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Sumário
Capítulo Página
Capítulo I – Introdução a Microbiologia e Parasitologia 03
Capítulo II – Entendendo os Micro-organismos 05
Capítulo III – Classificação e Nomenclatura dos Seres Vivos 9
Capítulo IV – Processo Saúde Doença 11
Capítulo V – Mecanismos de transmissão das doenças 12
Capítulo VI – Principais doenças causadas por Bactérias 14
Capítulo VII - Principais doenças causadas por Vírus 20
Capítulo VIII - Principais doenças causadas por Protozoários 28
Capítulo IX - Principais doenças causadas por Fungos 31
Referências Bibliográficas 33
Os micro-organismos são seres vivos tão pequenos que o ser humano não consegue enxergar,
somente se tornam visíveis e observados com ajuda de um microscópio. Estamos em constante
contato com os mais diversos tipos que existem em todo o ambiente como também, sobre e dentro
do nosso corpo. Dentre esses pequenos seres incluem-se as bactérias, fungos, vírus e protozoários,
que não conseguem sobreviver sozinhos, de maneira independente. Por isso, ao invadirem o
organismo humano, procuram penetrar em alguma célula, tornando-se parasitas para conseguir
sobreviver e multiplicar-se.
História da Microbiologia
Para falarmos sobre a microbiologia é importante recordar alguns fatos que mostram como os estudos
microbiológicos iniciaram.
Segundo a Teoria do Big Bang, o universo surgiu de uma explosão. Cientistas ao longo da história,
com seus experimentos, tentaram provar como tudo existiu e como funciona o processo de evolução
dos seres vivos. Vale citar os cientistas de grande importância que colaboraram para os estudos
microbiológicos:
- Robert Hooke: Foi o descobridor das células, descreveu a estrutura da cortiça como semelhante a
um favo de mel, composta por pequenos espaços vazios, que ele chamou de “células”. Seu
microscópio, no entanto, desenvolvido por ele mesmo era ainda muito rudimentar para aprofundar a
descoberta.
- Anthony Van Lunwenhok: Primeira observação dos microrganismos vivos. Considerado o “Pai” da
microbiologia, já que foi ele o responsável pela construção do instrumento – o microscópio – que
tornou possível a observação de seres pequenos. O qual observou, descreveu e desenhou
designando-os por “animáculos”.
- Lazarro Spallanzani: Desfez a teoria da ambiogênese, mostrou que quando a carne era fervida não
alterava sua composição, mas destruía os micro-organismos;
- Louis Pasteur: relatou à teoria da biogênese, através de um experimento chamado “frascos de
pescoço de cisne”, os micro-organismos proviam de outros pré-existentes nas poeiras do ar;
- Conh e Tyndall: Descobriu forma de vidas resistentes ao calor;
- Joseph Lister: Desenvolveu o trabalho sobre antissepsia;
- Robert Koch: Relatou os primeiros princípios de como age um micro-organismo através do estudo
de caso de uma doença;
- James Watson: Descobriu a estrutura do DNA;
- Alexander Fleming: Descobriu a penicilina.
Para entender os micro-organismos, devemos relembrar que estes pequenos seres são constituídos
por células. Portanto, vamos conhecer alguns conceitos sobre as células, como: estrutura,
organização, nutrição, respiração e reprodução.
2.1 - ESTRUTURA
A estrutura de uma célula é composta de três partes: membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
Nome comum aos micróbios unicelulares de forma alongada (bacilos) ou esférica (cocos). (As
bactérias formam um ramo do reino vegetal). As bactérias classificam-se morfologicamente de acordo
com a forma da célula e com o grau de agregação:
Quanto à forma:
FORMA CARACTERISTICAS
Coco De forma esférica ou subesférica (cocus).
Bacilo Em forma de bastonete (do género Bacillus)
Vibrião Em forma de vírgula (do género Vibrio)
Espirilo de forma espiral/ondulada (do género Spirillum)
Espiroqueta Em forma acentuada de espiral
TIPO CARACTERISTICAS
Diplococo De forma esférica ou subesférica e agrupadas aos pares
Estreptocococos Formam cadeia semelhante a um “colar”
Estafilococos Uma forma desorganizada de agrupamento, formando cachos
Sarcina De forma cúbica, formado por 4 ou 8 cocos simetricamente postos
Diplobacilos Bacilos reunidos dois a dois
Estreptobacilos Bacilos alinhados em cadeia
Com o estudo da Microbiologia as diversas formas de vida microscópicas, com seus variados
tamanhos e estrutura, foram mais bem organizadas facilitando o entendimento e identificação. As
células podem ser classificadas, em dois grupos distintos:
• Células procariontes, cujo DNA não se encontra revestido por uma membrana;
• Células eucariontes, mais complexas e que apresentam sistemas membranosos intracelulares.
