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COLEÇÃO

REPRODUÇÃO
EQUINA:
EXAME GINECOLÓGICO E ANDROLÓGICO

M.V ALINNE PETRARCA


M.V DEBORAH FREITAS

@MESTRESDAREPRODUÇÃO
QUEM SOMOS:

Alinne Machado Petrarca


Graduação em Medicina
Veterinária pela Universidade
Federal de Pelotas - UFPel.
Atualmente é mestranda em
Reprodução Animal na
Universidade Federal de Minas
Gerais - UFMG

Deborah Freitas
Graduação em Medicina
Veterinária pela Universidade
Federal de Minas Gerais - UFMG.
Residência em Reprodução
Animal e Obstetrícia pela
Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”-
UNESP/Botucatu.
Atualmente é mestranda em
Reprodução Animal na
Universidade Federal de Minas
Gerais - UFMG.

@MESTRESDAREPRODUCAO
EXAME
GINECOLÓGICO
DA ÉGUA

M.V ALINNE PETRARCA


M.V DEBORAH FREITAS

@MESTRESDAREPRODUÇÃO
AVALIAÇÃO
GINECOLÓGICA
Introdução:
O exame ginecológico é de extrema importância na espécie equina,
e tem objetivo de aumentar a eficiência reprodutiva. Com isso é
possível realizar uma melhor seleção dos animais, além de realizar
um bom controle sanitário de doenças, garantindo a saúde dos
animais.

Quando realizar?
Início da estação reprodutiva
Compra de animais
Casos de subfertilidade
Após término da temporada reprodutiva nas éguas vazias

Preparação Prévia:
A preparação prévia é essencial para promover a segurança tanto
do médico veterinário, quanto da égua, com a adequada contenção.
Deve ser feita uma lista dos materiais necessários para padronizar
o exame.

@MESTRESDAREPRODUCAO
MATERIAIS
NECESSÁRIOS:
Ficha para anotação
Termômetro
Estetoscópio
Materiais para Contenção
Materiais de limpeza
Papel toalha
Luvas
Vaselina / Mucilagem
Espéculo
Swabs
Escova de citologia
Pinça de biópsia
Formol
Ultrassom

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PASSO A PASSO:

01 COLETA DE DADOS:

Idade, ECC, histórico reprodutivo, tratamentos já realizados

02 EXAME CLÍNICO GERAL:

03 EXAME CLÍNICO REPRODUTIVO:

Avaliação da conformação perineal, palpação e


ultrassonografia transretal dos órgãos reprodutivos,
vaginoscopia e exame de cérvix

04 EXAMES LABORATORIAIS:
Cultura endometrial, avaliação citológica endometrial e
avaliação histológica de uma amostra de biópsia endometrial

@MESTRESDAREPRODUCAO
01 IDADE:

Éguas muito jovens ou idosas comprometem a eficiência do


uso das biotecnologias reprodutivas.
A idade em que a fertilidade das éguas começa a diminuir
varia, e diversos autores relatam, que fica entre 10 a 15 anos,
aumentando o risco de perda gestaciona de forma
comparável a idade.

Éguas idosas:
Diminui tônus mucular
Podem possuir má conformação do períneo
Maior predisposição a infecçòes ascendentes
Maior o grau de incidência de endometrite
Reducao na fertilidade.
Complicações relacionadas à grande manipulação
Alterações uterinas e disfunções endócrinas,

Éguas muito jovens:


Imaturidade uterina está correlacionada com taxas de perdas
gestacionais elevadas.

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01 Escore de condição
corporal (ECC)
Método subjetivo - indicador de saúde geral e fertilidade.
AVALIA: nível de gordura corporal - deposição de gordura
subcutânea do corpo = balanço energético aniamal e condição
corporal.
Nota em uma escala de 1 a 9 - Escala de acordo com
visualização e palpação.

Fatores que podem afetar ECC:


Patologias: doenças metabólicas, problemas metabólicos ,
parasitário, dentários , disponibilidade e manejo nutricional.

