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ORELHA possível sequela =

cartilagem deformada.
➤OTOHEMATOMA
o Técnica do “brinco”: evitar
o Acúmulo de sangue dentro da
cicatrização e acúmulo de sangue
placa auricular cartilaginosa.
novamente.
● Ruptura da artéria auricular
● Mexer o brinco (não dói) várias
grande (hemorragia intensa =
vezes ao dia p/ estimular a
acumula).
drenagem.
o Causas subjacentes: coceira ▪ Se não estimular, pode
extrema (geralmente otite = recidivar.
precisa tratar, senão recidiva) ou ● Menor deformidade da orelha
por trauma. externa.
o Face: interna ou externa ou em ● 2 incisões paralelas na pina,
ambas. sobre o otohematoma 🡪
o Diagnóstico clínico. drenagem do sangue 🡪 passar
o Sangue dentro da cartilagem forma gaze na cartilagem 🡪 cortar
fibrina: aspecto rugoso. pedaço de equipo, passar um
fio por dentro e dar nó,
o Tratamento clínico:
formando o brinco.
● Aspiração + bandagem.
● Corticosteroide. o Bandagem pós-operatória:
● Pomada: Hamamelis 5% + enfaixar as orelhas na cabeça.
Arnica 5% + creme qsp 50 g 🡪 ● Compressão: ajuda a drenagem
massagear 3x/dia + bandagem e evita a formação de edema
compressiva (até o paciente
➤.OTITE EXTERNA
poder ir p/ cirurgia).
▪ Em otohematoma pequeno, o Inflamação do epitélio dos
pode resolver. canais auditivos e estruturas
● Reparil / Hirudoide (redução de circundantes.
edema). o Associada a: doenças de pele,
o Tratamento cirúrgico: doenças imunomediadas e
● Técnica captonada: demais enfermidades.
▪ Incisão em “S” 🡪 drenagem o Infecção bacteriana secundária.
do sangue 🡪 passar gaze o Abafamento, umidade:
na cartilagem 🡪 deixar predispõem ao desenvolvimento.
incisão aberta (p/ continuar o Pomadas de tratamento
drenando) e suturar ao redor (agressivo): antifúngico,
(p/ que a pele cole na antiparasitário, anti-inflamatório,
cartilagem) = sutura “U” antibiótico. 🡪 podem desenvolver
captonada (proteção p/ não resistência e não responder mais
cortar a pele). 🡪 indicação cirúrgica.
▪ Problema: sutura cartilagem o Casos refratários: RX, US,
auricular = danificada pela ressonância 🡪 analisar canais
passagem da agulha 🡪 auditivos e bula timpânica.
● Ex. calcificação dos condutos ● Indicação: acometimento de
auditivos (canais horizontal e todo o canal vertical (tumores).
vertical = são cartilagens = não ● Retirada da cartilagem do
era p/ estar calcificado) 🡪 otite conduto vertical e do conduto
crônica. horizontal.0020
● Técnica:
▪ Incisão em T.
o Tratamento clínico: ▪ Afastar a pele p/ poder tirar
● Limpeza da orelha. todo o conduto vertical.
● Medicações tópicas: ▪ Conduto horizontal precisa
anti-inflamatórios, antibióticos, ser suturado na pele 🡪
antiparasitários, antifúngicos. único orifício que ficará
● Medicações sistêmicas aberto.
(principalmente antibióticos, p/ ▪ Fechar totalmente a orelha.
evitar disseminação bacteriana ● Cuidados: nervo facial 🡪
na corrente sanguínea). dissecção precisa ser bem
rente a cartilagem p/ não
TRATAMENTOS CIRÚRGICOS
lesionar o nervo.
o Ressecção lateral do canal
o Ablação total do canal auditivo:
auditivo vertical / aeração do
ressecção condutos vertical e
conduto:
horizontal.
● Indicações: hiperplasia epitelial
● Indicações:
leve ou pequenas neoplasias
▪ Calcificação da cartilagem
no meato acústico.
auricular.
● Vantagens:
▪ Grave hiperplasia epitelial.
▪ Melhora drenagem do canal
▪ Estenose do canal auditivo.
auditivo.
● Técnica:
▪ Facilita a colocação tópica
▪ Incisão em T.
de medicamentos no
▪ Afastar a pele e a cartilagem
conduto horizontal.
até chegar ao canal
▪ Técnica menos agressiva.
horizontal (sentir a estrutura
● Técnica:
óssea).
▪ Incisão de pele no sentido
▪ Retirar todos os condutos.
do canal vertical.
▪ Retirar todo o epitélio
▪ Retirar essa pele p/ expor a
secretor, pois não terá mais
cartilagem do canal vertical.
estrutura de drenagem 🡪
▪ Incisar a cartilagem.
curetagem (escarifica a
▪ Drenagem ocorrerá nessa
membrana timpânica).
incisão do canal vertical.
▪ Pode deixar um dreno por
▪ Pontos interrompidos; fio
segurança por alguns dias.
não absorvível.
▪ Suturar totalmente a orelha.
o Ablação do canal auditivo ● O animal não vai mais ouvir.
vertical: ● Cuidado: nervo facial.
COMPLICAÇÕES ● Histiocitoma.
● Adenocarcinoma de glândula
o 23%: resolução completa, sem
seruminosa.
recidiva, c/ tratamento clínico.
● Carcinoma de células
o 95%: facilitaram manejo após o
escamosas (CCE).
tratamento cirúrgico.
● Hemangiossarcoma.
o Cirurgião experiente.
o Drenagem persistente. o Penectomia / conchectomia:
o Deiscência. ● Neoplasia apenas em ponta de
o Paralisia do n. facial. orelha.
● CCE em cães e gatos
➤.OTITE MÉDIA E INTERNA
despigmentados.
o Otite média associada a otite ● Incisão da pina acometida 🡪
externa crônica. sutura a borda da pele (PSI,
o Otite média secundária a: contínua).
infecções bacterianas, fúngicas,
o Flap pediculado:
neoplasias, traumatismos e corpos
● Em casos benignos, não
estranhos.
precisa remover a pina inteira 🡪
o A otite média pode levar a otite
remove apenas o nódulo e usa
interna.
parte da pele da cabeça p/
o Alterações neurológicas.
cobrir a pele faltante da orelha.
Calcificação dos canais e da bula
o Ablação do canal auditivo
timpânica 🡪 bula radiopaca no RX.
vertical:
TRATAMENTO CIRÚRGICO ● Neoplasias no conduto vertical.
● Canal fica aberto na pele p/
o Ablação: retirar todos os condutos. continuar drenando a secreção.
● Necessário fazer um furo na
bula timpânica 🡪 alicate (boiva)
retira o osso da bula timpânica
🡪 chamado de osteotomia
bular.
● Cureta o epitélio dentro da bula
timpânica p/ poder acabar com
a secreção.
o Ablação total do canal auditivo +
osteotomia bular lateral.
o Ablação total do canal auditivo +
osteotomia bular ventral.
➤ NEOPLASIA
o Tratamento cirúrgico semelhante
aos já citados.
o Alguns casos:
● Mastocitoma.
Revisão Anatômica VARIAÇÕES NA PRODUÇÃO DE HA