O grupo das células procariontes constitui estruturas e grau de complexidade simples. São as células
chamadas de “unicelulares”, como exemplo, as bactérias que tem o seu DNA suspenso no
citoplasma. Já, as células do grupo eucariontes são mais complexas e protegidas por membranas.
Também, são capazes de realizar funções específicas, com características únicas. Por possuírem
núcleo próprio que contém informação genética, chamados de “cromossomos”, se diferenciam das
células procariontes.
Como o “ser humano”, as células eucariontes e procariontes também têm ciclo vital, como as fases do
nascimento, crescimento, desenvolvimento e morte. Para isso, as células necessitam de fonte de
alimento e água para armazenar energia garantindo suas funções vitais.
É o ato da célula se alimentar para obter energia e realizar suas funções vitais e criar estratégias para
obter seu próprio alimento. Os organismos que são capazes de adquirir seu próprio alimento são
chamados de autótrofos como as plantas e algas cianofíceas. Por outro lado, temos os que são
incapazes de produzir o seu próprio alimento e precisam de outros organismos para extrair sua fonte
de energia chamados de heterótrofos como os animais.
2.6. RESPIRAÇÃO
É um processo biológico realizado pelos seres vivos para a obtenção de energia. A Respiração
Celular é dividida em dois tipos:
• Aeróbica: ocorre através de reações que utilizam matéria orgânica e oxigênio livre, sendo a forma
mais eficaz de obter energia a partir de nutrientes como, a glicose.
• Anaeróbica: é o processo mais amplamente utilizado pelos micro-organismos para obtenção de
energia através dos alimentos, sendo neste caso o oxigênio ausente.
2.6. REPRODUÇÃO
Processo pelo qual um organismo dá origem a novos indivíduos. É ela que explica porquê, um ser
vivo morre, mas a espécie não desaparece. As formas de reprodução são associadas em duas
categorias:
Vale ressaltar que quando os dois sistemas reprodutores estão em um mesmo indivíduo, este é
denominado “hermafrodita”.
Linnaeus elaborou e ampliou um sistema de classificação dos seres vivos (categorias taxonômicas),
divididas em 5 categorias de Espécies semelhantes agrupadas em um mesmo Gênero; os gêneros
semelhantes são agrupados numa mesma Família; as famílias semelhantes são reunidas numa
Ordem; as ordens semelhantes são agrupadas em uma Classe; as classes semelhantes são
agrupadas em um Filo ou divisão, e os filos ou divisões semelhantes são agrupadas em um Reino.
As categorias podem ser representadas, dá mais ampla para a mais restrita, da seguinte maneira:
Reino > Filo > Classe > Ordem > Família > Gênero > Espécie
A classificação dos seres vivos tem sofrido modificações, pois se trata de um tema dinâmico, não
existindo um sistema que contente a todos. Isto se dá devido às ciências biológicas estarem em
busca de informações e subsídios para melhor compreensão de suas histórias evolutivas.
Na natureza, os seres vivos são classificados em reinos. Antigamente, reuniam-se todos os seres
vivos em dois reinos apenas – o animal e o vegetal.
A classificação mais moderna divide os organismos em cinco reinos que são:
O sistema dos 5 Reinos foi proposto em 1969 pelo Biólogo norte-americano R. H. Wittaker e é o
utilizado atualmente. Conforme descrito a seguir:
REINO DESCRIÇÃO
MONERA formado pelos seres unicelulares, neste reino encontram-se as
bactérias e as algas cianofíceas ou algas azuis.
PROTISTA também composto por seres unicelulares, neste estão agrupados os
protozoários e as algas unicelulares autróficas (que fazem fotossíntese).
FUNGOS formado pelos seres vivos heterotróficos (não fazem fotossíntese). São
os fungos unicelulares, como o levedo ou levedura de cerveja, e os
pluricelulares, como os cogumelos.
PLANTAS neste grupo estão reunidos os seres vivos pluricelulares que
produzem seus próprios alimentos (são verdes e fazem fotossíntese).
ANIMAIS formado por seres vivos pluricelulares que se alimentam de outros seres.
Vários fatores precisam ser analisados para entendermos o processo saúde-doença de um indivíduo.
Estes fatores estão relacionados com o hospedeiro, agente etiológico e meio ambiente.
Ambiente: Em relação ao ambiente podemos citar fatores políticos, econômicos e sociais como o
acesso a rede de assistência à saúde, saneamento básico, condições de moradia, emprego,
transporte e lazer.
