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APERFEIÇOAMENTO EM IMPLANTODONTIA COM

CIRURGIAS AVANÇADAS

IEO BH

Técnicas Cirúrgicas para


Remoção de Enxertos Intra-orais

Alex Martins Albanese


Características dos Enxertos Autógenos
 Permite o transplante de células.
vivas(osteogênese)
 Ausência de resposta imunológica
 Reparação tecidual mais rápida
 Evita transmissão de doenças infecto-
contagiosas.
 Morbidade da área doadora.

Aldecoa-1996
 Os enxertos ósseos autógenos devem
permitir a instalação de implantes com
ótima estabilidade inicial, o sítio com no
mínimo um milímetro de espessura
circunferencial, com cobertura total das
roscas ,melhorar o contorno do rebordo
e a estética da prótese. (Karl e Kahnberg,2006)
Avaliação do leito Receptor
 Defeito residual
 Dimensão
 Qualidade
 Presença de infecção
Horizontal Bone Reconstruction on sites with different
amounts of native bone: a retrospective study

André Antonio PELEGRINE(a) Giuseppe ROMITO(b) Cristina Cunha VILLAR(b)


Luís Guilherme Scavone de MACEDO(a) Marcelo Lucchesi TEIXEIRA(a)
Antonio Carlos ALOISE(a) Peter Keyren MOY(c) (a)Centro de Pesquisas
Odontológicas São Leopoldo Mandic, Campinas, SP, Brazil. (b)Universidade de
São Paulo – USP, School of Dentistry, Department of Stomatology, São Paulo,
SP, Brazil. (c)University of California, Surgical Implant Dentistry Program, Los
Angeles, CA, USA.
Preparo do leito receptor
 Retalho mucoperiósteo
 Remoção de tecido mole
 Remoção de tecido ósseo alterado
 Ativação(corticoplastia)
 Atenção a patologias e acidentes
anatômicos
Retalho mucoperiósteo
Remoção de tecido mole e tecido ósseo alterado
Atenção a patologias e acidentes
anatomicos
Eleição da área doadora
 Qual região fornecerá o volume
necessário para preencher o defeito?
 Qual região fornecerá um enxerto com
características biomorfológicas
compatíveis com a região receptora?
 Qual região apresentará menor
morbidade?
 Qual região terá melhor aceitação pelo
paciente?
 Classificação de Seibert (1983),para
uso consciente dos enxertos autógenos:
 Tipo I: Perda de espessura com
manutenção de altura.
 Tipo II: Perda de altura com
manutenção de espessura.
 Tipo III: Perda de altura espessura.
Áreas intra-orais mais utilizadas
 Ramo mandibular
 Mento
 Túber
Ramo Sínfise Túber
mandibular mentoniana
Acesso cirurgico Bom Ótimo Bom
Preocupação Baixa Alta Ausente
estética
Aparência do Bloco retangular Bloco retangular Particulado
enxerto fino espesso
Morfologia do Cortical Corticomedular Medular
enxerto
Volume 2,36 ml 4,71ml 0,8ml
Qualidade TipoI TipoI,TipoII, Tipo III ou IV
óssea
Dor/Edema Mínimo a Moderado Mínimo
moderado
Alt.Sensoriais/ Incomum Comum Ausentes
Dentes
Alt.Sensoriais/ Incomum Comum Ausentes
Tecidos

Modificado de Mazzoneto et al.


Outras àreas
Área Volume Dificuldade Morbidade Parestesia
doadora ósseo da técnica
Túber + + + Ausente
Espinha + + ++ Ausente
nasal ant.
Palato ++ ++ `+ Nasopalat.
Ramo +++ ++ + NAI
mandibular
Mento ++++ +++ ++ Mentual

Modificado de Mazzoneto et al
 Atenção :

