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Consulta Pré-Concepcional: Sorologias, vacinas, comorbidades, hábitos e alimentação, medicamentos em uso, condições de trabalho, avaliação do parceiro.
Ganho de Peso:
o Baixo peso: 12, 5 a 18 kg (IMC < 20).
o Peso adequado: 11,5 a 16 kg (IMC entre 20 e 25).
o Sobrepeso: 7 a 11,5 kg (IMC entre 25 e 30).
o Obesidade: 5 a 9 kg (IMC > 30).
Suplementos:
o Ácido Fólico: 1 a 3 meses antes da concepção até o fim da gestação, de 0,4 a 0,8 mg/dia.
o 4 a 5 mg/dia: Se defeito do tubo neural anterior, diabé%cas, obesas, pós bariátricas e em uso de an%convulsivantes.
o Prevenção de anemia megaloblás%ca.
o Sulfato Ferroso: A par%r do conhecimento da gravidez até 3 meses pós parto, de 40 a 60 mg/dia de Fe – 200 a 300 mg de sulfato ferroso
o Se anemia: Dose terapêu%ca de 3 a 5 vezes a dose profilá%ca.
Se risco de Pré-Eclâmpsia: Nuliparidade, gestação múl%pla, doença vascular hipertensiva crônica, diabetes mellitus, doenças renais crônicas, obesidade, gestação
molar, pré-eclâmpsia em gestação anterior, história familiar de DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez), adolescentes, > 35 anos, trombofilias, raça
negra, doenças do colágeno, hidropsia fetal, longo intervalo interpartal, gestação com novo parceiro, doenças da %reoide.
o Cálcio 1 a 2 g/dia, a par%r da 20ª semana, mas pode iniciar a par%r da 12ª junto ao AAS.
o Reduz em até 78% o risco.
o AAS 60 a 150 mg/dia, a par%r da 12ª semana.
o Reduz em até 24% o risco.
GABRIELLA PACHECO – MED102 OBSTETRÍCIA MEDCEL 2024
Vacinas preconizadas: Vírus ina%vado
o Influenza: Em qualquer trimestre, se virar o ano tem que tomar de novo.
o Meningocócica ACWY ou C: Não faz parte do calendário, mas pode ser u%lizada.
Rastreio de DMG:
o Glicemia em jejum < 92: TOTG 75g (entre 24 e 28 semanas).
o TOTG 75g: Glicemia em jejum ≥ 92, após 1 hora ≥ 180, após 2 horas ≥ 153.
Ultrassonografia Obstétrica:
o 1º trimestre: 11 a 14 semanas, datar a gestação, morfológico do 1º trimestre (avaliar a translucência nucal, presença do osso nasal e doppler do ducto
venoso), diagnós%co de gemelaridade.
o TN < 2,5: Normal. Acima pode indicar cromossomopa%as.
Plano de Parto: Recomendação da OMS, passo a passo do parto, evita imprevistos de diicil solução, promove o protagonismo da mulher, preferências claras para
a equipe, documento norteador das escolhas da mulher.
o Redirecionar o caminho em casos de urgência e emergência.
o Hb ≥ 11 g/dL → Fe elementar 40 mg/dia, ácido fólico 5 mg/dia →Repe%r exame após 28ª semana
o ≥ 9 Hb ≤ 11 g/dL → Dieta/parasitoses → Fe 160 a 200 mg/dia → Repe%r exame em 3 a 4 semanas → Hb ≥ 10,5 g/dL (normal) → Fe elementar 60 a 80
mg/dia, ácido fólico 5 mg/dia até o puerpério. Hb < 10 g/dL → Inves%gar causas e adesão → Ferro endovenoso se mais de 14 semanas de IG.
Streptococcus do Grupo B: Não é ro%na pelo MS. Pesquisa de Streptococcus beta-hemolí%co do grupo B (S. agalac-ae). Causador de sepse neonatal, pneumonia
e meningite.
o Inves%gação: Swab vaginal e retal entre 35 e 37 semanas.
o Se urocultura posi%va na gestação, considerar posi%vo e não realizar swab.
o Resultado posi%vo indica profilaxia durante o trabalho de parto.
o Indicações: Bacteriúria atual por GBS, Filho anterior acome%do por GBS, Swab posi%vo entre 35-37 semanas.
