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(1) Cirurgias das hérnias (hérnia inguinal, hérnia femoral, epigástrica e incisionais);

HÉRNIA UMBILICAL  Triângulo lombar superior = hérnia de Grynfelt;


abaixo da 12ª costela, é a mais comum!
 Defeito na cicatriz umbilical;  Triangulo lombar inferior = hérnia de Petit;
 Pode ocorrer no adulto (origem adquirida), acima da crista ilíaca.
mas na prova é mais comum em criança
(origem congênita);
 Na criança, possui tendência de fechamento
espontâneo, por isso o tratamento é
conservador.
 Indicações de cirurgia:
o Quando concomitante à hérnia inguinal, a
qual é obrigatória operar.
o Quando > 2 cm;
o Associação à derivação ventrículo
peritoneal (drenar ventrículo cerebral para
peritônio).
o Não fecha com 4 a 6 anos.

HÉRNIA EPIGÁSTRICA
HÉRNIA INGUINAL
 Localizada entre a cicatriz umbilical e apêndice
xifoide – na linha alba. Recordação anatômica:
 Ocorre devido a presença de múltiplos defeitos  Parede posterior do canal inguinal: compõe a
pequenos. parede posterior do canal inguinal: fáscia
 Problema: a dor é desproporcional na transversalis + músculo transverso + músculo
manifestação clínica. oblíquo interno:
HÉRNIA INCISIONAL

 No local de incisão cirúrgica prévia.


 Ocorre como uma complicação no pós-
operatório, pois houve uma abertura da
aponeurose.
 Fatores de risco: infecção do sítio cirúrgico,
obesidade e gravidez (aumento da pressão
intra-abdominal), desnutrição, idade elevada,
 Orifícios: anel inguinal interno ou profundo =
corticoide, técnica incorreta.
mostra o início do canal inguinal e do canal
HÉRNIA DE SPIEGEL

 Entre a borda lateral do reto abdominal e a


linha de Spiegel (linha que mostra junção da
musculatura mais lateral do abdômen – linha
semilunar);
 Se forma ou sobre ou abaixo da linha
arqueada de Douglas +/- na linha da cicatriz
umbilical, é só uma camada de músculo, assim
é mais fácil ocorrer.
 Formação interparietal, é necessário exame femoral.
de imagem para o diagnóstico porque é difícil  Parede anterior do canal inguinal: componente
identifica-la. único é a aponeurose do músculo oblíquo
externo. Orifício = anel inguinal externo ou
HÉRNIA LOMBAR superficial = marca final do canal inguinal.
 Formação nos triângulos lombares superior ou
inferior.
Hérnia inguinal direta:
Defeito ADQUIRIDO, se pronuncia pelo
enfraquecimento da PAREDE POSTERIOR DO
CANAL INGUINAL NA FÁSCIA TRANSVERSAIS,
em uma região triangula mais frágil: TRIÂNGULO
DE HASSELBACH (delimitado por vasos
epigástricos inferiores, ligamento inguinal e borda
lateral do músculo reto abdominal).
 Ligamento inguinal (amarelo) = espessamento
da aponeurose no final (aponeurose fixando o
músculo). O canal inguinal sempre se anuncia
abaixo do ligamento inguinal.

Exame físico na hérnia inguinal = faz o caminho


 Canal inguinal = começa no anel inguinal contrário que o testículo faz com o dedo junto com
interno e termina no anel inguinal externo. É manobra de Valsava. Na direta = toca polpa do
um caminho que comunica o abdome com a dedo. Na indireta = toca a ponta do dedo.
virilha.

 Estruturas que percorrem o canal inguinal:


o Homem = funículo espermático (cilindro
com várias estruturas, principalmente o
conduto peritônio vaginal
obliterado/fechado);
o Mulher = ligamento redondo do útero.
Hérnia inguinal indireta:
Mais comum de todas! Se anuncia através do
CANAL INGUINAL INTERNO. Ou seja, tenta
imitar o caminho do testículo. No entanto, o
testículo só teve sucesso porque o peritônio não
sofreu evaginação e depois fechou (hérnia não é
capaz de imitar). Assim, a única forma de ocorrer
é através de um defeito congênito (típico da
infância), através do NÃO FECHAMENTO DO
CONDUTO PERITÔNIO-VAGINAL. Maior risco de
encarceramento dentre as inguinais porque
atravessa o canal inguinal.
HÉRNIA FEMORAL (CRURAL) Abordagem anterior:

 Se anuncia abaixo do ligamento inguinal e se  Herniorrafia anterior (remover conteúdo) com


forma ao nível do canal femoral. reforço da parede posterior (exceto em
 Mais comum em mulheres e à direita. criança);
 Há mais risco de encarceramento dentre todas  O reforço da parede posterior pode ser feito de
as hérnias porque atravessa o canal femoral. várias maneiras:
 Limites do canal femoral: teto (ligamento o Técnica de Shouldice: através da
imbricação de músculos - sutura de um
inguinal); medial (ligamento lacunar); lateral
músculo em cima do outro
(veia femoral); assoalho (ligamento pectíneo –
Macete: é um show de imbricação
de Cooper).
 Técnica de Lichtenstein: fixação de
tela livre de tensão (pouca recidiva)
Técnica de escolha;
O principal local de recidiva quando
ocorre é próximo ao tubérculo
púbico
Macete: lichstentela
o Técnica de Mc Vay: hérnia femoral
o Plug Femoral: cone de tela no canal
femoral
Observações:
TRATAMENTO HÉRNIA INGUINO-FEMORAL a. Quanto maior o tempo de encarceramento,
maior o risco de estrangulamento;
O tratamento mais comum é o cirúrgico, mas nem b. Quando > 8h de encarceramento, deve
sempre é obrigatório. fazer cirurgia.
c. Quando obstruído, mais risco de
HÉRNIA REDUTÍVEL encarceramento;
d. Se instável ou irritação peritoneal =
 Hérnia vai para fora e volta
cirurgia.
 Cirurgia eletiva
 Se pouco sintomático e paciente não desejar,
não precisa operar
HÉRNIA ENCARCERADA

 Tentar redução manual (Manobra de Taxe)


para voltar a ser hérnia redutível
 Quanto maior o tempo de encarceramento,
maior o risco de estrangulada
HÉRNIA ESTRANGULADA

 A tentativa de redução não deu certo;


conteúdo da hérnia está sofrendo isquemia
 Lembrar: a hérnia ia e voltava ontem; hoje não
volta e está doendo
 Realizar cirurgia de emergência ->
inguinotomia
 Não fazer redução manual quando suspeitar
de isquemia/sofrimento!!
 Se houver redução na anestesia, realizar
laparotomia mediata.
 A operação pode ser por abordagem anterior
ou por videoscopia.

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