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Ocorre tensão dos ligamentos largo e redondo e pode No 2º trimestre a progesterona + estrogênio +
causar dor durante a gestação. prolactina levam a hiperpigmentação e aparecimento
da aréola secundária (sinal de Hunter) e hipertrofia de
Em decúbito dorsal o útero desloca para trás e se
glândulas sebáceas periareolares (tubérculos de
apoia sobre a coluna vertebral e os grandes vasos
Montgomery)
Decúbito lateral esquerdo alivia.
Pode aparecer estrias e também sair colostro.
Há contratilidade desde o início da gestação; No 2º
semestre pode haver contrações de Braxton Hicks
são imprevisíveis, esporádicas, arrítmicas e indolores.
COLO DO UTERO
Tato: Parestesias, alterações vasomotoras, Síndrome da hipotensão supina: Decúbito dorsal leva
deficiências metabólicas. a compressão da veia cava inferior isso diminui o
DC e a PAS (>30%). Após 4-5min ocorre bradicardia
Paladar: Perversão (pica); alteração do apetite;
(reflexo vagal)
mudanças de hábitos alimentares; baixa sensibilidade
gustativa. A diminuição do DC em até 50% leva a
lipotimia
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS
ALTERAÇÕES GASTRINTESTINAIS
Aumento do volume plasmático em 40-50% -
Aldosterona causa hipervolemia e diminuição da Boca: Gengivite gravídica (edema e sangramento)
viscosidade. causada pelo aumento do estrogênio, progesterona e
hCG; Ptialismo ou sialorreia é causado por hipertonia
O aumento do volume total das hemácias em 20-30%
vagal, fatores psíquicos, estímulo nervo trigêmeo.
é desproporcional em relação ao aumento plasmático
- Anemia fisiológica da gestação Suplementação de Estomago e esôfago: Crescimento uterino causa um
ferro (2º e 3º trimestres). deslocamento do estômago. A progesterona e a
diminuição da motilina (musculatura lisa) leva a um
Retorno ao normal aprox 6 semanas pós-parto.
retardo do esvaziamento gástrico.
Leucocitose entre o 2º e 3º trimestres: 8.000 a 12.000
Diminui também o tônus do esfíncter esofagiano,
leucócitos.
causando pirose e refluxo hérnia de hiato em até
A imunidade diminui após 2º trimestre levando ao 20% das gestantes.
aumento do risco de infecções - Melhora de doenças
autoimunes
ALTERAÇÕES METABOLICAS
Pâncreas: Hiperplasia das células beta resultando em Metabolismo proteico: Aumento das necessidades
aumento da insulina plasmática livre - Estrogênio proteicas A gestante necessita de 25% de proteínas
Hormônio lactogênio placentário bloqueiam a ação do total de nutrientes por ela ingeridos durante o dia.
periférica da insulina, facilitando as maiores Metabolismo de carboidratos: Gravidez é um estado
necessidades fetais de carboidratos. potencialmente diabetogênico – há um aumento de
Nausea e vomito: Mais comuns no 1º trimestre; insulina no plasma porque há uma diminuição do seu
Hiperêmese gravídica – Participação do estrogênio, uso. Deve-se pedir um teste para o pâncreas materno:
progesterona e hCG. a mãe pode apresentar resistência à insulina, leve
hipersinsulinemia, hipoglicemia de jejum,
ALTERAÇÕES URINÁRIAS hiperglicemia pós-prandial.
Rins: Aumento do volume do rim - incremento de 30% Metabolismo lipídico:
no peso e discreto aumento de tamanho (1cm).
Hipertrofia e aumento do fluxo plasmático. Aumento do colesterol (50%);
Triglicerídeos podem triplicar;
Aumento da vascularização e diminuição da LDL apresenta maior concentração por volta
resistência vascular de 36 semanas (por causa da progesterona e
Aumenta 60 a 80% fluxo sanguíneo renal estrogênio);
Aumenta 40 a 50% da filtração glomerular HDL apresenta maior concentração por volta
Sistema coletor sofre dilatação em 80% das gestações; de 25 semanas e diminui até 32 semanas e
Dilatação ureteral e pielocalicial, mais proeminente à mantem constante até o termo.
direita, por causa da dextrorrotação uterina. Metabolismo eletrolítico:
Sódio - retenção x aumento da excreção por Modificação anatômica da coluna vertebral: Menor
filtração glomerular espaço entre as vértebras, compressões radiculares
Cálcio e Magnésio - fração ionizada e ativa que podem causar dor, desconforto, dormência...
inalterada
ALTERAÇÕES NEUROLOGICAS
Ferro - rastreamento de anemia em TODAS as
gestações Memoria: Problemas de atenção, concentração e
Iodo - níveis plasmáticos diminuídos memória; Diminuição do fluxo sanguíneo?