o Pacientes sem rastreio, mas de alto risco: Febre (Tax ≥ 38°C) intraparto, Trabalho de parto prematuro (<37 semanas), Ruptura de membranas > 18h
o Para quem NÃO realizar a profilaxia: Cesariana ele%va (mesmo com cultura posi%va) na ausência de trabalho de parto ou RPMO. Swab nega%vo colhido
em menos de 5 semanas. Paciente sem rastreio e sem fatores de risco.
o Conduta: Penicilina Cristalina IV, ataque 5 milhões UI. Manutenção: 2,5 milhões UI 4/4h
o Segunda escolha: Ampicilina 2g IV, de dose de ataque, seguida de 1g 4/4 horas até o parto alterna%vamente.
o Rh nega%vo e parceiro Rh posi%vo ou desconhecido: Coombs indireto a cada 4 semanas, se man%do nega%vo profilaxia imunoglobulina an%-D. Se
posi%vo, fazer pesquisa de an%corpos irregulares e referenciar para alto risco, independente do •tulo.
o Profilaxia imunoglobulina anP-D: Em 28 semanas, após parto (RN +), sangramento, abortamento, procedimento invasivos (amniocentese), não coletar
Coombs indireto após imunoglobulina.
Toxoplasmose:
o IgG e IgM Nega%vos: Repe%r o exame a cada 3 meses.
o TSH > 10 (Levo%roxina 1,6), TSH < 0,1 (Hiper%reoidismo transitório do 1º trimestre ou Graves).
GABRIELLA PACHECO – MED102 OBSTETRÍCIA MEDCEL 2024
o VR: 1º trimestre (0,1 a 2,5), 2º trimestre (0,2 a 3), 3º trimestre (0,3 a 3).
o Hipo%reoidismo Clínico: TSH > 10, TSH > 4 e < 10 com T4L normal: Levo%roxina 2 mcg
o Hipo%reoidismo Subclínico: TSH > 4 e < 10 com T4L normal: Levo%roxina 1 mcg
o Eu%reoidismo: TSH > 2,5 e < 4, dosar an%-TPO. Se posi%vo, considerar tratamento: Levo%roxina 50 mcg
o Controle do tratamento: 1ª metade TSH a cada 4 semanas durante ajuste, 2ª metade, se compensado, a cada 30 – 60 dias. Manter TSH < 2,5.
o Hiper%reoidismo: Clínica pouco exuberante. TSH suprimido (< 0,1). TRAb (risco de hiper%reoidismo fetal e neonatal) > 2x VR, maior o risco, nova
dosagem entre 18 e 22 semanas.
o Hiper%reoidismo Clínico: TSH baixo e T4L alto
o Propil%ouracila mais usado até 16 semanas, trocar por Me%mazol. Relação 1:20.
o Hiper%reoidismo Subclínico: TSH baixo e T4L normal. Não tratar, monitorar a cada 4 semanas.
o Hiper%reoidismo Gestacional Transitório: TSH suprimido e T4L normal ou pouco aumentado. Associado a hiperêmese gravídica, gestação múl%pla, mola
hida%forme e coriocarcinoma. Ausência de doença %reoidiana prévia, sem es%gmas de Graves (bócio ou o‚almopa%a), doença leve e autolimitada,
náuseas e vômitos. Solicitar TRAb.
o Controle de vômitos e hidratação, betabloqueadores em baixa dose, casos raros de hospitalização, não usar drogas an%%reoidianas.
o Normalização dos hormônios entre 14 e 18 semanas.
Comprimento do colo uterino: Avaliação pela USG de 2º trimestre, entre 18 e 24 semanas de gestação.
o ≥ 25 mm: Baixo risco de prematuridade
o > p90: Pode ser polidrâmnio, erro de data, feto grande para a idade gestacional (GIG)
o Conduta: USG obstétrica. Se USG normal: Considerar normal
Herpes na gestação: Primoinfecção ou infecção por outro herpes-vírus são mais graves. Episódios recorrentes têm baixo risco de transmissão (an%corpos
maternos). Podem haver lesões no colo do útero.
o Episódio primário e primeiro episódio não primário: Aciclovir 400 mg, via oral, a cada 8 horas, por 5 a 7 dias.
o Se terceiro trimestre: manter aciclovir até o parto.
o Tratamento supressivo com aciclovir após 36 semanas para todas pacientes com herpes genital.
PUERPÉRIO
Definição: 6 a 8 semanas pós-parto. Ocorrem fenômenos hormonais, psíquicos e metabólicos. Retorno dos órgãos às condições de antes da gestação.
