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• Hiperplasia endometrial
◦Williams
‣ Espessamento do endométrio com proliferação de glândulas de tamanho e
formato irregulares e aumento da relação tecido glandular/estroma.
‣ Quando há o espessamento, as lesões podem ser denominadas de endométrio
proliferativo desordenado ou aglomeração glandular focal.
‣ A maioria dos cânceres de endométrio surge com a progressão de lesões
hiperplásicas histologicamente identificáveis.
‣ É o único precursor direto de lesão invasiva.
‣ Condição associada a sangramento uterino anormal, e é resultante do estímulo
estrogênico persitente e prolongado sem contraposição da progesterona
• Encontrado em mulheres perimenopausa anovulatórias
◦Hiperplasia complexa
‣ Com atipia (29%)
• Glândula de arquitetura complexa com atipias.
‣ Sem atipia (3%)
• Glândulas de arquitetura complexa (brotamento ou invaginação), aglomeradas,
com menos estroma interposto e sem atipias.
◦Quadro clínico
‣ Mulheres no período peri e pós-menopausa (50-65 anos)
‣ 90% das pacientes: apresentam sangramento vaginal anormal, mais comumente
pós-menopáusico.
‣ Pacientes magras: sangramento pode não ocorrer devido à estenose cervical
• Formação de hematometra (acúmulo de sangue na cavidade endometrial)
• Formação de piometra (acúmulo de secreção purulenta na cavidade)
‣ Exame físico
• Abdome
◦Massa amolecida em região hipogástrica, devido ao aumento do útero,
causando hematometra/piometra.
◦Doença avançada: distensão abdominal secundária à ascite.
• Exame vaginal
◦Afastar lesões na vulva, vagina ou colo uterino que possam causar
sangramento.
◦Colo uterino com lesão decorrente de extensão do tumor
• Toque vaginal
◦Útero aumentado de volume
• Toque retal
◦Avaliar paramétrios
◦Diagnóstico
‣ Análise histológica do material endometrial obtida por meio de biópsia
endometrial às cegas (ambulatorialmente)
‣ Dilatação e curetagem uterina
‣ OU Histeroscopia associada a BE dirigida
◦Rastreamento
‣ Não deve ser realizado na população em geral, pois não existe um exame
apropriado, custo-efetivo e aceitável que reduza a mortalidade.
‣ Ecografia transvaginal com avaliação de espessura endometrial (rastreamento
não indicado de rotina)
• Sangramento uterino anormal
• Sangramento pós-menopáusico
• Paciente com risco para CA de cólon hereditário
◦Eco + BE (indicação devido ao alto risco de hiperplasia atípica e CA de
endométrio)
◦Exames anuais
◦Histerectomia indicada em caso de prole completa.
• De qualquer forma>> Deve ser realizada antes do início do tto oara afastar
presença de alteração endometrial prévia.
‣ Endométrio com medida > 5mm
• Controle ou avaliação complementar com exame histológico
◦Usuárias de TH>> ponto de corte é de 8 mm
◦Vigência de terapia com tamoxifeno é de 10mm
‣ Indicações:
• Pacientes usuárias de tamoxifeno pós-menopáusicas
◦Risco aumentado de desenvolver hiperplasia endometrial e CA de
endométrio
◦Não há consenso de investigação quando assintomáticas
• Tratamento da HE atípica
◦Sempre que BE inicial sugerir hiperplasia com atipia, a curetagem uterina ou HSC
com amostra endometrial deve ser realizada para a exclusão de carcinoma.
◦Tto de escolha para prole completa: histerectomia
◦Alternativa para prole incompleta
‣ Opções medicamentosas
• Acetato de megestrol 40mg, VO, 2x/dia (podendo aumentar para 4x)
• DIU com levonorgestrel
• Danazol 400 mg/dia por 6 meses
‣ Uso da medicação por 3 meses>> nova BE
‣ Tempo previsto para regressão>> 7-9 meses
• Se houver persistência de hiperplasia após esse tempo há o preditivo de
falha de tto.
◦Tto de manutenção
‣ Para pacientes que mantem ciclos anovulatórios
‣ Auxilia na prevenção da recorrência da doença
‣ ACO combinado
• SOP e contracepção
‣ ACO contínuo com progestágeno
‣ Medroxiprogesterona 5-10 mg/dia por 12-14 dias por mês
‣ Progesterona natural micronizada 200 mg em cápsula vaginal/dia por 12-14 dias
por mês
‣ Medroxiprogesterona 150 mg IM a cada 3 meses
‣ DIU com levonorgestrel
• Tipos histológicos de CE
◦Adenocarcinoma endometrioide
‣ Endometrioide típico
• Mais comum (57-80%)
• Bom prognóstico
‣ Adenoacantoma
• Variante do ET
• Metaplasia escamosa benigna associada a componente glandular maligno
‣ Carcinoma adenoescamoso
• Varianate do ET
• Componentes glandular e escamoso malignos
• Tende a causar doença extrauterina, tem mais invasão vascular e pior
prognóstico.
‣ Carcinoma papilífero
• Progressão do CE
◦1º infiltra-se no endométrio>> miométrio>> glandular (endocérvice)>> estroma
cervical>> invasão tumoral da serosa, anexos ou citologia peritoneal
positiva>>metástase vaginao>> linfonodos pélvicos ou paraórticos>> bexiga e reto>>
metástase à distância (tecido intra-abdominal ou linfonodos inguinais)
◦O CE propaga-se pelas tubas uterinas, linfonodos retroperitoneais e ligamentos
redondos, disseminando-se para linfonodos inguinais e via hematogênica.