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Fevereiro 2021 

[CH 373]

Bactérias, fungos e vírus estão entre nós, em nossas residências, nas escolas, nos locais de trabalho e em outras
edificações, mas nem sempre são danosos à saúde. A chamada microbiota de ambientes construídos convive com os
humanos há milhares de anos. Suas características, no entanto, foram se modificando paralelamente às transformações
do estilo de vida das sociedades. Uma pesquisa compara quatro diferentes ambientes – de uma aldeia indígena a uma
capital – para investigar as influências dessas mudanças nos microrganismos que convivem conosco todos os dias.
Estamos acostumados a pensar nos microrganismos como causadores de doenças. E, realmente, algumas espécies podem
provocar danos à saúde. Pesquisas recentes mostram, no entanto, que muitos desses seres microscópicos vivem normalmente
em contato conosco, no nosso corpo e no ambiente que nos cerca.

Nossas residências, escolas, locais de trabalhos e outras edificações são colonizados por uma grande variedade de bactérias,
fungos e até vírus que formam o chamado microbioma de ambientes construídos. No mundo ocidental, estima-se que as pessoas
passem em média 90% do seu tempo em espaços internos. Assim, é de se esperar que os microrganismos que compartilham
esses locais conosco tenham influência em nossa saúde.

Se o conjunto de microrganismos estiver em desequilíbrio, podemos, realmente, desenvolver problemas de saúde


Mas, afinal, quais as consequências desse convívio? Para começar, não vamos, necessariamente, ficar doentes por causa disso.
Muitas espécies são comensais: se beneficiam dos nossos ambientes, obtendo alimento, por exemplo, sem causar prejuízo algum
para nós. Outras podem até ter efeitos positivos, como estimular o bom funcionamento do nosso sistema imunológico. Por outro
lado, se o conjunto de microrganismos estiver em desequilíbrio, podemos, realmente, desenvolver problemas de saúde.
Luciana Campos Paulino
Centro de Ciências Naturais e Humanas,
Universidade Federal do ABC
O QUE É CÉLULA?
As células são as unidades funcionais e estruturais dos seres vivos. Muitas passam por um processo de diferenciação para
executar as mais diversas funções em um organismo.

As células são as unidades funcionais e estruturais dos seres vivos


Ao estudarmos os seres vivos, verificamos que existe um nível de organização que nos leva a entender a composição,
funcionamento e relação entre eles. Sabemos que o nível fundamental da matéria são os átomos. Esses átomos agrupam-se,
interagem entre eles e formam as moléculas. As moléculas, por sua vez, podem organizar-se e formar compostos. As moléculas
em conjunto com os compostos formam as organelas, que, em conjunto, formam as células.
Aqui chegamos ao nível em que podemos conhecer a composição e funcionamento dos seres vivos, pois as células são as
suas unidades funcionais e estruturais. Basicamente as células são formadas por uma membrana celular (delimita a célula e
dá proteção), um citoplasma (onde estão as organelas) e um núcleo (responsável pela reprodução). No entanto, algumas
características permitem a classificação das células em dois grupos:
 Célula eucarionte: Apresenta núcleo circundado por dupla membrana e possui histonas associadas ao DNA e uma
razoável quantidade de organelas membranosas. Está presente em animais e plantas, por exemplo.
 Célula procarionte: Não apresenta envoltório nuclear separando o material genético, que acaba por ficar disperso no
citoplasma, e não possui histonas nem organelas envolvidas por membranas. Está presente em bactérias.
As células são estruturas tão complexas que muitos indivíduos são formados por apenas uma célula. Trata-se dos seres
unicelulares, como algumas algas. Já os seres multicelulares, como animais e plantas, são organismos tão complexos que muitas
de suas células passaram por um processo de diferenciação celular e hoje estão especializadas para desempenhar os mais
diversos papéis dentro do organismo, como as células musculares (movimentação) e células do intestino (absorção de nutrientes).
Esses organismos ainda possuem células capazes de se diferenciar em qualquer outro tipo: são as chamadas células-tronco.
Entre os seres multicelulares, podemos observar características que diferenciam as células animais e vegetais, como a ausência
de parede celular, plastos, vacúolo de suco celular e glioxissomas na célula animal; a ausência de lisossomos na célula vegetal, e
a presença de centríolos apenas em células flageladas.

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