Fases:
o Puerpério imediato: 1ª a 2ª hora pós parto.
o Puerpério mediato: 2ª hora pós parto até o 10º dia. As principais modificações acontecem até esse período.
o Puerpério tardio: 11º ao 42º dia.
o Puerpério remoto: após o 42º dia. Mulheres que passam por um processo mais demorado de retorno as suas condições pré gestacionais e as que
amamentam até o encerramento da amamentação. As mamas sofrem alterações que não retornam à forma pré gestacional
Útero:
1. Altura de 15 a 20 cm imediatamente pós parto.
2. Miotamponamento: Ligaduras vivas de Pinard
3. Trombotamponamento
4. Globo de segurança de Pinard
5. Diminuição do citoplasma celular
6. Involução média 1cm/dia, com ritmo inconstante
Lóquios
o Lochia rubra: 3 a 4 dias
o Lochia fusca
o Lochia serosa ou flava
o Lochia alba: por volta do 10º a 15º dia
Colo do útero:
o Pós-parto: Coincide oriicio interno e externo
o 3 a 5 dias: 1 a 2 cm dilatado
o Fechado em torno de 1 semana
o Cesariana ele%va: Colo permanece pun%forme
o Parto vaginal: Colo em fenda para o resto da vida
Ovários (Ovulações):
o Retornam de 6 a 8 semanas para as que não amamentam
o Amamentando exclusivamente: anovulação
Alterações hemodinâmicas
o Débito cardíaco aumenta: Diminuição da compressão aortocava e dequitação. Normal em 2 semanas.
o Aumento do volume plasmá%co: Normal em 1 a 2 semanas
o Aumento da resistência vascular periférica: Saída da placenta
o Diminui pressão venosa nos MMII
Alterações hematológicas
o Série vermelha: Sem grandes alterações, 6 semanas.
o Série branca: Leucocitose sem desvio até 25.000 leucócitos/mL
o Sistemas de coagulação: Consumidos, retorno em 2 a 3 dias, no puerpério passa pró-coagulante, alto risco de trombose.
Trato urinário
o Bexiga distendida e ureteres dilatados: 2 a 8 semanas, até 3 meses
o Diurese escassa no 1º dia
o Retenção urinária: caso uso de opioides ou trauma, risco de infecção e febre
o Filtração glomerular: Normal nos primeiros dias.
o Excreção urinária abundante: 2º ao 6º dia.
Alterações endócrinas
o Queda de HCG, lactogênio placentário, progesterona e estrogênio.
o Aumento da prolac%na e da ocitocina
o Manutenção de FSH e LH baixo (pela prolac%na alta)
Alterações digesPvas
o Hábito intes%nal fisiológico de 3 a 4 dias, es%mular deambulação.
Pele e anexos
o Hiperpigmentação da pele desaparece, processo demorado.
o Estrias vermelhas se tornam brancas
o Eflúvio telógeno
Distúrbios do humor: Disforia pós-parto (síndrome blue): cerca de 80% das pacientes. Tristeza e choro fácil.
o 3 a 14 dias. Se persistência ou agravamento: Encaminhar para a psicoterapia/psiquiatra
o Risco aumentado de depressão pós parto para pacientes que já apresentaram quadros depressivos anteriormente
Peso:
o Perda de 5 a 8 kg pós parto
o Retorno ao peso pré gravídico em 6 meses
o Obesidade: Relacionada a gestações sucessivas sem retorno ao peso anterior.
Temperatura corporal:
o Via oral, pela temperatura elevada nas mamas, interferindo na temperatura axiliar.
o Temperaturas elevadas nas primeiras 24 horas pode ser normal
o 48 horas, apojadura. “Febre do leite”.
GABRIELLA PACHECO – MED102 OBSTETRÍCIA MEDCEL 2024
Assistência pós natal:
o Sinais vitais
o Avaliar perdas vaginais e palpar útero
o Avaliar micção, pode ser necessário sonda de alívio
o Deambulação precoce: prevenção de trombose, es•mulo à micção e evacuação
o Orientar aos hábitos de higiene e cuidados com as feridas
o Cuidados com as mamas e amamentação
o Profilaxia an%-D
Alta hospitalar:
o Após 24 a 48 horas
o Dieta laxa%va e líquidos
o Sulfato ferroso
o Orientar intervalo interpartal de 2 anos
o Exercícios isicos, 7 dias, caminhada leve
o Risco de automedicação durante a amamentação
o Consultas ambulatoriais
o A%vidade sexual: pelo menos 20 dias após o parto
o Ocorre diminuição da libido.
o An%concepção
o Amamentação exclusiva – amenorreia por 6 meses
o Métodos de barreira
o DIU até 48 horas pós parto ou 4 semanas pós parto
o Progestagênios isolados
o Esterilização: Laqueadura 60 dias do momento que ela manifestou desejo
o NÃO USAR MÉTODOS COM ESTROGÊNIO, se ela não amamenta pode. O estrogênio modifica a qualidade e quan%dade de leite.
