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Henrique Trombini
Varginha - 2022
Consulta Pré Natal
Pré-Natal
“O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o
desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um
recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna,
inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades
educativas e preventivas.”
0-4 4-8 8-12 12-16 16-20 20-24 24-28 28-32 32-36 36-40
1 1 1 1 1 1 1 2 2 4
Mensais Quinzenais Semanais
Se exceder 30/31:
• sangramento vaginal
• cefaleia
• escotomas visuais
• epigastralgia
• edema excessivo
• contrações regulares
• perda de líquido
• diminuição da movimentação fetal
• febre
• dor em “baixo ventre”
• dispneia e cansaço
Exame Físico
Geral
Antropometria
Aferição do Peso, Altura e Semana
Gestacional: IMC por IG
Ganho de peso: 10 – 15% do peso
corporal prévio
Obesidade e Sobrepeso
• Diabetes Gestacional
• HA
• Pré-eclâmpsia
• Parto distócico
• Cesareana
• TVP
• Complicações anestésicas
Baixo Peso
• Risco de trabalho de parto prematuro
Avaliação Cardiovascular
Medida da Pressão Arterial
“Os guidelines recomendam a medida da PA em todas as consultas de
pré-natal (grau de recomendação C).”
Pesquisa de edema
• Membros inferiores (pré tibial, pré maleolar)
• Região sacral
• Face, membros superiores
Pré- Eclâmpsia “Definida pela presença de HA apó a 20ª semana associada a proteinúria
significativa (> 300 mg/24h). Na ausência de proteinúria significativa, o
diagnostico pode ser baseado na presença de cefaleia, turvação visual, dor
abdominal, plaquetopenia (menos que 100.000/mm³), elevação de enzimas
hepáticas (o dobro do basal), comprometimento renal (acima de 1,1 mg/dl ou
o dobro do basal), edema pulmonar, distúrbios visuais ou cerebrais,
escotomas ou convulsão.”
Fonte: VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2016
Síndromes Hipertensivas
Tabela – Sumário dos Distúrbios Hipertensivos da Gestação
Hipertensão Hipertensão Pré-Eclâmpsia Eclâmpsia
Crônica Gestacional
Início após a
20ª semana
X ✔ ✔ ✔
Proteinúria
X* X ✔/X**
Convulsões
X ✔
Alterações Fisiológicas
• 5a semana: mamas doloridas
• 8a semana: glândulas secundárias na aréola primária - Tubérculos de Montgomery
• 16a semana: rede de Haller - aumento da vascularização
• 20a semana: Sinal de Hunter - hiperpigmentação dos mamilos
Avaliação inicial
1ª consulta
Citologia oncótica
• Conforme calendário geral (Ministério da Saúde: 2016)
• Mulheres à partir de 25 anos até 65 anos completos
• Frequência anual, mas se dois exames consecutivos negativos: 3 anos de intervalo
Exame especular
Conforme necessidade
Toque bimanual
• Sensibilidade à movimentação uterina
e anexos
• Volume uterino
(regularidade e compatibilidade
com a amenorreia)
Palpação Obstétrica
3º Trimestre
Técnica:
1. Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as
mãos e reconheça a parte fetal que o ocupa;
Posicionamento
1. Gestante em posição supina, com 90o de flexão do quadril e
joelho, expondo o períneo;
2. Gestante em uma superfície plana, com os membros em
extensão e bexiga vazia.
Altura uterina
Parâmetros:
Até a 6ª semana: sem alteração no tamanho
Na 8ª semana: tamanho é o dobro do normal
Na 10ª semana: três vezes o habitual
Na 12ª semana: palpável na sínfise púbica
Na 16ª semana: entre a sínfise e cicatriz
umbilical
Na 20ª semana: à altura da cicatriz umbilical
Na 38ª semana: ao nível do apêndice xifóide
Na 40ª semana: menor que na 38ª semana
Altura uterina
Medidas persistentes abaixo do P10
• Erro de cálculo da idade gestacional?
• Oligodrâmnio
• Crescimento fetal restrito
• Morte fetal?
1 minuto, ou
15 segundos x 4
Sonar Doppler
12ª semana em diante
Estetoscópio de Pinard
20ª semana em diante
Ausculta de BFCs
Efeito Poseiro:
No 3o trimestre, bradicardia fetal com a mãe em
decúbito dorsal.