Agente: No processo saúde e doença existem diversos agentes que podem interferir na saúde do
indivíduo; porém neste momento abordaremos apenas o agente etiológico, sendo ele, organismo vivo
capaz de penetrar, desenvolver ou multiplicar-se num hospedeiro. Ex.: Vírus, Bactérias, Fungos e
Protozoários.
Os modos do termo de transmissão referem como um agente infeccioso, pode ser transferido de
uma pessoa, objeto, ou animal, a outro. Os vírus, as bactérias, os parasitas, ou os fungos podem
espalhar doenças infecciosas. Compreender os modos de transmissão para uma doença infecciosa
é uma maneira importante de limitar sua propagação.
Transmissão indireta:
É transferência do agente etiológico por meio de propagadores animados ou inanimados. A fim de
que a transmissão indireta possa ocorrer, torna-se essencial que os agentes sejam capazes de
sobreviver fora do organismo durante um certo tempo; e que existam propagadores que transportem
os micro-organismos ou parasitas de um lugar a outro.
Entende-se por propagador o ser animado ou inanimado que transporta um agente etiológico. Não
são consideradas como propagadores as secreções e excreções da fonte de infecção, que são, na
realidade, um substrato no qual os microrganismos são eliminados.
A transmissão indireta por propagador animado ou vetor é aquela que se dá por meio de um
artrópode que transfere um agente infeccioso do reservatório ou fonte de infecção para um
hospedeiro suscetível. Este artrópode pode comportar-se como:
• vetor mecânico: aquele que constitui somente uma das modalidades da transmissão de um agente
etiológico. Sua eliminação retira apenas um dos componentes da transmissão da doença. São
exemplos as moscas, que podem transmitir agentes eliminados pelas fezes, à medida que os
transportam em suas patas ou asas após pousarem em matéria fecal.
A transmissão indireta por veículo inanimado é aquela que se dá por meio de um ser inanimado que
transporta um agente etiológico. Os veículos inanimados são: água, ar, alimentos, solo e fômites.
Fômite pode ser entendido como qualquer objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e
transportar organismos contagiantes ou infecciosos (de germes a parasitas), de um indivíduo a outro.
É uma sequência de eventos necessários para que ocorra a propagação do agente patogênico. É
composta dos seguintes elos:
VIAS DE VIAS DE
AGENTE
ELIMINAÇÃO PENETRAÇÃO
Botulismo
O botulismo é causado pela bactéria Clostridium botulinum. Os primeiros casos da doença foram
registrados pelo consumo de salsichas contaminadas e outros derivados da carne enlatados.
Brucelose
A brucelose é uma infecção causada por bactérias do gênero Brucella.
Transmissão: contato com animais infectados ou ingestão de alimentos de origem animal que
estejam contaminados.
Sintomas: calafrio, dor de cabeça, cansaço, febre.
Tratamento: deve ser administrado antibiótico, além de repouso e hidratação.
Prevenção: usar luvas ou lavar as mãos após ter contato com animais, comer carne bem passada,
ferver o leite antes de beber.
Cistite
A cistite é uma doença crônica caracterizada por uma irritação ou inflamação da parede da bexiga.
Na maioria dos casos, é causada pela bactéria Escherichia coli, naturalmente presente no intestino.
Transmissão: o fato de beber pouca água pode deixar de limpar as bactérias presentes na bexiga,
tal como o uso de roupas íntimas apertadas.
Sintomas: vontade frequente de urinar, ardor ao urinar, febre.
Tratamento: uso de antibiótico.
Prevenção: beber água muitas vezes, urinar logo que tiver necessidade, evitar roupas íntimas
apertadas.
Clamídia
A clamídia é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Clamídia
trachomatis.
Cólera
A cólera é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Vibrio cholerae. Caso não seja
tratada, pode levar o paciente à morte por conta da intensa desidratação que ela causa.
Coqueluche
A coqueluche é uma doença respiratória infectocontagiosa causada pela bactéria Bordetella
pertussis.
Difteria
A difteria é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Sua
principal característica é a inflamação da garganta, o que causa um inchaço na região do pescoço.
Tratamento: os doentes devem ser isolados e o controle da doença pode ser feito através de
antibióticos.
Prevenção: vacinação infantil.
Escarlatina
A escarlatina é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Streptococcus pyogenes. É
característica pelo surgimento de erupções vermelho-escarlate na pele.
Febre Tifoide
A febre tifoide é uma doença bacteriana aguda causada pela bactéria Salmonella
enterica sorotipo Typhi. Ela é associada a baixos níveis socioeconômicos e más condições de
saneamento básico, higiene ambiental e pessoal.