Metabolismo de vitaminas: Deficiência de ácido fólico Sono: Dificuldade para dormir, despertares noturnos,
pode causar distúrbios do crescimento fetal e diminuição das horas de sono.
malformações estruturais Suplementação pré-
concepcional.
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS
ALTERAÇÕES ENDOCRINAS
ALTERAÇÕES ARTICULARES
Postura e marcha:
Aumenta 4-8 vezes incidência de ectópica > 35 anos Tabagismo aumenta o risco de aborto, redução de
crescimento fetal.
Idade paterna elevada diminui a apoptose, aumenta a
fragmentação espermática e as mutações. Aumento 9 metas avaliadas na 1ª consulta pré-natal que
de mutações cromossômicas autossômicas indicam qualidade da assistência pré-concepcional:
dominantes.
1. Gestação planejada
Doenças maternas crônicas: Diabetes; HAS; 2. 1ª consulta pré-natal antes de 12 semanas de
Hipotireoidismo; Epilepsia (fármacos); Trombofilias; gestação
Doenças autoimunes; Depressão e ansiedade. 3. Uso de ácido fólico iniciado pelo menos 3
meses antes da concepção
4. Ausência de tabagismo
5. Ausência de depressão não controlada
6. Peso materno ideal (IMC >18 e <30kg/m2)
7. Ausencia de ISTs
8. Glicemia bem controlada em mulheres
diabéticas pré gestação
9. Suspenção se teratogênicos
ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL
Sintomas de presunção
Náuseas e vômitos
Aumento do volume e da sensibilidade das
mamas
Polaciúria e nictúria
Suplementação de ácido fólico: Percepção de movimentos fetais pela
paciente
Forma sintética do folato
Mudança de apetite (desejos)
Vitamina B solúvel
Fadiga, tontura, sialorreia, distensão
Fígado, folhas verdes, laranja, legumes
abdominal e constipação, dispneia, congestão
Suplementar de 30 a 90 dias antes da gestação, até 12 nasal, cãimbras lombalgia
semanas de gestação. Atraso menstrual de 10 a 14 dias ou
amenorreia secundária
0,4mg/dia
Alto risco: 4mg/dia
Congestão mamária e mastalgia, pigmentação Medida da altura uterina por US obstétrica de 1º
das aréolas, tubérculos de Montgomery, trimestre (via vaginal)
colostro, rede de Haller
Erro de 3 dias entre 7 e 10 semanas
Coloração violácea vaginal, cervical e vulvar
Erro de 5 dias entre 10 e 14 semanas
Alteração do muco cervical
Erro de 7 dias entre 14-20 semanas
Estrias, linha nigra, cloasma
Erro de 3-4 semanas no 3º trimestre
Sinais de probabilidade
Margem de erro de até 5 dias ta ok.
Alteração do formato e
DATA PROVÁVEL DO PARTO
consistência do útero
Colo amolecido REGRA DE NÄEGELE:
Aumento do volume
Soma 7 dias ao primeiro dia da DUM
abdominal
Subtrai 3 do mês da DUM
Sinais de certeza
EX:
Ausculta de BCF (US 6 sem; sonar 10-12 sem;
Pinard 20 sem) DUM: 05/04/2023
Sinal de Puzos (empurra o bebe e sente DATA PROVAVEL DO PARTO: 12/05/2023
voltar) Objetivos básicos da consulta pré-natal: Definir
Percepção de MF pelo examinador (18-20 estado de saúde da mãe e do feto, avaliar IG e
semanas) compará-la com o crescimento uterino e realizar
plano de cuidado obstétrico continuado.
Diagnóstico laboratorial de gravidez: Detecção da
fração beta da gonadotrofina coriônica humana. Nº mínimo de consultas: 6
A beta hCG é produzida pelo trofoblasto; é detectável Até 28ª semana – mensais
no plasma ou na urina 8-9 dias após a ovulação. Da 28ª até a 36ª semana – quinzenais
< 5 mUI/mL = negativo Da 36ª até a 41ª semana – semanais
> 25 mUI/mL = positivo 41 semanas encaminhar a gestante para a
Diagnóstico ultrassonográfico de gravidez: É possível maternidade para induzir o parto. O
ver o saco gestacional a partir de 4-5 semanas. Os acompanhamento só se encerra após o 42º dia de
batimentos cardíacos a partir de 6 semanas. puerpério!
