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Hérnia umbilical
Hérnia inguinal
Hérnia escrotal
Hérnia genital
Fimose
Distopias testiculares
o Criptoquirdia
o Testículo retido
o Testículo retrátil
o Testículo ectópico
Trauma testicular
Onfalocele
Gastrosquise
ONFALOCELE
É um orifício coberto do anel umbilical para o qual há herniação do conteúdo abdominal. Geralmente
apresenta o intestino coberto por uma membrana, mas pode haver herniacao de outras vísceras, como o fígado e
todo o TGI.
As alças intestinais são normais, pois estão protegidas. Assim, após a cirurgia, o paciente volta ao
normal logo.
A onfalocele, geralmente apresenta ouras falhas ou anomalias associadas como:
Pentalogia de Cantrell: onfalocele, hérnia diafragmática anterior, fenda esternal, ectopia cardíaca e
defeitos intracardiacos como CIA e CIV.
Síndrome de Beckwith-Wiedemann: gigantismo, macroglossia, defeito umbilical – hérnia umbilical ou
onfalocele.
Tratamento: depende do tamanho do orifício. Os pequenos, de até 2cm, podem ser tratados por fechamento
primário direto da parede abdominal. Os médios a grandes precisam de fechamento por etapas, com o
auxilio de uma prótese, no qual fica alojado o órgão provisoriamente.
GASTROSQUISE
É um defeito na parede abdominal anterior lateral ao umbigo. A causa é desconhecida. O defeito é quase
sempre á direta do cordão umbilical. Diferentemente da onfalocele, não há saco peritoneal, de modo que a
evisceração intestinal ocorre através do defeito na vida intra-uterina. Como o órgão entrou na cavidade
abdominal e saiu, ele sofre o efeito irritativo do liquido amniótico, dando-lhe um aspecto de membrana espessa
edematosa (emborrachado). As alças não foram protegidas, assim, apresentam lesões de peritonite e cerosite em
sua superfície. Após a cirurgia, o intestino demora mais tempo para retornar ao seu peristaltismo normal.
A incidência de anomalias associadas a gastrosquise é mais rara, diferentemente da onfalocele.
HÉRNIA UMBILICAL
Quadro clinico:
Abaulamento na regiao da umbigo
Incidência familiar
Mais em mulheres e em raça negra
Raramente encarcera
Geralmente regride espontaneamente (ate 2 anos)
Dor abdominal
Tratamento
Vai depender do tamanho do anel umbilical
Hérnias pequenas:
o Dor abdominal intensa, pode ser um epiplon encarcerado
o Dissecar o peritoneo para soltar o que esta preso
Hérnias grandes (>3 cm)
o Herniorrafia umbilical (incisão infrapubica)
HÉRNIA INGUINAL
Definição:
o É a permanência de todo ou parte do conduto peritoneo-vaginal, resultando em varias anomalias
congênitas, incluindo a hérnia escrotal, a hidrocele comunicante, a hidrocele do cordão
espermático e a hidrocele da túnica vaginal.
o Hérnia indireta e direta
Indireta: pega o canal inguinal, mais comum nas crianças, onde ocorre persistência do
conduto peritoneo-vaginal
Hérnia direta: órgão força diretamente a parede abdominal que pode ser frouxa,
ocorrendo protusao do órgão. Mais comum em adultos, como no tossidor crônico,
paciente prostático que faz força para urinar.
Hidrocele:
Tumoracao escrotal bilateral, não dolorosa, de consistência cística. O conteúdo é liquido peritoneal (seroso). É o
começo dos tumores de testículo. Mais freqüente do lado direito.
Existem dois tipos:
Comunicante: após nascimento, com variação de volume percebida no fim do dia pelo
aumento da pressão da cavidade abdominal
Não comunicante: desde o nascimento sem variação de volume, mas desaparece com o tempo
devido a absorção pela túnica vaginal.
Epidemiologia
o mais comum em meninos do que em meninas
o lado direito mais comum que esquerdo, pois o testículo esquerdo desce primeiro, bilateral em
15% dos casos
o mais freqüente em prematuros (já que não deu tempo para absorver a reflexão peritoneo-
vaginal), maior incidencia de hérnias, hidrocele e cistos de cordao.