Gonorreia
A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Neisseria gonorrheae.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica, conhecida antigamente como lepra. É causada pela
bactéria Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen.
Sintomas: manchas na pele, no local das manchas a temperatura aumenta mais do que no restante
do corpo. Surgem também caroços nos cotovelos, nas mãos e nas orelhas. Inchaço nas mãos e pés.
Perda de força muscular e dor nas articulações.
Tratamento: deve ser administrado antibiótico aos doentes, cuja duração pode variar entre 6 meses
a 1 ano, conforme o tipo de lepra.
Prevenção: ir ao médico para fazer diagnóstico quando houver contato com pessoas doentes.
Impetigo
Impetigo é uma infecção da camada mais superficial da pele que atinge sobretudo crianças, causada
por bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo A. Apresenta duas formas: impetigo
bolhoso e impetigo não bolhoso.
Transmissão: contato com feridas, através da secreção nasal ou utensílios utilizados dos doentes.
Sintomas: No caso do impetigo bolhoso: bolhas nos braços, no peito e nas nádegas, febre e
coceira. No impetigo não bolhoso: dor em decorrência do aparecimento de úlceras com pus,
principalmente nas pernas.
Tratamento: deve ser administrado antibiótico aos doentes e pomadas nas feridas.
Prevenção: lavar muito bem as mãos quando estiver próximo ao doente e evitar pegar em utensílios
usados pelo mesmo. Isso porque essa doença tem um nível de contágio bastante elevado.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença bacteriana que afeta seres humanos e animais. É causada por
bactérias do gênero Leptospira. Existe risco de morte em 40% dos casos, caso não seja tratada
adequadamente. Isso porque pode causar danos aos rins, inflamação na membrana que envolve o
cérebro, insuficiência hepática e insuficiência respiratória.
Transmissão: contato com água ou objetos que tenham urina de animais infectados.
Sintomas: febre alta, dor muscular, mal-estar, tosse, olhos vermelhos e manchas vermelhas pelo
corpo.
Tratamento: os doentes devem ser hidratados e tomar antibióticos.
Prevenção: lavar bem os alimentos antes de consumi-los, fechar caixas d’água, vacinar os animais.
Meningite
A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem e protegem o encéfalo e
a medula espinhal. Ela pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos. A meningite bacteriana
pode levar à morte se não for diagnosticada a tempo. Os 3 tipos de meningites bacterianas mais
comuns são causadas pelas bactérias: meningococos, pneumococos e Haemophylus.
Pneumonia
A Pneumonia é uma infecção pulmonar causada por bactérias, vírus, fungos ou outros parasitas. A
forma mais comum ocorre pela bactéria Streptococcus pneumoniae.
Salmonelose
A Salmonelose é uma infecção gastrointestinal provocada por bactérias do gênero Salmonella e
família Enterobacteriaceae.
Tétano
O tétano é uma doença infecciosa causada pela bactéria Clostridium tetani. Ataca o sistema nervoso
central. Se não for tratada, pode levar a pessoa à morte.
Transmissão: através de pequenos cortes ou feridas que entrem em contato com fezes, plantas,
objetos enferrujados e que podem ter a bactéria.
Sintomas: rigidez dos músculos, febre, dor de cabeça, espasmos musculares e dificuldade para
abrir a boca.
Tratamento: administração de relaxante muscular e antibiótico.
Prevenção: vacinação, limpeza cuidadosa de feridas.
Tuberculose
A tuberculose ou tísica pulmonar é uma doença infectocontagiosa causada pela
bactéria Mycobacterium tuberculosis, também chamada de Bacilo de Koch (BK).
Tratamento: administração de três tipos de medicamentos, num tratamento que leva meses.
As doenças causadas por vírus, também chamadas de viroses, são aquelas que tem como agente
etiológico diversos vírus.
Algumas das doenças virais, se não forem tratadas podem levar o paciente ao óbito. Geralmente,
não possuem um tratamento específico, visto que o corpo produz anticorpos para combater o vírus.
AIDS
Sintomas: Febre persistente; Calafrios; Cefaleia; Dor de garganta; Dores musculares; Manchas na
pele; Gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito
tempo para desaparecer.
A medida que a doença vai progredindo e o sistema imunológico vai sendo comprometido, começam
a surgir doenças oportunistas como tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase e
infecções do sistema nervoso como toxoplasmose e meningites.
Tratamento: Ainda não existe cura para a AIDS, uma vez que não há um tratamento especifico
capaz de erradicar o vírus do corpo humano. No entanto, já existem várias drogas capazes de
retardar a manifestação da doença.
VARICELA
principalmente crianças, e pode estar associada a complicações como infecções de pele e doenças
neurológicas.