DESEJÁVEL ECC = +/- 5


ECC BAIXO:
Maturação incompleta de folículos
Atraso no início dos ciclos na estação reprodutiva
Ciclos irregulares e/ou menores taxas de concepção.

ECC ALTO:
Incidência de obesidade e seus distúrbios metabólicos.

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01 HISTÓRICO
REPRODUTIVO
IIMPORTANTE na identificação de causas atuais de
subfertilidade e na prevenção de problemas futuros.

Número de estações reprodutivas


Categoria em que as éguas pertencem
Distocias anteriores
Procedimentos cirúrgicos reprodutivos
Longos tratamentos clínicos
Elevadas cargas de treinamento
Estresse
Uso de drogas anabolizante e esteroides

É uma etapa extremamente importante:

A coleta de dados/informações pode ser muitas vezes se feita de


maneira correta, mais sensível e específico que achados
histológicos em relação endometrite, tanto sensibilidade quanto
resistência!!

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02 CONFORMAÇÃO
PERINEAL
Conformações anatômicas podem levar a pneumovagina ou
urovagina.

EXAME: palpação, visualização e mensuração,


Avaliar vulva - primeira barreira física - previne
contaminação.
A vulva deve ser orientada pelo menos dois terços do
comprimento vulvar localizado abaixo da borda pélvica.

Fazer a separação física dos lábios vulvares e identificação


de qualquer ruído de ar sendo aspirado para dentro da
vagina.

Quando encontrar uma má conformação perineal:


prever problemas reprodutivos, como
contaminação ascendente do útero e a
predisposição da égua à endometrite infecciosa e,
consequentemente, subfertilidade

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02 PALPAÇÃO RETAL
Identificar características do trato reprodutivo
Objetivo: Determinar o estágio do ciclo estral
Identificar possíveis anormalidades.

O objetivo não é apenas localizar e identificar os


órgãos reprodutores, é avaliar e realizar uma
interpretação dos dados!!

Usado para identificar estruturas anormais: (baseao em


tamanho, forma, turgidez)
Folículos anovulatórios
Tumores

A palpação pode identificar tônus uterino e cervical - que não


podem ser detectadas por ultrassonografia.

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02 ULTRASSONOGRAFIA
TRANSRETAL

O que é possível identificar?


Detectar e classificar edema endometrial
Presença de líquido intra uterino
Cistos endometriais
Gestação

edema endometrial anormal + presença de líquido


intra uterino = sugestivos de endometrite

Presença de líquido intra uterino = FALHA na depuração do


conteúdo uterino.
Edema endometrial anormal = inflamação persistente.

Achados:
ESTRO = edema 3 + folículo maior que 25mm
DIESTRO = edema 0 + corpo lúteo + folículos pequenos

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02 VAGINOSCOPIA:

O exame visual - feito com auxílio de um espéculo


Pode fornecer informações sobre a presença de
anormalidades

Traumas
Estado fisiológico do ciclo estral
Integridade do esfíncter vestíbulo-vaginal
Presença de líquidos (pus ou urina)
Cor e umidade da mucosa vaginal

Pode ser usado: espéculo de metal (Caslick e Polansky) ou


vaginoscópio.
** Lubrificar com gel estéril e introduzido acompanhando a
angulação da vagina.

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02 EXAME DA
CÉRVIX:
Palpação do orifício externo e canal cervical
Introduzir o dedo no orifício cervical, ver se há presença de
anormalidades e defeitos anatômicos

O que pode comprometer função da cérvix?


Defeitos anatômicos como:
Fibroses,
Aderências
Divertículos
Tortuosidades

Avaliação da posição e tônus da cérvix:


ESTRO: Cérvix flácida e disposta sobre o assoalho vaginal
DIESTRO: Apresenta tônus cervical e fica longe do assoalho
vaginal.

