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Cuité/PB
2022
Anatomia e Fisiologia
Sistema Urinário:
Os rins ficam localizados na porção posterior da
cavidade abdominal, sendo responsáveis pela
formação da urina;
Óstio vaginal
Grandes lábios
Pequenos lábios
Vagina
Tubas uterinas Glândulas vestibulares
Ovário
Útero Períneo
Bexiga
Vagina
Uretra
Ânus
Definição:
Corresponde ao deslocamento de órgãos pélvicos de seu
posicionamento habitual para o canal vaginal.
Fatores de risco
Obstétricos - o parto vaginal é o mais citado;
Idade;
Obesidade;
Genéticos - Síndrome de de Sharp (doença mista do tecido
conjuntivo).
Estadiamento das distopias genitais
Deve ser observado na consulta de enfermagem na saúde da mulher
Estágio 0:
Quando há a ausência de prolapso
Estágio I:
O ponto de maior prolapso está localizado até 1 cm para dentro do hímen (-1 cm)
Estágio II:
O ponto de maior prolapso está localizado entre entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen (-1
cm e +1 cm )
Estágio III:
O ponto de maior prolapso está a mais de 1 cm para fora do hímen, porém sem ocorrer Fonte: Google imagens,2022.
eversão total
Estágio IV:
Há a eversão total do órgão prolapsado e o ponto de maior prolapso fica, no mínimo, menos
de 2 cm no comprimento vaginal
Classificação das distopias
Manifestações clínicas
Sensação de peso ou desconforto na região da genitália externa, sangramento devido
ao atrito com roupas íntimas, dispareunia e disfunção sexual. O desconforto é aliviado
ao deitar-se, e piora com a posição ortostática. É comum também incontinência
urinária, polaciúria e alterações na defecação.
Classificação das distopias
Retocele
No prolapso de parede vaginal posterior, ou retocele, haverá a protrusão
do reto pela parede vaginal posterior. Também há lesão do centro
tendíneo do períneo, outro suporte para os órgãos do assoalho pélvico.
Manifestações clínicas
As manifestações clínicas são
parecidas com o de outras
distopias, podendo ser também
assintomático.
Inversão uterina
Caso de emergência raro, na qual o útero se exterioriza para o interior da
vagina - "vira ao avesso".
Pode ser:
Aguda: ocorre durante o parto, devido ao uso de manobras iatrogênicas (erros médicos), esvaziamento
uterino súbito, hipotonia uterina e aumento da pressão abdominal.
Nesse tipo de prolapso, a paciente apresenta dor aguda e hemorragia intensa, podendo evoluir para
choque hipovolêmico e/ou neurogênico.
A forma crônica da inversão uterina pode ser por causa idiopática, ou associada a miomas
submucosos.
Classificação das distopias
ULTRASSOM TRANSPERINEAL
ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL;
O ultrassom transvaginal é um exame de O ultrassom transperineal é um exame
imagem não invasivo, capaz de avaliar o realizado com um transdutor curvo na
canal vaginal, colo do útero, útero, região dos grandes lábios, seguindo a
trompas os ovários da mulher. Com a manobra de contração perineal e manobra
paciente em posição ginecológica, o médico de esforço evacuatório. Com estas
insere um transdutor com preservativo e manobras, é possível avaliar anatomia dos
lubrificante no canal vaginal, que deverá órgãos do assoalho pélvico, do esfíncter
permanecer de 10 a 15 minutos no canal, anal e do músculo puborretal, além de
podendo se mover para resultar em diagnosticar cistocele, retocele, enterocele,
melhores imagens desses órgãos. intussuscepção, e descenso perineal.
Métodos diagnósticos
Cistoscopia e Uretroscopia
Ultrassonografia anorretal
Ecodefecografia
É necessário preparo prévio com o enema duas horas antes do exame. O paciente vai ficar na
posição de decúbito lateral esquerdo e transdutor é introduzido no reto e mantido fixo, entre 6
a 7cm da margem anal. As imagens para avaliar todas as alterações funcionais da defecação são
obtidas em três escaneamentos automáticos para posterior análise nos planos axial e
longitudinal. Cada escaneamento tem a duração de 50 segundos.
Principais tratamentos clínicos
1 CINESIOTERAPIA
Fisioterapia Reforça os elementos de sustentação dos órgãos
pélvicos, hipertrofiando em especial, as fibras
musculares estriadas do assoalho pélvico.
2 ELETROESTIMULAÇÃO
Hipertrofia a musculatura pélvica, aumenta o reflexo
inibitório vesical, estimula a reinervação do assoalho
É responsável pela reeducação dos músculos do assoalho pélvico e o recrutamento das fibras musculares.
pélvico e o seu fortalecimento, ajudando a reduzir a
frequência ou gravidade dos sintomas urinários e 3 BIOFEEDBACK
Identifica a contração por meio da variação da força,
prevenir ou retardar a necessidade da cirurgia. pressão ou eletromiografia.
