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Amputações em

Ortopedia
Aula para quinto ano
Amputações em Ortopedia

Semcad
PROATO
SBOT
Amputações em Ortopedia

Introdução
 Primeiras referências: Hipócrates (século V a.C.) – casos de gangrena.
 Descrições técnicas e do uso do torniquete: Ambroise Paré (1575).

 Amputações x Guerras
 Após a 2ª Guerra Mundial – melhora da funcionalidade das amputações
 Weiss, Murdoch e Burgess e Romano: trabalhos importantes que ocasionaram
mudança de mentalidade dos cirurgiões
 Novas técnicas (uso de fixadores externos)
 Mudança no tratamento de lesões traumáticas e deformidades congênitas

 Historicamente, amputação está associada a período de guerra e etiologia


traumática em jovens.
 Atualmente, as indicações são outras...
Amputações em Ortopedia

Introdução
 Problemas vasculares - 2/3 das amputações
 Complicações do diabetes – maior causa de amputação
das extremidades inferiores
 Incidência anual é 10x maior quando comparada aos não-
diabéticos
 50% desses pacientes amputados, amputarão a outra perna
em um período de 5 anos.

 Crianças: maioria por deficiências congênitas


 Outras causas: infecção, trauma e neoplasias
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Indicações de Amputação
 Amputação = frustração para o cirurgião
 Valorizar os benefícios de amputações bem
indicadas e bem realizadas
 Funcionalidade maior do membro protetizado
 Decisão pela amputação: equipe médica +
paciente + família
 Trabalho em equipe é fundamental
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Nível Ideal para Amputação


 Mais distal possível, desde que isso traga um membro
funcional ao paciente
 Protetização adequada
 Boa cobertura cutânea
 Sem deformidades residuais
 Uso do membro o mais próximo da função possível

 Pinzur e col.
 Estudos de consumo de oxigênio
 Comprovou que as amputações mais longas consumiam menos energia
 Determinou o nível mais distal com possibilidades de cicatrização como
sendo o nível biológico.
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Identificação do nível ideal ou
biológico para amputação
 44 tipos de medidas laboratoriais
 Diferenciais pressóricos entre MMSS e MMII
 Medidas transcutâneas de pressão de oxigênio
 Ultra-som Doppler
 Termometria

Principal Método = Exame Físico do membro a ser amputado

 Medida da temperatura e avaliação da cor da pele para determinar a extensão da


infecção ou do nível isquêmico
 Distribuição dos pêlos
 Presença ou ausência de pulso periférico
 Presença ou ausência de perfusão distal
 Extensão da necrose superficial em áreas ulcerosas e presença de áreas com
alterações sensitivas
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Níveis Clássicos de Amputação em MMII

 Falângicas
 Transmetatarsais
 Desarticulações interfalangianas, metatarsofalângicas
 Transtibiais
 Desarticulação do joelho
 Transfemorais
 Desarticulação do quadril
 Hemipelvectomias
transmetatársica

transmetatarsal

transfalângica

transfemural
transtibial
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Níveis Clássicos de Amputação em MMSS

 Falângicas, transcarpais e desarticulações de


punho
 Transradiais e desarticulações de cotovelo
 Transumerais
 Colo cirúrgico do úmero e desarticulações do
ombro
Desarticulação do ombro

transumeral
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Recomendações
 Crianças
 Preservar placas de crescimento
 Contribuição para o comprimento da extremidade ou do coto de
amputação é muito importante

 Desarticulação é preferível às amputações transósseas


 Evita o sobrecrescimento em chama de vela
 Agride e perfura a cobertura cutânea do coto de amputação
 Não se deve encurtar o membro mais do que o necessário
 Amputação transóssea distal é melhor do que a desarticulação
proximal
 Crianças com amputação transóssea = necessidade de revisões do
coto até a maturação final do mesmo com o final do crescimento
ósseo.
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Técnica Cirúrgica Básica


 Objetivo é adaptar um aparelho protético ao
coto:
 Controlado pelo paciente
 Reproduza a função da extremidade comprometida

 Estruturas anatômicas são tratadas e esculpidas


para otimizar a relação coto/prótese
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Técnica Cirúrgica Básica


 Procurar preservar uma extensão de pele
suficiente para o fechamento final do coto
 Pele com maior potencial de cicatrização (melhor
vascularizada) ou
 mais funcional (pele plantar nas amputações parciais
do pé, por exemplo)

 Cotos dos nervos devem ser sepultados em


planos profundos.
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Técnica Cirúrgica Básica


 Músculos
 Coxim natural para proteção de partes ósseas
 Função ativa no controle e suspensão da prótese
 Melhoram a propriocepção
 Estimulam a circulação
 Mioplastia = fixação dos músculos agonistas aos antagonistas
 Miodese = além da mioplastia, faz-se a fixação ao tecido
ósseo
 Ponto de inserção à musculatura, tornando-a útil e menos sujeita ao
processo de atrofia e degeneração
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Conclusão
 Amputações devem ser realizadas com técnica cuidadosa para se
conseguir o máximo de reabilitação.
 Buscar os melhores níveis de amputação.
 Os cuidados com cada tipo de tecido são fundamentais para se
obter a melhor função que o novo membro pode oferecer.
 Quanto melhor o coto, mais fácil será a adaptação à prótese.
 Atendimento multidisciplinar
 Máximo de reabilitação física e mental do paciente

 Objetivo final: reintegração total do paciente à sociedade


Referências Bibliográficas
 Programa de Atualização em Traumatologia e
Ortopedia (PROATO)
 Ciclo 4 - Módulo 3
 Sistema de Educação Médica Continuada à
Distância

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