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Piometra

em ANIMAIS
Graduação de Medicina Veterinária
Disciplina: Patologia Sistêmica II
grupo

Izabelly
Victor
Nathan
Danilo
Vitoria
Conteúdos abordados

01 02
INTRODUÇÃO fisiopatologia

03 04
Sinais clínicos diagnóstico

05 06
RELATO DE
tratamento
CASO
introdução
• O complexo-piometra (Hiperplasia
endometrial cística) é uma das
enfermidades que acometem o trato
reprodutivo das cadelas, gatas, suínos,

INTRODU equinos e bovinos e está presente com


maior frequência na clínica de pequenos
animais.

ÇÃO • A piometra é uma importante e comum


doença em cadelas adultas e não
castradas, provavelmente é a doença
mais severa do útero e é responsável por
um índice elevado de mortalidade
quando não diagnosticada precocemente
• Acomete quase um quarto de todas as
cadelas inteiras antes de chegar a 10
anos de idade e mais comumente em
cadelas de sete a oito anos

INTRODU • Os animais mais velhos são mais


predispostos e não há predileção por

ÇÃO raças, mas SMITH (2006) percebeu uma


maior incidência em Golden Retriever,
Schnauzer, Terrier Irlandês, Saint
Bernard, Airedale Terrier, Cavalier King
Charles Spaniel, Rouggh Collie,
Rottweiler e Bernese, Cocker Spaniel (
Tipos de piometra

fechada
Fluido purulento preso dentro
do útero
Perigo de ruptura do útero

aberta
Cérvix do útero aberto
secreção de fluído purulento
fisiopatologia

• UM PAR DE OVÁRIOS
• UM PAR DE TUBAS UTERINAS
• ÚTERO
• VAGINA
• VESTÍBULO
fisiopatologia
• Resulta de uma interação entre bactérias
patogênicas e o endométrio uterino;
• Progesterona estimula o crescimento e a
atividade secretora das glândulas
endometriais;
• A progesterona diminui a atividade do
miométrio, contribuindo para o acumulo
de fluido luminal
FISIOPATOLOGIA

proestro estro Diestro

9 dias 9 dias 9-12 semanas

Em cadelas após a ovulação diestro (9-12 semanas) a quantidade de


progesterona mantem elevados enquanto no anestro as concentrações
caem. HEC desenvolve durante ou após a fase lútea (diestro).
Redução da imunidade local uterina junto com condições favoráveis
para instalação de patógenos.
Profilaxia

O método mais seguro de prevenir a piometra é


através da castração eletiva, principalmente no animal
jovem, pois assim o útero ainda não foi exposto à ação
hormonal, e a remoção de ovários e útero evitará
exposição futura. Também não se deve utilizar
medicação hormonal (anticoncepcionais) para cadelas
não castradas.
Sinais clínicos
Da piometra
Sinais clínicos

Secreção vaginal letargia poliúria

Distenção abdominal polidpsia diarreia


Sinais clínicos

depressão desidratadas septicêmicas

febre toxêmicas choque


diagnóstico
Da piometra
Diagnóstico

Exames físico Citologia vaginal


01 Aumento do útero
02 Swab esterelizado
Esfregaço vaginal
Secreção purulenta Cultura vaginal
Desidratação/hipertermia
Protuberacia abdominal

Ultrasonografia ou
Exames bioquímicos
03 Leucocitos
04 radiografia
Hematocritos Aumento uterino
Ureia
Creatinina
Albumina
tratamento
Da piometra
tratamento

clínico
Cirúrgico
Correção dos déficits existentes, para manter Cirurgia mais indicada para o tratamento da
a perfusão tecidual adequada e para melhorar piometra é a ovário- histerectomia
a função renal e a antibioticoterapia também
deve ser iniciada imediatamente
Estudo
de caso
Da piometra
Pretinha, cadela não esterilizada, sem raça definida (SRD), com 12 anos de
idade e 26 kg de peso corporal, compareceu no dia 02 de setembro de 2021,
para consulta com a Médica Veterinária Nathália Ferreira Rodrigues, no
Petshop e Clínica Veterinária Petland, queixando-se de alterações pós-cio,
falta de apetite há 5 (cinco) dias e alimentação seletiva. O tutor relata
também, que Pretinha é vermifugada, porém não possui vacina, e possui
histórico de nefropatia. Ao exame clínico, apresentava-se prostrada, com
mucosas oral e conjuntiva pálida e aparente desidratação. Apresentava dor
abdominal aguda e distensão abdominal e secreção vulvar purulenta. A
temperatura retal era de 39ºC. Foi feita uma colheita de 2 ml de sangue da
veia cefálica, para exame de bioquímicas séricas no tubo vermelho, com
ativador de coágulo e outro para realização de hemograma, no tubo de
EDTA. As análises realizadas revelaram um aumento considerável da
fosfatase alcalina e um leve aumento da creatinina e da ureia nos parâmetros
bioquímicos avaliados. Já no hemograma, é possível observar o hematócrito
abaixo dos valores de referência, assim como as plaquetas. Observa-se
também uma leucocitose com neutrofilia. Os demais parâmetros
encontravam-se dentro dos valores de referência. Realizou-se também uma
Ultrassonografia Abdominal (figura 1), que evidenciou um útero distendido,
com as dimensões aumentadas, paredes espessadas e irregulares, medindo
aproximadamente 5.42 a 7.44 cm de diâmetro. Os ovários não foram
visualizados por sobreposição uterina, anteriormente ao procedimento
cirúrgico
Tendo os exames complementares realizados e o quadro clinico aferido e
observados, o diagnóstico presuntivo é de piometra aberta, com OH,
associado a antibiótico terapia como tratamento. Com o paciente estável, foi
colocada uma via venosa por onde foi administrado fluido (ringer lactato). A
medicação utilizada foi ceftriaxona 50 mg/kg, metronidazol 15mg/kg,
amoxilina 15 mg/kg. Foi iniciado o jejum e a paciente foi encaminhada para
cirurgia. Para iniciar a cirurgia a paciente foi colocada em decúbito dorsal e
foi realizada a assepsia do abdómen ventral previamente tricotomizado com
uma solução de clorexidina. Realizou-se a celiotomia expondo o útero fora
da cavidade, e uma ligadura em massa, com aproximadamente 1cm abaixo
do ovário esquerdo utilizando uma pinça hemostática acima do ovário, com
posterior ligadura. No ovário direito é utilizada à mesma técnica do ovário
esquerdo. Exteriorizado o corpo do útero, localizou-se a cérvix, e realizou
uma sutura em oito, cranial a cérvix, já ligando as artérias e veias uterinas.
As bordas do coto são invaginadas e omentalizadas, recolocando-o na
cavidade. Procedeu-se o fechamento da cavidade, o peritônio, fáscias e
músculos, submetidos a uma sutura pontos separados, o tecido subcutâneo,
em sutura intradérmica, e por fim a pele com sutura simples isolada. Após a
remoção, foi feita a pesagem do útero, onde foi observado o peso de 4,0kgs.
Constatando a Piometra de cérvix aberta (Fig.2) e torção uterina (Fig.3) e
vários cistos ovarianos (Fig.4).
Obrigado!
galera

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