Você está na página 1de 10

Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre

 7 a 10 dias: granulação
extensa e fibrose.
CIRURGIAS DO SISTEMA GENITOURINÁRIO:

PÊNIS E PREPÚCIO:

 Traumatismos:
o Hematomas;
o Fratura peniana.
 Processos inflamatórios:
o Balanopostite;
o Abcesso prepucial;
o Acropostite-fimose. BALANOPOSTITE:

HEMATOM A PENIANO:  Extremidade peniana e prepúcio


inflamados;
 Contusão (fratura);  “Formigueiro”; “Cebola”;
 Predisposição: animais de pênis  Balanite: extremidade peniana;
fibroelásticos  ruminantes (m.  Penite: Todo o pênis;
retratores);  Postite: Prepúcio.

o Traumatismos durante a cópula; o Traumáticas (miíase);


o Animais jovens; o Neoplásicas.
o Estabulação prolongada.

o Aumento de volume;
o Hematoma na face dorsal do o Hiperemia;
pênis; o Úlceras;
o Aumento de volume; o Acúmulo de secreção;
o Edema; o Miíase;
o Micção: pode haver disúria (dor o Linfadenite inguinal.
durante ou após urinar);

o Histórico + sinais cínicos: imagem


– puncionar (diagnóstico
diferencial é abcesso – ter
cuidado para não romper a
uretra).

o Reservado.

o Conservativo:
 AINE’s ou corticoides,
lavagem (ducha),
caminhadas leves (evitar
edema). ABCESSO PREPUCIAL:
o Cirúrgico:
 Contaminação de hematoma;
 1 hora após instalado o
 Prognóstico é reservado;
hematoma;

o Fístula;
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre
o Lâmina interna do prepúcio 
aderências.
AMPUTAÇÃO DE PÊNIS:
o Incisão + drenagem + lavagem;
o Remoção cirúrgica completa.
o Tumores;
o Habronema;
ACROPOSTITE – FIMOSE:
o Exposição permanente
 Inflamação da extremidade do (priapismo)  pode ser causado
prepúcio; pelo uso de acepromazina;
 Estenose do óstio prepucial externo: o Traumatismos.
impossibilidade de exposição peniana.
o Anestesia geral  raramente
o Zebuínas. acontece sem (levar em
consideração o estado geral do
o Traumáticas. paciente);
o Cateterização da uretra é
fundamental  órgão tubular
o Reservado.
oco  precisa de uma
referência;
o Conservativo: o Preparo (assepsia);
 Medicamentoso + o Torniquete aplicado ao pêmis e
crioterapia. cateterização da uretra;
o Cirúrgico: o Incisão triangular da pele;
 Técnica de Wilwerth (V o Aprofundamento da incisão até
ventral): a uretra;
 Não usa xilazina  Fáscia, m. bulboesponjoso
como e uretra = dissecção).
vasoconstritor o Incisão longitudinal da uretra;
(ligadura nos vasos o Mucosa suturada ao epitélio
calibrosos). peniano;
 V  aumentar o o Inicia-se pelo ápice (dois lados
diâmetro do triângulo) e completa-se a
(qualquer amputação;
problema tecidual o Faz a ligadura dos vasos;
em extremidade o Sutura a uretra na base do
de prepúcio). triângulo com o epitélio dorsal do
 Lazerri (Cruz de Malta): pênis.
 Pouco utilizada.
o Incisão ventral até chegar a
uretra  após  incisão
longitudinal na uretra;
o A base do triângulo será a altura
da amputação;
o Faz um triângulo com a pele que
sobra suturando na uretra;
o 1- Localizar a uretra e reconstruir
o óstio uretral;
o 2- Proceder com a amputação
do pênis com o devido controle
de hemostasia;
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre
o 3- Terminar a síntese da cirurgia QUANDO FAZER?
(plastia).
 Equinos: 2,5 anos  começam a ter
comportamento de garanhão e os
testículos já migraram para a bolsa
escrotal.
 Pequenos Ruminantes: 1-3 meses;
 Bovinos: 24 meses;
 Suínos: <12 dias (3-6 semanas)
 Esperar épocas que hajam menos
vetores.

QUAL TÉCNICA UTILIZAR?