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TÉCNICAS DE COLETA
DE AMOSTRA
03 Amostras uterinas são coletadas de maneira
transcervical a partir de diferentes técnicas,

1. Coletores comerciais do tipo swab


2. Escova citológica
3. Lavado intrauterino de baixo volume
4. Biópsia endometrial

Antes da coleta de material, é fundamental que seja


determinado por ultrassonografia se o animal não
está gestante!!

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03 Swab e Escova
Citológica
Usados para exame citológico e cultura uterina
Método de coleta mais rápido

DESVANTAGEM: área de contato pequena +


amostras possivelmente não representativas do endométrio
como um todo.

Citologia endometrial:
Preferível usar a escova citológica para citologia endometrial -
o swab é mais propenso a realizar alteração de conformação
celular!! A escova citológica raspa mais profundamente e com
isso coleta amostras mais profundas e células inflamatórias
infiltradas.

Cultura endometrial:
A técnica mais comumente utilizada é SWAB - por ser mais
barato, prático e seguro

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Lavado intrauterino
03 de baixo volume

Infusão de um pequeno volume de solução estéril (60 a 150


mL) no útero.
Cultura + Citologia endometrial
Fluido distribuído por todo o útero através de manipulação
transretal
É coletado por fluxo gravitacional
Centrifugar o sedimento resultante e submeter aos exames

Quanto a celularidade e a presença de muco:


Classificação:
Normal = quando limpo e translucido
Anormal = quando turvo/nublado, purulento ou com muco

Permite o aumento da área de amostragem do endométrio =


MAIS REPRESENTATIVA!

@MESTRESDAREPRODUCAO
Biópsia
03 Endometrial

Coleta de um pequeno fragmento de endométrio para


avaliação histológica + cultura + histologia
Procedimento confiável e seguro para o diagnóstico e
prognóstico da endometrite
O fragmento é coletado utilizando-se de uma pinça
adequada.

Apreender um fragmento da parede uterina

Tração no sentido caudal da pinça

Exteriorização

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Citologia
03 Endometrial

Coleta e interpretação das células que revestem o útero e seu


lúmen
Junto com a cultura uterina = + utilizado para o diagnóstico
endometrite
Forma rápida de diagnosticar inflamação endometrial, pois
demonstra resultados pouco tempo após a coleta da amostra

Após coleta (independente da forma - realizar imediatamente o


esfregaço!

A avaliação das lâminas deve ser sistemática e minuciosa


Determinar se há celularidade suficiente para fornecer
interpretação precisa.
A lâmina é então avaliada a uma ampliação de 400 vezes e 1000
vezes em imersão de óleo

@MESTRESDAREPRODUCAO
Como Interpretar os
resultados da Citologia
Endometrial?
Há dois critérios de leitura:
1.PMNs por campo de alta potência
Avaliar aleatoriamente 10 campos de alta potência (400X) de cada
esfregaço.
Avaliação da gravidade da inflamação no endométrio:
0 a 2 = sem inflamação
2 a 5 = inflamação moderada
Maior que 5 = inflamação grave.

2.PMNs em relação as células epiteliais


Contar de 200 a 400 células totais, sem levar em conta o número
de campos.
Menor 0,5% = sem inflamação0
5 a 5% = inflamação leve
5 a 30% = inflamação moderada
30% = inflamação grave

@MESTRESDAREPRODUCAO
Cultura Microbiológica

O isolamento de microorganismos durante este exame é


sempre associado com a diminuição das taxas de
prenhez!

As culturas são examinadas após 24 e 48 horas


Importante para descartar ou não a endometrite
infecciosa
Possibilita a identificação do microrganismo causador
da inflamação e a realização do teste de
susceptibilidade ao antimicrobiano

Bactérias mais comumente isoladas: Streptococcus


zooepidemicus, Escherichia coli, Klebsiella
pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa.
Fungos mais encontrados: Candida spp. e
Aspergillus spp. são as mais comuns.

