicações relativas à terapia com metotrexato incluem saco gestacional igual ou maior que 3,5 cm e
atividade cardíaca embrionária.
• Antes da administração de metotrexato, é preciso solicitar hemograma completo, tipagem sanguínea, provas de
função hepática, dosagem de eletrólitos e creatinina e, se houver antecedente de doença pulmonar, uma
radiografia do tórax.
• Em geral, esses exames são repetidos 1 semana após a administração de metotrexato para avaliar eventuais
complicações do tratamento.
CONTRACEPÇÃO
CIRURGICA
• Os métodos cirúrgicos são
métodos contraceptivos
definitivos – esterilização
– que podem ser
realizados na mulher, por
meio da ligadura das
trompas (laqueadura ou
ligadura tubária), e no
homem, por meio da
ligadura dos canais
deferentes (vasectomia).
CONTRACEPÇÃO CIRURGICA
• Por serem métodos contraceptivos de caráter definitivo, deve-se levar em consideração a
possibilidade de arrependimento da mulher ou do homem e o pouco acesso das pessoas
às técnicas de reversão da cirurgia.

• Antes da escolha de um método contraceptivo permanente, laqueadura tubária ou


vasectomia, vários fatores, e não apenas sua eficácia e segurança, devem ser analisados.
Acolhimento do casal, informação, aconselhamento e consentimento esclarecido são
impositivos éticos e legais antes de uma esterilização cirúrgica;

• No aconselhamento, deve ser desencorajada a esterilização precoce, ressaltando-se a


existência de métodos reversíveis com eficácia similar aos métodos cirúrgicos.
• No Brasil, a esterilização cirúrgica está regulamentada por meio da Lei nº
9.263/96, alterada com a lei 14.443, de 2022.
• Diminui de 25 para 21 anos a idade mínima, em homens e mulheres de
capacidade civil plena, para submeter-se a procedimento voluntário de
esterilização. No entanto, esse limite mínimo de idade não é exigido de
quem já tenha ao menos dois filhos vivos. Além disso, com a revogação de
um dos dispositivos da Lei 9.263, não será exigido o consentimento
expresso de ambos os cônjuges para que ocorra a esterilização.
• A lei mantém o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e
o ato cirúrgico. Nesse tempo, a pessoa poderá acessar o serviço de
regulação da fecundidade, com o acompanhamento de uma equipe
multidisciplinar, para possibilitar ao paciente uma eventual desistência do
procedimento. Por outro lado, a proposição inova ao permitir à mulher a
esterilização cirúrgica durante o período de parto.
LAQUEADURA
Referencias Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília. Ministério da Saúde, 2010. (Cadernos de
Atenção Básica, n. 26). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad26.pdf

BEREK,. Tratado de Ginecologia . Disponível em: Minha Biblioteca, (15ª edição). Grupo GEN, 2014. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-277-2398-
5/epubcfi/6/76%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter20%5D!/4/368/5:22%5Bcom%2C%20ba%5D

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