 Características comuns das técnicas:


o Contenção adequada:
SUTURA DE RETENÇÃO PENIANA:
 Segurança;
 Indicações:  Boa anestesia;
o Traumas (parafimose);  Cirurgia limpa;
o Análoga à sutura de Buhner;  Controle da hemorragia;
o Sutura prepucial;  Pós-operatório
o Anestesia geral x sedação; adequado.
o Cavalos com priapismo agudo. o Burdizzo  utilizar no deferente 
 Técnica: usam no cordão espermático 
o 4 pontos: 2 ventrais e 2 dorsais  necrosa;
amarra; o Elastor  ovinos e caprinos  até
o Estenosar para prender o pênis. 8 semanas de vida;
o Bandagem para comprimir o o Suínos  não é comum o uso de
prepúcio e o pênis e emasculador  pinça o cordão
reestabelecer a circulação espermático e gira até romper.
peniana.
COMPOSIÇÃO DO CORDÃO
ESPERM ÁTICO:

 Artérias e veias  plexo pampiniforme;


 Músculo cremáster;
 Membrana;
 Ducto deferente.

TÉCNICA ABERTA X TÉCNICA FECHADA:

o Transfixação e ligadura (ou


ORQUIECTOMIA EM GRANDES ANIMAIS: utilização do emasculador)
somente no cordão espermático,
POR QUE FAZER? deixando as túnicas abertas;
o Testículo descoberto e cordão
 Condições de manejo (equinos);
espermático descoberto;
 Engorda (bovinos);
 Fatores individuais (bovinos);
 Características organolépticas da carne o Exteriorização dos testículos
(pequenos ruminantes); ainda recoberto pelas túnicas;
 Patologias (todos). o Não é feita a abertura das
túnicas;
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre
o Transfixação e ligadura de todo o  Antitetânica.
funículo em conjunto;
o Testículo coberto e cordão RUMINANTES:
espermático coberto.
 Incisão de pele circundando o escroto;
 Ressecção de segmento e túnica Dartus;
o Abertura das túnicas  Exposição dos testículos (túnicas
(referendação), transfixação e vaginais);
ligadura (ou emasculador) do
cordão espermático;
o Transfixação e ligadura das
túnicas;
o Testículo descoberto e cordão
espermático coberto.

ESCOLHA DA TÉCNICA Q UE SERÁ


UTILIZADA:

 Preferência do cirurgião;  Incisão das túnicas vaginais;


 Preferência do proprietário;  Exposição dos testículos;
 Idade do cavalo;  Identificação e isolamento das estruturas
 Temperamento; testiculares;
 Tem alguma patologia testicular?  Incisão do mesórquio e liberação do
músculo cremáster;
MATERIAL NECESSÁRIO:

 Instrumentais:
o Instrumental estéril – caixa
simples, fios;
o Indumentária estéril;
o Emasculador (white’s, Serra,
Reimer);
o Anestésico local;
o Sedativos;
o Contenção mecânica.  Transfixação e ligadura do cordão
espermático;
 Incisão do cordão espermático e
ressecção do testículo.

CUIDADOS PRÉ-CIRÚRGICOS:

 Identificação;
 Exame clínico geral e exame do escroto;
 Animal é criptorquida?
 Escolha da técnica;
 Jejum de 12 horas;
 Cauda (prender para o animal não ficar
batendo no local da cirurgia);
 Avaliar necessidade de pré
antibioticoterapia;
 Antissepsia;
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre
 Cordão espermático calibroso 
técnica aberta.

EQUINOS – TÉCNICA FECHADA: o Consegue identificar a artéria


testicular e fazer uma ligadura
 Técnica fechada não incisiona a túnica específica  controle de
vaginal  não consegue referendar; hemorragia mais eficiente.

oHemostasia é menos eficiente  o Passa por dentro do canal


ligadura global. inguinal  Túnica Albugínea é
 Se o animal apresenta alguma patologia uma continuação do peritônio 
a técnica de eleição é a fechada; invade a cavidade abdominal
 Exteriorização do testículo e (virtualmente)  fica aberta e
identificação das estruturas; susceptível à infecção  pode
causar peritonite;

 Secção do mesórquio (prega da túnica


vaginal);

 Dissecção e isolamento das túnicas


vaginais e músculo cremáster, da túnica
Dartus;

