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PÓLIPOS ENDOMETRIAIS
Conceito: Projeções epiteliais na cavidade endometrial do Ipo digiIformes causadas por esLmulo estrogênico focal. Consiste em uma alteração benigna.
DiagnósAco:
• USG: Projeção da cavidade uterina sugesAva de pólipo.
• DiagnósAco definiAvo: Histeroscopia.
Conduta: O risco de malignização é baixo, e por isso, não precisa reIrar o pólipo de todas as pacientes.
Indicações de polipectomia:
• SintomáAcas: Sangramentos excessivos.
• AssintomáAcas: Tamanho ≥ 1,5 cm ou fator de risco para câncer de endométrio.
HIPERPLASIA DE ENDOMÉTRIO
Conceito: Crescimento do endométrio sob esLmulo estrogênico constante (efeito mitóAco), sem o esLmulo da progesterona (impede uma proliferação excessiva).
Epidemiologia: Existem as hiperplasias sem aIpias (risco de malignização é muito pequeno, em torno de 5%) e com aIpias. A hiperplasia endometrial com aIpia
ou neoplasia intraepitelial endometrial (NIE) consiste em lesões que podem evoluir para câncer de endométrio.
Clínica: Sangramentos.
DiagnósAco: Histeroscopia.
• Áreas irregulares: Biópsia.
Conduta:
• Hiperplasia sem aApias:
o DIU de levonergestrel: Eficácia maior.
o Reposição de progesterona VO.
• Desejo de gestação:
o Tratamento clínico com progesterona.
o Reavaliação da paciente em 3 e 6 meses (controle rigoroso) para idenAficar crescimento ou não do endométrio.
o Se não houver mais crescimento nem hiperplasia com aIpia: Libera a gestação.
o Após o parto: histerectomia.
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Epidemiologia: Mulheres pós-menopausa ou climatério.
Fatores de risco:
• Principal fator de risco isolado: Obesidade.
• Pós-menopausa.
• Menarca precoce e menopausa tardia.
• Nuliparidade.
• Terapia hormonal com estrogênio exclusivo (só deve ser realizada em pacientes histerectomizadas).
• Anovulação crônica: SOP.
• HAS e DM.
• Uso de Tamoxifeno: Antagonista do estrogênio na mama e agonista de estrogênio no endométrio.
• Tumor das células da granulosa: Células com receptores de FSH, produtoras de estradiol.
• Síndrome de Lynch: Doença autossômica dominante com caracterísAca familiar, associada com câncer colorretal e de endométrio.
Fatores de proteção:
• Uso de anIconcepcional.
• Gestação.
• Tabagismo.
Clínica:
• Sangramento pós-menopausa.
• Hematometra: Sangue reAdo na cavidade endometrial
• Piometra: Pus na cavidade.
• AIpia de células glandulares (AGC) no prevenAvo.
• Aumento da espessura endometrial no USG:
o FEBRASGO: A parAr de 4 mm.
o ACOG: 5 mm. Atrofia Pólipo séssil Pólipo pediculado
GABRIELLA PACHECO – MED102 GINECOLOGIA MEDCEL 2024
DiagnósAco: Sempre que houver sangramento pós-menopausa, solicitar USG TV.
• USG TV:
o ≥ 4 mm ou espessura normal e fator de risco:
§ Histeroscopia com biópsia de endométrio (padrão-ouro).
Tipos histológicos:
• Carcinoma Endometrioide: Maioria dos tumores, mas de melhor prognósAco. Padrão de hiperplasia endometrial e aApia celular.
• Carcinoma de células claras.
• Carcinoma seroso-papilífero.
Estadiamento:
• 1A: Invade < 50% do miométrio.
• 1B: Invade ≥ 50% do miométrio.
• 2: Invade o colo do útero.
• 3A: Invade a serosa do útero e anexos (tubas uterinas e ovários).
• 3B: Invade a vagina.
• 3C: Metástase para linfonodos pélvicos e paraórAcos.
• 4A: Invade bexiga e reto.
• 4B: Metástase à distância.
Conduta:
• Histerectomia com anexectomia (pan-histerectomia).
Rastreamento: Não existe. Não vale a pena a realização de USG TV para avaliação da espessura endometrial, pois é muito raro haver uma mulher com câncer de
endométrio sem sintomas (sintomas precoces), além disso, o USG TV tem muito resultado falso-posiIvo. Por isso, USG TV anual não tem valor prognósAco.