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Protusão anormal de um órgão ou tecido através de um defeito em suas paredes circundantes. • Surgem em locais onde a aponeurose ou a fáscia não são cobertas por musculatura estriada
• Mais comum: hérnia inguinal, indireta, do lado direito
ANATOMIA DO ■ Parede anterior: aponeurose do m. oblíquo externo do abdome. ■ Parede posterior: • Fascia transversalis. • M. transverso do abdome e m. obliquo interno: tradicionalmente esses dois
CANAL músculos formam parte do teto do canal inguinal, mas em alguns segmentos eles se juntam a parede posterior. ■ Composição: Cerca de 4 cm de comprimento no adulto. Desenvolve um
INGUINAL trajeto de lateral para medial, de superior para inferior e de posterior para anterior. • Homem: funículo espermático; • Mulher: ligamento redondo do útero.
REGIÃO →Triângulo de Hesselbach: onde se anunciam as hérnias diretas; →Triângulo de Hessert: área de fragilidade verdadeira →Orifício Miopectíneo de Fruchaud: Hessert + canal femoral
• Fragilidade da parede posterior e bainha dos vasos femorais. • Área de fragilidade total
LIMITES • Inferior: ligamento inguinal; • Medial: borda lateral do m. reto • Inferior: ligamento inguinal; • Medial: borda lateral do m. • Inferior: ligamento de Cooper. • Medial: borda lateral do
abdominal; • Lateral: vasos epigástricos inferiores reto abdominal; • Lateral: borda inferior do m. oblíquo interno m. reto abdominal; • Lateral: m. iliopsoas.
TIPOS DE HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL
TIPO FISIOPATOLOGIA OBSERVAÇÕES
INGUINAL DIRETA Adquirida: enfraquecimento da parede posterior (no triângulo de Hesselbach) Medial aos vasos epigástricos inferiores. • Valsalva: protusão vai de encontro à polpa do dedo.
por tabagismo e idade avançada
INGUINAL INDIRETA Congênita: não fechamento do conduto peritoneovaginal - através do anel Hérnia inguinal mais comum; • Inguinal que mais encarcera. • Lateral aos vasos epigástricos
inguinal interno – lateral ao triângulo de Hasselbach inferiores. • Valsalva: protusão vai de encontro à ponta do dedo. • Infância
FEMORAL • Mais comum em mulheres. • Saco herniário faz protrusão através do canal femoral (abaixo do ligamento inguinal , medialmente aos vasos femorais • Hérnia que mais encarcera; • Tratamento
com a técnica de McVay ou colocação de tela polipropileno ancorado ao ligamento de Cooper ou plug femoral ou videolaparoscópica.
UMBILICAL • CRIANÇA: Defeito congênito (alargamento do anel umbilical) com fechamento provável até 4-6 a (normalm. Fecha até os 2 a.) • Quando operar: >2 cm, concomitância com hérnia inguinal,
não fechamento até 4-6 a. • ADULTO: Adquirido. Defeito ao lado do anel umbilical e não no anel umbilical propriamente dito. • Mais comum em mulheres.
EPIGÁSTRICA Defeito na linha alba. • Dor desproporcional ao tamanho da hérnia; • Geralmente contém gordura pré-peritoneal. → tratamento cirúrgico: fechamento do defeito, tela, se necessário.
INCISIONAL Em áreas de incisão cirúrgica prévia. • Recomenda-se o repouso primário (simples) para defeitos pequenos (< 2 cm) e o reparo com uso de tela nos defeitos maiores (> 2-3 cm).
SPIEGEL Lateral ao m. reto abdominal (entre a linha semilunar e a borda lateral do m. retoabdominal). •Dor sem abaulamento; • Como trata-se de uma hérnia interparietal, normalmente é identificada
com USG/TC. • Correção do saco herniário e fechamento do oblíquo externo → Grandes defeitos= tela
LAUGIER Hérnia femoral em que o saco herniário se projeta pelo ligamento lacunar.
CLOQUET Hérnia femoral com descida do saco herniário por cima do músculo pectíneo ao invés do canal femoral.
DESLIZAMENTO Parte da parede do saco herniário é composta por uma víscera (geralmente cólon ou bexiga).
TÉCNICAS
Duas técnicas são as mais conhecidas: Totalmente Extraperitoneal (TEP) e Transabdominal Pré-peritoneal (TPP).
Vantagens TEP: • Não penetra a cavidade peritoneal – não forma aderências e menor risco de lesões. • Acesso bilateral à região inguinal, enquanto na TAPP incisão peritoneal bilateral. • Possibilidade de
realização sem anestesia geral. Vantagens TPP: •Pode ser tentada na presença de cirurgias prévias; • Na dúvida de hérnia bilateral, ou com hérnias pequenas, a TPP permite melhor visualização.
COMPLICAÇÕES
ESTRANGULAMENTO Conteúdo do saco herniário em sofrimento ou isquemia, podendo haver necrose e perfuração. • Diante de um paciente com sinais de obstrução intestinal ou
toxemia: abordagem de urgência → laparotomia
INFECÇÃO DA TELA Necessidade de remoção, com a permanência temporária de defeito corrigido sob tensão, o qual muito provavelmente apresentará recidiva. Reparo será
após debelada a infecção no sítio cirúrgico; • Tipos de tela: polipropileno, poliéster, politetrafluorotileno
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA CORREÇÃO CIRÚRGICA DE HÉRNIAS INGUINAIS
TROMBOSE DO PLEXO PAMPINIFORME Causa orquite isquêmica com atrofia testicular → sem tratamento
LESÃO DO RAMO GENITAL DO N. Causa hiperestesia genital e na face interna da coxa e na bolsa escrotal (lábios externos na mulher) → tratamento com analgesia.
GENITOFEMORAL