EQUINOS – TÉCNICA ABERTA:

 Técnica aberta faz a incisão de todas as


túnicas, inclusive a vaginal  vê todo o EQUINOS – TÉCNICA SEMI-FECHADA:
cordão espermático;  Não é muito utilizada;
 Só deve ser feita em animais hígidos;  Se o animal apresenta alguma
 Drenagem de líquidos (evitar seroma)  patologia, a técnica deve ser fechada;
aberta;
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre
 Se não apresenta, a técnica deve ser o Retido no trajeto migratório
escolhida com base nas características (unilateral em 80% dos casos;
do animal; o Abdominal ou inguinal.
 Na técnica semi-fechada todo o
testículo é descoberto, mas o cordão CRIPTORQUIDISMO:
espermático permanece coberto.

o Estreitamento do canal inguinal;


o Gurbenaculum testis pouco
desenvolvido  estrutura
embrionária que auxilia na
apropriada descida das gônadas
até suas posições definitivas;
o Hormonais;
o Hereditário.

o Ausência de um ou dois testículos


no escroto;
o Agressividade:
 Testículo retido na
cavidade abdominal
produz muito mais
testosterona  animal
fica mais agressivo.
SUÍNOS – TÉCNICA ABERTA: o Subfertilidade ou infertilidade

 São castrados precocemente


(geralmente até 3 semanas de idade); o Palpação escrotal, inguinal,
 Usa-se técnica aberta; transabdominal e transretal;
 Geralmente não se usa emasculador  o Dosagem de testosterona.
pinça o cordão espermático e gira até
romper. o Orquiectomia:
 Acesso inguinal;
 Laparotomia
paramediana ou flanco.

o Dissecção do anel inguinal


externo;
o Tração ao gubernáculun;
o Emasculação/ligadura do
cordão espermático.
ANOMALIAS TESTICULARES:

 Anorquidia: ausência das gônadas


masculinas;
 Monorquidia: presença de uma;
 Ectopia testicular: Localização fora da
bainha vaginal:
o Períneo ou próximo ao pênis,
entre a pele e a camada
muscular.
 Criptorquidia (criptus = oculto):
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre

o Relação Ca:P = mínimo 2:1;


UROLITÍASE E OBSTRUÇÃO URETRAL: o Não mineralizar animais
confinados;
o Não exceder 1,5% PV
o Bovinos e ovinos:
concentrado.
 Principalmente ovinos
machos que foram
castrados muito jovens;
 Animais que comem altos o Sucesso em metade dos casos
níveis de concentrado; (66% dos casos);
 Pode causar abdômen o Recorrência em 80% dos casos;
agudo em ovinos. o Posição de cão sentado 
o Flexura sigmoide e/ou distal: expõe o pênis e corta o processo
 Favorecem o surgimento uretral.
do problema.
o Processo uretral em ovinos e
caprinos:
 Região mais estreita da
via uretral  geralmente
o problema está lá.
o Raro em fêmeas.

o Oxalatos e silicatos (gramíneas);


o Fosfato, magnésio e amônio
(concentrados);
o Aumento de mucoproteínas na
urina;
o Níveis elevados de fósforo.

o Anorexia, timpanismo, depressão,


cólica, anúria/disúria, hematúria, PREPARO DE RUFIÕES:
tenesmo, taquicardia,
 Manejo reprodutivo;
taquipnéia.
 Feito apenas em ruminantes;

o Sinais clínicos;
o Necrose de uretra;
o Urina no subcutâneo abdominal o Métodos visual (um observador) e
e prepucial; o uso de rufiões;
o Uremia; o Tem eficiência maior quando
o Ruptura da bexiga; comparado ao método de
o Desidratação. observação visual (80% contra
50%).

o Acepromazina;
o Escopolamina e dipirona; o Penectomia parcial;
o Sondagem e lavagem o Encurtamento do músculo
(hidropulsão retrógada); retrator.
o Amputação do processo uretral;
o Uretrostomia inferior (cranial ao
escroto); o Caudepididimectomia;
o Uretrostomia superior. o Deferentectomia;
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre
CESAREANA EM VACAS:

o Desvio entre 35 e 45 graus;


o Resolução de partos distócicos
o Neóstomo.
em animais de alto valor
zootécnico;
o Vasectomia:
 Sedação e anestesia
o Laparotomia esquerda/direita 
local;
mais utilizada;
 Incisão de 2-3 cm;
o Paramediana;
 Identificação e dissecção
o Mediana.
do ducto deferente;
 Amputação de 2cm.

