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Prematuridade

Introdução :
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O parto pré-termo é aquele que ocorre em até 36 semanas e
6 dias de idade gestacional, excluindo o período considerado
como de abortamento. Sua ocorrência é grande em todo
mundo; no Brasil, está em torno de 11%. As complicações da
prematuridade são a maior causa de morte neonatal.
São três as principais causas de partos pré-termo: o trabalho
de parto prematuro, a rotura prematura pré-termo das
membranas ovulares e a prematuridade terapêutica (quando
alguma condição mórbida materna e/ou fetal ocasiona a
antecipação do parto).
-O trabalho de parto prematuro
Sua patogênese não é totalmente conhecida, havendo
consenso que se trata de um quadro sindrômico, de origem
multifatorial, em que múltiplos fatores, causais ou associados,
interagem de forma complexa, o que torna mais difícil elaborar
estratégias de prevenção. Alguns desses fatores de risco
podem ser identificados.
O antecedente de parto pré-termo espontâneo é um fator de
grande importância na identificação de risco em uma gravidez
subsequente, sendo essa informação essencial no pré-natal.
Outras condições específicas são citadas na literatura como
associadas a maior risco, como: intervalo interpartal curto
(menor que 18 meses), baixo índice de massa corpórea,
anemia, sangramento por via vaginal no início da gestação,
polihidrâmnio, gravidez múltipla, situações sociais
desfavoráveis, estresse materno (físico e/ou mental),
depressão e ansiedade, tabagismo, etilismo, uso de substâncias
psicoativas, malformações uterinas
e fetais, lesões mecânicas no colo
uterino (como conização), doença
periodontal, vaginose bacteriana,
bacteriúria assintomática e infecção
do trato urinário (incluindo pielonefrite).
Um dos fatores de risco mais citados atualmente é a presença
de um colo
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uterino encurtado observado na ultrassonografia transvaginal. Aquelas identificadas como de alto risco devem ser
Admite-se que a medida do colo pode ser realizada a partir de acompanhadas em serviços secundários ou terciários de
16 semanas nos casos considerados de maior risco; essa referência regional.
aferição, nos demais casos, quando disponível, pode ser feita -Diagnóstico de trabalho de parto prematuro:
entre 19 e 24 semanas, no momento da ultrassonografia O seu diagnóstico correto se caracteriza pela ocorrência de
morfológica de segundo trimestre. O comprimento do canal contrações uterinas associadas a modificações do colo
cervical ≤25 mm indica maior risco de parto pré-termo; e uterino (amolecimento, esvaecimento e dilatação). Muitas
quanto mais curto o colo do útero, maior o risco. vezes, será necessário manter a gestante por um período de
Nas gestantes com colo curto, medidas adicionais profiláticas observação para reavaliação de queixas e repetição de exame
devem ser adotadas, como modificações do estilo de vida, físico, buscando mais elementos para um diagnóstico correto.
vigilância de infecções cervicovaginais e urinárias. Recomenda- Caso a gestante seja dispensada, por se enquadrar na
se o uso de progesterona natural micronizada via vaginal, em hipótese de um “falso trabalho de parto prematuro”, deve ser
doses de 200 mg, à noite, desde o momento do diagnóstico bem orientada a respeito das contrações e de outros sinais/
até atingir 36 semanas e 6 dias de idade gestacional. sintomas que poderão configurar o início do verdadeiro
Além da possibilidade de uso em mulheres com colo curto, a trabalho de parto prematuro, devendo então retornar
progesterona também parece reduzir o nascimento pré-termo rapidamente ao serviço de saúde.
em mulheres que tiveram parto prematuro espontâneo anterior. É importante atentar para a avaliação da vitalidade fetal
Nesse caso, a recomendação é que o uso seja iniciado a partir (frequência cardíaca fetal e/ou cardiotocografia) e ter
de 16 semanas, independentemente da medida de colo uterino, atenção para diagnósticos diferenciais, principalmente o
sendo utilizada na mesma dosagem. Nessas mulheres, também descolamento prematuro de placenta (que, em fases iniciais
se recomenda a avaliação seriada do comprimento cervical a em gestações pré-termo, pode acarretar contrações, sem
partir de 16 semanas, até 24 semanas, para verificar a sangramento evidente) e a corioamnionite (que pode ser
necessidade de outras intervenções, caso se detecte um colo subclínica). Não se deve esquecer de outros quadros
curto. No acompanhamento dessas gestantes, sinais muito abdominais e pélvicos, infecciosos ou não, que podem causar
sugestivos de insuficiência istmocervical podem surgir, cabendo dor em cólica, tais como apendicite, litíase renal e pielonefrite.
à equipe assistencial julgar a necessidade de realizar ou não a Também é necessário investigar perda de líquido amniótico,
circlagem cervical. O uso do pessário como forma de prolongar pois alguns casos de trabalho de parto prematuro decorrem
a gestação ainda não está bem sedimentado; faltam estudos de rotura prematura de membranas
capazes de determinar com clareza quando deve ser inserido. ovulares. A
Um pré-natal atento e de início precoce, bem como pensar no ultrassonografia pode ser útil
risco de um parto pré-termo espontâneo durante as consultas, para avaliação das condições fetais, placentárias e do líquido
pode orientar a avaliação de cada gestante no sentido de amniótico, bem como para identificação de outros achados
identificação precoce do risco de parto prematuro. que possam contribuir para o diagnóstico diferencial.
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-Manejo do trabalho de parto prematuro:
Gestantes em trabalho de parto prematuro devem ser
internadas e submetidas a anamnese e exame físico
detalhados, buscando identificar diagnósticos diferenciais e
eventuais comorbidades. Os dados vitais, como frequência
cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e
temperatura maternas, devem ser aferidos, bem como a
dinâmica uterina, a altura uterina, a apresentação fetal e a
frequência cardíaca fetal. Recomenda-se a realização de
cardiotocografia fetal, sempre que possível, e a repetição
conforme avaliação clínica. É recomendável questionar a
gestante sobre a movimentação fetal percebida nos últimos
dias e horas.
Alguns exames laboratoriais iniciais devem ser colhidos:
hemograma, exames de urina (urina tipo 1 e urocultura) e
coleta de material para pesquisa do estreptococo do grupo
B sempre que possível. É recomendável, sempre que
possível, a realização de um exame ultrassonográfico, pois
pode ajudar na identificação de causas da contratilidade
anormal ou outras alterações, auxiliando a orientar a
conduta. Uma programação de controles maternos e fetais
periódicos deve ser adotada, incluindo os dados vitais
maternos, a avaliação da dinâmica uterina e da frequência
cardíaca fetal.
A proposição de algumas intervenções em mulheres com
trabalho de parto prematuro é considerada útil:
corticosteroides para maturação pulmonar fetal, tocólise de
curto prazo, sulfato de magnésio para neuroproteção fetal,
pesquisa da colonização pelo estreptococo do grupo B e
antibioticoprofilaxia para redução do risco de sepse
neonatal precoce.
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