@MESTRESDAREPRODUCAO
Avaliação Histológica

Procedimento padrão para avaliação da saúde uterina da


égua!!

Informações:
Resposta terapêutica de um tratamento
Depuração uterina
Fluxo sanguíneo
Se a terapia adicional é necessária

1. Coleta de um fragmento do endométrio


2. Acondicionar em solução fixadora até o seu
processamento
3. Manter de modo definitivo as estruturas histológicas,
sendo o formol neutro 10% e o Bouin (+ usados)

A detecção de PMNs no estrato do endométrio é


“padrão ouro”para o diagnóstico da endometrite

@MESTRESDAREPRODUCAO
EXAME
ANDROLÓGICO
DO GARANHÃO

M.V DEBORAH FREITAS

M.V ALINNE PETRARCA

@MESTRESDAREPRODUÇÃO
AVALIAÇÃO
ANDROLÓGICA
Possibilita a detecção de patologias e instituição
do tratamento precocemente, evitando a subfertilidade e
infertilidade, e até mesmo o descarte do
animal da reprodução!

NÃO DEVE SER NEGLIGENCIADO!

Objetivo:
Avaliar a fertilidade e determinar distúrbios reprodutivos:
Redução de gastos desnecessários com tratamentos
errôneos;
Maior desempenho e taxa de prenhez maior
lucratividade!

Desafio?
Uma fêmea não fértil deixará de produzir um animal por ano, já o
macho infértil pode deixar de fecundar centenas de éguas na mesma
estação reprodutiva através da inseminação artificial.

@MESTRESDAREPRODUCAO
Princípios fundamentais:

Caracterizar o potencial reprodutivo dos animais:


Avaliação da saúde reprodutiva
Avaliação da saúde geral e saúde hereditária.

O laudo de um exame andrológico nunca é


definitivo!!

O laudo NÃO deve ser emitido com uma validade


superior a 60 dias!

Quando realizar?
Antes do inicio da estação de monta e durante
Diagnóstico de distúrbios/ alterações reprodutivas
Antes de comercializações
Na ocorrência da puberdade
Criopreservação de sêmen

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ETAPAS :

IDENTIFICAÇÃO:
Animal: Nome, raça, número de registro, data de
nascimento e quando possível peso e afiliação.
Propriedade: Nome, endereço, telefone, e-mail.

ANAMNESE:
Histórico de fertilidade
Alterações reprodutivas anteriores
Atividade sexual (monta natural ou doador de sêmen)
Manejo reprodutivo, nutricional e sanitário

EXAME CLÍNICO GERAL:


sistemas nervoso
Sistema respiratório
Sistema circulatório
Sistema digestivo
Sistema musculo-esquelético

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EXAME CLÍNICO ESPECÍFICO:
Prepúcio
Pênis
Testículos e escroto
Epidídimos
Glândulas anexas.

Prepúcio:
Verificar a pele quanto a aumento de volume,
temperatura, presença de ferimentos ou cicatrizes.
O óstio prepucial deverá permitir a passagem livre do
pênis.

Pênis:
Avaliar em repouso e ereto, verificando compatibilidade
de tamanho, mobilidade, mucosa, secreções, e eventual
presença de anormalidades.

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Escroto:
Avaliar condições da pele, quanto a
existência de lesões, mobilidade,
sensibilidade, espessura, temperatura e
aderências.

Testículos
Devem ser consideradas as características:

Presença: Ambos os testículos devem estar presentes.


Forma: Oval
Consistência: Fibro-elástica
Posição: Horizontal (oblíquo).
Simetria: Presente
Mobilidade: Presente
Sensibilidade: Ausência de sinais de dor
Temperatura: 2-4°C abaixo da temperatura corporal.
Tamanho: Através do paquímetro ou US:(Comprimento
X Altura X Largura).