o Anestesia geral – decúbito


lateral;
o Assepsia de rotina e sondagem
uretral;
o Incisão prepucial (elíptica) e
dissecção do pênis (mantém a
posição cranial prepucial);
o Neóstomo com dissecção
subcutânea até a base do pênis; PROLAPSOS VAGINAIS E UTERINOS:
o Deslocamento e sutura;
 Predisposição genética;
o Quando passa pelo subcutâneo
 Mais comum em vacas  parições
pode contaminar o pênis com o
intensivas/musculatura menos
prepúcio  colocar uma luva
desenvolvida (adutora, perineal,
guiando  usar o túnel
delgadas)  flacidez da vulva;
subcutâneo em animais
 Endométrio da égua limita o
pequenos.
crescimento do feto para no parto ser
compatível com a conformação
anatômica da mãe, o da vaca não;
 Autoperpetuação  uma vez que
aconteça tende à aumentar  ideal é
retirar a fêmea da reprodução;
 Relaxamento exagerado:
o Fêmeas idosas / multíparas (pariu
mais de uma vez) /
hiperestrogênicas;

o Pisos inclinados;
o Falta de cuidado no transporte.
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre
deixa de 5 a 7 dias 
avaliar antes de retirar.

o Completo ou incompleto.

o Amputação com guilhotina;


ÂNGULO VULVAR:

 Ideal que seja o mais retilíneo possível;


 Quanto mais acima da linha do ísquio a
vulva estiver, pior;
 Éguas Puro Sangue Inglês  não permite
fazer transferência de embrião  ângulo
vulvar tem maior relevância ainda nesta
raça (as éguas tem que parir, não
permite o uso de receptoras);
 Maior que 80 graus;
 Menor que 50 graus predispõe à
pneumovagina.

o Reposicionar em casos que não


há necrose;
o Sutura de Behner:
 Pode usar agulha de
costurar saco;
 4 pontos: 2 dorsais e dois
ventrais  passa um ÍNDICE DE CASLICK:
cordão por esses pontos e
 Estabelece relação entre a linha do
amarra  semelhante à
ísquio e a vulva e possibilita análise da
uma “bolsa de tabaco”;
conformação.
 Pode ser feito com
grampos próprios
também
 Bloqueio local não atinge
 anestesia epidural 
primeira coccígea em
relação à sacral  faz no
espaço entre elas;
 Prolapso tem quem fazer
a sutura de retenção 
Gabriela Lima Queiroz Clínica Cirúrgica de Grandes Animais 9 Semestre
 Correção do teto vaginal;
 Correção da pneumovagina.
CONFORM AÇÃO VULVAR:

 Congênitas ou adquiridas;

Éguas PSI: tem maior


o
predisposição.
 Deve-se observar o ângulo e se há boa
coaptação dos lábios vulvares;
 Vulva não deve ser nem muito comprida
e nem muito curta.

EPISIOTOMIA:

 Vulvas pequenas;
 Incisão é feita com o objetivo de
aumentar o tamanho da passagem da
TÉCNICA DE CASLICK: vulva no momento do parto;
 Geralmente a necessidade ocorre mais
 Forma de episioplastia utilizada para a em éguas primíparas (primeira cria):
correção de pneumovagina; o Incisão obliqua a 30 graus da
 A técnica consiste em reduzir a abertura comissura dorsal;
da vulva de modo a evitar a aspiração o A síntese deve ser feita em até
de ar e, consequentemente, a quatro horas.
possibilidade de infecção e inflamação
do trato urogenital das éguas;
 Redução no comprimento do óstio
vulvar  quando for parir  tem que
abrir  episiotomia;
o Geralmente é feito em éguas PSI.

VULVOPLASTIA:

 Geralmente se usa para corrigir vulvas


muito compridas;

o Repetições (reicidivas);
o PSI.
 Seleção reprodutivas de éguas PSI é
feita sob aspectos esportivos.

VESTIBULOPLASTIA:

Você também pode gostar