Caxumba
A caxumba é uma doença infecciosa viral aguda e contagiosa que pode acometer qualquer tecido
glandular e nervoso do organismo, porém afeta especialmente as glândulas parótidas (produtoras de
saliva) ou as glândulas submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido.
Transmissão: O vírus da caxumba é disseminado por meio de transmissão direta por secreções
respiratórias (gotículas ou saliva) e as precauções respiratórias são recomendadas de dois dias
antes até cinco dias após o início da parotidite. A transmissão indireta é menos comum, porém pode
acontecer através do contato com objetos e/ou utensílios contaminados com secreções do nariz e/ou
da boca
Sintomas: Após um período de incubação que dura de 12 a 24 dias, a maioria dos pacientes com
caxumba apresenta cefaleia, anorexia, mal-estar e febre (baixa a moderada) e edema glandular.
Dengue
A dengue é causada por um arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes) que se apresenta em
quatro tipos diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Atualmente os quatro sorotipos circulam no
Transmissão: O vírus é transmitido pela picada de mosquitos da espécie Aedes que também são
responsáveis pela transmissão da Chikungunya, febre amarela e zika.
Durante a evolução da doença, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Na fase
crítica da dengue (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas), podem surgir
manifestações clínicas (sinais de alarme) correspondentes a uma complicação da doença
potencialmente letal chamada dengue grave (conhecida anteriormente como dengue hemorrágica),
que aparecem devido ao aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode
levar ao choque irreversível e à morte.
Os sinais clínicos de alarme da dengue grave são: dor abdominal intensa e contínua; vômitos
persistentes; hipotensão postural e/ou lipotimia (tonturas, decaimento, desmaios); hepatomegalia
dolorosa (aumento de tamanho do fígado); sangramento na gengiva e no nariz ou hemorragias
importantes (vômitos com sangue e/ou fezes com sangue de cor escura); sonolência e/ou
irritabilidade; diminuição da diurese (diminuição do volume urinado); diminuição repentina da
temperatura do corpo (hipotermia); e desconforto respiratório.
Tratamento: Não existe tratamento especifico para a dengue. Os cuidados terapêuticos consistem
em tratar os sintomas, combater a febre e, nos casos graves, realizar a hidratação por via
intravenosa. O atendimento rápido para a identificação dos sinais de alarme e o tratamento oportuno
podem reduzir o numero de óbitos, chegando a menos de 1% dos casos.
Ebola
Ebola é uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus,
altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais. Há cinco espécies diferentes desse
vírus, que recebe o nome do local onde foi identificado. Zaire, Bundibugyo, Costa do Marfim, Sudão
e Reston.
Microbiologia e Parasitologia ________________________________________________________________________________22
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Transmissão: O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como de animais. O vírus é transmitido
por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais.
Sintomas: No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.
A doença é frequentemente caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular,
dores de cabeça e inflamação na garganta. Isso é seguido por vômitos, diarreia, coceiras, deficiência
nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento interno e externo.
Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem
ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para
respirar e engolir.
Tratamento: o tratamento padrão para a doença limita-se a terapia de apoio, que consiste em
hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infeções.
Febre Amarela
A febre amarela é causada por um vírus, do gênero flavivírus, transmitido por mosquitos pertencentes
às espécies Aedes (principalmente Aedes aegypti e Haemogogus.
Febre amarela silvestre (ou selvática): nas florestas tropicais, os macacos, que são o principal
reservatório da febre amarela, são picados por mosquitos selvagens que passam o vírus para outros
macacos. Ocasionalmente, os seres humanos que trabalham ou que viajam para a floresta são
picados por mosquitos infectados e desenvolvem a doença.
Febre amarela urbana: grandes epidemias ocorrem quando pessoas infectadas introduzem o vírus
em áreas densamente povoadas com grande presença de mosquitos e onde a maioria das pessoas
tem pouca ou nenhuma imunidade devido à falta de vacinação.
Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra; o macaco também não transmite a
doença. É imprescindível a presença de mosquitos infectados agindo como vetores para que haja
transmissão.
Sintomas: Geralmente, quem contrai o vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são
muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço,
dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
A forma mais grave da doença é rara (só uma pequena proporção de pacientes que contraem o
vírus desenvolve sintomas graves) e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até
dois dias). A pessoa infectada pode apresentar insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele
amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço, sintomas que podem resultar em morte num
período de 7 a 10 dias.
A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra o vírus, o que
quer dizer que, depois de se recuperarem, não são mais suscetíveis à doença.
Tratamento: Não há um medicamento antiviral especifico para a febre amarela, mas tratamentos
contra desidratação, febre e falência do fígado e do rim trazem melhoras.
