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cirurgia básica 1

cirurgia e traumatologia
O QUE É CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS
• É uma especialidade da odontologia que trata as 1. Exame clínico (espelho, pinça, clínica) – KIT 1
doenças da cavidade oral e seus anexos, tais como: 2. Cirurgia propriamente dita (espelho clínico, carpule,
traumatismos e deformidades faciais (congênitos cabo de bisturi, sindesmótomo, descolador de molt
ou adquiridos), traumas e deformidades dos ou cureta de molt, alavancas seldin, alavancas
maxilares, envolvendo a região compreendida entre apexo, fórceps, lima para osso Miller 1, cureta Lucas
o osso hióide e a parede anterior do seio frontal de 85 e 86, alveolótomo, afastador de minnesota,
baixo para cima, e do tragus à pirâmide nasal, de afastador bruenings, pinça bakhaus, pinça pean-
trás para diante. murphy ou allis, cânula frazier, porta agulha Mayo-
• Doenças: tumores, os cistos nos maxilares, as hegar, tesoura metzenbaum, pinça Adson ou pinça
manifestações associadas a doenças sistêmicas. diethrich, 2 cuba, pinça mosquito reta e curva,
• As deformidades faciais são compreendidas desde brocas zekrya longa e extra longa, brocas esféricas
as sequelas de doenças, como o câncer (os traumas 6 e 8 ) – KIT 2
severos), até distúrbios de desenvolvimento (como 3. Remoção de sutura (espelho clínico, pinça clínica,
as síndromes) ou alterações do desenvolvimento, pinça hemostárica mosquito, tesoura Spencer) – KIT
como o prognatismo (aumento dos maxilares) e 3
micrognatismo (diminuição dos maxilares), ou a 4. Rotatórios (micromotor, peça reta)– KIT 4
combinação delas.
• A cirurgia buco-maxilo-facial é de âmbito 150, 18R, 18L, 65 Fórceps para dentes superiores
ambulatorial ou hospitalar. Nos ambulatórios ou Fórceps 150 de pré-molar à pré-molar superior
consultórios são exercidas cirurgias menores, na Fórceps 18R molar de lado direito
sua grande maioria sob anestesia local, onde são, Fórceps 18L molar de lado esquerdo
por exemplo, removidos dentes inclusos, pequenos Fórceps 65 raiz residual superior dos 2 lados
tumores benignos, cistos, lesões periapicais,
implantes dentários e cirurgias para adaptações 151,16,17,69 Fórceps para dentes inferiores
protéticas, entre outras. Fórceps 151 de pré-molar à pré-molar inferior
• As cirurgias de grande porte são realizadas sob Fórceps 16 molares inferiores dos dois lados
anestesia geral em ambiente hospitalar e Fórceps 17 molares inferiores dos dois lados
demandam mais cuidados. São elas: Cirurgias de
Fórceps 69 Raízes residuais inf. e sup.
grandes tumores, Fraturas faciais, Cirurgias
ortognáticas, entre outras.
Obs: Apexo 301 = ótimo para raiz residual
Obs: Todos os fórceps superiores a angulação da ponta
ÁREAS DE COMPETÊNCIA
ativa é menor que a dos inferiores.
• Implantes, enxertos, transplantes e reimplantes
Obs: Quanto menor a ponta ativa do fórceps, mais
• Biópsias indicado para dentes menores
• Cirurgia com finalidade protética Obs: Lâminas de bisturi mais usadas = 15, 15c, 12, 11
• Cirurgia com finalidade ortodôntica Obs: Fórceps 18R = lado da ponta ativa com
• Cirurgia ortognática ‘’dentinho’’ fica para vestibular. Lado liso fica palatina.
• Diagnóstico e tratamento cirúrgico de cistos Por isso há diferença de fórceps direito para esquerdo.
• Doenças das glândulas salivares Esse dentinho fica voltado para onde tem região de
• Doenças da articulação têmporo-mandibular furca.
Obs: por que o fórceps 16 e 17 são indicados para os
Obs: Quanto menor quantidade de fragmentos do dois lados inferiores? Devido a disposição das raízes
dente, mais correto está a cirurgia de exodontia dos molares que são iguais. Uma raiz mesial e um
distal.
Obs: Cureta de lucas = curetar alvéolo e tecido de
granulação
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CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS DE SUTURA
Técnicas de sutura Quanto à origem:
1. Inorgânicos
INTRODUÇÃO Metálicos: aço inoxidável e tântalo
• Etapa de síntese Sintéticos: poliglactina 910 (vicryl) e mercilene
• Coaptação das bordas de feridas através do uso de fios 2. Orgânicos
apropriados Vegetal: linho e algodão
