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Saúde da Mulher
Sangramento Uterino Anormal
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA ATUAL
ANORMAL:
CLASSIFICAÇÃO DO SUA (FIGO)
➢ Distúrbio em que se tem anormalidade no (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia)
padrão de sangramento. Após observar a Frequência, Regularidade,
➢ Perda menstrual excessiva com repercussões Duração e Volume do Sangramento e notar
físicas, emocionais, sociais, e materiais na alteração em um desses 4 critérios é
qualidade de vida da mulher, isoladamente necessário investigar a causa da sua
ou associada a outros sintomas. anormalidade.
OBS.: Detecta o padrão menstrual normal da
paciente e observa alguma anormalidade DE ACORDO COM AS ETIOLOGIAS:
dentro do quadro. Entender onde está sendo CAUSAS ESTRUTURAIS= estrutura do útero
anormal: é a quantidade de volume? Pólipo
Quantidade de dias? + frequente ou Adenomiose
atrasando muito Leiomioma
AGUDO ou CRÔNICO (>6 meses) Malignas
ENDOMÉTRIO
➢ Alterações da hemostasia local
➢ DIP – influência das bactérias
Investigação de causas infecciosas: clamídia
IATROGÊNICA
➢ Medicações hormonais;
(Anticoncepcional) – principalmente por
desconhecimento do método escolhido pela
mulher
Ex.: DIU mirena – ou a paciente não sangra ou
MALIGNIDADE tem um sangramento anormal, mas isso é do
➢ Hiperplasia endometrial X próprio medicamento que ela toma!!
Câncer de endométrio. ➢ Anticoagulantes – varfarina principalmente
➢ Hiperplasia pode ser ➢ Outros: antiepilépticos, hormônios da tireoide,
simples, complexa ou antidepressivos, tamoxifeno, corticosteroides.
atípica.
➢ O uso isolado de estrogênio aumenta o risco NÃO CLASSIFICADA
de hiperplasia. ➢ Malformações arteriovenosas – vasos no
➢ Fator risco para CA endométrio: > 40 anos útero, dentro do endométrio.
(pós-menopausa), obesidade, DM, ciclos ➢ Alterações mullerianas – delfo, bicorno,
anovulatórios, nuliparidade, infertilidade, uso septado...
tamoxifeno e história familiar.
ANAMNESE
Todos vão aparecer em qual exame? ➢ Idade: menacme, pós menopausa?
USG, causa estrutural. ➢ Padrão Menstrual: frequência, regularidade,
USG normal, vamos pensar no COEIN duração e volume. + que 90 dias?
➢ História Médica Pregressa: teve trombose, usa
CAUSAS NÃO ESTRUTURAIS anticoagulante, antiepilético, sop?
COAGULOPATIA ➢ Antecedentes Gineco – Obstétrico: teve filho?
➢ Qualquer alteração na coagulação pode se Hemorragia pós-parto?
expressar por SUA.
➢ Uso de Fármacos: anticoncepcional – qual MENACME
método? Quanto tempo? ▪ Anovulação (SUA – O)
OBS.: ▪ Coagulopatia (SUA – C)
Oral – 3 primeiros meses de adaptação ▪ Infecções (SUA – E)
sangramento irregular ▪ Complicações da gravidez
DIU ou Implanon – 6 meses de adaptação, ▪ Contracepção hormonal (SUA – I)
sangramento mais frequente ▪ Endocrinopatias (SUA – O)
▪ Pólipos e miomas
EXAME FÍSICO
Exame especular (caso sexarca) – olhar colo, PRIMOMENOPAUSA
procura de câncer. ▪ Anovulação (SUA – O)
Toque vaginal bimanual – tamanho do útero ▪ Pólipos e miomas
– mioma? ▪ Hiperplasia e atrofia endometrial (SUA – M)
CERTEZA QUE A PACIENTE NÃO ESTÁ
GRÁVIDA!! PÓS MENOPAUSA
▪ Atrofia Vaginal/Endometrial;
Presença de Petéquias, equimoses – ▪ TRH;
coagulopatia ▪ Câncer de Endométrio (SUA – M)
EXAME COMPLEMENTARES
Atendeu uma paciente com SUA uma das
coisas que precisa olhar é se a paciente tem
sinais de instabilidade hemodinâmica devido
a quantidade de sangramento.
Aferir a PA
➢ Hemograma; Presença de anemia?