PRODUÇÃO DE HUMOR AQUOSO o Pressão sanguínea: desidratação,


(HA) hipovolemia e choque
cardiogênico;
o Fluído transparente que o Inflamação ocular: uveíte = dano
preenche a câmara anterior tecidual uveal = quebra da barreira
(nutrição da córnea e lente pois hemato-aquosa (BHA).
são estruturas avasculares), ● Vasodilatação prolongada
realizada no epitélio não devido mediadores
pigmentado do corpo ciliar e inflamatórios.
derivado do plasma sanguíneo. ● BHA no corpo ciliar (impede
o Enzima anidrase carbônica (AC): movimento das moléculas
presente no interior das células do através da superfície endotelial
epitélio não pigmentado do corpo vascular – proteínas 200x
ciliar. menor que o plasma).
● Responsável pela formação de ● Quebra da BHA = aumento da
íons e transporte dos mesmos concentração de proteínas no
através do corpo ciliar gerando HA = obstrução ângulo de
gradiente de concentração e drenagem iridocorneal.
movimentação de água. o Anestésicos: maioria diminui ou
● Responsável por 80% da não afeta a PIO, porém existem
produção em cães. algumas exceções:
DRENAGEM DO HA ● Cetamina: aumento tônus
muscular extraocular, associar
o 1- Via convencional (ou com relaxante muscular.
iridocorneal): pela malha ● Etomidato: mioclonia por efeito
trabecular. adverso durante indução;
● Via de principal drenagem = associar com benzodiazepínico.
97% em gatos e 85% em cães. ● Fentanil: dose e via
o 2- Via não-convencional (ou dependente; não recomendado
uveoescleral): via de drenagem em altas doses em pacientes
pelo espaço supracoroidal e veias com glaucoma.
da coroide e esclera. ● Propofol e Alfaxalona:
o Pressão intraocular (PIO): mioclonias transitórias em
importante o equilíbrio na produção indução ou recuperação
e drenagem de HA. (principalmente em TIVA) =
● Valor normal: 15 a 25 mmHg; aumento tônus muscular
● Hipertensão: 25 a 30 mmHg; extraocular
● Glaucoma: > 30 mmHg;
● PIO > 40 mmHg pode ter lesão
irreversível se não corrigida
rapidamente.

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