Complicações no puerpério:
o Hemorragia pós-parto
o Infecções puerperais
o Alterações das mamas
o Doenças tromboembólicas
o Transtornos psiquiátricos
HEMORRAGIA PUERPERAL
Epidemiologia: É a principal causa de morte materna no mundo. Afeta entre 5 a 10% de todas as mulheres no pós parto. 2ª causa de morte materna no Brasil.
Prevenção:
o Iden%ficar e corrigir fatores de risco
o Manejo a%vo do 3º estagio do parto
o Uso de uterotonicos (ocitocina) no 3º estágio em todos os partos.
Estra%ficação de risco: É a primeira ação no combate à morte materna, ofertado cuidado diferenciado para riscos diferentes. A estra%ficação deve ser realizada de
forma con•nua.
Conduta de acordo com a estra%ficação de risco: A observação desses casos deve ser em ambiente adequado, não pode ser em enfermaria de risco habitual.
o Médio e alto risco: Iden%ficação, acesso venoso periférico (Jelco 16G), %pagem sanguínea, hemograma.
o Alto risco: Prova cruzada e reserva de sangue (2 bolsas de concentrado de hemácias).
Manejo a%vo:
o 10 UI de Ocitocina IM reduz em 50% os casos de HPP
o Alterna%va na cesárea: Endovenoso – regra dos 3
o Desvantagem: Manutenção com 3 U/h por 4 horas
o Considerar Misoprostol via retal para lugares sem Ocitocina
o Tração controlada do cordão
o Clampeamento tardio do cordão: Não altera sangramento
o Contato pele a pele
o Vigilância e massagem uterina a cada 2 horas, principal momento que há HPP é durante os primeiros 40 minutos
o Acompanhante: Adver%r a equipe de saúde caso haja aumento do sangramento
PARÂMETROS CLÍNICOS:
ESTIMATIVA DE NÍVEL DE PERFUSÃO PULSO PAS ÍNDICE DE GRAU DO TRANSFUSÃO
PERDA SANGUÍNEA CONSCIÊNCIA CHOQUE CHOQUE
10 – 15 % Normal Normal 60 – 90 bpm > 90 mmHg 0,7 – 1,0 Compensado Usualmente não
500 – 1000 mL
16 – 25 % Normal ou Palidez, frieza 91 – 100 bpm 80 – 90 mmHg 1,0 – 1,3 Leve Possível
1000 – 1500 mL agitada
26 – 35 % Agitada Palidez, frieza e sudorese 101 – 120 bpm 70 – 79 mmHg 1,3 – 1,7 Moderado Usualmente requerida
1500 – 2000 mL
> 35% Letárgica ou Palidez, frieza, sudorese e > 120 bpm < 70 mmHg > 1,7 Grave Possível transfusão maciça
> 2000 mL inconsciente perfusão capilar > 3 segundos
Tratamento:
o Hora de ouro: Relação entre tempo e sobrevida no choque hemorrágico
o Evitar tríade letal do choque hipovolêmico: Coagulopa%a + Hipotermia + Acidose
o Pedir ajuda!
o Medidas gerais:
o Realizar massagem uterina: Principal causa é a atonia uterina
o Prevenir hipotermia (manta térmica/cobertor)
o O2 por máscara
o Dois acessos calibrosos (Jelco 14 ou 16):
§ Coleta de exames: Hemograma, coagulograma, ionograma,
prova cruzada, fibrinogênio, lactato, gasometria
§ Soro fisiológico ou Ringer Lactato aquecidos (até 1500 mL) + ocitocina
o Sonda vesical de demora
o Avaliação de sinais clínicos e sinais vitais
Determinar a causa da hemorragia: 4 T’s. O controle precoce do sí%o de sangramento é a medida mais eficaz no tratamento da HPP.
o Tônus: Atonia, 70% dos casos
o Trajeto: Trauma, 19% dos casos
o Tecido: Restos de membrana, acre%smo placentário, 10% dos casos
o Trombina: 1% dos casos
Atonia Uterina
Sequenciamento do tratamento da atonia uterina: Massagem uterina bimanual → Tratamento medicamentoso → Sem resposta, TAN/Balão tamponamento
intrauterino → Sem resposta, laparotomia.