Prevenção: A febre amarela pode ser prevenida por uma vacina extremamente eficaz, segura e
acessível, que produz imunidade em 99% das pessoas vacinadas. Segundos as diretrizes da OMS,
uma dose única da vacina é suficiente para conferir imunidade sustentada e proteção ao longo da
vida. No Brasil, no entanto, o Ministério da Saúde recomenda duas doses, mas as especificações
podem variar.
Herpes
Herpes é uma doença causada por dois tipos de vírus: o Vírus Varicela-Zoster (VVZ), que
causa catapora (varicela) e também o popularmente conhecido cobreiro (herpes zoster) e os
herpesvírus tipo 1 e tipo 2, que causam o chamado herpes simplex.
O herpes simplex é uma infecção viral comum, para a qual 99% da população adulta já
adquiriu imunidade na infância e na adolescência, tendo infecção subclínica (assintomática)
ou um único episódio, obtendo resistência ao vírus para toda a vida.
Transmissão: Esses vírus são transmitidos por meio do contato direto com a pele ou secreções de
uma pessoa infectada, ou seja, por meio do beijo, das relações sexuais, do atrito e até mesmo do
compartilhamento de objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas etc.
recorrente surgindo durante episódios febris por doenças de causas variadas, em mulheres
no período perimenstrual e após exposição solar inadequada e sem proteção.
Tratamento: Alguns casos de herpes são leves e somente precisam de tratamentos tópicos. Ou
seja, medicamentos que aplicados diretamente sobre a pele e/ou via oral.
Mas pessoas que têm surtos graves ou prolongados (principalmente se for o primeiro episódio de
infecção), com sistema imunológico ou que têm recorrência frequente, talvez necessitem do uso de
medicamentos antivirais, seja por via oral ou intravenosa.
Prevenção: Cuidados com higiene e atenção aos hábitos diários pode ajudar na prevenção, como,
só manter relação sexual com preservativo, não beijar a boca de alguém com lesões, não utilizar
objetos íntimos de outras pessoas e não tocar na pele de pacientes com a doença em sua fase
ativa.
Poliomielite
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino,
denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos,
também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias
sendo, em geral, de sete a doze dias.
Transmissão: Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A transmissão do vírus
da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o
que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas, que
ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença.
O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A
doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar,
tossir ou espirrar. O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo
(boca, garganta e intestinos). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema
nervoso, dependendo da pessoa infectada. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado
elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão
ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.
Sintomas: maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e
estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como
gripe - febre e dor de garganta - ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação
(prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode
desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência
respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Prevenção: A doença deve ser evitada tanto através da vacinação como de medidas preventivas
contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos.
Raiva
A raiva, também conhecida como hidrofobia, é uma doença viral em que o sistema nervoso central
(SNC) fica comprometido e pode levar à morte em 5 a 7 dias, se a doença não for devidamente
tratada. Essa doença pode ser curada quando a pessoa procura ajuda médica logo que é mordida
por um animal infectado ou quando surgem os sintomas.
Transmissão: A transmissão do vírus da raiva acontece por contato direto, ou seja, é preciso que a
saliva do animal ou da pessoa infectada entre em contato com uma ferida na pele ou com as
membranas dos olhos, do nariz ou da boca. Por esse motivo, a causa mais comum de transmissão
de raiva é através da mordida de um animal, sendo mais raro que a transmissão aconteça através
de arranhões.
Sintomas: Mal estar geral; Sensação de fraqueza; Dor de cabeça; Febre baixa; Irritabilidade. Além
disso, no local da mordida também podem surgir algum desconforto, como a sensação de
formigamento ou picadas.
À medida que a doença vai se desenvolvendo, começam a aparecer outros sintomas relacionados
com a função cerebral, como ansiedade, confusão, agitação, comportamento anormal, alucinações e
insônia.
Tratamento: A raiva não tem cura e sua evolução é muito rápida. Entre o começo dos sintomas e o
estado de paralisia, podem se passar apenas sete dias.
É por conta disso que, assim que um indivíduo é mordido, lambido ou arranhado por um animal
(urbano ou silvestre) que não esteja vacinado contra a raiva, é preciso tomar a vacina e realizar os
procedimentos para impedir que o vírus entre em contato com seu sistema nervoso central.
Existem medicamentos que são capazes de impedir que o vírus avance até o sistema nervoso
central, mas, uma vez que a doença se instala, é impossível contê-la.
Prevenção: A melhor forma de se proteger da raiva é vacinar todos os cães e gatos com a vacina
antirrábica, porque assim, mesmo que seja mordido por um destes animais, como estes não
ficarão contaminados, a pessoa, se mordida, não ficará doente.