➢ BHCG;
➢ TSH e T4L;
➢ Prolactina;
➢ TTPA (Coagulopatia) – Se alterado: Solicitar
avaliação hematologista e testes específicos
para doença von Willebrand, fator VII e
atividade do cofator da ritocetina.
Epistaxe – sangramento pelo nariz 1ª AVALIAÇÃO
USG endovaginal (sem relação – pélvica)
ETIOLOGIA X IDADE **** Histeroscopia* – quando já sabe que a
NASCIMENTO paciente tem alguma alteração estrutural
▪ Privação de estrogênio materno – níveis (mioma, pólipo)
circulantes de estrogênio da mãe vai para o 2ª AVALIAÇÃO
feto, quando cai, sangramento! Histerossonogragia (soro no útero, dilação do
Bebê: sangramento pós-parto até 2 meses de endométrio para melhor visualização) e
vida Biópsia do Endométrio
Excluir violência sexual!!
TRATAMENTO
INFÂNCIA CLÍNICO
▪ Corpo estranho – pode entrar bicho Não hormonais:
▪ Trauma – queda cavaleiro - AINES
▪ Infecção – até intestinais também - Ácido Tranexâmico
▪ Tumor Ovariano – além de sangramento Hormonais:
massa abdominal - Progestagênicos;
▪ Sarcoma Botroide – tipo de câncer de vagina, - ACO;
não é muito comum, sangramento e edema. - Análogos GnRH
▪ ACO 30 – 35 mcg de EE2: 5 comp no 1º dia/ 4
CIRÚRGICO comp no 2º dia/ 3 comp. No 3º dia/ 2 comp
Depende da causa estrutural** no 4º dia/1 comp do 5º ao 12º dia e após,
- Ablação endometrial pausa de 7 dias. Reiniciar ACO após pausa, 1
- Miomectomia/polipectomia comp, VO, 1x/dia
- Embolização A. uterina
- Histerectomia Progestagênios em altas dosagens
▪ Acetato de medroxiprogesterona 20 mg, VO,
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO DE SUA 12/12 h, 7 dias.
➢ Estabilizar e/ou manter a estabilidade ▪ Acetato de megestrol 20 a 60 mg, VO, 12/12
hemodinâmica; h, 7 dias.
➢ Corrigir anemia aguda ou crônica; Recomeça depois normalmente 1 x ao dia
➢ Ciclos menstruais normais;
➢ Prevenir recorrência; CONTRAINDICAÇÕES AO USO DE ACO
➢ Prevenir consequências da anovulação a Critérios de elegibilidade de
longo prazo. anticoncepcionais da OMS.
Pelo uso de estrogênio!!
TRATAMENTO DE SUA AGUDO ▪ Câncer de mama
PACIENTE INSTÁVEL ▪ Tabagismo e > 35 anos
Reposição volêmica e avaliar transfusão ▪ HAS não controlada
sanguínea (Hb <7) ▪ História de TVP ou embolia pulmonar
Excluir Gravidez!! ▪ Distúrbios tromboembólicos conhecidos
▪ Doença cerebrovascular
Tamponamento Uterino ▪ Doença coronariana isquêmica
Curetagem Uterina – raspa o endométrio ▪ Doença coronariana valvar com
(preserva o basal) tirando os coágulos complicações
Estrogênio Conjugado em altas doses ▪ Enxaqueca com aura
1) EEC 1,25 mg, VO, 6/6 H 21 – 25 dias, seguido ▪ Doença hepática grave (com ou sem
de acetato de medroxiprogesterona 10 mg, comprometimento da função)
VO, 1x/dia, 10 dias. ▪ DM com complicações vasculares
2) ACO 30 – 35 mcg, EE2 (Etinilestradiol), VO, ▪ Imobilização prolongada
8/8h, 7 dias, pausa de 7 dias para o
(sangramento de privação) e após reiniciar NÃO HORMONAIS
1comp/dia AINE (contraindicados em plaquetopenia e
Histerectomia transtorno de coagulação).
Ablação endometrial – “queima” Ácido mefenâmico 500mg, VO, 8/8h
Naproxeno 500mg, VO, 12/12 h
PACIENTE ESTÁVEL Ibuprofeno 600 mg, 1x/dia
HORMONAL – Via Oral
Pode utilizar o mesmo anticoncepcional no ANTIFIBRINOLÍTICOS – Ácido tranexâmico,
esquema de 8 em 8 horas por 7 dias, pausa contraindicado na CIVD e doença
de 7 dias sangramento e depois normal 1 tromboembólica ativa.
comprimido por dia. Ácido tranexâmico 250 mg 4 – 6 comp (1 – 1,5
g), 8/8 h, 5 dias ou antes se cessar sintomas.
▪ EEC 1,25 mg, VO, 6/6 H 21 – 25 dias, seguido *Esquema endovenoso se sangramento
de acetato de medroxiprogesterona 10 mg, volumoso.
VO, 1x/dia, 10 dias.
▪ ACO 30 – 35 mcg, EE2 (Etinilestradiol), VO, TRATAMENTO DE SUA CRÔNICO
8/8h, 7 dias, pausa de 7 dias para o >6 MESES
(sangramento de privação) e após reiniciar Instituído após elucidação da etiologia e
1comp/dia exclusão de malignidade.
HORMONAL PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL
▪ Anticoncepcional oral combinado ➢ Estimativa precoce e acurada da idade
▪ Dispositivos de Levonorgestrel (SIU-LNG) gestacional;
DIU MIRENA, mas só se souber a causa do Vamos perguntar sobre o ciclo menstrual
sangramento dessa mulher, se ela lembra da DUM, se os
▪ Progesterona e Progestagênios ciclos eram regulares.
▪ Danazol, Gestrinona, Agonista do GnRH A data da 1ª USG tem uma acurácia melhor
Ação central, possui muito efeito colateral! para determinar a idade gestacional e a DPP.
A USG após 1º trimestre, da metade para a
NÃO HORMONAL frente da gravidez pode ter uma margem de
▪ AINE erro de 2 até 3 semanas.
▪ Ácido Tranexâmico ➢ Identificação de risco para complicações;
Toda vez que ela for menstruar irá fazer o uso Idade materna, situação socioeconômica,
dos dois comorbidades.
Nem toda gravidez de risco vai ser
INDICAÇÕES acompanhada por um obstetra, pessoa com
Falha no tratamento medicamentoso, idade avançada por exemplo.
recorrência SUA, etiologia primária de manejo ➢ Avaliação constante do estado de saúde da
cirúrgico mãe e do feto;
▪ Polipectomia (melhor opção via Pode ter alterações que não ocorreram no
histeroscopia) – exérese de pólipo primeiro trimestre, mas que ainda pode
endometrial ou cervical ocorrer – HAS, DM...
Se a causa for um pólipo hiperplásico <3cm, ➢ Diagnóstico e terapêutica precoces;
retira!! ➢ Educação e comunicação com os pais.
▪ Miomectomia (HSC em miomas submucosos, Tipos de partos, quando bebe começa a
miomas maiores por laparoscopia ou mexer, instruções da gravidez
laparotomia)
▪ Ablação Endometrial BENEFÍCIOS OBSERVADOS
▪ Embolização das Artérias Uterinas – obstrui o ▪ Redução da mortalidade materna
vaso ligado ao mioma ▪ Redução das taxas de prematuridade
▪ Histerectomia – paciente que não querem ▪ Redução das taxas de óbito fetal e
mais ter filhos mortalidade neonatal (placenta prévia, RCIU
– restrição do crescimento e gestação
PUERPÉRIO
➢ As pacientes com DMG devem retornar à
dieta para não diabéticos;
➢ Suspender a insulina e os controles glicêmicos;
➢ Após 6 semanas o TTOG deve ser realizado;
➢ Após 5 anos: 50% das pacientes são
diagnosticadas com Diabetes mellitus.
RISCO AUMENTANDO, orientar!!
COMPLICAÇÕES PERINATAIS
➢ Maiores morbidade e mortalidade perinatais;
➢ Macrossomia, hipoglicemia, policitemia,
hipocalcemia;
➢ Hipótese de Pedersen: intra-útero.
Hiperglicemia materna
➢ Ao nascer: aporte glicêmico é interrompido
Corta o cordão
➢ O aumento da insulina:
▪ Hipoglicemia neonatal;
▪ Aceleração do crescimento fetal
macrossomia;
- Insulina hormônio catabolizante
▪ Síndrome do desconforto respiratório.
- O excesso de insulina atrasa a produção do
surfactante responsável pela maturação
pulmonar!