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“AFECÇÕES DO SISTEMA REPRODUTOR

FEMININO”

M.V.Msc Carina Bueno Antunes Rodrigues da Silva


Principais afecções aparelho
reprodutor fêmea canina
◦ Vaginite
◦ Hiperplasia vaginal
◦ Pseudociese
◦ Hiperplasia endometrial cística e piometra
◦ Prolapso uterino
◦ Síndrome do ovário remanescente
◦ Neoplasias
◦ Distocia
Vaginite

◦ Acomete fêmeas

◦ Principalmente em jovens

◦ Sem predileção racial

◦ Qualquer condição ovariana


Vaginite
- Fisiopatogênica:
- Primaria - herpes vírus e Brucella canis

- Secundaria
- desordens hormonais
- deficiência nutricional
- deformidades anatômicas

bacteriana - enterobactérias ou pela microbiota do sistema urogenital inferior


(Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Escherichia coli, Proteus spp, Pseudomonas aeruginosa,
Pasteurella, entre outras)
Vaginite
Vaginite
◦ Sinais clínicos:
◦ mucosa vaginal hiperêmica
◦ corrimento vulvar
◦ polaquiúria
◦ lambedura vulvar
◦ atração de machos independente da fase do ciclo estral.
Vaginite
Vaginite
◦ Diagnostico: citologia vaginal, vaginoscopia e cultura da secreção,
hemograma, ultrassonografia.

◦ Diagnóstico diferencial:
◦ Cio
◦ Piometra
◦ TVT
◦ Tumores
◦ Infecção urinaria
◦ Retenção placentária, metrite
◦ Corpo estranho
Vaginite
◦ Tratamento:
◦ Auto-limitante
◦ Infusão vaginal de antissépticos
◦ Antibióticos
◦ Correção cirúrgica (anormalidades predisponentes)

◦ Complicações:
◦ Piometra
◦ Infertilidade
◦ Miiase
Hiperplasia vaginal
Protrusão de uma porção edemaciada do da mucosa vaginal através da vulva. Tipo l
(parcial), tipo ll (completo), tipo lll (parafuso)

◦ Fêmeas

◦ 3 primeiros cios

◦ Raças : boston, boxer, fila brasileiro, bulldog e doberman

◦ Hereditária
Hiperplasia vaginal
◦ Fisiopatogênica: aumento do nível sérico de estrógeno
◦ Estro
◦ hiperestrogenismo patológico (ovário cístico)
◦ parto prolongados ou esforço excessivo durante parto
◦ Traumatismo momento da cópula

Prolapso e uma condição rara que ocorre logo após parto


Hiperplasia vaginal
◦ Sinais clínicos:

◦ Tipo l

◦ Tipo ll

◦ Tipo lll

◦ Anamnese indica a fase do ciclo estral


Prolapso vaginal

Tipo l Tipo ll

Tipo lll
Hiperplasia vaginal
◦ Diagnostico:

◦ Sinais

◦ Idade

◦ Fase do ciclo estral

◦ Exame clínico

◦ Citologia vaginal
Hiperplasia e prolapso vaginal
◦ Diagnostico diferencial:

◦ ruptura vaginal

◦ prolapso de bexiga

◦ hematoma de vulva

◦ tumores (Tumor Venéreo Transmissível), lipomas, pólipos, fibromas e leiomiomas


Hiperplasia e prolapso vaginal
◦ Tratamento:
◦ autolimitante

◦ ovário-histerectomia/ovariectomia.

◦ tratamento hormonal :
◦ Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), Gonadotrofina Coriônica humana (HCG), Acetato
de Megesterol ou o Mibolerone

◦ tecido hiperplásico
◦ Limpar / Suturar / Remoção de tecido desvitalizado
Hiperplasia e prolapso vaginal
Hiperplasia e prolapso vaginal
◦ Complicações:

◦ Automutilação

◦ Infertilidade
Pseudociese
É o fenômeno que a fêmea não prenhe tem comportamento de gestante.

◦ Fêmeas 50 a 70% são acometidas


◦ Qualquer idade

?
◦ Após uso de progestageno
◦ OSH no diestro
◦ Animal com concentração
de progesterona elevado
Pseudociese
◦ Etiopatogenia : fase lútea [] progesterona s/ gestação, []
progesterona fim fase lútea prolactina semelhante ao
parto
Pseudociese
◦ Sinais clínicos:
◦ comportamento
◦ lambedura do abdômen
◦ agressividade
◦ distensão mamária
◦ produção e secreção láctea
◦ ganho de peso e ou anorexia.
◦ Sinais menos comuns : êmese, distensão e contrações abdominais, diarreia, poliúria,
polidipsia e polifagia.
Pseudociese
◦ Diagnostico:
◦ História, sinais clínicos e comportamentais e na fase do ciclo estral
◦ Ultrassonografia
◦ Raio x