• Quando fazer? Após o procedimento completado, a Animal: catgut e seda
ferida irrigada e debridada e o retalho posicionado
• Objetivos: Quanto ao material utilizado
àFinalidades hemostáticas: evitar acidentes 1. Fio absorvíveis: vicryl e monocryl
àhemorrágicos pós-operatórios Suturas internas, de músculo com músculo, de
àProteger o alvéolo após exodontias periósteo com periósteo, não utilizar em pele.
àFavorecer a manutenção do coágulo dentro do alvéolo 2. Fios não absorvíveis e biodegradáveis: nylon e
àManter o retalho em posição seda
àPrevenir a penetração de microrganismos na ferida 3. Fios não absorvíveis e não biodegradáveis:
cirúrgica aciflex
FIOS ABSORVÍVEIS
Obs: Manobras cirúrgicas fundamentais: • Maior reação tissular quando comparada com
DIÉRESE à EXÉRESE à HEMOSTASIA à SÍNTESE suturas não absorvíveis
Diérese: incisão. Exérese: remoção do órgão. Hemostasia: deter • Dificulta cicatrização da ferida – maior processo
e prevenir a hemorragia. Síntese: sutura inflamatório
• Não são usadas para sutura de pele
PRINCÍPIOS GERAIS PARA UMA FIOS NÃO ABSORVÍVEIS
SUTURA DE MARZOLA (1994) • Monofilamentados e/ou multifilamentados
1. Iniciar a sutura da esquerda para a direita – para nós, • Multifilamentados: maior força e maior
o ideal é iniciar de distal para mesial (dentistas) abrasividade
2. Não deixar nós sobre a linha de incisão – sempre
• Resposta inflamatória:
deixar o nó para vestibular
seda > poliéster > mononylon > polipropileno
3. Plano de sutura profunda, usa-se agulha curva
4. Plano de sutura superficial, usa-se agulha curva ou
Obs: utilizado na clínica: mononylon
reta e sutura simples ou contínua
CLASSIFICAÇÃO DAS SUTURAS
5. Não deixar osso exposto ou desprotegido
Quanto à localização:
6. A sutura deverá sempre partir da parte móvel
1. Superficial
(retalho) para a parte fixa
2. Profunda (interna)
7. Quando a ferida for extensa, o primeiro ponto
Quanto à forma de reunir os tecidos:
deverá ser na metade dela
1. Em massa (pele, músculo etc) – controlar
8. Dentes vizinhos podem ser usados como ancoragem
hemorragia
9. Deve-se tomar a mesma quantidade de tecido nas
2. Por planos (pele-pele, músculo-músculo etc)
duas bordas da ferida
3. Mista – pega grande quantidade de massa e
10.Quando houver retalho a sutura deve iniciar pelo
uma parte superficial
ângulo da incisão relaxante
Quanto à permanência dos fios:
11.Para que uma ferida tenha bons resultados
1. Transitória: quando depois de alguns dias o fio
cicatriciais, é necessário que a incisão seja bem
deverá ser eliminado – remover com 7 dias
planejada
(usada na clínica)
2. Definitiva: quando o tipo de fio utilizado,
FIOS DE SUTURA sendo empregada apenas para suturas
• As espessuras dos fios de sutura, são classificados de abandonadas no interior dos tecidos (pode ser
acordo com o número de zeros que ele possui fio absorvível)
• Quanto maior o número de zeros, mais fino é o fio Quanto à disposição dos fios:
• 3-0, 4-0 e 5-0 (mais usados na odontologia) 1. Por pontos isolados ou simples
• 3-0: cirurgias de língua e músculos 2. Contínuas
• 4-0: cirurgia bucal
• 5-0: estética de face e de mão
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Obs: As suturas permanecem no local por
aproximadamente 5 a 7 dias. Após este tempo elas não
são úteis, e, de fato, podem aumentar a contaminação
da submucosa

POR PONTOS ISOLADOS OU SIMPLES


• Exige mais tempo que outros tipos de sutura
• Proporciona melhor resultado
• Permite uma melhor orientação na adaptação das
bordas da ferida
• O rompimento de um ponto não prejudica
totalmente a sutura
• Sutura em X ou 8 é um tipo de sutura simples
Obs: Três voltas no sentido horário, duas no sentido
anti-horário e uma no sentido horário

SUTURA CONTÍNUA SIMPLES


• Método mais rápido
• Indicado para grandes incisões sobre a pele
• Indicado para suturas extensas sobre o rebordo
alveolar

Obs: mais importantes:


Sutura simples
Sutura simples em X
Sutura contínua simples
Sutura contínua festonada

REMOÇÃO DA SUTURA
• Aplicação de anti-séptico – bochecho com
periogard
• Apreensão e tracionamento do fio
• Corte do fio com tesoura de ponta fina, junto à
mucosa
• Tração do fio até sua completa remoção

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