Fatores de risco deverão ser identificados em Pedir glicemia de jejum na 1ª consulta pré-
destaque no Cartão PREENCHER CARTÃO DA concepcional ou pré-natal. Um exame alterado já
GESTANTE. fecha o diagnostico (não precisa de 2).
Para rastreamento de doença falciforme pedir Febre amarela (atenuada) apenas quando risco
eletroforese de Hb se tiver antecedentes familiares de elevado de contrair a doença.
anemia falciforme ou apresentar história de anemia
REPOSIÇÃO DE VITAMINAS
crônica.
Risco de toxicidade por vitaminas A, B6, C e D
Colpocitologia oncótica apenas se necessário, com
Ômega 3 efeito inconclusivo (neurogênese?)
espátuola de Ayre
Iodo Inconclusivo
Exame da secreção vaginal apenas se houver Cálcio
indicação
No geral, não precisa suplementar nenhuma. Apenas
Parasitológico de fezes se houver indicação clínica. ferro e acido fólico mesmo.
ULTRASSONOGRAFIA
VACINAÇÃO
FASES DO PARTO
Gripe A e sazonal, segura em qualquer IG
Os processos fisiológicos que regulam a parturição e o
Hepatite B: 3 doses: 0 - 1 - 6 meses início do trabalho de parto ainda não estão
Difteria e tétano (dT): 3 doses + reforço a cada 5 anos. completamente definidos.
Primíparas: 50 minutos
Multíparas: 20 minutos
TERCEIRA FASE
Apresentação fetal
Cefálica
Pélvica (3% das gestações a termo)
Córmica (ombro) CESAREA. É a relação entre uma parte do segmento da
apresentação fetal e o lado direito ou esquerdo do
canal de parto (o lado da mãe que o bebe está virado).
Franca
Completa
Podálica
MANOBRAS DE LEOPOLD
Local de assistência ao parto: Informar às gestantes Fase latente do primeiro período do trabalho de
sobre os riscos e benefícios dos locais de parto parto: Há contrações uterinas dolorosas e alguma
(domicílio, Centro de Parto Normal, maternidade). modificação cervical (apagamento e dilatação até 4
Informar que a assistência no domicílio não faz parte cm)
das políticas atuais de saúde no país. Não
Trabalho de parto estabelecido: Há contrações
desencorajar o planejamento do parto no domicílio de
uterinas regulares e dilatação cervical progressiva a
múltiparas, desde que tenham acesso em tempo hábil
partir dos 4 cm
Duração do trabalho de parto ativo: o 3c – laceração do esfíncter anal
interno
Primíparas - 8 a 18h
4º grau – lesão do complexo do esfíncter anal
Multíparas - 5 a 12 horas
(esfíncter anal interno e externo) e o epitélio
Frequência do exame de toque é de 4 em 4 horas. anal
Antes disso, só se preocupação com o progresso ou se
desejo da mulher.
tônus (atonia)
trauma (laceração)
tecido (desordem placentária)
trombina (coagulopatia)
Medidas terapêuticas:
Sinais de sintomas: Estase láctea, sinais de Exame físico: Avaliação hemodinâmica e grau de dor e
inflamação; Pode apresentar adenopatia axilar. sangramento. Exame abdominal revela áreas de
sensibilidade, rigidez ou distensão
Profilaxia para mastite: Boa higiene, evitar
ingurgitamento, pega correta. Dor em linha média: perda gestacional
Dor em fossa ilíaca sugere gravidez ectópica
Tratamento para mastite:
Sinais de hipovolemia, instabilidade hemodinâmica ou
Analgésicos, antitérmicos, ordenha,
irritação peritoneal = avaliação de emergência.
antibiótico.
Persistência após 48 a 72h de tratamento, Exame especular ajuda a determinar a origem do
pode ter abscesso (5-10%) sangramento. Pode-se identificar causas não
Não recomendar compressas quentes obstétricas do sangramento (vaginite, cervicite, pólipo
cervical, laceração vaginal, neoplasias, miomas,
Abscesso mamário: Mesmos sinais de inflamação + verrugas e colo friável).
flutuação. Pele brilhante e descamativa
Toque bimanual para examinar o tamanho uterino, a
50% dos casos = puérperas dilatação cervical e sensibilidade pélvica.
85% ocorrem no 1º mês pós-parto
Tratamento é drenagem com anestesia geral + Gravidez ectópica apresenta dor à mobilização anexial
antibióticos + ordenha. e sensibilidade abdominal.