Massagem uterina:
o Manobra de Hamilton → Esvazia a bexiga, idealmente com a
paciente anestesiada, entra com o punho fechado na vagina da
paciente e comprime a parede anterior do útero sob a parede
posterior do útero
Tratamento medicamentoso:
o Ocitocina IV 5 UI em bolus (3 min), 20 a 40 UI/500 mL SF 0,9% 250 mL/h por 2 horas, após, 125 mL/h por 4 h. Pode ser usado por até 24 horas (67,5 mL/h)
Ou
o Ergometrina IM 0,2 mg repe%r em 20 minutos.
o Casos graves: Mais 3 doses de 4 em 4 horas. Dose máxima de 1 mg/24 horas
o Contraindicado em hipertensão arterial
Ou
o Misoprostol VR 800 a 1000 mcg, efeito em 15 a 20 minutos
Associado ao:
o Ácido tranexâmico IV, 1 g/100 mL em 10 minutos, repe%r após 30 minutos ou em até 24 horas se necessário.
GABRIELLA PACHECO – MED102 OBSTETRÍCIA MEDCEL 2024
Balão de tamponamento intrauterino: Principalmente ú%l nos casos de parto vaginal, insuflar até
500 mL, normalmente 300 mL já são o suficiente, realizar an%bio%coprofilaxia e para esvaziar deve
re%rar 50 mL a cada 30 minutos. Balão artesanal com preserva%vo e sonda foley (OMS).
Traje an%choque não pneumá%co: O volume de sangue que tem nos membros inferiores, faz uma
compressão e joga esse sangue para a parte superior do corpo, priorizando os órgãos nobres, além
de melhorar os vasos para punção.
Laparotomia
o Ligaduras vasculares: Diminuir o fluxo sanguíneo.
o Suturas compressivas: B-Lynch, Hayman, Sutura de Cho (pouco u%lizada).
Controle de danos: Se a paciente con%nua sangrando após todos esses passos, provavelmente há coagulopa%a. Compressas + barriga aberta, estabilização em UTI
e fechamento completo após 48 horas
Trauma
o Lacerações: Sutura das lacerações, revisão do colo uterino e vagina
o Hematomas: Áreas endurecidas e dolorosas, avaliar exploração cirúrgica, toque vaginal e revisão cuidadosa pós parto operatório
Tecido
o Retenção Placentária: Extração manual da placenta.
Trombina
Causas de Coagulopa%a:
o Coagulação intravascular disseminada (CIVD)
o Síndrome HELLP
o Descolamento da placenta
o Doença de von Willebrand
o Púrpura trombocitopênica trombó%ca ou idiopá%ca
o Uso de an%coagulantes
Morbidade febril puerperal: Quadro sistêmico. Temperatura oral de 38 graus por 2 dias ou mais (consecu%vos ou não), do 2º ao 10º dia do puerpério.
o Primeiras 24 horas, considera somente se > 38,5 graus
o Nem toda febre é infecção, nem toda infecção tem febre.
o Causas: Infecções do útero e anexos (infecção puerperal), infecções de ferida operatória, infecções da mama, infecções em outros sí%os (ITU, IVAs).
Prevenção: Degermação e limpeza vaginal e da pele com agentes an%microbianos antes da cesariana
o An%bio%coprofilaxia com Cefazolina 2 g EV: Todas as cesarianas 1 horas antes da incisão ou o mais rápido possível, lacerações de 3º e 4º graus, parto
vaginal operatório, remoção manual da placenta.
o Se ela %ver mais de 120 kg, u%lizar Cefazolina 3 g EV.
o Se cirurgia com mais de 4 horas ou com sangramento maior que 1,5 L: Mais uma dose de Cefazolina.
E%ologia: Polimicrobiana (Streptococcus, staphylococcus, enterococcus, E. coli, Klebsiella, Proteus, Peptococcus, etc). Anaeróbios, gram posi%vos e gram nega%vos.
o Infecção endógena
o Primeiras 24 horas: Pensar em Streptococcus do grupo A ou B, maior risco de sepse e óbito.
o Pode evoluir para: Parametrite, salpingite, peritonite, abscesso pélvico, fasciite necro%zante, choque sép%co