◦ Diagnostico diferencial:
◦ Gestação
◦ Parto recente
◦ Piometra
◦ Situações fisiológicas e outras doenças inerentes ao diestro.
Pseudociese
◦ Tratamento
◦ Auto-limitante
◦ Colar ou supressão hídrica (verificar FR)
◦ Tranquilizantes
◦ Medicamentos :
◦ Cabergolina 5μg/Kg SID 5 a 7 dias somente formula humana Dostinex® (Pfizer®)no Brasil
◦ Metergolina 0,1 mg/kg, BID VO 10 a 14 dias. No Brasil, Contralac® (Virbac®),
Pseudociese
Complicações:
◦ Distensão mamária
◦ Retenção láctea
◦ Dermatite mamária
◦ Mastites
◦ Tumor de mama
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
- Hiperplasia endometrial cística (HEC): secundaria a hiperplasia endometrial
fisiológica (HEF). Alterações hormonais, formando cistos e acumulo de liquido estéril
no interior no útero

- Piometra : secundaria a HEC com acumulo de pus


- Afecção crônica do útero que se desenvolve
no período DIESTRAL
HIPERPLASIA
ENDOMETRIAL
FISIOLOGICA

HIPERPLASIA
ENDOMETRIAL
CISTICA
HIDROMETRA
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ HEC ocorre em 70% das fêmeas com mais de 9 anos de idade
◦ Piometra
◦ Fêmeas inteiras
◦ Após estro
◦ Administração de hormônios exógenos
◦ Nuliparas mais acometidas
◦ Pseudo gestação
◦ Irregularidade do ciclo estral
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ Fisiopatogênica

PROGESTERONA (CL) + ESTRÓGENO + BACTERIAS

◦ Progesterona
◦ Estrógeno
◦ Bactérias (via ascendente)

Tumores ovarianos produtores de hormônios


Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ Tipo l - sem sinais clínicos, endométrio colabado e vários cistos, secreção
mucoide sem inflamação – mucometra, hidrometra

◦ Tipo ll – inflamação, secreção vulvar, leucócitos normais e discreta


neutrofilia

◦ Tipo lll – secreção de serosanguinolenta a mucopurulenta, inflamação


aguda, clinicamente enfermas com comprometimento do estado geral
distensão uterina e lesão miometrial

◦ Tipo lV – endometrite crônica


PIOMETRA

UTERO COM PIOMETRA


E UTERO NORMAL
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ Sinais clínicos
◦ Cio a 30 dias
◦ Secreção vaginal
◦ Polidipsia, poliúria
◦ Uso de contraceptivos, hormônios
◦ Apatia
◦ Distensão abdominal
◦ Cervix fechada mais grave

◦ Sinais inespecíficos : descarga


vaginal, apatia, anorexia,
polidipsia, febre, útero palpável, poliúria, vômitos, diarréia
e desidratação
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
Diagnóstico:

◦ Hemograma

◦ Ultrassonografia

◦ Raio x

◦ Exames bioquímicos
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ Diagnóstico diferencial

◦ Com secreção: vaginite, estro e neoplasias vaginais

◦ Animais castrados: piometra de coto

◦ Sem secreção: sintomas inespecíficos


Hiperplasia endometrial cística e
piometra
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ Tratamento:
◦ Medicamentoso (?) – idade reprodutiva, sinais clínicos e laboratoriais brandos,
evidência de endotoxemia, cérvix aberta
◦ Farmacos:
◦ Estrógenos
◦ Testosterona
◦ Ocitocina
◦ Alcalóides, derivados do ergot
◦ Antibiótico
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ Progesterona F2α:
◦ lise do corpo lúteo
◦ contratilidade do miométrio
◦ liberação do conteúdo séptico uterino
◦ aumenta o relaxamento cervical

◦ Aglepristone (10 mg/Kg , SC, dias 1, 2,7): compete pelos receptores da


progesterona - promovendo contratilidade miometrial e o relaxamento
cervical

◦ Antibiótico
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ Tratamento
◦ cirúrgico: OSH
Hiperplasia endometrial cística e
piometra
◦ Complicações

◦ IR

◦ Sepse

◦ Óbito

Obs: medroxiprogesterona principal anticonsepcional utilizado


no Brasil, quando usado na fase estral errada causa piometra.
Prolapso uterino
◦ Rara em cães

◦ Durante parto prolongado

◦ Causas desconhecidas
◦ Relaxamento da musculatura pélvica
◦ Atonia uterina
◦ Separação incompleta das membranas placentárias
◦ Flacidez mesovariana
◦ Tenesmo
◦ Contrações uterinas excessivas
Prolapso uterino
◦ Diagnóstico

