O documento discute a abordagem de nódulos tireoidianos, incluindo anatomia, métodos diagnósticos como ultrassonografia e punção aspirativa por agulha fina, e indicações cirúrgicas. Fatores de risco para malignidade são destacados para guiar o diagnóstico e tratamento apropriados.
O documento discute a abordagem de nódulos tireoidianos, incluindo anatomia, métodos diagnósticos como ultrassonografia e punção aspirativa por agulha fina, e indicações cirúrgicas. Fatores de risco para malignidade são destacados para guiar o diagnóstico e tratamento apropriados.
O documento discute a abordagem de nódulos tireoidianos, incluindo anatomia, métodos diagnósticos como ultrassonografia e punção aspirativa por agulha fina, e indicações cirúrgicas. Fatores de risco para malignidade são destacados para guiar o diagnóstico e tratamento apropriados.
Curso de Medicina Internato em Clinica Cirurgica Objetivos • Relembrar a anatomia da glandula tireoide • Avalição do nódulo tireoidiano benigno x maligno • Métodos diagnósticos • Indicação cirúrgica Anatomia QUEIXA? • Os nódulos tireoidianos geralmente crescem lentamente e podem permanecer com o mesmo volume por anos. É comum a descoberta acidental de um nódulo no pescoço pelo paciente, pelo médico ou por algum exame de imagem onde a tireoide seja identificada. • Nódulos tireoidianos são assintomáticos • uso de métodos mais precisos de diagnóstico, é cada vez mais frequente o diagnóstico de nódulo tireoidiano incidental • 4 a 7% das mulheres e 1% dos homens adultos apresentam nódulo palpável • é necessário excluir o câncer da tireoide, que ocorre em 5 a 10% dos casos Nódulos Malignos • pacientes do sexo masculino, idade inferior a 20 anos ou superior a 70 anos; • história de exposição à irradiação ionizante ou a radioterapia cervical na infância ou na adolescência; • história familiar (parente de primeiro grau) de câncer de tireoide, especialmente se houver dois ou mais membros afetados; • síndromes hereditárias como neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM-2) • nódulos de crescimento rápido com sinais e sintomas compressivo • nódulos endurecidos à palpação, aderidos a planos profundos, pouco móveis, podendo estar • associados a paralisia ipsilateral da corda vocal e a presença de adenomegalia cervical palpável Laboratório • AVALIAÇÃO LABORATORIAL • É importante a avaliação da função tireoidiana de paciente portador de nódulo tireoidiano. dosagem do T4 Livre e do TSHdeve ser sempre solicitada. • Aproximadamente 10% dos pacientes com nódulos solitários apresentam TSH suprimido, isto é, valor abaixo do limite inferior de normalidade e nódulo hipercaptante à cintilografia da tireoide. • Se o nível do TSH estiver elevado, a dosagem dos Anti-TPOdeve ser solicitada para confirmar a tireoidite autoimune. • Tireoglobulina sérica pode estar elevada, principalmente em pacientes que apresentam aumento do volume glandular, porém ela não é recomendada para a definição da natureza benigna ou maligna dos nódulos tireoidiano • Tireoglobulina sérica pode estar elevada, principalmente em pacientes que apresentam aumento do volume glandular, porém ela não é recomendada para a definição da natureza benigna ou maligna dos nódulos tireoidiano • Se um nódulo tireoidiano é achado • USG indicado • As seguintes características ultrassonográficas são sugestivas de benignidade • nódulo anecoico (correspondente a cisto simples); • nódulo isoecoico (ecogenicidade semelhante ao do parênquima tireoidiano normal, isto é, com quantidade normal de células e de coloide); • nódulo hiperecoico (ecogenicidade maior do que o parênquima normal, representando maior quantidade de coloide em relação às células foliculares, geralmente presente no bócio coloide); • presença de halo hipoecoico periférico; • nódulo misto (semelhante a esponja). Achados Ultrassonográficos • hipoecogenicidade, • conteúdo sólido • e halo espesso ou ausente são importantes na investigação de malignidade do nódulo. • Estas características apresentam alta sensibilidade (>90%), porém, baixa especificidade, resultando em acurácia em torno de 35%. • Portanto, na ausência destas