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anatomia

Divertículo verdadeiro, com comprimento médio de


9 cm e largura até 5 mm
Localização: base do ceco, na convergência das tênias
Irrigação: A. apendicular, ramo da a. ileocecocólica
Posição mais comum: retrocecal (60%), pélvico (30%)
epidemiologia

Posições do apêndice
Apendicite Mais comum em homens, brancos
2ª e 3ª décadas
6 a 7% da população
Principal causa de abdome agudo
(geral e gestante)
Fisiopatologia
Principal causa:
Adulto: fecalito ou apendicolito
Criança: hiperplasia linfoiode Flora bacteriana:
Bactérias Gram-
negativas
(Echerichia coli)
e anaeróbias
(Bacterioides
fragilis)
quadro clínico Exame físico
Dor periumbilical com irradiação
Sinal Descrição
para a fossa ilíaca direita, associada
Descompressão brusca positiva
escore de alvarado a anorexia, náuseas, vômitos e febre Blumberg no ponto de McBurney
baixa (< 38°C).
Escore de Alvarado Dor no quadrante inferior
Rovsing direito com a palpação do

Apendicite
Característica Pontuação quadrante inferior esquerdo

Dor migratória 1 Dor no quadrante inferior


Lapinsky direito, com extensão passiva do
quadril ipsilateral
Sintomas Anorexia 1
Dor à extensão do quadril
Náusea e/ou vômito 1 Iliopsoas direito, com o paciente em
decúbito lateral esquerdo
Defesa da parede no Dor hipogástrica com a flexão
quadrante inferior
direito
2 laboratório Obturador da coxa seguida de rotação
interna do quadril direito
Leucocitose com desvio à esquerda
Sinais Descompressão brusca
no quadrante inferior 1 Aumento da PCR Dunphy Dor em fossa ilíaca direita que
Urina I: hematúria, leucocitúria piora com a tosse
direito
pélvica, irritação da bexiga
Febre > 37,5 °C 1
Leucocitose da
contagem de glóbulos 2 0-3 pontos Apendicite pouco provável = investigar outras patologias
Laboratório brancos > 10 x 10⁹/litro
Desvio à esquerda 1
≥ 4 pontos Provável apendicite = solicitar exame de imagem se necessário

Total 10 ≥ 7 pontos Alto risco de apendicite = cirurgia, solicitar exame de imagem se


necessário (mulheres, idosos, imunocomprometidos, gestantes)
Apendicite
Ultrassonografia
Principalmente em gestantes e crianças
Diâmetro > 6 mm, líquido livre na pelve
Apêndice aumentado, imóvel e não compressível
exames complementares Apêndice não visível não descarta o diagnóstico!

Tomografia (contraste EV)


Exame de escolha
Apendicite: aumento da vascularização e imagem em
Fecalito, borramento da gordura, abscesso, líquido verde, pneumoperitôneo alvo (espessamento da parede).

Sinal do alvo: diâmetro apendicular≥ ≥ 2 mm)


7 mm, espessamento da parede apendicular (
Alta sensibilidade (90-100%) e especificidade (91-99%)
Desvantagens: irradiação e contraste
Ressonância
Exame de escolha na
gestante se ultrassom
for inconclusivo
Apendicite diagnóstico
O diagnóstico da apendicite aguda é eminentemente clínico!
Jovem, masculino, com quadro típico de apendicite aguda,
com evolução < 48 h = apendicectomia VLP.

fases da apendice diagnóstico diferencial


Fase Características Complicações Doença Inflmatória
Pélvica
0 Apêndice normal. Abscesso tubo-
Causas ovariano
I Apêndice com hiperemia e edema (catarral). ginecológicas Torção de ovário
Apendicite não
Gravidez ectópica
II Apêndice com exsudato fibrinoso (flegmonosa). complicada. Cisto ovário roto
III Apêndice com necrose e abcesso (supurativa). Apendicite Adenite
IV Apendicite perfurada (gangrenosa). complicada. mesentérica
Ileíte aguda
Causas Apendagite
Classificação adotada pela USP-SP: intestinais Doença de Crohn
Estágio I: edematosa - apêndice edemaciado, com aspecto próximo ao normal. Diverticulite
Estágio II: úlcero-flegmonosa – aumento importante da vascularização, Meckel
tornando-o edemaciado e avermelhado. Neoplasias
Estágio III: fibrino-purulenta – apendicite supurada, em que o apêndice é
circundado por fibrina e secreção. Ureterolitíase
Causas Cistite
Estágio IV: necrose ou perfuração - quando há necrose da parede do apêndice,
podendo haver perfuração e extravasamento de conteúdo intestinal.
urológicas Pielonefrite
Apendicite
Tratamento

Apendicite aguda não Apendicite complicada: Apendicite aguda complicada:


complicada peritonite difusa ou paciente estável, abscesso bloqueado
paciente instável
Apendicectomia (de Abscesso passível de drenagem: drenagem percutânea guiada
preferência por Cirurgia de por exame de imagem e antibioticoterapia por quatro a sete
laparoscopia) e emergência dias. Se não for possível a drenagem via percutânea, poderá
antibioticoprofilaxia (laparotomia ou ser realizada via transvaginal, transretal ou, ainda, por
pré-operatória em dose laparoscopia. Apendicectomia de intervalo posteriormente.
laparoscopia, se
Abscesso não passível de drenagem ou presença de “fleimão”:
única. houver estabilidade) antibioticoterapia por quatro a sete dias e apendicectomia de
*Alguns autores indicam e antibioticoterapia intervalo posteriormente.
o tratamento clínico com por quatro a sete Apendicectomia de intervalo: consiste no tratamento não
antibioticoterapia (alto dias. É necessária cirúrgico, inicialmente com antibioticoterapia por quatro a
índice de recorrência: reanimação antes sete dias e/ou drenagem do abscesso, colonoscopia em seis a
oito semanas (adultos) para excluir neoplasia e programar
30% em quatro a sete da cirurgia. apendicectomia.
meses).

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