Conduta: lateralizar a paciente
Alarme:
Frequência inadequada, persistindo por 10 minutos de
observação
Conduta: Encaminhar ao Centro Obstétrico
Exames complementares
Cuidados Pré Natais
1o Trimestre 2o Trimestre 3o Trimestre
ABO/RH
Hemograma Hemograma
Coombs indireto (RH -) Coombs indireto (RH -) Coombs indireto (RH -)
Glicemia de jejum TOTG 75g Glicemia de jejum
VDRL ou teste rápido VDRL
Anti HIV ou teste rápido Anti HIV
Toxoplasmose IgG IgM Se IgG não reagente
HbsAg HbsAg
EAS + Urocultura EAS + Urocultura
US Obstétrico US Obstétrico US Obstétrico
Citopatológico Swab vaginal/perianal
Hemograma
Frequência: 1º e 3º trimestre
Se boa resposta,
reduzir à dose
terapêutica e manter
até 6 meses após o
parto
Tipagem ABO/RH
COOMBS indireto
Doença hemolítica perinatal
“Na primeira consulta pré-natal, deve ser solicitada glicemia de jejum, com o principal
objetivo de detectar o diabetes preexistente.”
“Se o valor encontrado for ≥ 126 mg/dL, será feito o diagnóstico de DM diagnosticado
na gestação.”
“Se a glicemia plasmática em jejum for ≥ 92 mg/dL e < 126 mg/dL, será feito o
diagnóstico de DMG. Em ambos os casos, deve-se confirmar o resultado com uma
segunda dosagem da glicemia de jejum.”
“Caso a glicemia antes da 20ª semana seja < 92 mg/dL, a gestante deve rea
lizar um novo TOTG no segundo trimestre, entre a 24a e 28a semanas de
gestação.”
Infecção Urinária:
Complicação clínica mais frequente na gestação (17% a 20%)
Risco:
Está associada à rotura prematura de membranas, ao aborto, ao trabalho de
parto prematuro, à corioamnionite, ao baixo peso ao nascer, à infecção
neonatal, além de ser uma das principais causas de septicemia na gravidez.
Micro-organismos
Aqueles da flora perineal normal, principalmente a Escherichia coli, que
responde por 80% a 90% das infecções.
Outros gram-negativos (como Klebsiella, Enterobacter e Proteus) respondem
pela maioria dos outros casos, além do enterococo e do estreptococo do
grupo B.”
Urocultura
Frequência: 1º e 3º trimestre
“Recomendação:
Sífilis secundária
Erupções cutâneas eritematosas generalizadas, de característica
exantemática (roséolas sifilíticas), pápulas palmo-plantares
eritemato-descamativas, alopecia e placas úmidas na região vulvar e perineal
(condiloma plano).
Sífilis terciária
Alterações em órgãos e aparelhos, como o sistema cardiovascular e nervoso
(Neurossífilis). A lesão característica é a goma ou tubérculo sifilítico, que pode
ocorrer na pele, nos ossos, no cérebro e no coração, entre outros órgãos.”
VDRL
Frequência: 1º e 3º trimestre
Classificação Característica
Valores de referência:
• Positivo: 1/8 (1/16, 1/32, 1/64, etc..)
• Negativo, ou baixos títulos como 1/2 e 1/4 (cicatriz sorológica)
Latente tardia
1.200.000 U em cada 1 vez por semana
Latente ignorada nádega durante 3 semanas
Terciária (total: 2.400.000 U)
VDRL
Frequência: 1º e 3º trimestre
Cura sorológica:
• Queda dos títulos em 2 diluições
• Ex: de 1/8 para 1/2, ou de 1/128 para 1/32
Repetir o VDRL:
• Acompanhar por 12 meses após o tratamento
• Mensalmente durante a gestação
• Trimestralmente após o parto
Re-tratamento:
• Se aumento da titulação em 2 diluições em relação ao último exame
• Ex: de 1/2 para 1/8
• Possíveis causas: Reinfecção (parceiro não tratado ou novo parceiro),
neurossífilis ou manifestações tardias por tratamento inadequado
VDRL
Frequência: 1º e 3º trimestre
“Toda gestante infectada pelo HIV deve receber Tarv durante a gestação.”
“O primeiro estudo clínico que utilizou terapia antirretroviral (ARV) com o objetivo de reduzir as
taxas de transmissão vertical do HIV foi o Protocolo 076, do Pediatrics Aids Clinical Trial Group
(PACTG 076). Este foi um estudo randomizado, com placebo controlado, que utilizou um
protocolo constituído de zidovudina (AZT) oral a partir da 14ª semana, com AZT endovenoso (EV)
4 horas antes do parto e AZT por solução oral para o recém-nascido durante 6 semanas. Esta
intervenção reduziu a taxa de transmissão vertical do HIV em 67,5%. As taxas de transmissão
vertical foram de 25% no grupo placebo e de 8,3% no grupo que recebeu a intervenção com
AZT”
Cuidados Pré Natais
• Hepatite B:
− Indicação: Mulheres não vacinadas
− 3 doses (D0, D30 e D180)