características, há grande chance do nódulo ser benigno, possuindo maior valor como critério de exclusão. • irregularidade da margem e a presença de microcalcificações são muito sugestivas de malignidade • O câncer de tireoide possui mais frequentemente predomínio de vascularização central e elevado índice de resistência, enquanto nódulos benignos possuem mais frequentemente vascularização periférica e baixos índices de resistência. • Por meio da ultrassonografia, é possível verificar a localização, o volume, a ecogenicidade, os contornos, a presença ou a ausência de coleções líquidas ou de microcalcificações do nódulo e classificá-lo em categorias que possibilitem estimar seu risco de malignidade • Atualmente a PAAF segue a classificação de Bethesda: • Bethesda I: material insuficiente. • Bethesda II: benigno. • Bethesda III: atipia de significado indeterminado (pode ser benigno ou maligno, em geral risco de malignidade de até 15%). • Bethesda IV: suspeito para neoplasia folicular (pode ser benigno ou maligno, em geral risco de malignidade de até 30%). • Bethesda V: suspeito para carcinoma (chance de ser realmente maligno excede 90%). • Bethesda VI: compatível com carcinoma (chance de ser realmente maligno praticamente 100%). Cintilografia Terapêutica • A maioria dos nódulos é benigna • Estiver causando sinais compressivos ( disfagia ou disfonia) • Estética • ESVAZIAMENTO DO CISTO • INJEÇÃO DE ALCOOL ABSOLUTO • Cirurgia • UM NÓDULO MALIGNO NUNCA SE TRANSFORMA EM CÂNCER! Ablação Cirurgia Indicações • Características ultrassonográficas são suspeitas de malignidade e a citologia for inconclusiva, suspeita ou maligna • nódulos bilaterais volumosos, • história de irradiação cervical, • nódulo maior que 4cm ou menor ou igual a 4cm no maior diâmetro com alta suspeita clínica ou ultrassonográfica de câncer. • A tireoidectomia parcial é reservada para doença nodular unilateral, nódulo menor que 4cm no maior diâmetro, com citologia indeterminada e baixa suspeita clínica e ultrassonográfica de malignidade. Complicações • Hemorragia – É rara, podendo ocorrer nas primeiras horas ou dias após a cirurgia, e nos casos de maior volume, indica-se reintervenção cirúrgica, podendo ser necessária reposição de líquidos ou sangue e outros hemoderivados para seu controle. A morte por hemorragia é uma complicação extremamente rara. • Dificuldade Respiratória – Pode ocorrer no pós-operatório imediato, decorrente da paralisia do nervo laríngeo recorrente que, mesmo quando cuidadosamente manipulado, pode apresentar disfunções temporárias ou definitivas e em casos graves, pode exigir a realização de traqueostomia de emergência (abertura de um orifício na traqueia para colocação de uma cânula). • Alterações Hormonais – Podem ocorrer no pósoperatório, na dependência da possibilidade de preservação e da vitalidade do tecido produtor do hormônio (tireóide ou paratireóide). • Tais consequências podem ser simples ou graves, de fácil, moderada ou difícil compensação com medicamentos. Na tireoidectomia total será necessária a tomada de medicação hormonal continuamente e indefinidamente. • Pode ser necessária medicação para reposição de cálcio, uma vez que, em alguns pacientes, pode haver uma queda do cálcio no sangue devido a alterações nas glândulas paratireoides, por mais criteriosa que seja a cirurgia. • Paresias, Paralisias, Alterações da Voz, da Fala ou Deglutição – Podem ocorrer devido a alterações nos nervos tais como o laríngeo superior ou recorrente, mesmo quando cuidadosamente manipulados podem apresentar disfunções temporárias ou definitivas. • Quelóides – São processos cicatriciais intrínsecos do paciente que deixam uma cicatriz grosseira similar há um cordão fibroso. Costumam ocorrer mais frequentemente em pacientes da raça Mensagem pra casa.... • A história natural dos nódulos benignos e malignos da tireoide deve ser bem conhecida, e todos os recursos diagnósticos e terapêuticos devem ser utilizados criteriosamente. • É necessário que o clínico e o cirurgião utilizem todo o seu conhecimento, toda a experiência e o bom senso para manter uma boa qualidade de vida do paciente