Não superestimar, as regiões intra orais


oferecem menor complexidade,morbidade
e custo,porém a quantidade óssea é
limitada.
Incorporação
Material utilizado
 Motores
 Instrumental rotatório
 Instrumental oscilatório- serras
 Instrumental Manual- martelo e cinzel
 Coletores de osso
 Trituradores de osso
 Peça reta cirurgica
 Piezoelétrico
Material utilizado
Osteotomia: ponta multiplicadora
Remoção do enxerto

cinzéis

martelo
Alavancas de Potts
Túber
 O túber da maxila normalmente é usado
em áreas que necessitam de pequeno
volume, a remoção é bastante simples e
com baixa morbidade,o osso é
exclusivamente medular
Incisão
 Reta sobre a crista do rebordo para
acesso ao túber.Sempre de posterior
para anterior.
Incisão relaxante
 Na distal ou mesial do dente adjacente
para melhor acesso e visualização do
campo.
Descolamento
 A partir do ângulo em direção posterior.
Remoção do tecido ósseo
 Com pinça goiva ou trefina
Túber
LIMITAÇÕES
 Pneumatização do seio maxilar
 Presença ded terceiros molares
 Excesso de espessura do tecido mole
 Abertura bucal
Ramo da Mandibula
 É a região mais utilizada devido ao
volume razoável de enxerto
obtido,relativa facilidade de
remoção,assim como menos morbidade
quando comparado com o mento.
 O volume ósseo é aproximadamente
4ml, sendo cortical com algum
esponjoso em certas ocasiões
Revisão da anatomia:

 Linha oblíqua
Revisão da anatomia:
 Nervo mandibular: 3º ramo do trigêmeo

 Nervo alveolar Inferior


 Nervo Lingual
 Nervo Bucal
NAI e canal mandibular
Revisão da anatomia:
 Artéria lingual : ramo da ACE
 A artéria facial: ramo da ACE,dobra-se
na base da mandíbula a frente do
ângulo antero-inferior do masseter onde
pode ser palpada.Pode ser lesionada na
cirurgia de remoção de enxerto. O local
mais provável é no fórnice vestibular
próximo ao primeiro molar , por onde ela
cruza.
Tipos de incisão
 Intrasulcular
 Submarginal
 Supracrestal
Osteotomia
 Horizontal superior: paralela a linha
oblíqua,estendendo-se de 4 a 6mm para
medial,estendendo-se para anterior e
externamente até a região do 1º molar
 Horizontal inferior: ½ broca esférica ou
disco para criar traço de fratura
 Vertical: Ultrapassar a cortical, broca
701 ou 702L
PO 7 dias
Suturas
 Contínua: festonada de posterior para
anterior
 Simples:mais utilizada
Mento(Sinfise mandibular)
 Uma das melhores áreas doadoras
 Bloco cortico-medular
 Extensão de 2 a 4 dentes
Revisão da Anatomia
Revisão da Anatomia
 Músculos:
 Orbicular da boca
 Depressor do lábio inferior
 Depressor do ângulo da boca
 Mentual
Revisão da Anatomia
 Inervação: N. marginal da mandíbula

 Irrigação : ramos da artéria facial


ANATOMIA
Avaliação
 Radiografia panoramica
 Radiografia cefalometrica(perfil)
Técnica Cirúrgica
 Anestesia regional bilateral do NAI,
podendo complementar com infiltrativas
por lingual e no fundo do vestíbulo. E
também infiltrativa via externa, na região
mentoniana.

 Incisão e Exposição do Defeito: incisão


na mucosa de pré a pré (no caso de
mento) indo até o periósteo.
Acesso
 Incisão de canino a canino,arredondada
na parte inferior do lábio,
 Manter a sínfise (4 a5 mm),
 Manter a parte apical dos dentes(4 a
5mm),
 Suturar em 2 planos
Incisão
Incisão
Descolamento
Delimitação e remoção
Enxerto removido
Sutura da camada muscular
Sutura da camada muscular
Sutura da mucosa (contínua)
Sutura da mucosa(simples)
Fixação dos enxertos
 Kit fixação e parafusos
 “lag-screw”
Perfuração do enxerto
Fixação
Alisamento de bordas,preenchimento de
gaps,membrana de colágeno
Sutura e PO 4 meses
 Atenção ao comprimento dos parafusos
de fixação
REQUISITOS PARA UMA ENXERTIA BEM
SUCEDIDA
 Leito receptor deve ter suprimento sanguíneo
adequado,
 Um contato íntimo osso/osso deve ser
estabelecido(osseocondução),
 A fixação rígida deve ser mantida na cicatrização,
 O enxerto deve ser colocado em um leito sem
contaminação
 A área enxertada deve cicatrizar na ausência de
cargas,
 Um enxerto ósseo autógeno deve ser tratado
com respeito devido a preservação de células.
Kazanjian 1952,McCarthy,1990
OBRIGADO
ODONTOALBANESE@YAHOO.COM.BR

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