Embriologia
o Os testículos nascem no pólo inferior do rim (no retroperitoneo). Eles sofrem migração passiva,
do retroperitoneo para a regiao inguinal através do canal inguinal. E sofrem migração ativa
através da influencia dos hormônios maternos. Ao descer pela parede anterior, leva consigo uma
reflexão de peritoneo. Se a persistência do conduto peritoneo vaginal existir depois da descida
dos testículos, ocorre a hérnia inguinal!!!.
o Dependendo do tamanho, pode haver
Liquido = hidrocele
Órgão = hérnia propriamente dita.
Quadro clinico
o Abaulamento na região inguinal, com aumento ou diminuição do tamanho deste abaulamento.
o Espessamento (evidencia de hérnia de cordão)
o Dor aguda e intensa (quando ocorre encarceramento do órgão)
o Manobra de Valsalva:
Hérnia indireta: polpa digital
Hérnia direta: base digital
Tratamento
o Hérnia inguinal: dissecar a reflexão peritoneo-vaginal e fechar
o Hérnia inguinoescrotal: ressecar
o Hidrocele comunicante: operar
o Hicrocele não comunicante: não operar, observar para ver se absorve tudo
o Cisto de cordão comumicante: cirurgia (há persistência)
o Cisto de cordão não comunicante: conservadora, se não ocorrer absorção de todo o liquido (após
1 ano), operar, porque não existe túnica albugínea.
o Técnica cirúrgica:
Incisão inguinal
Na aponeurose aberta: elementos do cordão devem ser dissecados (vasos, canal deferente
e a persistência do conduto peritoneo-vaginal)
Fazer reforço de parede em adultos (nas crianças não é necessário).
DISTOPIAS TESTICULARES
Embriologia
A descida do testículo se da em duas etapas:
1. no 4º mês de vida intrauterina termina a descida do testículo que é proporcional, até o canal inguinal
interno, processo passivo.
2. no 7º mês de vida intrauterina, ocorre a descida ativa, quando o tecido é orientado e tracionado pelo
gubernáculo.
a. Então, chega no fundo da bolsa escrotal, assim que ocorre o ampliamento do canal inguinal. O
gubernaculo liga o pólo inferior do testículo com a bolsa escrotal. Essa fase ocorre devido ao
estimulo hormonal materno, que leva a produção de testosterona pelo testículo.
CRIPTORQUIDIA
TESTICULO RETIDO
Definição: testículo que fica na região inguinal. Quando ocorre bilateralmente, faltou hormônio da mãe. Quando
é unilateral, o testículo que não desceu é hiporresponsivo ao hormônio ou os vasos testiculares são muito curtos.
Tratamento: cirurgia se unilateral (orquidopexia). Se bilateral, dar hormônios (HCG – hormônio gonadotrofina
corionica, para a producao de testosterona). Se não descer, cirurgia.
TESTICULO RETRATIL
Definição: o testículo vai e volta, é possível leva-lo até a região da bolsa testicular, mas ele não permanece lá
depois que se solta. Isso ocorre porque o músculo cremaster é hiperativo, segurando as estruturas no canal
inguinal. Existe um saco que segura o testículo. O que se deve fazer é esperara para que o testículo se
desenvolva e ganhe peso, pois daí ele vai descendo até a bolsa, não precisa dar hormonio.
Tratamento: conservador
TESTICULO ECTÓPICO
Definição: testículo fora da bolsa testicular. Pode estar na região pubiana, na região perineal e até na região
femoral.
ESCROTO AGUDO
Exames complementares:
o USG com Doppler é um exame pouco invasivo, de custo acessível, fácil acesso, rápido,
mostrando uma sensibilidade de 89,9% e especificidade de 98,8% em mãos experientes.
o cintilografia escrotal também demonstra com precisão a irrigação dos testículos, porém demanda
mais tempo e não é acessível na maioria dos serviços.
Complicação
o Atrofia testicular
o infertilidade