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2. Abscesso subareolar crônico recidivante ou Doença de Zuskas: Processo inflamatório que evolui para formação de abscesso.
Epidemiologia: Tabagismo.
• O efeito irrita4vo do cigarro provoca a estra4ficação do epitélio do ducto mamário, causando obstrução do ducto mamário. A
obstrução do ducto mamário favorece acúmulo de células mortas e estase, e por isso, é comum ocorrer infecção.
Clínica: Sinais flogísLcos (eritema, calor e rubor) e flutuação. Normalmente, o abscesso drena espontaneamente e cicatriza, e após um tempo, retorna.
Tratamento:
• Processo agudo: Cefalexina + AINE.
o Se não houver drenagem espontânea: Realizar drenagem.
Tratamento:
• Microcisto: < 1 cm.
o Conduta conservadora: Costuma ser um achado ocasional de um exame de imagem.
• Macrocisto: ≥ 1 cm
o Assintomá4ca: Conduta é conservadora.
o Sintomá4ca: PAAF (punção aspira4va com agulha fina) para reLrada de líquido citrino (às vezes esverdeado) com melhora imediata da dor.
2. Fibroadenoma: Tumores mistos (parênquima e estroma) e benignos. Tumor benigno e esLmulado pelo estrogênio.
• O estrogênio relacionado com o tumor é o endógeno.
• Não precisa suspender o an4concepcional em pacientes portadoras.
Epidemiologia: Nódulo mais comum em jovens, entre de 15 e 35 anos. 10% são bilaterais e 10% são múl4plos.
Clínica: Nódulo não doloroso com limites precisos, consistência fibroelásLca e móvel à palpação. Geralmente até 3 cm.
Ultrassonografia: Descartar malignidade. Nódulo isoecogênico ao parênquima mamário ou hipoecogênico e de contornos
regulares, o maior eixo é paralelo à pele.
Tratamento:
• Biópsia excisional: Se desejo da paciente, após orientar de que não há chance de evolução para câncer de mama.
• Controle clínico.
3. Tumor Phyllodes: Tipo de tumor benigno misto (parênquima estroma). Apresenta mais celularidade. Phyllodes significa ‘’folha’’,
pela imagem formada na microscopia.
Epidemiologia: Faixa etária de 35 a 45 anos de idade. 70 a 95% dos tumores são benignos. 30% bilateral.
Clínica: Nódulo indolor de grandes dimensões e crescimento rápido, consistência fibroelásLca. Há deformidade anatômica da
mama.
• Geralmente, o câncer de mama cresce e ulcera a pele, sem a4ngir as dimensões do tumor Phyllodes.
Tratamento:
• Ressecção com margens: Evita o crescimento acelerado.
• Mastectomia: Se houver deformidades importantes.
4. Derrames papilares: Saída de secreção do mamilo espontaneamente. Derrame provocado não tem valor clínico.
Clínica:
• Se nódulo palpável: Inves4gação do nódulo.
• Se derrame isolado:
o Sanguinolento: Proliferação verrucosa friável do ducto mamário (papiloma intraductal), unilateral e uniductal.
§ Conduta: Exame de imagem para descartar malignidade.
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§ Tratamento: Ressecção do ducto com o papiloma (ductectomia).
o Esverdeado: Dilatação dos ductos terminais da mama (ectasia ductal), bilateral. Comum a par4r dos 40 anos.
§ Conduta: Exame de imagem para descartar malignidade.
§ Tratamento: Ressecção dos ductos terminais da mama (ductectomia).
Eczema areolar:
Definição: DermaLte descamaLva que acomete a aréola/mamilo.
Clínica: Prurido bilateral com lesão de pele com bordos indefinidos com áreas descamaLvas.
Tratamento: CorLcoide tópico (Clobetazol por 7 dias).
• Se não houver melhora, pensar em carcinoma de Paget (necessidade de biópsia).
Mastalgia:
1. Mastalgia cíclica:
Definição: Dor nas mamas com relação com ciclo menstrual. Algumas mulheres apresentam uma maior sensibilidade durante a fase secretora do ciclo.
Tratamento:
• Tranquilizar sobre a mastalgia cíclica. Evitar esLmulantes, com xanLna e fumo e uso de suLãs apertados (evitar mamas pêndulas).
Causas:
• Esteatonecrose: Trauma com evolução para necrose do tecido gorduroso da mama, dor por um período de tempo.
• Ectasia ductal.
• Macrocistos mamários.
Tratamento: Tratamento da causa base.