CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
Tecnologia da Informação e comunicação (TICs) – semana n° 8
Professora: Mario de Souza Lima e Silva Aluno(a): ERIVALDO P PASSOS 7º Período
• Quais os objetivos / propostas da avaliação inicial (primeira etapa do
trabalho de parto) da gestante em trabalho do parto? A admissão de uma parturiente deve ser feita sempre tendo em base o grau de dilatação e a presença de contrações uterinas regulares e frequentes. Na consulta de admissão, além da busca por diagnóstico de trabalho de parto e identificação de possíveis riscos materno e perinatal, devem ser realizados anamnese, avaliação dos dados da carteira da gestante, com atenção especial para a tipagem sanguínea e sorologias de HIV, sífilis, hepatite B e toxoplasmose, além de realizar exame físico geral e obstétrico. Durante a anamnese, deve se questionar a cerca de idade, paridade, cirurgia previa, gestação e parto anterior, uso de substâncias como álcool e tabaco, histórico familiar de pré-eclâmpsia, diabetes mellitus ou hipertensão arterial. Outro ponto importante as reavaliado é a idade gestacional (IG). No exame físico, deve-se atentar aos sinais vitais (PA, FC, FR, temperatura e avaliação de mucosas), ausculta cardíaca e pulmonar, presença de veias varicosas na vulva ou membros inferiores e eventuais lesões de pele. No exame ginecológico, durante a palpação uterina deve-se buscar o tamanho do feto, além de seu posicionamento, deve-se medir a altura uterina (AU). Deve-se evitar o toque uterino ao máximo para evitar sofrimento desnecessário, devendo ser realizado a cada 2 ou 3h para avaliar dilatação. Observar se há apagamento do colo do útero, estado das membranas, tipo e altura da apresentação fetal. Após feita toda avaliação, deve-se repassar aos familiares as informações e conduta adequada, sempre as registrando no prontuário. Lembrando que a internação hospitalar na primeira fase do trabalho de parto só deve ocorrer se houver contratilidade regular a cada 3-5 minutos e dilatação >4cm, com colo fino e apagado. O acompanhamento da parturiente nessa fase limita-se a monitorização da clínica e vigilância da saúde fetal. É importante oferecer suporte emocional adequado.
• Qual a propedêutica recomendada nesta etapa?
Deve-se realizar no momento de admissão a aferição dos sinais vitais e submeter a parturiente a testes rápidos de sífilis, HIV, hepatite B e toxoplasmose.
• E a amniotomia? Deve ser realizada?
A amniotomia se caracteriza pela ruptura proposital e artificial da bolsa amniótica. De acordo com as Diretrizes Nacionais de Assistência ao parto normal: “a amniotomia precoce, associada ou não a ocitocina, não deve ser realizada de rotina em mulheres em trabalho de parto que estejam progredindo bem.”
• A gestante nesta etapa pode se alimentar? Quais as condições?
Podem ingerir líquidos, de preferência isotônicos ao invés de somente água. Aquelas que não estiverem sob efeito de opioide e não apresentarem fator de risco iminente para anestesia geral podem adotar dieta leve.
• Devemos utilizar quimioprofilaxia com antibióticos sistêmicos?
A cesariana, se comparada ao parto normal aumenta os riscos de endometrite. A antibioticoprofilaxia nos diversos tipos de parto visa reduzir a ocorrência de complicações infecciosas, nas quais o risco é maior para as pacientes submetidas à cesariana quando comparadas com aquelas que evoluíram para parto vaginal. Na maioria dos procedimentos usa-se cefalosporina de 1ª geração.
Relação teórico prática
Além do suporte emocional é importante oferecer subsídios para que a mulher vivencie este momento de maneira menos dolorosa e sofrida, como – massagem, banhos, deambulação e todo o tipo de situação que possa trazer alívio e tranquilidade. Nesse sentido, a atenção, a sensibilidade e o cuidado dos profissionais são elementos essenciais para garantir uma parturição segura e prazerosa, assim como deixar a mulher mais confortável para tomar decisões a respeito do seu parto. Referências bibliográficas: CUNNINGHAM F G. Ginecologia de Williams. Porto Alegre: Mc Graw Hill, Artmed, 2011 MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende obstetrícia fundamental. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017