Staphylococcus aureus é o mais comum para Tamanho uterino superior ao esperado sugere
causar abcesso. gestação múltipla, doença trofoblástica gestacional,
miomas.
Exames laboratoriais:
Cavidade uterina vazia no US-TV. Deve ser feito Fatores de risco: antecedente de gravidez ectópica,
diagnóstico diferencial com gravidez ectópica. uso de DIU ou minipílula, reprodução assistida,
infecção pélvica, infecções sexualmente transmissíveis
ABORTO INEVITÁVEL, INCOMPLETO OU RETIDO. e cirurgia tubária.
Aborto inevitável: Sangramento vaginal + dilatação 95% ocorre nas tubas uterinas; Pode ocorrer no colo
cervical. uterino, ovário, órgãos da cavidade abdominal e
Aborto incompleto: Perda de parte do material cicatriz de cesariana
intrauterino, mas a US-TV mostra restos ovulares. Gravidez heterotópica é a coexistência de uma
Aborto retido: Não são detectados batimentos gravidez intrauterina e uma extrauterina (1 a cada
cardíacos fetais, mas a gestação permanece na 30.000 gestações).
cavidade intrauterina por tempo prolongado.
Manifestações clínicas:
Síncope, dor torácica e dificuldade respiratória podem Sangramento TV de repetição e intensidade
indicar anemia severa, e a queixa de dor no ombro variável
pode indicar sangramento intra abdomimal Útero aumentado de volume para a idade
gestacional
Conduta cirúrgica na maioria das vezes:
Cistos tecaluteínicos (20% dos casos) -
Salpingectomia ou a salpingostomia – Dá-se
hiperestimulação ovariana pelos níveis
preferência à via laparoscópica.
circulantes elevados do beta-hCG sobre a teca
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL dos ovários
Náuseas e vômitos
Anomalia proliferativa que acomete as células que
Hipertireoidismo
compõem o tecido trofoblástico placentário,
Sinais de pré-eclâmpsia antes da 20ª semana
constituintes da vilosidade coriônica (cito e
de gestação
sinciciotrofoblasto), bem como o extravilositário
Eliminação de vesículas hidrópicas pela
(trofoblasto intermediário).
vagina, de entremeio com o sangue.
Caracterizadas pela presença sérica de um marcador
tumoral biológico e específico, o fragmento beta da
gonadotrofina coriônica humana (beta-hCG) -
hormônio glicoproteico produzido quase na totalidade
pelo sinciciotrofoblasto placentário.
Principais causas:
Placenta entre 0-1 cm do OCI - cesárea em 75% a 90% O padrão-ouro é o exame histológico da placenta e
útero após histerectomia.
Placenta entre 1-2 cm do OCI - cesárea em 29% e 31%
Ultrassonografia tem sensibilidade de 80% a 90% e
ATENTAR PARA HEMORRAGIA PÓS-PARTO
especificidade de 98%
ACRETISMO PLACENTÁRIO
RNM não é realizada rotineiramente, porém define a
É uma das principais complicações da placenta prévia. profundidade e topografia da invasão.
É a invasão placentária ao miométrio em vez da
Diagnóstico intraoperatório é quando o sangramento
decídua. Importante causa de morbidade materna e
é intenso + dificuldade de dequitar a placenta
fetal. Leva a uma hemorragia massiva e complicações
(inversão uterina).
como CIVD, disfunção orgânica e morte.
Conduta:
Classificação:
Não há estudos que indiquem o melhor momento
Placenta acreta vera: Placenta ultrapassa o
para o parto. Deve-se equilibrar os riscos e benefícios
endométrio e adere ao miométrio, sem
maternos e neonatais (geralmente parto prematuro
invadi-lo
tardio).
Placenta increta: Invade o miométrio
Placenta percreta: Atinge e ultrapassa a Local apropriado, equipe experiente, transfusão
serosa do útero, podendo atingir órgãos sanguínea massiva, CTI Perda de sangue de 2000 a
adjacentes, como bexiga ou reto. 7800mL.
Diagnóstico:
ROTURA UTERINA
É clínico. O sangramento se apresenta com coágulos
Atinge 1 em cada 100 parturientes com cirurgia
em 80%
uterina prévia. Ocorre em 0,08% de todos os partos.
Irritabilidade (35%) ou hipertonia uterina (70%)
Fatores de risco: cicatriz uterina, grande
Bradicardia fetal USG - pouca sensibilidade multiparidade, apresentação fetal anômala, uso de
ocitocina durante o trabalho de parto e trauma.
Sinais de sofrimento fetal + idade gestacional = parto
imediato Quadro clinico: