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Circuito dopaminérgico
• todas as substâncias que podem levar a adição aumenta a
dopamina (DA) no núcleo estriado ventral (nucleus accumbens -
centro do prazer)
• ocorre descarga dopaminérgico no centro do prazer
• quanto + rápida + efetiva + descarga = mais viciante pode ser
Critérios diagnósticos
Tolerância
• usar cada vez doses maiores para obter mesmo efeito
Abstinência
• sinais fisiológicos e comportamentais quando cessa substancia
química
Adições a substâncias
• nem todas as pessoas que fazem uso de substâncias tornam-se Transtornos induzidos por substâncias
adictas a ela, depende de fatores ambientais e do tipo de substância • intoxicação e abstinência de SPA
• subst oral: passa pelo mecanismo hepático até chegar ao cérebro -> • transtornos mentais induzidos por substâncias
menos viciantes - sintomas clinicamente significativos
• subst. Inaladas, cheiradas ou injetadas: não passa pelo mecanismo - surgimento em até 1 mês após intoxicação ou abstinência
e vai direto para o cérebro através da corrente sanguínea -> mais - não ocorre apenas na presença de Delirium
viciantes
ÁLCOOL Efeitos do álcool
• droga que está relacionada a maior mortalidade no Brasil (trânsito, Cérebro
suicídio, dependência) • comportamentais (depressor), efeitos no sono (redução de latência)
Fígado
Farmacologia e garmacocinética • esteatose hepática, hepatite alcóolica, cirrose hepática
Absorção Sistema gastrointestinal
• 10% absorvido a partir do estômago / 90% no intestino delgado • esofagite, gastrite, úlceras pépticas, pancreatite, redução da absorção de
• pico de álcool na concentração sanguínea: 30 a 90min (tempo muda de nutrientes (causa complicações no SNC)
acordo com volume e velocidade de consumo)
• é distribuído para todos os tecidos do corpo e se dissolve uniformemente Conceitos
(quanto mais água tem no tecido, mais quant. De álcool é encontrada) Beber em binge: pessoa que não é dependente, mas bebe muito
• associação com comportamentos de risco
Metabolismo • 5 doses (homem), 4 doses (mulher)
• 90% metabolizado no fígado por meio de oxidação
• 15% excretado inalterados pelo rim e pulmão Transtorno por uso de álcool - DSM-5
• uso do álcool relacionado a comprometimento ou sofrimento
• 15mg/dl por hora: capacidade do corpo de depurar álcool, se consumo manifestados por pelo menos 2 dos critérios por 12 meses
maior a pessoa pode ter quadro de intoxicação 1. Maiores quantidades
-> intoxicação: quando a pessoa bebe além da capacidade que o corpo tem 2. Desejo persistente
de depurar o álcool 3. Muito tempo gasto em atividades necessárias para obtenção de
efeitos do alcóol
• álcool desidrogenase (ADH) -> transforma álcool em acetaldeído (subst 4. Forte desejo
tóxica que quando acumulado causa ressaca) 5. Uso recorrente
• Aldeído desidrogenase -> converte acetaldeído em ácido acético (não é 6. Uso continuado
tóxico, solúvel e é eliminado na urina) 7. Atividades sociais abandonadas
8. Uso recorrente em situações que representam perigo
Obs: mulheres apresentam menor concentração de ADH (menor capacidade 9. Uso do álcool mantido apesar da consciência do problema
de depurar o álcool) 10. Tolerância definida
Gaba: principal neurotransmissor inibitório do SNC - A: necessidade de quantidade maiores
(álcool potencializa - droga depressora) - B: efeito menor
11. Abstinência manifestada
Glutamato: neurotransmissor exitatório (álcool reduz
ação) ÁLCOOL-DEPENDÊNCIA
Neurônios opioides (liberação de dopamina): quando • doença de caráter biopsicossocial, continuação e estreitamento do
estimulado pelo álcool liberam endorfina, resultando uso, evidencia de tolerância/fissura, Sd. De abstinência, alívio dos
em liberação de dopamina sintomas da Sd após o uso, saliência do comportamento de busca
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PARA CESSAR INTOXICAÇÃO AGUDA POR ÁLCOOL
DEPENDÊNCIA • sinais de embriaguez alcóolica até coma
Dissulfiram • alterações de comportamento: agressividade, labilidade,
• não tem mais disponível comportamento sexual de risco, excitação, impulsividade
• reduz consumo através da inibição do aldeído desidrogenase
(causando sintomas de ressaca exacerbados - reforço negativo) DSM-5
• EC são variáveis (leve a morte) A. Ingestão recente de álcool
• inicia-se após 12h da última ingestão de álcool B. Alterações comportamentais ou psicológicas significativas e
• paciente assina termo e faz exames laboratoriais para problemáticas
acompanhamento C. Um ou mais dos sinais e sintomas durante ou logo após o uso:
-> DOSE INICIAL: 250mg/dia
Naltrexona *
• única opção disponível no Brasil
• antagonista do receptor opioide (paciente perde o prazer de beber)
• dosar função renal antes de iniciar tto (medicação nefrotóxica)
• controle mensal com bilirrubina e transaminases nos 3m iniciais
• EC: náuseas e vômitos
• cerca de 12s de tto
-> DOSE INICIAL: 50mg/dia Manejo
• ambiente seguro, exame físico detalhado, exames se necessário (em
Acamprosato casos de queda ou DD), monitorizar, hidratação em casos de desidratação
• não tem no Brasil • Se faz glicose somente para quem precisa! (Hipoglicêmico)
• antagonista de neurotransmissor do receptor N-metil-D-aspartato • não existem fármacos que revertam os efeitos do álcool
• redução do consumo pela redução dos sintomas de abstinência -> evitar medicações sedativas: prometazina e benzo (piora efeito da
• usado para pacientes que já estão em abstinência droga depressora)
• período de tto: 3 a 12 meses -> caso de agitação motora: haloperidol 0,5mg IM a cada 30min
• uso moderado em pct renal alterado
-> DOSE INICIAL: 2/3x dia 330mg SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA ALCÓOLICA (SAA)
• sinais e sintomas surgem nas primeiras 6h após redução ou parada de
Topiramato uso
• medicamento de 2ª linha • período mais crítico: 72h
• aprovado para T. Convulsivos múltiplos, profilaxia da enxaqueca • sinal mais clássico: tremor (causado por hiperatividade do glutamato -
-> DOSE INICIAL: inicia com doses baixas (25mg) até 200/300 dia compensatório)
• Diazepam 20 a 40mg/dia VO por 5 a 6 dias com retirada ao longo de 4 dias
-> potencializador do gaba para compensar a excitação do glutamato
OU
• Lorazepam 2 a 4mg VO -> utilizado em casos de hepatopatias instalada
SAA grave
• internação hospitalar, monitorização, hidratação com 1000ml de SF 0,9% EV
↓ SUDORESE
INTENSA
• Diazepam 10mg VO (se paciente com condições de deglutir) a cada hora
(CASOS GRAVES!) (máximo de 60 a 80mg) por 6 a 7 dias e suspender após
- se paciente não conseguir VO, pode ser feito EV 10mg sem diluição
- nunca fazer diazepam IM
OU
• Lorazepam 2 a 4mg a cada hora (máximo 12mg)
+
• reposição de tiamina: ideal ser EV ou IM
Delirium Tremens
• forma mais grave e complicada, surgindo após 1 a 4 dias de internação
• associada a confusão mental aguda e alucinações visuais e táteis (convulsão
+ sinais psicóticos)
• diazepam EV
Manejo
TRANSTORNO PSICÓTICO INDUZIDO POR ÁLCOOL
• todo paciente crônico vai ter deficiência de TIAMINA (vit B1
• fora do contexto da abstinência, dentro do uso de álcool
que influencia no bom funcionamento do SNC)
• apresentam alucinações auditivas ou delírios
• deve sempre fazer o uso para evitar complicações
• alucinações auditivas geralmente são caluniosas, ameaçadoras ou repressivas
• geralmente desaparecem em uma semana
SAA leve/moderada
• pode ser necessário uso de antipsicóticos
• orientações à família, proporcionar ambiente calmo, dieta livre
• TIAMINA: falta da vit causa quadro demencial
hidratação
Encefalopatia de Wernicke Síndrome de Korsakoff
• Tiamina 300mg IM ou EV durante 3 a 7 dias de forma continua • quadro agudo e reversível • quadro demencial (instalado) causado
(se disponível) causado por deficiência de pelo álcool
OU tiamina • quadro crônico e irreversível
• Tiamina 300mg VO por algumas semanas em doses mais altas • nistagmo, ataxia, confusão • desorientação, perda da memória
mental (+ quadro motor) recente e confabulações (irreal)
OLHO VERMELHO
Diagnósticos diferenciais CONJUNTIVITE
• corpo estranho, hemorragia subconjuntival, pterígeo (carne no olho),• inflamação da conjuntiva caracterizada por hiperemia ocular,
conjuntivite, herdólo (tersol), uveíte, episclerite (inflam. Da episclera lacrimejamento, presença de secreção e prurido ocular
+ superficial) / esclerite (inflam. Da esclera), queimadura ocular
(químicas principalmente) Causas: infecção viral*, bacteriana, alergias, etc
SNC
• sede de infecção por diferentes agentes TEMPO DE EVOLUÇÃO + ETIOLOGIA
• tipos: meningites, encefalites, abcessos e mielites
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
síndrome infecciosa / toxemia
• febre, adinamia, hiporexia, mal-estar, fadiga, palidez, taquicardia,
taquipneia
Síndrome meníngea
Aguda: até 2 semanas de evolução
• cefaleia, dor cervical, dor lombar, fotofobia, rigidez de nuca, sinais *3 a 4s pensar fúngica
Subaguda: de 2 a 4 semanas de evolução
de Kernig, Laségue, Brudzinski, opistótono
Crônica: >4 semanas de evolução
Sintomas associados
• alterações da pele -> MENINGOCOCO
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• punção lombar diagnóstica (L4 e L5)
• precisa ter a pressão de abertura, pois precisa ter cuidado a valores muito
altos, que ocasionam herniação se feita punção
• pressão normal do líquor: até 20 / >25 alterado
Citobioquímica do líquor Atenção!!!!!!!!
• pressão de abertura, aspecto, cor, citometria, glicorraquia, • meningite parcialmente tratada pode apresentar líquor linfocítico mesmo
proteinorraquia sendo bacteriana (único caso)
CASO CLÍNICO
EXAMES DE IMAGEM
• é necessária realizar exames de imagem em todos? NÃO!
• so é realizado quando sinais de complicação
• viral: linfocítico - persistência da febre
- glicorragia normal / proteína normal / bacterio - - sinais de HIC
• vírus é o único que não consome glicose - sinais focais
- convulsões
• bacteriana: polimorfonucleares - aumento da circunferência craniana (neonatos)
- leucócitos com predomínio de neutrófilos - fratura de base do crânio
- glicorragia baixa / proteína aumentada / bacterio +
• tuberculose: linfocítico
- glicorragia baixa / proteína aumentada ou normal
• fúngica: linfocítico
- glicorragia baixa / proteína aumentada
Bacterioscopia
Neisseria meningitidis = coco gram negativos - -> empiema: causa herniação cerebral transtentorial se feita a punção do
Streptococcus Pneumoniae = coco gram positivos + úncus
Tratamento empírico
Quando é necessário realizar exame de imagem antes da
punção?
• convulsões
• imunossupressão (HIV)
• papiledema
• sinais neurológicos focais
• comprometimento do nível de consciência
CASO CLÍNICO
0
Avaliação do líquor
• observar encefalite + linfocítico = herpes
Crises generalizadas
O QUE É CRISE EPILÉPTICA?
• caracterizadas por perda da consciência
• sintoma neurológico transitória que se deve a uma
• acometimento total do córtex
descarga anormal no cérebro
• não é diagnóstico de epilepsia!
Tônico-clônico generalizada (motora)
• contrações musculares mantidas, breve relaxamento, rítmicas e
CLASSIFICAÇÃO
repetitivas
• classificação através do eletroencefalograma
• supra-versão ocular, salivação excessiva, respiração ofegante, apneia,
• focais (60%) / generalizadas (30%) / idiopáticas
sialorreia, mordedura de língua e liberação esfincteriana
Cianogênicas
• tetralogia de Fallot
• transposição de grandes artérias
• Truncus arteriosus
• dupla via de saída de ventrículo direito
• dupla via de saída de ventrículo esquerdo
• atresia tricúspide
• atresia pulmonar
• anomalia de Ebstein
• hipoplasia do ventrículo esquerdo
• drenagem anômala total de veias pulmonares
Cateterismo cardíaco
• terapêutico e avalia a presença de hipertensão pulmonar (através do
fluxo D-E -> se fluxo fechar entra em falência aguda)
• em casos de hipertensão pulmonar -> somente suporte
Exames complementares
Eletrocardiograma
• normal ou com padrão de distúrbio de condução pelo ramo direito (padrão
AR, V1 e V2)
• sem manifestações, não é específico de CIA
• atletas podem ter
RX de tórax COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)
• normal ou com aumento do tronco pulmonar e cavidades direitas • cardiopatia acianogênica mais comum em crianças
com hiperfluxo pulmonar • Diagnóstico também pode passar despercebido, sendo visto somente
na fase adulta (de tamanho reduzido, é comum)
• tipos:
- perimembranosa
LIPERFLUXO 000 - infundibular
pulmonar e TRONCO DA
PULMONAR ABAULADO
- muscular (quando múltiplas =
em queijo suíço)
- de via de entrada
- de via de saída
Ecocardiograma
• avalia localização e repercussão
• em adultos, pode ser necessário o eco transesofágico (por
conta do esôfago estar próximo do átrio esquerdo)
Cateterismo
• terapêutico e avalia presença de HAS pulmonar Fisiopatologia
Tratamento
• fechamento espontâneo do ostium secundum é raro, mas
pode acontecer até os 2 anos (<5mm)
Indicação cirúrgica:
• sintomas
• aumento de cavidades direitas
• QP / QS > 1,5 ao ecocardiograma (fluxopulmonar sobre
fluxosistêmico)
Cateterismo cardíaco
• terapêutico e avalia a presença de hipertensão pulmonar e lesões associadas
Tratamento
• depende da: presença e gravidade dos sintomas, probabilidade de fechamento
espontâneo, risco de complicações, tamanho da CIV e shunt (E-D)
Exames complementares -> crianças com CIV diminuída, sem repercussão hemodinâmica -> não
Eletrocardiograma necessitam de intervenção
• normal ou com aumento biventricular em CIV maiores
com hipertensão pulmonar CIV moderada a grave
• medidas de prevenção de infecções do trato resp, IC, tto cirúrgico
COARCTAÇÃO DE AORTA • hipertensão pulmonar: predominante em neonatos que tem circulação
• 80% das cardiopatias colateral ausente ou inadequada, desde que o canal arterial permaneça aberto
• defeito obstrutivo, podendo ser localizado: • hipertensão sistêmica: quando o canal está aberto, ocorre HAS, raramente
- porção descendente da aorta torácica grave e pulso femoral não é anormal
- após a artéria subclávia esquerda
- zona de inserção do canal arterial • quando canal se fecha após 2s de vida, a circulação é gravemente alterada,
se tornando sintomáticos com hiperfusão grave da parte inferior do corpo,
• outros locais: istmo da aorta descendente abaixo do diafragma, disfunção renal e acidose
junto à artéria renal • o VE começa a falhar pela pós-carga grave à medida que HAS aumenta
CARDIOPATIAS ACIANOGÊNICAS
TETRALOGIA DE FALLOT
Eletrocardiograma Achados comuns
• normal ou com sobrecarga esquerda (60%) por conta da • comunicação interventricular (via de saída / perimembranosa)
HAS • obstrução da via de saída do ventriculo direito (estenose pulmonar infundibular)
• sobrecarga biventricular (10%) se tiver canal arterial • “cavalgamento” da aorta sobre septo interventricular - Dextroposição da aorta
persistente com hiperfluxo pulmonar • hipertrofia do ventrículo direito
• pêntade de fallot: CIA associada (mais rara)
Fisiopatologia
• magnitude da cianose relacionada ao grau de obstrução da via de saída do VD e ao
estado do paciente
Ecocardiograma
• define o diagnóstico, avalia função ventricular e lesões Hiperfluxo pulmonar -> hipoxemia -> cianose -> aumento da circulação colateral ->
associadas policitemia
O - COARCTAGÃO
• desencadeado por esforço (choro, amamentação, atv física) infec, desidratação, anemia
• aumenta da taquidpsneia e cianose -> flacidez generalizada, perda da consciência,
convulsões, AVC e morte
Manifestações clínicas
• se pequeno pode se manifestar somente na fase pré-escolar ou RaioX de tórax
adolescência • ápice cardíaco voltado superiormente (HVD) e com aumento da
concavidade do contorno da artéria pulmonar, que está reduzido ou
• cianose desde o nascimento ou após meses ou anos de vida ausente (coração em bota - tamanho holandês)
(depende do grau de obstrução pulmonar e shunt D-E) AUMENTO DO VENTRECULO DIREITO
Exames complementares
Tratamento
Eletrocardiograma
Crises hipoxêmicas
• sobrecarga de câmaras direitas
• medidas gerais: posição genupeitoral, Adm O2 e morfina, transfusão de
• ondas R amplas em V1
cristalóides ou sangue, tto de distúrbios hidroelétricos, bicarbonato caso
• desvio extremo do eixo (QRS negativo em V1 e AVF) - >190bpm
haja acidose metabólica
Cirúrgico
• realizado em 1 ou 2 etapas dependendo da anatomia
Manifestações clínicas
Se anatomia desfavorável (grau de estenose crítica)
• depende do grau de mistura entre as duas circulações
• anastomose sistêmico-pulmonar (Blalock-taussig
modificado)
• se mistura adequada com fluxo pulmonar aumentado:
• tem objetivo de aumentar fluxo pulmonar para maturar o
- sat O2 pode ser até normal e sintomatologia mínima
pulmão para receber tto definitivo com alto fluxo
• se pouca mistura
Se anatomia favorável (grau de estenose leve a moderada)
- cianose acentuada, podendo evoluir rapidamente a óbito por hipóxia, acidose
• correção total nos primeiros anos de vida
metabólica e falência de múltiplos órgãos
Exames complementares
Eletrocardiograma
• sobrecarga de câmaras direitas
Raio X de tórax
• cardiomegalia moderada com formato ovóide
• Como se fosse uma corda (mediastino afilado
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES ARTÉRIAS Pela sobreposição do tronco pulmonar e da aorta)
(TGA) Com um ovo (ventrículos)
• cardiopatia mais comum, com cianose nas primeiras
24h de vida
- feito teste do coraçãozinho e intrauterino Ecocardiograma ****
• discordância da conexão ventrículo-arterial (VE-TP e • define o diagnóstico
VD-AO) • achados: vasos em paralelo como se não tivesse comunicação de uma para outra
• tipos:
- septo íntegro (50%) -> evolução natural desfavorável
* por conta da circulação em paralelo para garantir a
sobrevida do pct -> utiliza-se prostaglandinas para
manter canal arterial aberto p/ cirurgia definitiva
- com CIV (25%)
- com estenose pulmonar (25%)
• cirurgia de Rastelli
- se estenose pulmonar grave (após blalock-taussig modificado)
SANGRAMENTO DA SEGUNDA METADE DA GESTAÇÃO
Se estável
• avalia-se feto
• sofrimento fetal, categoria 2 ou 3 -> cesariana imediata
Transfusão sanguínea
• se continuidade de hemorragia maciça A depender da IG
• protocolo: 4 a 6 unidades de plasma • a termo: interrupção da gestação
• importante uso de fibrinogênio • pré-termo (34-36s): discordância da literatura
• OBJ: manter HMG >8, plaqueta >75.000, fibrinogênio >100, TAP • <34s: conduta conservadora (se feto e mãe estáveis) -> corticoide,
e PTT <1,5 tocólise, avaliação do bem-estar fetal seriada (US e cardiotoc) e
programação do parto (37-38s)
Interrupção da gravidez - nesses casos, chamado de quadro de DPP crônico (sangramento
• depende da gravidade do sangramento, condição materna e fetal, intermitente, pequena quantidade, sem instabilidade materna ou
IG repercussão fetal) -> risco maior de crescimento uterino restrito e
oligodramnia
DPP e óbito fetal
• o que define a conduta diante de um quadro de DPP assoc. a óbito PLACENTA PRÉVIA
fetal é a estabilização da mulher e da gravidade do sangramento • placenta que se implanta total ou parcialmente no segmento inferior do
útero
Se instável hemodinamicamente + hemorragia maciça + parto não
iminente
• cesariana
Se estável hemodinamicamente
• via vaginal
1. Placenta de inserção baixa: próximo ao colo sem atingi-lo
Se presença de dilatação 2. Marginal: atinge o OI (orifício interno) do colo do útero sem recobri-lo
• amniotomia para parto se suceder em minutos 3. Completa ou centro total: recobre totalmente o OI do colo uterino
Fase inicial de trabalho de parto -> achado US frequente em exames entre 16-25s, mas 90% normalizam até
• uso de ocitocina o termo
Principal fator de risco Conduta
• Cesariana (onde tem maior vascularização) • encaminhar para centro de referência
• a conduta depende:
Fatores de risco associados - da quantidade de sangramento e condições hemodinâmicas
• multiparidade, intervalo interpatual curto, tabagismo e gemelaridade - IG
- suplementação de ferro e constante monitorização de Hb
Outras intervenções - gestante Rh - >> fazer uso de imunoglobulina sempre que houver
• miomectomia, curetagem sangramento
- via de parto -> decidida após análise clínica e US
Risco de PP em gravidezes futuras com cicatriz uterina anterior
• 1 cesariana anterior: 4,5x ROTURA UTERINA
• 2 cesarianas anteriores 7,4x • grave complicação obstétrica e importante causa de
• 4 ou mais cesarianas anteriores: até 45% morbimortalidade materna
Complicações
• acretismo, incretismo ou percretismo placentário -> hemorragias ->
histerectomias
Diagnóstico clínico
• sangramento indolor
• autolimitado
• final do 2º e inicio do 3º trimestre
Classificação
• sangramento sentinela (evento intermitente e abundante com necessidade
Completa
de internações e hemotransfusões frequentes)
• total rotura da parede uterina
• pode haver contrações, mas sem aumento do tônus uterino
Incompleta
Exame físico
• o peritôneo parietal permanece intacto
• sinais vitais, exame obstétrico (AFU, BCF, apresentação), exame
• em geral não é complicada e assintomática em partos vaginais
especular cuidadoso
• NUNCA fazer toque vaginal (até conhecer a localização exata da
Fator de risco
placenta)
• cicatriz uterina e cesariana
• tipo de incisão uterina (incisão corporal)
Exames complementares
Hemoglobina e hematócrito • uso inapropriado de ocitocina
US obstétrico
Grupo sanguíneo e fator Rh • antecedentes de: miomectomia, curetagem com perfuração,
• indicado para diagnóstico
acretismo placentário, trauma abdominal, hiperdistensão uterina
• US + ecodoppler: Dx de complicações
Quadro clínico TESTE DE AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR FETAL
No trabalho de parto Mobilograma
• perda súbita dos BCF • contagem dos movimentos fetais por 1 hora
• presença ou não de sangramento vaginal • > 6 movimentos em 1 hora -> BEF preservado
• sinais e sintomas de choque hipovolêmico • <6 em 1h -> procurar assistência para ausculta de feto
• taquicardia e hipotensão e parada de contrações após forte dor
Ausculta fetal intermitente
Pós parto • geralmente em gravidez de baixo risco
• importante causa de hemorragia pós parto e necessidade de • aparelho sonar durante o trabalho de parto
abordagem cirúrgica imediata • ausculta fetal por 1 minuto após contração uterina
• FC entre 110 e 160 -> BEF preservado
VASA PRÉVIA • FC >160 e <110 -> fazer monitorização contínua
• sangramento dos vasos sanguíneos que atravessam as membranas
amnióticas passando pelo OI do colo uterino USG
Associação Cardiotocografia fetal
• associado à inserção anormal dos vasos fetais dentro das • aparelho: cardiotocógrafo
membranas • monitorização intraparto tem como objetivo detectar a potencial
• causa rara de hemorragia -> perda sanguínea de origem fetal descompensação fetal e permitir intervenção apropriada para cada caso
• o cérebro fetal muda-la a FCF através dos sistemas simpáticos e
Fatores de risco parassimpático, podendo ser usado para determinar se feto bem
• ocorre em gestantes com implantação baixa de placenta (PP) e oxigenado ou não
inserção velamentosa de cordão • alterações da FCF precedem o dano cerebral, a monitorização
previne
Diagnóstico • a análise de FCF é a avaliação principal para propedêutica obstétrica
• no pré-parto se torna difícil e suspeita-se quando há hemorragia
no momento da rotura das membranas amnióticas
• USG e Doppler pode detectar ante parto e deve ser considerada
em gestantes com FR
Inserção
velamentosa do
cordão
REPERCUSSÕES CLÍNICAS DO USO ABUSIVO DO ÁLCOOL
O álcool se transforma em
Enzimas:
-> quando lançado na corrente sanguínea, ocorre oxidação em outros
Principal via nas
principal via de tecidos (ciclo de Krebs) -> calorias vazias que o álcool proporciona
pessoas que bebem
quem bebe todos esporadicamente
os dias
ESTEATOHEPATITE ALCÓOLICA
• hepatite aguda sobre aquela esteatose inicial
• desenvolve com a continuação do abuso do álcool - 1/3
• possuem inflamação hepática / dano ou fibrose no histopatológico (evoluem para
necrose)
Introdução • 1/2 já tem fibrose hepática avançada ou cirrose
• presente em 90% dos etilistas pesados
• pode ser vista após 2 semanas de consumo Hepatite alcóolica aguda: síndrome inflamatória que evolui com necrose
• deve-se ao acúmulo de macrovesículas de gordura sob a forma hepatocitária
de grandes gotas de triglicerídeos que deslocam o núcleo • o álcool afeta diretamente -> citoesqueleto, a função mitocondrial e a fluidez da
hepatocitário membrana
• é reversível com a abstinência
• o cetoaldeído -> a peroxidação lipídica e a formação de conjugados acetaldeído-
Histologia proteína -> função citoesquelética e de membrana
• esteatose hepática alcóolica: macrogotas de gordura
• não alcóolica: microgotas / núcleo permanece na loc. Central • radicais livres -> danificam as membranas e proteínas
• observe acima e abaixo os hepatócitos com citoplasmas Tudo isso leva a: ativação das células de Kupffer e liberação de citocinas (TNF-,
ocupados por grandes vacúolos claros que deslocam os núcleos IL-1, prostaglandinas, leucotrienos), aumento de expressão de moléculas de adesão
para a periferia da célula e quimiocinas, levando ao recrutamento de leucócitos polimorfonucleares ->
desencadeando resposta inflamatória local
principal característica da hepatite alcóolica e doença hepática Excesso de etanol absorvido pela circulação porta é metabolizado
alcóolica de forma geral predominantemente na região centrolobular do lóbulo hepático, local onde
• inflamação mediada por citocinas e dano celular, sendo TNF o existe a maior concentração da enzima alcóol-desidrogenase
principal efetor da lesão
Manifestações clínicas
• mal-estar, febre e icterícia
• anorexia e perda de peso
• desconforto abdominal superior e hepatomegalia dolorosa à palpação
-> acetaldeído: se ligam ao • febre
citoesqueleto das células levando a • ascite e hemorragia digestiva -> 30% dos casos
formação protéicas -> corpúsculos de - as vezes a esteatohepatite vem com quadro de edema hepático tão grande que
Mallory acaba comprimindo a veia porta
• falência hepática fulminante
• 10-20% risco de morte
Quadro clínico
• icterícia, de início súbito
• febre, taquicardia, anorexia, náuseas, vômitos, ascite e hepatomegalia dolorosa
• em indivíduos de ambos os sexos, com predomínio do sexo masculino (entre
40-60 anos), com história de abuso crônico de álcool (média de ingestão
superior a 100G/D)
• com ou sem doença hepática já estabelecida
Diagnóstico laboratorial
Score de gravidade • hiperbilirrubinemia
função discriminativa de Maddrey (FD) • fosfatase alcalina elevada (<3x do valor máximo)
• determinar a severidade da doença e selecionar os • leucocitose neutrofílica
doentes candidatos a corticoterapia • TGO e TGP séricas elevadas, mas abaixo de 500U/ML
• score > ou = 32 apresentavam uma mortalidade 4 • TGO/TGP >2
semanas -> 35-45%
• níveis séricos de bilirrubina e do TP (negligencia a idade • a biópsia hepática não é necessária quando história + exame físico + exames lab
e a função renal) permitem Dx, sendo indicada somente se:
- dúvida Dx
DF = 4.6 X (tempo de protrombina - controle do tempo) + - necessidade de descartar a coexistência de outros processos patológicos como:
bilirrubina em mg/DL cirrose e hepatite C e B
• definir Dx
Score de glasgow da hepatite alcóolica (GAHS)
• a idade, a contagem de leucócitos, a ureia, a bilirrubina Tratamento
sérica e o INR Abstinência alcóolica obrigatória