Rubéola
A rubéola é uma infecção viral, altamente contagiosa, que costuma surgir na infância. A infecção tem
habitualmente um curso benigno, mas quando adquirida durante a gravidez pode causar sérias
complicações para o feto em formação.
Transmissão: A rubéola é transmitida pelas vias aéreas, através de perdigotos (gotículas de saliva),
como a maioria das infecções virais de transmissão aérea. O vírus é altamente contagioso e
costuma ser transmitido por espirros, tosse, beijos, talheres, ou mesmo através de conversas, caso
haja tempo e proximidade suficientes para contato com perdigotos.
Sintomas: Febre até 38ºC; Secreção nasal, tosse e espirros; Dor de cabeça; Mal estar; Gânglios
aumentados, especialmente próximos ao pescoço; Conjuntivite; Manchas vermelhas na pele que
causam coceira.
Tratamento: Não existe tratamento para rubéola. Mas isso não é um problema já que mais de 99%
dos pacientes se curam espontaneamente. Em geral, usa-se antitérmicos e analgésicos para aliviar
os sintomas até que o paciente esteja totalmente recuperado.
Sarampo
É uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus, que pode causar complicações à saúde e,
em casos mais graves, levar à morte. O sarampo é extremamente contagioso, o vírus se espalha
facilmente pelo ar e permanece no ambiente por até duas horas.
Tratamento: O sarampo não tem tratamento específico. Os medicamentos são utilizados para
reduzir o desconforto provocado pelos sintomas da doença.
Prevenção: A vacinação é a melhor forma de proteção contra o sarampo e, mesmo depois que a
doença já tenha começado a se espalhar, a vacina ainda pode reduzir o número de casos e mortes.
Protozoário é um termo sem valor taxonômico que é usado para nomear organismos unicelulares,
eucarióticos e heterotróficos, ou seja, que possuem apenas uma célula com núcleo definido e que
não produzem seu próprio alimento. Atualmente esse grupo está inserido dentro do Reino Protista.
Os protozoários podem ser encontrados livres ou em associação com outros seres vivos,
estabelecendo relações de parasitismo, comensalismo e até mesmo de mutualismo. Em sua grande
maioria, são encontrados em ambientes úmidos e aquáticos, podendo ocorrer em água doce,
salgada e salobra. Entre as espécies parasitas que infectam o homem, podemos citar mais
comumente a Toxoplasma gondii (toxoplasmose), Trypanossoma cruzi (Doença de Chagas),
plasmodium malariae (malária) e Leishmania sp (leishmaniose).
Toxoplasmose
Sintomas: Pápulas, do muscular (mialgia), dor articulares, dores de cabeça (cefaléia), alterações
ganglionares, febre, lesões oculares, miocardite, pneumonia. Na infecção congênita, os sintomas,
mais frequentes são:
Com a mãe: aborto durante os três primeiros meses de gravidez, nascimento prematuro.
Com a criança: convulsões, febre, icterícia, hepatomegalia, esplenomegalia, erupções cutâneas,
hidrocefalia, micro ou macrocefalia.
Prevenção: Cuidado no manuseio de pets como gatos e aves, evitar ingestão de carnes e leites
crus e realizar exames específicos em gestantes com históricos de transtornos ganglionares ou em
casos de abortos.
Leishmaniose
visceral ou calazar (que acomete os órgãos internos). O que define se o paciente terá a forma
cutânea ou a forma visceral é o tipo de leishmania que o contamina.
Transmissão: ocorre quando o homem (hospedeiro) é picado pelo mosquito infectado, ou seja, o
mosquito pica um animal infectado (reservatório), absorvendo o sangue do mesmo à modificação da
forma do parasita para a forma amastigota onde ocorrerá várias transformações.
Sintomas:
leishmaniose tegumentar: o paciente apresenta uma pequena lesão cutânea no local da picada, que
cresce gradativamente formando uma ulceração com aspecto circular, com bordas irregulares e
rígidas.
leishmaniose visceral: febre, fadiga muscular, palidez, intensa perda de peso distúrbios cardíacos,
aumento do volume do baço e fígado, ascite e edema generalizado.
Doença de Chagas
Parasitose causada pelo tripanossoma cruzi, o maior agente causador de problemas cardíacos em
pacientes das áreas rurais endêmicas. Este parasita foi identificado em meados de 1909 por Carlos
Chagas.
Sintomas: Os sintomas são variados dependendo das duas fases da doença: na fase aguda (que
começa logo nos primeiros três meses após a infecção) a maioria dos casos não apresenta sintomas, o
que dificulta o diagnóstico oportuno e o tratamento precoce. Na fase crônica podem se manifestar
complicações cardíacas ou digestivas que surgem depois de muitos anos, afetando o coração, causando
arritmias e outros transtornos, além de afetar o sistema digestivo, causando dilatação do esôfago (que se
manifesta com dificuldades para deglutir os alimentos) e do cólon (que se manifesta por
constipação). Outros sintomas na fase crônica podem incluir: desmaios, palpitações, dores no peito,
inchaço dos membros inferiores e dores abdominais.
Prevenção: Ainda não há vacina contra a doença de Chagas e sua incidência está diretamente
relacionada às condições habitacionais (casas de pau-a-pique, sapê, etc). Cuidados com a
conservação das casas, aplicação sistemática de inseticidas e utilização de telas em portas e
janelas são algumas das medidas preventivas que devem ser adotadas, principalmente em
ambientes rurais. A melhor forma de prevenção é o combate ao inseto transmissor.
Malária
A doença é causada por parasitas do gênero Plasmodium dos quais há quatro espécies principais:
Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae, Plasmodium vivax e Plasmodium ovale. O P. falciparum é
a principal causa da malária clínica grave e de mortes. Estima-se que a metade da população mundial
esteja em risco de se infectar com o parasita.
Sintomas: Uma vez que o mosquito infectado pica o humano, os parasitas viajam até o fígado, onde
se multiplicam e entram nas células vermelhas do sangue. Dentro dessas células, os parasitas se
multiplicam rapidamente até elas se romperem, liberando ainda mais parasitas na corrente
sanguínea e manifestando, nesse processo, os sintomas típicos da doença.
A malária começa como a gripe, com os primeiros sintomas surgindo entre nove e 14 dias após a
infecção. Os sintomas incluem febre (podem ocorrer ciclos típicos de febre, calafrios e suor em
grande quantidade), dor nas articulações, dores de cabeça, vômitos frequentes, convulsões e coma.
Existem diversas doenças que os fungos podem provocar nas pessoas, podendo ser micoses de
pele, unhas, mucosas ou couro cabeludo, como pano branco, tinha, frieira, sapinho ou candidíase,
por exemplo.
Geralmente, os fungos convivem de forma harmoniosa com o corpo, mas podem provocar doenças
quando conseguem driblar as barreiras de proteção do organismo, o que ocorre principalmente
durante períodos de queda da imunidade ou por ferimentos da pele.
Além disso, embora as infecções fúngicas sejam na maioria das vezes superficiais e facilmente
tratadas, existem espécies de fungos que podem causar lesões profundas e, até mesmo, atingir a
circulação sanguínea e órgãos como pulmões.
Candidíase
A Cândida é normalmente encontrada no intestino e nas genitálias femininas em uma relação de
mutualismo, formando a microbiota no local e ajudando a manter a região limpa. Porém a infecção
por candidíase ocorre quando há um grande crescimento populacional desse fungo, seja por
variação hormonal ou por variações ambientais (aumento da temperatura, da quantidade de açúcar
no nosso corpo ou mesmo estresse). Quando a infecção por Cândida ocorre na região da boca e
lábios, comum também em recém nascidos, chamamos a micose de sapinho.
Esporotricose
É causada por fungos do gênero Sporothrix, normalmente encontrado na terra e em madeiras, e por isso é uma
doença comum em áreas rurais. Essa micose ataca principalmente a pele, mas pode acabar se espalhando
para o tecido subcutâneo e alguns gânglios linfáticos, podendo causar caroços sob a pele, além de vermelhidão.
Gatos são animais que podem estar infectados com essa doença, e neste caso, podemos nos contaminar ao
sermos arranhados.
Onicomicose
Nesta micose, os fungos atacam as unhas, sejam elas das mãos ou dos pés. Como sintomas, temos o
espessamento da unha, com mudança de cor e forma, e ela pode até mesmo se descolar da pele. As unhas
também ficam quebradiças e pode causar dor, sendo importante o tratamento para aliviar os sintomas e impedir
a proliferação do fungo.
Histoplasmose
Ocorre pela infecção com um fungo encontrado em fezes de morcego, o Histoplasma capsulatum. Quando os
esporos são inalados, os pulmões ficam infectados, causando danos a este tecido. Em casos mais graves, o
fungo cai na corrente sanguínea e pode causar problemas no coração e também nas meninges.
Aspergilose
A micose causada pelo fungo Aspergillus também pode ser chamada de aspergilose pulmonar, pois ataca
principalmente o sistema respiratório a partir da inspiração dos esporos. O desenvolvimento das hifas no pulmão
promove a formação de bolas fúngicas, causando tosse (as vezes com sangue) e falta de ar.