SUPORTE PREENCHIMENTO
É utilizado um mecanismo que repousa no fórnice Mantêm sua posição quando gera um vácuo entre o pessário e
posterior e contra a porção posterior da sínfise púbica, as paredes vaginais (cubo), criando um diâmetro maior do que o
similar ao diafragma contraceptivo, estes são eficazes hiato vaginal (tipo Donut) ou através de ambos os mecanismos
em mulheres com prolapsos em estágios III e IV. (Gellhorn), usados para prolapso em estágios II e IV.
Principais tratamentos clínicos
Pessário
Terapia medicamentosa
Técnicas cirurgicas
1. Colpopexia de Burch
2. Técnicas de “slings''
3. Colpoplastia
4. Perineoplastia
5. Colpoperineoplastia
Princípios do tratamento cirúrgico
1. Colpopexia de Burch
Uretra
Pontos de sutura reabsorvíveis são fixados ligando Ligamento de Cooper
Suturas
a fáscia paravaginal ao ligamento ileopectíneo, também
chamado de ligamento de Cooper, para que assim,
ocorra a suspensão da bexiga.
Fáscia paravaginal
Indicada para a correção de todos os
tipos de incontinência urinária de esforço, Bexiga
possui índices de cura que variam de 70%
a 100%
Fonte: Google imagens,2022.
Princípios do tratamento cirúrgico
2.Técnicas de “slings'' Orgânico: com recortes de tecidos do
próprio paciente,
Sntético: como fita de polipropileno ou
polietileno,
Consistem na inserção de um material na forma de uma fita que pode ser de material:
Essa fita é passada sob o colo vesical e da uretra através de uma incisão vaginal e duas
pequenas incisões inguinais;
Essa técnica dá
suporte a esse
ligamento que
suspende a uretra.
Cistocele. Suturas
Linha mediana
Fonte: Google imagens,2022.
Princípios do tratamento cirúrgico
3.Colpoplastia Retocele e
enterocele
Colpoplastia posterior
Uma incisão é feita no meio da parede vaginal
posterior, começando na entrada e terminando no
fundo da vagina;
A mucosa da vagina é separada da fáscia
retovaginal que se encontra logo abaixo dela.
Corrigem-se então os locais onde a fáscia estava
lesionada com pontos de sutura.
Fonte: Google imagens,2022.
Princípios do tratamento cirúrgico
4.Perineoplastia
5.Colpoperineoplastia
indagações;
Intervenções de enfermagem
Explicar como é realizado o procedimento ao cliente e a família, bem como os riscos e
finalidades;
Disponibilizar material como folder informativo ou relatar experiências com pacientes
anteriores, sempre alertando que cada corpo responde de uma maneira individual;
Orientar o paciente sobre esvaziar a bexiga;
Orientar sobre jejum de 8 horas antes do procedimento.
Assistência de Enfermagem
Diagnóstico de enfermagem
Baixo autoestima situacional, relacionado a alteração da imagem corporal, evidenciado por
alteração no bem estar e diminuição da libido.
Intervenções de enfermagem
Preparar material instrucional e tirar as dúvidas da paciente quanto ao aumento
e diminuição da sensibilidade e prazer;
Incentivar conversa sobre inseguranças e medos com o parceiro;
Mostrar vídeo de como a cirurgia é feita e como a incisão é realizada;
Explicar como o procedimento irá modificar o desempenho sexual;
Conversar sobre outras formas de prazer.
Assistência de Enfermagem
Cuidados no pós-operatório:
Cuidar da ferida operatória;
A remoção de pontos não é necessária - pontos absorvíveis;
Orientar quanto ao uso de roupas íntimas folgadas;
Evitar exercícios físicos durante 30 dias;
Orientar quanto ao uso de absorvente vaginal externo;
Manter relações sexuais somente após o 45° dia.
Assistência de Enfermagem
Diagnóstico de enfermagem
Risco de infecção relacionada ao uso de sonda vesical de demora.
Intervenções de enfermagem
Observar diurese espontânea após a retirada da sonda, quantidade e características;
Avaliar sinais flogísticos como dor, calor, rubor;
Administrar anti-inflamatórios conforme prescrição médica;
Realizar a higiene adequada e evitar contaminação durante o esvaziamento da bolsa
coletora;
Realizar o desmame, segundo recomendação médica, antes de retirar a sonda.
Assistência de Enfermagem
Diagnóstico de enfermagem
Dor aguda relacionada ao procedimento evidenciado por relato verbal, e compressão no
local da incisão.
Intervenções de enfermagem
Avaliar SSVV;
Administrar analgésicos conforme prescrição médica;
Administrar compressas quentes (após 48h da cirurgia);
Posicionar o paciente em uma posição confortável;
Proporcionar um ambiente aconchegante;
Proporcionar privacidade com disposição de biombos.
REFERÊNCIAS
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