◦ História

◦ Sinais clínicos

◦ Exame físico

◦ Palpação da vagina

◦ Presença de tecido uterino protruído pela vulva

◦ Vaginoscopia
Prolapso uterino
◦ Diagnostico diferencial
◦ Neoplasia
◦ Hiperplasia vaginal (fase do ciclo estral)
Prolapso uterino
◦ Tratamento

◦ Retornar o útero à posição anatômica

◦ Prevenir infecção ou a desvitalização


do tecido

◦ Redução manual através ( palpação abdominal ou laparotomia)

◦ OSH
Prolapso uterino
◦ Complicações:

◦ Ruptura dos vasos uterinos

◦ Hipotensão

◦ Choque hipovolêmico
Síndrome do ovário remanescente
◦ Distúrbio iatrogênico caracterizado pelo retorno do estro após contracepção
cirúrgica devido à presença de fragmento de tecido ovariano na cavidade
abdominal

◦ Mais ovário direito (cranial)


Síndrome do ovário remanescente
◦ Fisiopatogênica:

◦ Incompleta remoção cirúrgica do ovário

◦ Queda acidental de tecido ovariano na cavidade abdominal no trans cirúrgico da OSH

◦ Ovário acessório
Síndrome do ovário remanescente
◦ Sinais clínicos

◦ Cio

◦ Presença de edemaciamento e secreção vulvar e vaginal


Síndrome do ovário remanescente
◦ Diagnostico
◦ Anamnese
◦ Sinais clínicos
◦ Citologia vaginal
◦ Dosagem sérica de estrógeno e progesterona e/ou por meio do teste provocativo com
administração de GnRH ou hCG
◦ Ultrassonografia
◦ Laparatomia exploratória
◦ Laparoscopia
Síndrome do ovário remanescente
◦ Diagnostico diferencial:
◦ Neoplasia
◦ Vaginite
◦ Piometra de coto
◦ Trauma
◦ Tratamento com estrógenos
◦ Desordens de coagulação
Síndrome do ovário remanescente
◦ Tratamento:

◦ Cirúrgico

◦ Conservativo (progestagenos e andrógenos)

◦ Imunocastração (produção de anticorpo anti GnRh ou Lh ou seus receptores


Laparatomia

Fonte: VOORWALD, F. A. (2012)


OM – omento
MO - mesovario
OV – ovário
ROP – pediculo ovariano
Laparoscopia

OV - ovário
MO - mesovario
OM – omento
BA – baco

Fonte: VOORWALD, F. A. (2012)


Síndrome do ovário remanescente
◦ Complicações

◦ Piometra de coto/ sepse/ morte

◦ Cio persistente

◦ Neoplasia
Neoplasias
◦ TVT

◦ Neoplasias no sistema reprodutor

◦ Neoplasia mamaria
TVT
◦ Tumor venéreo transmissível (sticker)
◦ Tumor se células redondas
◦ Transplantado
◦ Animais jovens / errantes / sexualmente ativos
◦ Baixo índice metastático
TVT
• Diagnostico ( exame físico/ imprint / CAAF e histopatológico)

• Diagnostico diferencial

• Tratamento (quimioterapia/ radioterapia/ cirurgia e crioterapia)


◦ Sulfato de Vincristinaa: 0,75 mg/m2

• Complicações
Neoplasias uterinas e de mama
◦ Castradas, não-castradas e fase em que a castração é efetuada.
◦ ovário-histerectomia (OSH)
◦ antes primeiro cio: 0,5% neo mamaria
◦ pós o primeiro (8,0%)
◦ segundo (26%)
◦ pós dois anos e meio de idade, ou após o terceiro ciclo estral (zera)
Neoplasias uterinas e de mama
◦ Diagnostico

◦ Diagnostico diferencial
Neoplasias uterinas e de mama
◦ Tratamento
Neoplasias uterinas e de mama
◦ Complicações
Distocia
◦ Incapacidade da cadela gestante em expulsar os
fetos durante o trabalho de parto, causando um
sofrimento tanto para a mãe quanto ao feto

◦ Causas
◦ Hereditárias
◦ Infecciosas
◦ Nutricionais
◦ Traumáticas
Distocia
◦ Origem materna, fetal ou ambas

◦ Inércia uterina

◦ Anomalias do canal pélvico

◦ Mal posicionamento fetal


Distocia
◦ Comprometimento intraparto

◦ Tamanhos excessivo do concepto

◦ Fetos anormais

◦ Combinação de dois ou mais fatores


Distocia
◦ Fisiopatogênica

◦ Parto e dividido em 3 fases:

◦ Preparação (prostaglandina, prolactina)

◦ Dilatação (relaxina)

◦ Expulsão
Distocia
◦ Diagnostico

◦ Diagnostico diferencial
Distocia
◦ Tratamento
Distocia

◦ Complicações
Distocia
carinabars@uol.com.br
whatsapp 15 997171340

Obrigada

OBRIGADA!

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