• predição de morte no primeiro mês e no terceiro mês • melhora o prognóstico, diminui as lesões hepáticas, a pressão portal, a progressão
para cirrose e mortalidade
Score Model For End-Stage Liver Disease (MELD)
• níveis séricos de bilirrubina, INR e creatinina sérica Suporte nutricional
• frequente a desnutrição calórica-proteica, deficiências em vitaminas e minerais
como: Vit A e D, tiamina, folatos, piridoxina e zinco
Medidas especiais
• encefalopatia e/ou um índice de função discriminante de Maddrey > ou = 32,
MELD > 20, incentivam pacientes onde o risco da doença supera o risco do
tratamento, sendo indicado o uso de:
- corticosteroides: inibem a produção de citocinas, reduzem a quimiotaxia de
leucócitos, suprimem a produção de ductos de acetaldeído, diminuem a ativação de
células estelares, aumentam a produção de colagenase, estimulam a ingestão calórica
e a síntese de albumina
>> prednisolona, VO, 40mg/dia 4 semanas, reduzindo a dose durante 2 semanas até
a retirada total
>> acetilcisteína
>> pentoxifilina: subst que inibe seletivamente fosfodiesterases e reduz a produção
de citocinas na dose de 400mg, VO, 3x/dia durante 4s (diminui risco de SHR)
Transplante hepático FIBROSE
• pacientes gravídicos Diagnóstico
• Fase avançada e que possuem MELD > ou = 15 • biópsia e histopatológico
• É necessário um período de abstenção alcóolica mínimo de 6 • elastografia hepática transitória
meses antes do transplante - avaliador não invasivo da fibrose hepática.
- É efetuada com um transdutor de US, baseado na elastografia transitória
FIBROSE E CIRROSE HEPÁTICA ALCÓOLICA unimensional, consegue medir a velocidade de propagação, diretamente
• matriz extracelular: tecido que preenche os espaços entre as relacionada com a elasticidade hepática
células, conduzindo os vasos sanguíneos e linfáticos, tem funções - método rápido, indolor, reprodutível e pouco dependente do operador
óbvias de sustentação e de integração
Tratamento
-> forças que operam para aumentar a quantidade da matriz • abstinência
extracelular (fibrogênese) -> fator estimulador da fibrogênese leva a
fibrólise CIRROSE HEPÁTICA
-> outras que operam em sentido contrário quando há excesso da • se caracteriza por formações de fibrose difusa, além de micro e
mesma (fibrólise) macronódulos, causando perversão da arquitetura normal do parênquima
-> um fator agressor que estimula a fibrogênese -> fibrose hepático (a função depende de como as células estão organizadas)
Manifestações clínicas
• disfunção dos hepatócitos
• shunts portossistêmicos
• hipertensão portal
Fisiopatologia
Manifestações clínicas 1. Danos aos hepatócitos = prejuízos às funções do fígado:
• ascite / edema • produção de substâncias
• varizes de esôfago e fundo gástrico - albumina (10G/dia x 4G/dia) -> hipoalbuminemia
• varizes hemorroidárias - fatores de coagulação: alargamento do TAP
• sangramento gastrointestinal (hematêmese/melena/sangramento • metabolização de substâncias: amonia em ureia -> hiperamoniemia
gastrointestinal baixo) • liberação de transaminases
• esplenomegalia / hiperesplenismo
• circulação colateral abdominal (caput de medusae) 2. Deposição de colágeno / nódulos regeneração
• icterícia • capilarização e compressão de sinusóides / destruição da arquitetura
• telangiectasia hepática
• eritema palmar
• ginecomastia Ty HIPERTENSÃO PORTAL
HIPERTENSÃO PORTAL VARIZES
Fisiopatologia
• veia cava inferior
• veias hepáticas
• veia centrolobular
• sinusóides hepáticos
• ramos da veia porta -> espaço porta Veias que desaguam na
• veia porta
veia porta
ASCITE
Manifestações clínicas
• comunicação entre a circulação portal e a sistêmica na
tentativa de descomprimir a veia porta
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
• são alterações neurológicas e neuropsiquiátricas que ocorrem em pacientes
com disfunção hepática avançada
• decorrem de alterações metabólicas em virtude da falha na metabolização
de substâncias pelo fígado, dentre as quais se destacam amônia, devido à
sua função insuficiente e aos shunts portossistêmicos
• lactulona e metronidazol
Esplenomegalia
Esplenomegalia congestiva -> hiperesplenismo
1. Anemia
2. Leucopenia
3. Plaquetopenia