@MESTRESDAREPRODUCAO
Epidídimo:
Presença, sensibilidade, forma e localização

Localização: cabeça acoplada ao pólo cranial


do testículo, corpo localizado na face medial
dos testículos e cauda geralmente bem
definida na região caudal dos testículos,
Consistência: fibroeslástica

Glândulas Anexas:
Avaliadas APENAS quando há suspeita de alteração!
Através da palpação retal e ultrassonografia. O exame
geralmente exige a sedação do animal.

Comportamento sexual:
Avaliar grau de excitação e ereção , posicionamento
adequado do macho em relação à fêmea, propulsão,
tumefação da glande, intensidade de fricção peniana , a
ocorrência da ejaculação até a redução da glande.

@MESTRESDAREPRODUCAO
COLETA DE
SÊMEN:
Método de escolha:
Vagina Artificial - mais se aproxima da fisiológica
Quando não for possível = Ejaculação química e Coleta em
estação.

Vagina Artificial:
A coleta pode ser realizada sobre a fêmea devidamente
contida ou no manequim. Temperatura no interior da
vagina: 42-46 ºC.
Ejaculação Química:
Em casos de animais com problemas ejaculatórios,
impossibilitados de realizar cobertura. Os principais
compostos utilizados:
imipramina, xilazina, detomidina, e prostaglandina.

Coleta em estação:
Usado em casos em que o animal é capaz de ejacular
sozinho, entretanto, não consegue saltar. Ex: problemas
locomotes , na região lombo-sacral, etc.

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AVALIAÇÃO
SEMINAL:
Imediatamente após a colheita, os ejaculados são:
Encaminhados para o laboratório.
Filtrados (retira-se o gel, sujidades).

Avaliar as características macroscópicas:


Coloração
Aspecto
Odor
volume

Avaliar as características microscópicas:


Motilidade
Vigor
Concentração
Morfologia espermática
Integridade de membrana

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AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA

Volume: Expresso sem o gel. É variavel, entre 30 a 60 ml.


Coloração: branco-acinzentada.
Aspecto: aquoso.
Odor: suis generis.

AVALIAÇÃO MICROSCÓPICA
Os parâmetros podem ser avaliados pelo método
subjetivo através da microscopia óptica ou através da do
método objetivo pela analise computadorizada (CASA).

Motilidade Total - expressa em porcentagem - número de


espermatozoides móveis no campo. 0-100

Motilidade Progressiva- corresponde aos espermatozoides


moveis com movimentos retilíneos. 0-100

Vigor - Corresponde à força do movimento da cauda-


influencia na velocidade com que os espermatozoides se
deslocam. 1-5

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Concentração espermática - representa o
número de espermatozoides por mm3 ou
cm3 (ml). O procedimento mais comum
para se obter a concentração consiste na
contagem das células na câmara de
Neubauer. A média na espécie equina é
entre 100-200 milhões de eptz/ml.

Obs: Para saber mais - há um IGTV no nosso instagram com um vídeo


explicativo de todos os passos para descomplicar o cálculo de
concentração espermática!

FÓRMULA

@MESTRESDAREPRODUCAO
1 Retirar do ejaculado uma alíquota de sêmen
OBS: a quantidade vai depender da diluição que será realizada,
neste exemplo utilizou-se a diluição de 1/20.

2 Retirar 10μl de sêmen e colocar em um tubo de ensaio contendo


190μl de água destilada (de preferência) ou 1 gota de sêmen para
19 gotas de água.

3 Homogeneizar e preencher os dois retículos (lados) da câmara de


Neubauer (aguarde decantar por alguns minutos).

4 Contar os espermatozoides presentes nos 5 quadrados de cada


retículo.
OBS: a variação da quantidade de espermatozoides entre os dois
retículos não pode ser superior a 10%.

5 Calcular a média entre os retículos que será o valor de n.

6
Inserir os valores na fórmula que dará a concentração de
espermatozoides no ejaculado por mm3.
OBS: para converter esse valor para ml, multiplica-se por 1000.

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MORFOLOGIA ESPERMÁTICA

Podem ser utilizados esfregaços corados e avaliados em


microscópio óptico (panótico rápido, eosina-nigrosina,
karras modificado) ou através da preparação úmida
usando microscópio de contraste de fases.

Como avaliar?
Contando-se pelo menos 200 células, incluindo normais e
destacando os defeitos de forma e estrutura.

Como Classificar?
Defeitos maiores - estão relacionados
diretamente com a infertilidade.
Defeitos menores - não interferem
diretamente na fertilidade.

Um ejaculado desejável não


deve ter mais que 30% de
defeitos espermáticos.

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INTEGRIDADE DE MEMBRANA

Teste hiposmótico:
Os espermatozoides são expostos a uma solução
hiposmótica. Nos espermatozoides com membrana
integra haverá entrada de água para o interior da célula,
um aumento do volume celular (edema), causando
dobramento da cauda do espermatozóide.

O ato de dobrar a cauda na presença de uma solução


hiposmótica indica que o transporte de água através da
membrana ocorre normalmente e que esta se encontra
íntegra e com funcionalidade.

Supra-Vital:
A eosina é o corante que mais se utiliza, no qual os
espermatozoides com membranas danificadas permeiam a
eosina e coram de vermelho-rosado e os espermatozoides com
membranas estruturalmente intatas permanecem incolores.

@MESTRESDAREPRODUCAO
Fluorescência:
Utiliza fluorocromos, sendo um que
permeia a membrana plasmática
independentemente do seu estado
estrutural, mostrando fluorescência verde
na região do núcleo, e o outro (Iodeto de
Propídio) só atravessa o plasmalema
quando este apresenta alterações
estruturais, exibindo fluorescência
vermelha.

EXAMES
COMPLEMENTARES:
Ultrassonografia:
Ferramenta excelente para diagnóstico de inúmeras
condições patológicas, além da avaliação da arquitetura e
anatomia dos órgãos reprodutivos.

Endoscopia:
Método mais invasivo e caro, utilizado nos casos de
suspeita de alterações como fístula uretral (hemospermia)
ou vesiculite (piospermia).

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Avaliação Microbiológica:
Pode ser realizada tanto do ejaculado,
quanto da fossa da glande.
Fazer antibiograma para escolha do
antibiótico ativo contra àquele
microrganismo.

Citologia Aspirativa
Casos de azoospermia (avaliar se há produção
espermática- presença de células germinativas,
espermatozoides).
Diagnóstico de tumores, com intuito de detectar
células tumorais.

Para tomar a decisão sobre o futuro do reprodutor, devem ser


levados em consideração todos os achados durante o exame,
desde aqueles levantados no exame clínico geral, até os mais
específicos, como do sistema genital e qualidade do sêmen,
incluindo o comportamento sexual.

Orientar o proprietário que o laudo é como uma


fotografia, é daquele momento, não serve para vida
toda do animal!!!

@MESTRESDAREPRODUCAO
O PRESENTE E-BOOK FOI ELABORADO COM
BASE EM MATERIAIS DE ESTUDO PESSOAL. O
QUAL UTILIZOU COMO REFERÊNCIA MATERIAL
TÉCNICO-CIENTÍFICO DISPONÍVEL NA
LITERATURA. PRINCIPAIS LITERATURAS
CONSULTADAS;

COLÉGIO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO - Cbra. Manual para


exame andrológico e avaliação de sêmen animal. 2.ed. Belo
Horizonte: CBRA, 1998,
PAPA, FREDERICO OZANAM; ALVARENGA, MARCO ANTONIO;
DELL’AQUA JR, ANTONIO. Manual de Andrologia e Manipulação
de Sêmen Eqüino. 32f. São Paulo, 2007.
McKinnon A. O.; Squires, E. L.; Vaala, W. E.; Varner, D. D. Equine
Reproduction. 2nd edition, 2011.

@MESTRESDAREPRODUCAO

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